Capítulo 58

-Lu espera- parei e coloquei a mão no peito respirando com dificuldade- A gente correu demais. Onde estamos?- olhei em volta perdida.
-Eu não faço ideia- riu e se aproximou de mim- Eu só sei que estou muito feliz de estar aqui com você- abriu um sorriso do tamanho do mundo, me abraçou e me girou me fazer rir junto.
-Vamos pensar um pouco- falei quando ele me soltou e ainda segurava em minha cintura- A gente tem que sair daqui.
-Eu ainda tenho passagens pra Cancun, já está tudo pago.
-Eu não vou pra um lugar onde você ia estar com a Julia.
-A gente vai aproveitar muito mais do que eu aproveitaria com ela- disse mordendo minha orelha, me fazendo arrepiar.
-Desse jeito eu não vou resistir mesmo..
-Então fechou- ele disse pegando o celular do bolso e se afastando pra ligar pro Rober.
Ri dele que nem deixou eu concordar. Fiquei o observando falar no telefone de longe. Como eu sou uma boba apaixonada.. Fiquei rindo sozinha da carinha séria que ele estava fazendo, vez ou outra sorrindo de algo que conversava com o Rober. Com aquela barbinha começando a crescer deixando ele mais sexy ainda.
-Ele vem aqui buscar a gente e depois passamos na sua casa fazemos sua mala e vamos pro aero.
-E sua mala?
-Já está no jatinho.
-Vamos no seu jatinho?
-No meu não, em outro mais potente. Só você e eu.
-Ia ser você e a Julia- virei de costas pra ele e cruzei os braços.
-Mas não ia ser a mesma coisa- ele se aproximou me abraçando por trás.-E para de ficar lembrando disso.
-Vou tentar-coloquei meus braços por cima dos dele.- Eu nem acredito que você está aqui agora.
-E eu não acredito que você invadiu a igreja pra impedir aquele casamento- dizia sorrindo

-Não fazia parte dos meus planos, eu até estava indo embora, mas foi involuntário.

-Fico muito feliz com isso- me apertou mais a ele- Rober disse que a Bruna faltou pular de alegria
-E seus pais?
-Meu pai está meio zangado, vou ouvir uma bronca quando voltar. Mas não importa, o que importa é que estou aqui com você, e vamos viajar juntos.- disse me virando pra ele- Eu te amo muié, nunca duvide disso- ele segurou meu rosto com as mãos e me deu um selinho.
-Eu te amo também. Nunca mais se separe de mim, e antes de acreditar nos outros converse comigo.
-Por falar nisso ele te dopou mesmo?
-Eu não tenho certeza, mas acho que ele colocou algo no suco que eu bebi.
-E será que ele abusou de você?- ele perguntou dessa vez mais sério.
-Eu não posso te falar isso.
-FILHO DA PUTA- Ele virou e fechou a mão nervoso.
-Esquece isso Lu, agora já foi.
-Se eu ver esse cara de novo, eu não respondo por mim.
-Adoro quando você fica bravinho assim- ri e me aproximei o abraçando.
-Gosta é?- falou mordendo meus lábios
-Arram- mordi o dele dessa vez.

Minutos depois Rober chegou, dirigiu até minha casa e depois ficou esperando no carro eu arrumar minha mala. Luan  subiu comigo pra ajudar.
-Essa camisola vai pra ocê usar hoje mesmo- ele disse rodando com o dedo.
-Luaaaan...- peguei da mão dele- Vou pensar no seu caso.
-Deixa eu ver se tem mais- ele falou futricando minha gaveta.
Me afastei rindo e fui escolher algumas roupas enquanto ele olhava minhas lingeries.
-Vou te esperar no carro.- Ele disse e eu assenti.
Faltava só algumas coisas. Juliana entrou no quarto e me ajudou, enquanto pedia pra eu contar detalhes da minha loucura.
Desci as escadas correndo e ela veio atrás. Abri a porta e Luan desceu do carro pra me ajudar com as malas. Enquanto ele ajeitava no porta-malas eu me despedi da Ju.
-Se cuida.
-Você também doidinha- riu e deu tchau pro Rober e pro Luan.
Entrei no carro e em minutos chegamos no aeroporto. Tinha algumas fãs e eu comecei a arquitetar um plano pra não ser vista. Mas Luan nem quis saber, segurou na minha mão e desceu do carro comigo passando por elas e tirando foto com uma por uma.
-Luan você deixou a Julia no altar- elas diziam isso rindo.
-Culpa dessa doida aqui- ele dizia apontando pra mim.
-Tatá você é muito corajosa.-uma fã comentou
-Sou né?! Fazer o que se eu amo o ídolo de vocês?- falei e ouvi elas suspirarem com o que eu tinha dito.
Me despedi das meninas e fui rumo ao jatinho com ele. Nos despedimos do Rober e nos sentamos lado a lado. Ambos com um sorriso sincero nos lábios.
-Vai demorar né?- perguntei assim que decolamos.
-Um pouco.
-Então faz alguma coisa.
-Que coisa?
-Sei lá, canta pra mim...
-Deixa eu pegar o violão então. - ele levantou e pegou o violão na poltrona da frente.- Quer qual?
-Aquela que você cantava na escola direto.
-Qual?- ele virou o rosto como se tentasse lembrar.
-Da cigana..
-Adoro essa música- ele disse já começando a tocar- Pra você óh- falou e começou a cantar em seguida- Um dia uma cigana leu a minha mão, falou que o destino do meu coração, daria muitas voltas mais ia encontrar você. Eu confesso que na hora duvidei lembrei de quantas vezes eu acreditei. Mas não dava certo não era pra acontecer. Foi só você chegar pra me convencer, que estava escrito nas estrelas que eu ia te conhecer. Foi só você me olhar que eu me apaixonei, valeu a pena esperar, esse grande amor, que eu sempre sonhei. Vou te amar, pra sempre vou te amar, quero seu carinho e a sua boca pra beijar. Vou te amar, pra sempre vou te amar, tudo que eu preciso só você pode me dar.-Ele terminou de cantar e se curvou pra me dar um selinho.
-Lindo.- falei e sorri segurando em sua mão.- Tenho uma proposta pra te fazer..
-Eu, você, dois filhos e um cachorro? Eu topo!- ele disse rindo.
-Quase isso. Um pouco mais sério.. Você aceita namorar comigo? - Pedi fazendo ele me olhar curioso e assustado.
-Tá errado isso aí muié, é o homi que pede.
-Mas a gente é diferente, agora eu que tô pedindo. Você quer ou não quer?
-Eu quero demais, e você? Quer namorar comigo?- Me encarou sério.
-Eu que pedi né Luan, então é porque eu quero.
-Mas é estranho, então eu tenho que pedir também.
-Seu bobo.- Tirei o violão do colo dele e sentei passando os braços por volta do seu pescoço e o beijando profundamente.

Chegamos em Cáncun por volta das 9 horas da manhã. No Brasil, devia ser meio dia mais ou menos. Desci de mãos dadas com Luan, e,  bem próximo ao jatinho já tinha um carro a nossa espera. Entrei na parte de trás com o Luan e já me aconcheguei em seus braços enquanto ele me fazia cafuné.
-Tá cansada?
-Não.- o olhei e beijei seu rosto- Você está?
-Sim, mas ainda consigo fazer muitas coisas- riu sem vergonha.
O motorista terminou de colocar nossas coisas no porta-malas e tomou a direção rumo ao hotel que ficaríamos, que não era muito longe do aeroporto.
Assim que chegamos já me surpreendi com o luxuoso hotel. Um hotel lindo, do qual qualquer um amaria estar, e mesmo assim eu estava incomodada. Aquilo não foi arrumado pensando em mim, foi arrumando pensando em Julia. Não dava pra eu esquecer isso.
-Foi ela que alugou tudo- Luan disse como se adivinhasse o que eu estava pensando- Ela que escolheu esse hotel e eu não mexi um dedo. Não fazia tanta questão assim- sorriu e me abraçou de lado.- Vamos entrar?- assenti e entramos ainda abraçados.
Paramos na recepção pra fazer o check in, e eu fiquei mais encantada ainda com o hotel por dentro.
-O Senhor e a sua esposa gostaria de um champanhe agora ou mais tarde?- a recepcionista perguntou fazendo eu e Luan rirmos. Mas diferente do que eu pensei ele não disse que eu não era a sua esposa.
-Pode ser agora.
-Mandarei para o quarto daqui um pouco.
-Obrigado.
-Aqui a chave, fiquem a vontade.
-Com toda certeza- Luan riu safado me fazendo corar de vergonha. Passou o braço pelo meu ombro e foi andando comigo até o elevador- Né minha neguinha?
-Você não presta.
-Logikisim. Sou rapais direito.
-Tá bom viu, e eu não conheço.

Entrei no quarto primeiro que ele e logo atrás chegou dois empregados do hotel com nossas malas e outro com o champanhe na mão.
-Gracias.- o Luan falou e eu caí na gargalhada.
-O que é?- ele perguntou fechando a porta- Gracias é obrigado aqui.
-Eu sei, mas é que é engraçado ver você falando.
-Uai por quê?
-Porque é meu amorzinho- falei e coloquei meus braços em volta do seu pescoço, tendo que ficar na ponta dos pés.
-Baixinha.
-Não me subestime.
-Que isso, nunca faço isso.- ele disse na ironia e eu me estiquei mais pra morder os lábios dele mas ele levantou a cabeça me impedindo.
-Ah é assim?
-É, sua baixinha.
-Quer apanhar?- me afastei o encarando séria.
-Não tenho medo de você baixinha.- ele me chamou daquele jeito mais uma vez pra irritar.
-Tá ferrado! Vai ver só quando estiver distraído.
-Só tenho medo de uma coisa.
-O que?
-De ficar sem você- me puxou pra ele tentando me dar um selinho mais eu me afastei igual ele fez quando fui morder seus lábios. Mas ele ao menos conseguiu encostar nos fazendo rir juntos.

Depois me rendi e o beijei carinhosamente.
-Você nunca mas vai ficar sem mim.- o abracei e ele retribuiu


Oii gente, essa semana foi tenso, estava sem o pc pra escrever, mas aí está mais um capítulo. Fico feliz que tenham gostado do outro :) Por hoje é isso. Beijos >,<