sábado, 9 de agosto de 2014

Capítulo 85

Narrado por Tanara

-Eles chegaram mãaae- Bruna foi a primeira a nos ver. Desceu as escadas numa rapidez absurda e pulou primeiro no colo do irmão, lógico.- Que saudade pi.
-Também tava com saudade docê- ele apertou o nariz dela de leve.
-E aí cunhada- ela me abraçou.
-Pensei que só existia o Luan.
-Ciumentinha- riu e me olhou- Hum, e essa pele maravilhosa?- passou a mão no meu rosto- Esse cabelo sedoso- passou a mão no meu cabelo- Foi sexo até dizer chega né?- nos zoou e caiu na gargalhada, na mesma hora eu corei de vergonha.
-Cê não presta- Luan disse rindo e me puxou pra sentar no sofá com ele.
Logo seus pais apareceram na sala e nos cumprimentaram querendo saber como tinha sido nossa lua de mel. Perguntaram se Luan tinha gostado da surpresa afinal, todos sabiam, menos ele. Contamos sobre os vários locais que visitamos e sobre a tranquilidade e beleza deles.
-Vieram direto pra cá? Não passaram em casa?- seu Amarildo perguntou.
-Não, Luan disse que queria ver vocês- falei sorrindo e seus pais fizeram o mesmo.
-Na verdade além disso vim chamar vocês pra jantarem lá mais tarde, na verdade eu nem falei com a Tatáh sobre isso mas com certeza ela não liga- ele me olhou e eu assenti- A gente pede algo sei lá.
-Não, eu faço questão de preparar- respondi o encarando.- Nosso primeiro dia em casa, recebendo sua família e eu vou preparar um jantarzinho especial.
-Então fechou rapaiz.- apertou minha mão.
-Vocês formam um casal tão lindo- Marizete disse com os olhos brilhando nos fazendo sorrir.- Estou muito feliz por você, querido.- pegou em sua mão e ele sorriu pra ela.
-Obrigado mãe, a força de vocês conta muito, de verdade. Então a gente vai lá, A Tatáh tá louca pra ver o quarto do nosso filho.- olhou pra mim sorrindo. Nossa, e como eu estava curiosa. Meus sogros insistiram que queriam dar o quarto de presente e eu não quis negar aquilo a eles, só que estava louca pra ver como tinha ficado.
-Ficou lindo, como não sabemos o sexo ainda, ele tá bem unissex. A parede tá branca mas depois a gente pinta de azul ou rosa.
-Obrigada, deve estar lindo.- respondi já me levantando- Então vamos, amor. Estou cansada dessa viagem.
-Eu combinei com seu tio de trazer seu carro depois- seu Amarildo avisou o Luan, já que tínhamos deixado o seu porshe em Campo Grande.
-É, ele me avisou. Vamo nessa. Fiquem com Deus.
Nos despedimos da família dele e depois fomos pro nosso cantinho, o lugar onde viveríamos o resto de nossas vidas, se Deus quisesse!

Luan me pegou no colo pra entrar em casa, e nada do que eu disse fez ele mudar de ideia. Deixamos as malas pra pegar depois e fomos direto pro quarto do bebê. Luan me soltou no chão um pouco ofegante:
-Preparada?
-Estou, e você?
-Também.- sorriu abrindo a porta em seguida.
O quarto do nosso bebê era cheio de detalhizinhos, tinha algumas frases pela parede como: "Tenho os melhores pais do mundo", "sou a criança mais feliz", "amo minha família", "sou da minha titia". Pera, aquilo era coisa da Bruna. Rimos lendo as frases e continuamos a olhar o quarto. Me emocionei quando cheguei perto do berço, me lembrei dos meus pais, perdi eles muito nova, sendo tão frágil e indefesa, e na hora me bateu um medo de que minha filha(o) passasse pelo que passei. Luan me abraçou por trás me passando um conforto enorme e eu decidi afastar aqueles pensamentos da minha cabeça, nada aconteceria, eu cuidaria dele até ficar velhinha.

Fomos pro nosso quarto e eu fui tirando minha roupa pra tomar um banho quente. Luan se despiu também e me agarrou pela cintura caminhando comigo até o banheiro. Antes ele pediu permissão pra tomar banho comigo, agora estava ousado. Sorri sozinha mas não falei nada, agora eramos marido e mulher. Tomamos um banho cheio de carícias que demorou cerca de uns 25 minutos.
Saí primeiro que ele e vesti apenas uma langerie de seda. Deitei na cama e fui logo pegando no sono. Estava exausta.

Senti suas mãos percorrem minha perna e um beijo molhado em meu pescoço logo em seguida.
-Me deixa dormir Luan- falei brava.
-Mais você já dormiu muito. São seis horas. Cê não disse que ia fazer a janta?
-Ai meu Deus, isso tudo?- levantei em um pulo e fui pegar uma roupa pra vestir.
-Aham- respondeu tirando meu cabelo do ombro e cheirando meu pescoço.
-Pode parar.
-Tá tão cheirosa.- Não respondi nada.Coloquei a roupa que tinha escolhido em cima da cama e comecei a me vestir. - Pra que vai trocar de roupa?
-Uai amor, querem que seus pais me vejam assim?
-Qual o problema? - sorri negando enquanto ele me olhava com aqueles olhos que pegavam fogo de desejo.
-Não me olha assim- falei manhosa.
-Por quê? Cê não vai responder por você?
-Não mesmo- sorri lhe dando um selinho- Acho que terei que ir no mercado comprar umas coisinhas.
-Não, eu já fui.
-Já? - encarei com a sobrancelha erguida.
-Sim, minha mãe me ajudou e tals, ajudou até a guardar.
-Sua mãe esteve aqui enquanto a nora dela preguiçosa estava dormindo? - falei meio sem jeito.
-Ah, ela disse que isso faz parte da gravidez- ele sorriu mastigando seu chiclete.- Já trouxe nossas coisas pra dentro também e coloquei lá na roupa suja. Guardei seus creme e aquela coisa fresca tudo, e nossos sapatos também. Tudo certinho.
-Que lindo meu Deus, meu namorado é o melhor do mundo.
-Marido amor, sou seu marido.
-Ai desculpa, vai demorara pra eu me acostumar-sorri o abraçando. Ele estava sentado me abraçando pela cintura que estava em pé em frente a ele.- Vou lá começar a preparar tudo então.
-Vou te ajudar.- levantou me abraçando por trás. Nos primeiros dias de casamento era assim mesmo, ele queria fazer tudo, depois, eu duvido. Sorri sozinha.- O que vai fazer?- perguntou se sentando na mesa.
-Estava pensando em fazer um macarrão daqueles com bacon, calabresa e tudo. Mas se for fazer isso não vou fazer mais nada porque o macarrão é bem pesado já. O que acha?
-Pode ser.
-Ou um Estrogonoff, o que prefere?
-Cê que sabe.
-Me ajuda, amor..
-Uai, vou comer tudo do mesmo jeito.
-Gordo- dei a língua pra ele que sorriu. - Vou fazer uma picanha assada com queijo por cima então.
-Parece bom.
-Então vai ser isso.
-O que eu faço pra ajudar?
-Sabe picar cebola?
-Nunca piquei, mas não deve ser difícil né?
-Não é não, tira a casca e pica ela, bem simples.- entreguei umas duas cebolas pra ele e comecei a cortar a picanha.

Minutos depois ouvi o Luan bocejar, o olhei e ele se espreguiçava


As cebolas continuavam do mesmo jeito e eu já estava temperando a carne.
-Não picou ainda por quê?
-Tô esperando cê me dar a faca.
-Por que você não levantou e pegou?
-Sei lá- respondeu o lerdo do meu marido.Entreguei a faca pra ele que logo começou a tirar a casca da cebola pra finalmente picar. - Carai essa porra arde os olhos- ele reclamou e eu o olhei, seus olhinhos lacrimejavam.
-Arde, você não sabia?
-Sabia,mas não sabia que era tanto- ele respondeu passando o braço no olho pra limpar- Tem ota coisa pra eu fazer não?
-Não amor, mas deixa aí que eu pico.
-Mas arde, deixa esse trem de lado.
-Relaxa amor, eu pico- peguei e levei a cebola, a faca e a tábua pra pia.
Comecei a fritar a carne e ouvi o Luan mastigar o chiclete fazendo barulho. No começo fiquei de boa, mas depois começou a irritar.

-Amor vai falar com suas negas, vai.
-Ta me expulsando?
-Não, é que esse barulho que você tá fazendo com o chiclete é chato e ta me irritando.
-Tá eu vou falar com elas, porque ELAS- deu ênfase- ME AMAM! Mas só de pirraça, vou falar com elas bem aqui mesmo!- pegou o celular do bolso e começou a mexer.
-Fala, só para com esse barulho irritante.

Comecei a fazer o arroz e depois que refoguei fui pegar as coisas pra fazer uma salada.
-Esqueci de falar, a Bruna vai trazer uma tal salada de Kinoa aí.- Luan disse fazendo bola com aquele maldito chiclete.
-Tá- caminhei até ele e estendi a mão até perto da sua boca. Ele segurou na minha mão e balançou sorrindo- Me dá o chiclete.- Falei séria.
-Mas o que é que eu fiz dessa vez?
-Nada, mas já tá com esse trem aí sabe lá quanto tempo.
-Não mô, ainda tá doce. Deixa aqui- sorriu e eu voltei a fazer a comida.
-Por que você tá usando esse óculos dentro de casa mesmo?
-Porque sim, fico mais gato.
-Você é gato de qualquer jeito.
-Eu sei- sorriu convencido- Mas é que eu esqueci de tirar- ele falou tirando em seguida.

Terminei de fazer a comida e Luan me ajudou a montar a mesa. Logo seus pais e Bruna chegaram e fomos comer. Eles elogiaram minha comida e disse que Luan estava em boas mãos. Sorri satisfeita.
Ficamos conversando por um tempo depois do jantar. A conversa estava bem descontraída até Luan mexer com a Bruna:
-Sai desse celular piroca, passou o jantar inteiro com a cara nele.- Ela deu de ombros.-Deixa eu ver com quem cê tanto fala- disse tomando o celular das mãos da irmã- Rodrigo- sorriu sarcástico- Olha só, seu amigo viadinho- ele me mostrou o celular enquanto Bruna gritava pra ele devolver.
-Devolve o celular da menina- eu disse e Marizete e seu Amarildo brigaram com ele também.
-Mas que saco em, nem casado você para de cuidar da minha vida- Bruna reclamou.
-Cê tá de amizade com esse cara Bruna?
-O que tem Luan? - eu falei o encarando- Rodrigo é uma pessoa maravilhosa, principalmente no quesito amigo.- falei e Bruna me olhou sorrindo, como se me agradecesse.
-Ah, agora cê vai defender ele?
-Não estou defendendo ninguém,até porque não tem o que defender, só que você foi mexer com a menina que tava quieta a troco de nada.
-Ela passou a noite toda mexendo no celular.
-E daí?
-Acho melhor a gente ir né? - Amarildo levantou.
-Satisfeito?- olhei pro Luan séria.
-Já está na hora mesmo- Marizete também se levantou- Obrigada pelo jantar, estava muito gostoso.
-Ah, obrigada- agradeci e levantei pra me despedir deles. Luan veio atrás um pouco sem graça. Pediu desculpas pra irmã e se despediu dos pais. Entramos em casa novamente e voltei pra cozinha pra arrumar tudo.
-Foi mal.
-Você não tem que falar isso pra mim, só reflita seus atos e tente não fazer isso de novo.
Luan ficou calado e me ajudou a guardar as coisas. Fui lavar a louça e ele limpou a mesa. Terminei tudo e me joguei no sofá, ele se sentou ao meu lado.
-Nosso primeiro dia na nossa casa e cê já tá brava comigo.
-Não estou brava, só achei desnecessário aquela cena toda.
-Então não tá brava comigo? - perguntou segurando minha mão.
-Não- alisei sua mão- Mas não quero que aquilo se repita.
-Pode deixar amor, não vai.- sorriu vindo me beijar- Que tal inauguramos nosso quarto?
-Já inauguramos.
-Mas agora vai ser diferente, somos casamos- mordeu o lóbulo da minha orelha já me deixando arrepiada.
-Que tal inauguramos o sofá?- disse subindo em cima dele.


Um comentário:

  1. Eita Giih! kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Awn, que saudades dessa twitcam kkkkkkkk morro de rir com esses dois! kkkkkkkkkkk
    Um inaugurar o sofá em?! Safadenhos! kkkkkkkkkkkkk
    Na boa Giih, tá muito perfeita! E peço desculpas por não estar mais comentando, minha net tá uma porcaria, e quando vou ler é pelo cel, ai fica chato pra comentar, mas tô sempre aqui viu?! E agora tem meu curso, o colégio... Mas estamos ai! Leitora fiel aq! kkkkkk bjsss, Nati

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