Narrado pelo Rober
Ninguém além de mim sabia do ocorrido no hotel, além é claro, dos próprios envolvidos. No hotel as especulações eram várias, mas pelo que entendi, ninguém tinha visto nada, o que me acalmou mais. Se seu Amarildo ou a Arleyde sonhasse com a surra que o Luan deu no Gustavo ele estaria ferrado, chamariam ele de irresponsável pra baixo, mas também não seria pra menos. Mas eu entendo meu amigo, acho que no lugar dele eu faria a mesma coisa. E como um amigo, eu tinha que dar um jeito de calar a boca do Gustavo. Fui até a recepção e joguei algumas indiretas pra descobrir o que eu queria, a recepcionista acabou me revelando que ele tinha escolhido mudar de hotel e que saiu sem dizer o nome da pessoa que tinha o agredido, o que me deixou intrigado. Perguntei o nome do hotel que ele tinha ido e ela disse que não sabia. Sentei na recepção e comecei a pensar no que eu poderia fazer. Liguei pra Bruna.
-Bruna, eu preciso da sua ajuda- falei aflito.
-Aconteceu alguma coisa?
-Pra ser sincero sim, o Luan deu uma surra no Gustavo.
-NÃO ACREDITO NISSO- Ela falou ficando aflita também- Alguém viu?
-Não, por sorte estavam só os dois e felizmente não tem câmeras no corredor. Mas muitas pessoas ouviram o barulho e saíram pra ver, viram o Gustavo caído no cão, parece que a surra foi feia.
-Meu Deus o Luan é louco, se isso saí na mídia..
-Eu tô pensando nisso também, e preciso da sua ajuda.
-Minha?
-Sim, preciso que me ajude a descobrir o número dele, eu vou atrás e vou pagar uma boa quantia pra ele calar a boca.
-Vou ver o que posso fazer.
-Ok, mas faça rápido, e por favor, não comenta isso com mais ninguém.
Minutos depois a Bruna me mandou o número dele por mensagem. Sabe-se lá como ela havia conseguido. Liguei para Gustavo que me atendeu no terceiro toque, pedi pra conversar com ele a sós, e pra minha surpresa ele aceitou sem questionar. Marcamos em um bar e em questão de minutos eu estava lá.
Gustavo apareceu com alguns curativos no rosto, nunca imaginei que Luan fosse tão agressivo.
-Obrigado por ter vindo- levantei segurando em sua mão o cumprimentando.
-Cantorzinho ta com medo de eu dar com a língua com os dentes?
-Ele nem sabe que eu estou aqui.
-Você é um bom amigo Roberval.- como ele sabia meu nome?
-Bom, na verdade eu vou ser bem direto- mudei de assunto- Quanto você quer pra não manchar a imagem do Luan?- perguntei e ele deu um risinho de lado- O Luan é uma boa pessoa, e você tem que entender que ele fez isso pra defender uma das pessoas que ele mais ama na vida.
-Eu sei disso, e foi por isso que eu mudei de hotel sem dizer nada. Não por ele, mas por amor a Tanara, não vou prejudicar uma das pessoas que ela mais ama- falou olhando pra baixo- Roberval, eu amo a Tanara de verdade, e eu disse pra ela que aceitava a separação justamente porque a amava de verdade. Meus amigos foram contra, colocaram coisas na minha cabeça e eu fiz o que fiz, pra me vingar, apesar disso não ter a trazido de volta. Eu mereci a surra que o Luan me deu.- ele me encarou me pegando de surpresa mais uma vez- O que eu fiz foi a coisa mais ridícula do mundo, sedar ela, enfim.. só pra tirar uma foto e mostrar pro Luan. No final, acabei fazendo ela sofrer. Fiz sofrer a pessoa mais importante da minha vida, a única que eu amei e continuo amando. Fui um idiota. Por isso Roberval, não quero dinheiro seu muito menos do Luan, sinto que agora estamos kits. Você pode falar pra ele ficar tranquilo que eu não vou contar pra mídia, e que fique bem claro que estou fazendo isso pensando na Tatáh.
-Nem sei o que te falar.
-Não precisa, só fala pro Luan que eu NUNCA, nunca abusaria da Tanara- Assenti e me despedi dele voltando pro hotel.
Narrado por Luan
Fazia algumas horas que eu tinha voltado do programa, os depoimentos ainda rolavam em minha cabeça e eu me sentia uma pessoa feliz. A cada dia, um novo sonho meu era realizado. Liguei pra Tatá pra agradecer a homenagem, e ficamos um bom tempo no celular trocando juras e mais juras de amor. Assim que desliguei me dei conta que não tinha visto Rober desde que cheguei, aonde estava aquele testa inchada? Deitei na cama e fiquei encarando o teto até dar a hora do show.
Acabei pegando no sono e acordei com alguns pequenos murros na porta. Abri ainda meio sonolento dando de cara com Rober.
-Aonde cê tava testa?
-Resolvendo sua vida- falou e eu o olhei sem entender- Fui atrás do Gustavo.
-Você o quê?- perguntei um pouco indignado, ele não tinha que ter ido atrás daquele babaca.
-Isso mesmo que você ouviu, fui atrás dele ver se ele aceitava dinheiro pra não contar o que aconteceu pra mídia.
-Você não fez isso- virei de costas revoltado, meu dinheiro indo pras mãos daquele babaca, só o que faltava mesmo.
-Fiz Luan, porque se você não pensa o quanto aquilo te prejudicaria eu penso, ou você preferia que eu ligasse pra Arleyde e pro seu pai pra contar pra eles sobre o que você fez?- perguntou me fazendo ficar pensativo. Droga ele tinha razão.- Fui lá conversar com ele e sabe o que ele fez? Não aceitou um centavo.
-Como não? Então ele quer me ferrar, não é mesmo?
-Não, ele disse que agora vocês estão kits.
-É o que?- perguntei completamente confuso.
-Sim, ele disse que merecia a surra. Ele ama a Tanara, Luan. Disse que é pensando nela que ele não vai falar nada e que nem queria o dinheiro. Disse também que o plano dele foi por influência dos amigos porque julgaram ele por ter ficado numa boa, mas que era por amar ela de verdade que ele não queria mais vê-la sofrendo como aconteceu quando ele deu ouvidos aos amigos.- a cada palavra do Rober eu me surpreendia mais- E ele pediu pra te falar que ele nunca abusaria da Tatáh.
-Então..
-Sim, ele não fez nada com ela sedada, só tirou as fotos.
-Esse cara é melhor do que eu pensava.
-Ele não é uma pessoa ruim, Luan. Você deu muita sorte dessa vez, vê se pensa antes de cometer qualquer burrada.
-Você é um bom amigo testa.- sorri pra ele que tentou salvar minha pele.
-Ele disse a mesma coisa- falou convencido.
Narrado por Tanara
Assisti ao programa ao vivo junto com os pais de Luan e Bruna. Eles não sabia o que eu tinha dito e ficaram tão emocionados quanto Luan quando ouviram. Entrei no twitter pra ver se as fãs dele também tinham gostado e sim, a maioria fazia comentários positivos, mas como eu esperava tinha negativos também. Li alguns que não me afetaram, até me deparar um um texto no instagram que me deixou muito mal, abaixo de uma foto dele.
Agora eu vou falar o que eu penso. Isso é a maior mentira que eu já vi na vida, tá na cara que eles não se amam, que esse namoro é de fachada pra limpar a cara do Luan que não quis casar com a Julia. Tudo armação deles e vocês caíram. Escolheram a amiga dele por que? Pra que vocês acreditassem. E digo mais, eles nunca namoraram, no máximo ficaram algumas vezes. A Tanara quase foi casada e vocês acham que ela não amava o noivo dela? Mas é claro que amava, passou anos com ele, e até noivou, ou seja, amava sim, e deve amar ainda. Amor não acaba tão rápido assim. Enfim, não acredito nesse namoro deles, pra mim ela é uma ótima atriz. Faça seu papel de melhor amiga Tanara e deixa o Luan seguir a vida dele.
Aquelas palavras me magoaram, como alguém pode pensar tanta besteira assim? Algumas fãs comentaram embaixo xingando a menina e dizendo que ela tinha que parar de ser doida e aceitar que a gente se amava e estávamos feliz. E mesmo com vários comentários me defendendo eu continuei chateada.
Luan me ligou pra agradecer a homenagem e nós ficamos conversando por muito tempo trocando juras de amor, o que me distraiu um pouco. Eu achei melhor nem comentar com o Luan sobre o que tinha lido já que ele parecia tão feliz.
Dias depois, quando eu ajudava Marizete com o churrasco que teria, Luan chegou super animado me abraçando forte e me beijando na frente de todos. Ele fazia muita falta. Apesar de ter se passado algum tempo, as palavras daquela "fã" ainda me perturbava, mas tudo que eu não queria era transparecer isso pra ele. Depois que ele matou a saudade dos familiares eu me joguei nos braços dele de novo e abracei ele ficando ali por muito tempo, sem dizer uma só palavram, ouvindo o coração dele compassado.
-Vão aproveitar- Marizete disse- Deixa que eu termino aqui.
Subi com ele pro quarto e me sentei na cama olhando ele tirar a blusa se preparando pra tomar banho.
-Tenho umas coisas pra te contar-disse sentando de frente pra mim- Aconteceu algo meio chato.
-O que?- seu tom de voz me deixou preocupada.
-Esbarrei com seu ex no hotel- Ele mal terminou de contar e eu sabia que tinha acontecido merda- Eu não ia te contar nada mas acho que isso envolve mais você do que eu mesmo- Continuei calada ouvindo o que ele tinha pra me dizer- Eu dei uma surra nele Tatáh, deixei ele caído no chão- me contava mas não com voz de superioridade, sua voz dizia que ele estava arrependido- Roberval foi atrás dele e pediu pra ele não falar nada enfim, ele acabou surpreendendo a gente. - Luan me contou sobre a conversa que Rober teve com Gustavo e acho que fiquei tão surpreendida quanto os dois.- Ele também contou que não abusou de você- falou me trazendo um certo alívio, mas no fundo eu sabia disso, Gustavo nunca faria isso mesmo.-E então? O que você acha disso tudo?
-Estou tão surpresa quanto vocês, por que fez isso meu amor?- segurei em suas mãos.
-Eu não sei, foi mais forte do que eu. Eu até tentei me controlar mas eu ficava pensando que ele tinha abusado e enfim, fiz o que fiz pensando em vingar por você.
-Eu te amo meu valentão- abracei ele com todas as minhas forças. Não me orgulhava do que ele tinha feito, mas ele estava arrependido e eu via isso, não o deixaria se sentindo mais culpado.
-E o fato de saber que ele ainda te ama.. mexe contigo?- perguntou baixinho.
-Claro que não, amor.
-Sério isso?- perguntou com carinha de cachorro sem dono.
-Seríssimo, meu coração é seu. Eu não sinto mais nada, nada mesmo por ele.- Selei seus lábios tentando o convencer daquilo e parece que deu certo já que ele logo soltou um sorriso.
Luan selou meus lábios de novo e depois foi tomar seu banho. Ouvi o barulho do chuveiro ligando e me deitei na cama voltando a lembrar daquele maldito comentário, o que mais eu podia fazer pra provar pra todo mundo que eu o amava ?
Saí dos meus devaneios quando ele saiu do banheiro já vestido com uma roupa mais fresca, segurou na minha mão e desceu comigo pra ficar com o resto das pessoas lá embaixo. Sentei com Bruna e fiquei conversando com ela, na verdade eu ouvia mais do que falava.
-Tá tudo bem?- Ela perguntou percebendo meu silêncio.
-Pra ser sincera não- falei e lhe contei do que tinha lido a dias atrás.
-Não fica assim Tatáh, quando ele namorou a Jade e a Julia foi a mesma coisa, sempre tem gente que acha que sabe demais e não sabe nem metade.
-Mas eu quero que as pessoas saibam que eu o amo.
-Ninguém precisa saber Tatáh, o que importa é que ele sabe.-Bruna me puxou pela mão e sentou comigo perto dele que tocava algumas músicas.- Lu, a Tatá quer que você cante uma música pra ela- Bruna disse pra me fazer ficar melhor.
-Mais é claro, qual cê quer amor?- perguntou me olhando todo carinhoso.
- Amar não é pecado- pensei um pouco e decidi por aquela, que significava exatamente o que sentíamos um pelo outro.
Luan me encarou e abriu um sorriso lindo, em seguida começou a tocar a música que eu havia pedido, atraindo mais olhares pra nós dois, já que ele cantava pra mim, olhando pra mim como se estívessemos sozinhos.
-Eu não sei, de onde vem, essa força que me leva pra você, eu só sei que faz bem mas confesso que no fundo eu duvidei, tive medo, e em segredo guardei o sentimento e me sufoquei, mas agora, é a hora vou gritar pra todo mundo de uma vez- levantei num impulso e beijei seu rosto, ele sorriu e continuou cantando- Eu tô apaixonado, eu tô contando tudo e não tô nem ligando pro que vão dizer, amar não é pecado, e se eu tiver errado que se dane o mundo eu só quero você.
Sem saber, Luan tirou toda mágoa que eu estava guardando. O que importava é o que eu sentia e sabia que sentia. Quem liga pro que as pessoas falam? Eu o amo e ele sabe disso. E se eu estiver errada.. que se dane o mundo, eu só queria ele.
Oiii, passei rapidão pra postar mais um. No próximo tem aparição de alguém hahaha Quem adivinha? Beijos :X
E quanto mais o tempo passa, mas aprendemos que as coisas só acontecem no tempo de Deus...
quarta-feira, 30 de abril de 2014
domingo, 27 de abril de 2014
Capítulo 65
Saímos pela manhã pra voltar pra nossa rotina de sempre. Luan tinha ensaio logo cedo e então a gente mal pisaria em São Paulo e ele já teria que ir pro estúdio. Durante a viagem de mais ou menos 1 hora e quarenta eu aproveitei pra dormir já que tinha acordado muito cedo. Assim que chegamos e descemos do avião vimos um enorme número de fãs na grade. Luan não pensou duas vezes ao vê-las e foi em direção a elas que já começaram a gritar.
-Oi meus amores, tudo bem?- se aproximo pegando cadernos, dando autógrafos e tirando fotos.
Eu não queria me aproximar, mas não pelo fato de ter medo de elas brigarem comigo ou algo do tipo mas sim por achar que aquele era um momento só deles. Mesmo meio receosa, não tive como negar o pedido de uma das meninas que sorriu pra mim e me chamou com o dedo. Entreguei minha mala pro Rober, que tinha ido nos buscar, e caminhei até a menina. Peguei em suas mãos através da grade e ele abriu um sorriso enorme. Logo, atraímos olhares de mais fãs. Percebi algumas tirando foto e fiz questão de sorrir pra sair bonita. Luan puxou um celular da mão da menina, tirou uma foto com ela, depois veio em minha direção, me puxou pela cintura e tirou uma foto nossa fazendo as meninas suspirarem. Conversamos com elas e logo fomos pro estúdio.
Assim que cheguei cumprimentei todos que estavam ali. Depois me sentei no cantinho e fiquei calada vendo eles decidirem como seria a nova tour. Francisco e Marcio mostravam a ideia do novo palco. Luan estava concentrado em tudo e volta e meia dava alguma sugestão, era incrível como ele fazia questão de participar de tudo, isso me fazia o admirar mais ainda, não só como namorado, mas como um profissional também.
Senti meu celular vibrar e me levantei pra atender fora do estúdio pra não atrapalhar o ensaio deles.
-Oi cunha- Bruna falou animada do outro lado da linha.
-Oi Bubu.
-Tenho uma notícia maravilhosa pra você.
-Opa, pode contar.
-Ligaram aqui em casa do Faustão, o Luan vai tá no "Arquivo Confidencial".
-Mentira?- dei um pulo de alegria e acho que cheguei a dar um grito meio alto.- Awwn cunha que orgulho- agora eu já estava prestes a chorar.
-Isso é maravilhoso Tatáh, o Luan merece tanto..
-Eu tô sem palavras- minha voz já estava embargada
- Presta atenção, eles vão vir aqui gravar hoje, a equipe dele vai manter ele aí por um bom tempo, você tem que inventar alguma desculpa e vir também, agora se possível.
-Ta bom-falei nervosa
-Tenta ficar calma, se ele te ver assim chorando vai ficar preocupado, você tem que ficar tranquila.
-Tudo bem, vou me despedir agora mesmo.
Me despedi da Bruna, respirei fundo, enxuguei as lágrimas e entrei no estúdio de novo. Luan me olhou e eu sorri pra ele o chamando com o dedo. Ele se aproximou rápido.
-Ta tudo bem?- perguntou colocando meu cabelo atrás da orelha.
-Tá, mais eu tenho que ir embora.
-Ah não, sério?- ele perguntou me puxando pros seus braços.
-Sim, tenho que trabalhar também né?- menti lembrando que realmente eu tinha que passar no consultório, mas que aquilo ficaria pra depois.
-Você não precisa disso.
-Lógico que eu preciso.
-A gente vai casar e eu que vou te sustentar.
-Pensamento machista, eu gosto de trabalhar.- alisei seu rosto sorrindo.
-Tudo bem então, mas é tudo culpa sua, você me acostumou mal nesses dois dias, agora não quero desgrudar de você- falou manhoso.
-A gente se vê mais tarde.- Selei seus lábios e enfim me despedi dele.
Assim que saí do estúdio chamei um táxi e voei pra casa dos Santana's. Estava muito ansiosa pensando no que eu falaria sobre ele. Tinha que ser algo impactante e ao mesmo tempo breve. Mas o que? Enquanto não chegava ao meu destino parei pra lembrar de todos os nossos momentos juntos, lembrar de como nossos beijos eram sincronizados, fossem rápidos ou mais lentos eram ótimos e viciante. Lembrei de como seus dedos se entrelaçavam aos meus de maneira tão perfeita. De como eu era feliz com ele. Me lembrei de como meu coração acelerava perto dele. De como eu sentia sua falta quando estava longe. Foram tantas lembranças que me inspiraram e começaram a me dar ideias de o que eu poderia dizer sobre o meu namorado.
Quando enfim cheguei na casa do Luan, percebi que Bruna me esperava na porta, ela parecia aflita. Paguei o táxi e ela me puxou pela mão me levando pro seu quarto. Começou a me arrumar e me dar algumas ideias do que eu falaria. Ela disse que a produção tinha dito que ficava ao critério dela se ela falaria ou não, mas que o meu depoimento e dos pais seria essencial.
Não demorou muito a equipe da globo chegou. Primeiro conversou com a gente dizendo quanto tempo tínhamos mais ou menos e como podíamos fazer pra que os depoimentos saíssem naturais. Começaram a posicionar algumas luzes e a câmera também. Eles gravaram primeiro com seu Amarildo, depois com Marizete, e por fim com Bruna, Amarildo e Marizete juntos pra finalizar a parte deles. Depois de tudo pronto eles me olharam perguntando se eu estava preparada. Assenti e eles sugeriram mudar o local. Fui pro quarto de hospede e lá filmei. Como eu imaginei falei demais, mas ao mesmo tempo falei o suficiente, eles disseram que tinha ficado muito bom. Agora era esperar pra ver a reação do Luan.
Narrado pelo Luan
Os ensaios estavam a todo vapor. Não tínhamos muitos shows marcados, mas as entrevistas lotavam minha agenda do mesmo jeito.
No domingo viajei para o Rio de Janeiro. Iria gravar o Domingão do Faustão. Eu falaria do meu novo DVD, e aproveitaria pra falar da tour, que seria baseado no meu DVD e eu estava levando pra todo o Brasil.
Chegamos no hotel pela manhã, e era impressionante como eu já sentia a falta da minha baixinha. Tínhamos nos vistos um dia antes, mas parece que quanto mais tempo eu passava com ela, mais saudade eu sentia. Passei a manhã inteira no quarto mas de tarde decidi descer pra almoçar, mesmo sabendo que aquilo poderia causar tumulto no hotel.
O restaurante estava lotado, mas eles me levaram pra um lugar reservado onde pude sentar com minha equipe tranquilamente. Quando eu estava quase terminando meu almoço, olhei pro lado como quem não queria nada e me deparei com uma pessoa que eu não queria ver tão cedo. A raiva percorreu meu corpo e eu fechei o punho num impulso apertando os talheres. Soltei-os na mesa fazendo com que batessem no prato e fizesse um barulho que assustou as pessoas mais próximas. Rober me olhou preocupado e seguiu a direção que eu olhava vendo Gustavo ali também. No mesmo hotel que eu.
-Luan, calma- colocou a mão no meu ombro mais eu ignorei o que ele disse. Como eu poderia ter calma com aquele babaca ali?- Vamos sair daqui, vem- Rober me segurou pelo braço me fazendo levantar mas minha mão continuava fechada e o ódio estava aumento- ANDA LUAN, VEM COMIGO- ele disse me puxando e Well levantou me puxando também sem nem saber o porquê.
Assim que saímos do restaurante levei minhas mãos a cabeça e respirei fundo. Eu ainda estava com ódio, eu precisava voltar naquele restaurante. Me virei pra abrir a porta mas Roberval me puxou me levando pro elevador.
-Se controla, pensa na sua imagem, o restaurante está cheio. Vamos- me puxava enquanto eu ainda relutava um pouco- Vamos Luan, não me faça te levar a força.
Puxei meu braço da mão do Rober e caminhei sozinho até o elevador. Quando estávamos dentro vi que Roberval ficou aliviado, mas eu não, minha cabeça ainda fervia, e eu tive a impressão que fosse explodir de tanto ódio, rancor e raiva que me percorria. Fui andando depressa pro meu quarto e Rober veio correndo atrás de mim.
-Presta atenção Luan, eu sei que está com raiva, sei que o que aquele cara fez não tem perdão, também acho que ele merece uma lição, mas não sua. Você tem uma imagem a zelar.
-Tudo bem Rober, já tô mais calmo- falei tentando o convencer daquilo mas o que eu queria mesmo era ficar sozinho- Pode ir pro seu quarto, eu vou tomar um banho pra relaxar.
- Pelo amor de Deus cara, fica nesse quarto e não sai.- pediu nervoso e eu assenti.
Assim que ele saiu fechei a porta e caminhei até minha cama. Sentei nela e levei minhas mãos até a cabeça. Eu não podia ficar parado, eu não conseguia. Logo comecei a imaginar Gustavo abusando da Tatáh, imaginei ele dopando ele se aproveitando dela. Definitivamente não dava pra eu ser condizente com aquilo, e ficar ali parado me parecia isso, como se eu tivesse aceitado o que aconteceu, e de fato, não eram bem assim, na verdade, estava bem longe de ser aquilo.
Abri a porta do meu quarto e fui até o elevador de novo. Apertei o botão nervoso com medo de ser visto, mas com a vontade de quebrar Gustavo na porrada. Desci e fiquei sentado na recepção, com um jornal sobre o rosto pra tentar evitar ser visto, mas de olho em quem saia do restaurante. Não demorou muito vi aquele cretino saindo. Ele apertou o botão pra chamar o elevador e eu fiquei atrás. Assim que ele entrou fui pro lado pra ver qual botão ele apertaria, não podia ir no mesmo elevador que ele, apesar de que bater nele ali seria muito bom também. Minhas mãos coçavam. Vi ele apertando o 13º andar. Segui em direção a escada e subi correndo. Acho que a adrenalina que eu senti foi tanta que eu não me cansei, minha vontade era chegar logo naquele andar. Abri a porta e respirei fundo esperando pelo momento que eu tanto ansiava. A porta se abriu e eu fechei o punho de novo. Caminhei depressa até ele e o puxei pela gola da camisa quase o enforcando. Gustavo segurou a gola e tentou afastar do seu pescoço, mas foi então que eu puxei com mais força.
-Eu te disse seu babaca, disse que se você fizesse algo a ela eu acabaria com você- falei o virando pra mim e apertando mais ainda sua blusa contra seu pescoço fazendo seu ar faltar cada vez mais- COMO VOCÊ TEVE CORAGEM?- Aumentei o tom de voz dando uma joelhava em sua barriga fazendo ele se contorcer- ISSO É POR TER SEDADO MINHA NAMORADA- Dei um soco em seu rosto e em seguida chutei sua perna fazendo ele cair- ISSO É POR TER SE APROVEITADO DELA- Chutei bem rente ao seu estômago-ISSO É POR VOCÊ TER NASCIDO- coloquei meu pé em seu rosto e apertei quase "colando" seu rosto no chão- NÃO CHEGA PERTO DA TANARA MAIS.- Falei chutando sua barriga pela última vez, voltando pra escada assim que ouvi algumas portas se abrirem. Saí dali antes que fosse visto, deixando ele caído no chão criando forças pra se levantar. Me senti vingado.
Abri a porta do meu quarto tremendo, e quando fui fechar Rober empurrou e entrou com tudo.
-O que você fez Luan?- perguntou fechando a porta atrás de si.
-Eu tinha que fazer algo Rober, eu precisava- sentei na cama e comecei a chorar- Foi pela Tatá, ele mexeu com a minha Tatá- falei chorando de raiva, de desespero, de tudo.
-Ei cara não fica assim tá?Eu te entendo, mas você não podia ter feito isso.
-Você sabe o que eu fiz?
-Eu ouvi os gemidos de dor dele, e tinha uma moça gritando na janela que estavam espancando alguém no corredor.
-Será que alguém me viu?- perguntei começando a pensar nas consequências que aquilo me trariam.
-Não sei Luan, vamos torcer pra que não. Vai descansar que daqui a pouco temos que ir pro programa.-Ele saiu me deixando pensativo sobre o que eu tinha acabado de fazer.
Um medo me percorreu, mas em nenhum momento me arrependi do que havia feito.
Horas depois, já pronto pro programa, saí em direção ao Projac. Quando passei pela recepção ouvi muitos comentários sobre o cara que tinha apanhado dentro do hotel, e mais uma vez o medo me percorreu. O hotel não tinha câmeras no corredor, mas Gustavo poderia muito bem provar através de um corpo delito que eu o tinha batido. Tentei não pensar naquilo aquele momento e foquei no programa que eu estava prestes a participar.
Assim que chegamos fomos ensaiar. A energia que minhas fãs me passaram antes mesmo do programa começar foi essencial pra mim, me senti seguro, protegido. Eu tinha esse consolo, de que minhas fãs não me abandonaria, mesmo sabendo que o ídolo delas era um quase assassino. Pois era assim que me sentia, na hora da raiva, quase matei o Gustavo. Mas meu Deus, ele merecia, ele mexeu com minha baixinha. E quando eu penso que ele pode ter abusado sexualmente então, me sobe uma vontade enorme de chorar.
Não demorou muito pro programa começar, e menos ainda pra eu ser chamado. Entrei cantando "Tudo que você quiser" e me senti revigorado quando vi a platéia cantando comigo. Cantei mais uma música e respondi algumas perguntas das pessoas que estavam ali presente. Uma delas, sobre a responsabilidade que eu tinha de trazer uma novidade pro sertanejo, principalmente com meu novo DVD, que era algo inovador, sem sombra de dúvidas. Em seguida, passou 3 depoimentos de pessoas que eram como ídolos pra mim. Zezé di Camargo, Leonardo e Daniel. Me emocionei ao ver o que o Zezé disse de mim, falar que ele queria ser eu quando crescesse era algo que eu NUNCA imaginei em toda minha vida, foi muito mais do que eu sonhei um dia e foi difícil não se emocionar.
-Olha o que eles fizeram com você meu- Faustão falou enquanto eu tentava me recuperar- Daniel, Leonardo e Zezé di Camargo.- Deu uma pausa enquanto a plateia gritava enlouquecida, acho que sentido a mesma coisa que eu sentia- Trás uma água pra ele porque é o seguinte. já que você tá aqui...
-Desculpa aí- pedi com a voz um pouco embargada por ter chorado em público. Um milhão de sentimentos me envolveram e estava difícil de controlar.
-Já que "cê" tá assim- O Faustão continuou falando- Olha aí ôh, Maradona vai dar uma água pra você- Ele falou e o Maradona se aproximou com uma bandeja onde logo eu peguei o copo e bebi um gole de água- Respire fundo e fique sabendo o seguinte, você tá aqui também porque, principalmente, você está no Arquivo Confidencial- Faustão falou me pegando de surpresa. Eu nunca imaginei que chegaria tão longe um dia. O quadro mal tinha começado e a emoção tomava conta de mim.
O Faustão chamou os comerciais onde eu pude me recompor um pouco. Aproveitei pra lhe dar um abraço e lhe agradecer pela oportunidade. Ele me disse que eu merecia, e que se eu estava ali era porque eu não era um cantor qualquer, e tão pouco seria um simples "meteoro" que ia passar como muitas pessoas me julgaram no começo da carreira.
Assim que o programa voltou eu já estava mais tranquilo, mas com a emoção a flor da pele. Um sorriso brincava em meus lábios enquanto eu me perguntava se era merecedor de tanto. Bom, se eu estava ali, acho que é porque eu era. A platéia me aplaudiu de pé e em seguida o quadro começou de verdade. Começou com umas imagens de Jaraguari, que saudade que eu senti. Ao fundo tocava uma música minha, e mais uma vez minhas fãs me surpreenderam cantando junto. A força que a família Luan Santana tem é indiscutível, eu realmente tenho mesmo as melhores fãs do mundo. A primeira pessoa a falar foi meu tio Max, e mais uma vez eu me entreguei as lágrimas apesar de ele me fazer rir ao lembrar das nossas maldades quando crianças e de como fui perna de pau quando jogava futebol. Em seguida veio depoimentos da Vô Erô e do Seu João. Nossa, a quanto tempo eu não os via, que saudade que eu senti. Meu grande amigo Sorocaba também falou de mim e não deixou de me elogiar. O que seria de mim sem a ajuda dele?
-Estamos aqui no Arquivo Confidencial, Luan Santana e suas histórias.- Faustão falou enquanto a platéia aplaudia- E agora, histórias no Domingão, direto pro seu coração- Ele falou e eu olhei pra tela onde os depoimentos passavam esperando curioso quem falaria daquela vez, me surpreendendo com a imagem da minha baixinha que logo começou a falar.
-Quando o vi pela primeira vez fiquei encantada.- A plateia foi a loucura e era sinal de que minhas fãs gostavam dela, o que me deixava muito feliz- Ele tava conversava com as meninas na lanchonete, e eu não consegui parar de olha-lo. Acompanhei cada movimento seu de longe, e nem prestava atenção no que minhas amigas falavam comigo. Não foi fácil me aproximar do Luan porque naquela época ele já era era famosinho na escola e na região também. Com o tempo nos aproximamos através dos amigos que tínhamos em comum.- Ela falou algumas coisas que nem eu sabia- A gente brincava demais um com o outro, e ele sempre aprontou muito. Teve até um dia em que a gente tava na casa dele brincando e ele aprontou comigo. Eu tive que ficar do lado de fora do quarto, pra que ele, os primos e a irmã, pudessem se esconder dentro do quarto. Até aí tudo bem, mas ele virou o quarto de cabeça pra baixo, virou as cadeiras, abriu as gavetas enfim, quando eu entrei, eu saí esbarrando em tudo e levei uma queda feia. O que o Luan fez? Começou a rir de mim.- Ela disse com seu jeitinho manhoso fazendo todos os ali presentes começarem a rir-Eu sempre fui muito apaixonadinha e era muito ruim ver ele com as outras meninas da escola, mas como uma boa amiga eu ajudava ele em tudo que ele precisava, fosse uma surpresa pra alguma, um conselho quando ele estivesse magoado, fazia tudo que estava ao meu alcance.- era verdade, a felicidade bem na minha frente e eu procurando ela em outros lugares-Bom, o tempo passou e agora as coisa mudaram, exceto o meu amor por ele que continua vivo.- ouvi as fãs falarem um "awwwn" eu conjunto e fiquei tão bobo quanto elas- Anjinho, eu estive contigo e presenciei seu crescimento, fiz parte do seu sonho e isso preço nenhum paga. Sou muito feliz por ter você na minha vida depois de tanto tempo. Ainda muito nova eu aprendi a me dar conta de que tudo que eu tenho um dia vai embora, e enfim você sabe o porque, acho que um dos meus maiores medos em relação a você é esse também, de que um dia você vai embora.- ela falou fazendo meu coração apertar. Eu nunca faria isso- Recentemente aconteceu algo que tentou te derrubar, denegrir sua imagem, enfim...Inclusive eu saí suja nessa história, mas.. do nosso amor a gente que sabe, e é isso que me consola, apesar de ter ficado super chateada com o que falaram de você porque a gente sabe, sua fãs também que você não é como falaram. Eu amo você, não pra sempre, mas por toda a eternidade.- seu depoimento acabou e as palmas aumentaram enquanto eu digeria suas palavras.
-Eu amo essa mulher- falei e as meninas gritaram- Ela é incrível.
-E que história é essa de rir da coitada quando ela caiu?- Fautão falou e eu comecei a rir me lembrando do dia.
-Tadinha, eu era maldoso Faustão, eu tinha umas brincadeiras de mal gosto e já fiz várias com ela quando a gente era mais novo. Essa história que ela contou foi num dia que meus primos foram lá pra casa e a gente foi brincar de Gato Mia. Gato Mia é o nome da brincadeira. É quase como pique-esconde. Uma pessoa fica fora do quarto, enquanto o resto se esconde dentro do quarto. Aí você apaga a luz e manda a pessoa que está do lado de fora entrar. Ela pede pras pessoas miarem e segue o som do miado pra pegar um a um. Só que eu mandava as pessoas se esconderam num lugar só pra que ela fosse na direção certa, aí no meio do caminho eu coloquei um monte de atalho. Tinha uma cadeira azul no meu quarto e eu virei a cadeira. Abri as portas do guarda-roupa tudo, as gavetas, virei o quarto inteiro e quando ela entrou ela caiu e machucou- falei rindo e a platéia riu junto.
-E mesmo assim ela se apaixonou por você?-Faustão brincou.
-Pra você ver- entrei na brincadeira mas não deixei de falar bem dela também, claro.- A Tatá é mais que amiga, ela é um anjo na minha vida. Hoje eu percebo que eu demorei um pouco pra fazer ela ser minha sabe? Acho que a gente perdeu muito tempo sendo só amigos enquanto podíamos ter um ao outro. Mais aí vai da vontade de Deus e ele que sabe de todas as coisas. Eu admiro muito ela porque ela perdeu os pais muito nova, e quando a gente se conheceu ela já morava sozinha então ela tinha uma maturidade maior do que muitas mulheres. Ela é um exemplo pra mim e eu sou muito sortudo por tê-la em minha vida- falei fazendo as minhas fãs suspirarem mais uma vez.
Os depoimentos se seguiram e dessa vez quem apareceu foi meus pais. Foi então que eu voltei a chorar, mas dessa vez não segurei, chorei de soluçar, não tinha como, eles eram a base da minha vida, a razão de tudo. Me apoiaram e como meu pai mesmo disse, passaram por coisas comigo que não precisavam passar, mas fizeram porque era o meu sonho.
Assim que o quadro acabou eu estava imensamente feliz, já não pensava no ocorrido no hotel, só agradecia mentalmente a Deus por tantas bençãos em minha vida. Antes de sair do palco a platéia me homenageou cantando "METEORO", o começo de tudo, e que descreveu aquele momento ali também. "Se for sonho, não me acorde eu preciso flutuar. Pois só quem sonha consegue alcançar."
Oii gente, vim aqui postar mais um. Confesso que esse capítulo foi difícil de escrever, eu tive que tentar entender cada sentimento do Luan no dia que ele recebeu essa linda homenagem, escrevi ela na fanfic pra fazer vocês lembrarem também de um dos programas mais lindos que ele já participou. Quando ele recebe homenagem assim sinto como se fosse pra mim kkk Enfim. Mudei um pouco lógico, tirei a Jade, a parte do cara que faz pamonha, e enfim, tudo pra se encaixar direitinho. E a surra que ele eu no Gustavo.. gostaram? Não repitam isso em casa rsrs.. Por hoje é isso. Beijos :x
-Oi meus amores, tudo bem?- se aproximo pegando cadernos, dando autógrafos e tirando fotos.
Eu não queria me aproximar, mas não pelo fato de ter medo de elas brigarem comigo ou algo do tipo mas sim por achar que aquele era um momento só deles. Mesmo meio receosa, não tive como negar o pedido de uma das meninas que sorriu pra mim e me chamou com o dedo. Entreguei minha mala pro Rober, que tinha ido nos buscar, e caminhei até a menina. Peguei em suas mãos através da grade e ele abriu um sorriso enorme. Logo, atraímos olhares de mais fãs. Percebi algumas tirando foto e fiz questão de sorrir pra sair bonita. Luan puxou um celular da mão da menina, tirou uma foto com ela, depois veio em minha direção, me puxou pela cintura e tirou uma foto nossa fazendo as meninas suspirarem. Conversamos com elas e logo fomos pro estúdio.
Assim que cheguei cumprimentei todos que estavam ali. Depois me sentei no cantinho e fiquei calada vendo eles decidirem como seria a nova tour. Francisco e Marcio mostravam a ideia do novo palco. Luan estava concentrado em tudo e volta e meia dava alguma sugestão, era incrível como ele fazia questão de participar de tudo, isso me fazia o admirar mais ainda, não só como namorado, mas como um profissional também.
Senti meu celular vibrar e me levantei pra atender fora do estúdio pra não atrapalhar o ensaio deles.
-Oi cunha- Bruna falou animada do outro lado da linha.
-Oi Bubu.
-Tenho uma notícia maravilhosa pra você.
-Opa, pode contar.
-Ligaram aqui em casa do Faustão, o Luan vai tá no "Arquivo Confidencial".
-Mentira?- dei um pulo de alegria e acho que cheguei a dar um grito meio alto.- Awwn cunha que orgulho- agora eu já estava prestes a chorar.
-Isso é maravilhoso Tatáh, o Luan merece tanto..
-Eu tô sem palavras- minha voz já estava embargada
- Presta atenção, eles vão vir aqui gravar hoje, a equipe dele vai manter ele aí por um bom tempo, você tem que inventar alguma desculpa e vir também, agora se possível.
-Ta bom-falei nervosa
-Tenta ficar calma, se ele te ver assim chorando vai ficar preocupado, você tem que ficar tranquila.
-Tudo bem, vou me despedir agora mesmo.
Me despedi da Bruna, respirei fundo, enxuguei as lágrimas e entrei no estúdio de novo. Luan me olhou e eu sorri pra ele o chamando com o dedo. Ele se aproximou rápido.
-Ta tudo bem?- perguntou colocando meu cabelo atrás da orelha.
-Tá, mais eu tenho que ir embora.
-Ah não, sério?- ele perguntou me puxando pros seus braços.
-Sim, tenho que trabalhar também né?- menti lembrando que realmente eu tinha que passar no consultório, mas que aquilo ficaria pra depois.
-Você não precisa disso.
-Lógico que eu preciso.
-A gente vai casar e eu que vou te sustentar.
-Pensamento machista, eu gosto de trabalhar.- alisei seu rosto sorrindo.
-Tudo bem então, mas é tudo culpa sua, você me acostumou mal nesses dois dias, agora não quero desgrudar de você- falou manhoso.
-A gente se vê mais tarde.- Selei seus lábios e enfim me despedi dele.
Assim que saí do estúdio chamei um táxi e voei pra casa dos Santana's. Estava muito ansiosa pensando no que eu falaria sobre ele. Tinha que ser algo impactante e ao mesmo tempo breve. Mas o que? Enquanto não chegava ao meu destino parei pra lembrar de todos os nossos momentos juntos, lembrar de como nossos beijos eram sincronizados, fossem rápidos ou mais lentos eram ótimos e viciante. Lembrei de como seus dedos se entrelaçavam aos meus de maneira tão perfeita. De como eu era feliz com ele. Me lembrei de como meu coração acelerava perto dele. De como eu sentia sua falta quando estava longe. Foram tantas lembranças que me inspiraram e começaram a me dar ideias de o que eu poderia dizer sobre o meu namorado.
Quando enfim cheguei na casa do Luan, percebi que Bruna me esperava na porta, ela parecia aflita. Paguei o táxi e ela me puxou pela mão me levando pro seu quarto. Começou a me arrumar e me dar algumas ideias do que eu falaria. Ela disse que a produção tinha dito que ficava ao critério dela se ela falaria ou não, mas que o meu depoimento e dos pais seria essencial.
Não demorou muito a equipe da globo chegou. Primeiro conversou com a gente dizendo quanto tempo tínhamos mais ou menos e como podíamos fazer pra que os depoimentos saíssem naturais. Começaram a posicionar algumas luzes e a câmera também. Eles gravaram primeiro com seu Amarildo, depois com Marizete, e por fim com Bruna, Amarildo e Marizete juntos pra finalizar a parte deles. Depois de tudo pronto eles me olharam perguntando se eu estava preparada. Assenti e eles sugeriram mudar o local. Fui pro quarto de hospede e lá filmei. Como eu imaginei falei demais, mas ao mesmo tempo falei o suficiente, eles disseram que tinha ficado muito bom. Agora era esperar pra ver a reação do Luan.
Narrado pelo Luan
Os ensaios estavam a todo vapor. Não tínhamos muitos shows marcados, mas as entrevistas lotavam minha agenda do mesmo jeito.
No domingo viajei para o Rio de Janeiro. Iria gravar o Domingão do Faustão. Eu falaria do meu novo DVD, e aproveitaria pra falar da tour, que seria baseado no meu DVD e eu estava levando pra todo o Brasil.
Chegamos no hotel pela manhã, e era impressionante como eu já sentia a falta da minha baixinha. Tínhamos nos vistos um dia antes, mas parece que quanto mais tempo eu passava com ela, mais saudade eu sentia. Passei a manhã inteira no quarto mas de tarde decidi descer pra almoçar, mesmo sabendo que aquilo poderia causar tumulto no hotel.
O restaurante estava lotado, mas eles me levaram pra um lugar reservado onde pude sentar com minha equipe tranquilamente. Quando eu estava quase terminando meu almoço, olhei pro lado como quem não queria nada e me deparei com uma pessoa que eu não queria ver tão cedo. A raiva percorreu meu corpo e eu fechei o punho num impulso apertando os talheres. Soltei-os na mesa fazendo com que batessem no prato e fizesse um barulho que assustou as pessoas mais próximas. Rober me olhou preocupado e seguiu a direção que eu olhava vendo Gustavo ali também. No mesmo hotel que eu.
-Luan, calma- colocou a mão no meu ombro mais eu ignorei o que ele disse. Como eu poderia ter calma com aquele babaca ali?- Vamos sair daqui, vem- Rober me segurou pelo braço me fazendo levantar mas minha mão continuava fechada e o ódio estava aumento- ANDA LUAN, VEM COMIGO- ele disse me puxando e Well levantou me puxando também sem nem saber o porquê.
Assim que saímos do restaurante levei minhas mãos a cabeça e respirei fundo. Eu ainda estava com ódio, eu precisava voltar naquele restaurante. Me virei pra abrir a porta mas Roberval me puxou me levando pro elevador.
-Se controla, pensa na sua imagem, o restaurante está cheio. Vamos- me puxava enquanto eu ainda relutava um pouco- Vamos Luan, não me faça te levar a força.
Puxei meu braço da mão do Rober e caminhei sozinho até o elevador. Quando estávamos dentro vi que Roberval ficou aliviado, mas eu não, minha cabeça ainda fervia, e eu tive a impressão que fosse explodir de tanto ódio, rancor e raiva que me percorria. Fui andando depressa pro meu quarto e Rober veio correndo atrás de mim.
-Presta atenção Luan, eu sei que está com raiva, sei que o que aquele cara fez não tem perdão, também acho que ele merece uma lição, mas não sua. Você tem uma imagem a zelar.
-Tudo bem Rober, já tô mais calmo- falei tentando o convencer daquilo mas o que eu queria mesmo era ficar sozinho- Pode ir pro seu quarto, eu vou tomar um banho pra relaxar.
- Pelo amor de Deus cara, fica nesse quarto e não sai.- pediu nervoso e eu assenti.
Assim que ele saiu fechei a porta e caminhei até minha cama. Sentei nela e levei minhas mãos até a cabeça. Eu não podia ficar parado, eu não conseguia. Logo comecei a imaginar Gustavo abusando da Tatáh, imaginei ele dopando ele se aproveitando dela. Definitivamente não dava pra eu ser condizente com aquilo, e ficar ali parado me parecia isso, como se eu tivesse aceitado o que aconteceu, e de fato, não eram bem assim, na verdade, estava bem longe de ser aquilo.
Abri a porta do meu quarto e fui até o elevador de novo. Apertei o botão nervoso com medo de ser visto, mas com a vontade de quebrar Gustavo na porrada. Desci e fiquei sentado na recepção, com um jornal sobre o rosto pra tentar evitar ser visto, mas de olho em quem saia do restaurante. Não demorou muito vi aquele cretino saindo. Ele apertou o botão pra chamar o elevador e eu fiquei atrás. Assim que ele entrou fui pro lado pra ver qual botão ele apertaria, não podia ir no mesmo elevador que ele, apesar de que bater nele ali seria muito bom também. Minhas mãos coçavam. Vi ele apertando o 13º andar. Segui em direção a escada e subi correndo. Acho que a adrenalina que eu senti foi tanta que eu não me cansei, minha vontade era chegar logo naquele andar. Abri a porta e respirei fundo esperando pelo momento que eu tanto ansiava. A porta se abriu e eu fechei o punho de novo. Caminhei depressa até ele e o puxei pela gola da camisa quase o enforcando. Gustavo segurou a gola e tentou afastar do seu pescoço, mas foi então que eu puxei com mais força.
-Eu te disse seu babaca, disse que se você fizesse algo a ela eu acabaria com você- falei o virando pra mim e apertando mais ainda sua blusa contra seu pescoço fazendo seu ar faltar cada vez mais- COMO VOCÊ TEVE CORAGEM?- Aumentei o tom de voz dando uma joelhava em sua barriga fazendo ele se contorcer- ISSO É POR TER SEDADO MINHA NAMORADA- Dei um soco em seu rosto e em seguida chutei sua perna fazendo ele cair- ISSO É POR TER SE APROVEITADO DELA- Chutei bem rente ao seu estômago-ISSO É POR VOCÊ TER NASCIDO- coloquei meu pé em seu rosto e apertei quase "colando" seu rosto no chão- NÃO CHEGA PERTO DA TANARA MAIS.- Falei chutando sua barriga pela última vez, voltando pra escada assim que ouvi algumas portas se abrirem. Saí dali antes que fosse visto, deixando ele caído no chão criando forças pra se levantar. Me senti vingado.
Abri a porta do meu quarto tremendo, e quando fui fechar Rober empurrou e entrou com tudo.
-O que você fez Luan?- perguntou fechando a porta atrás de si.
-Eu tinha que fazer algo Rober, eu precisava- sentei na cama e comecei a chorar- Foi pela Tatá, ele mexeu com a minha Tatá- falei chorando de raiva, de desespero, de tudo.
-Ei cara não fica assim tá?Eu te entendo, mas você não podia ter feito isso.
-Você sabe o que eu fiz?
-Eu ouvi os gemidos de dor dele, e tinha uma moça gritando na janela que estavam espancando alguém no corredor.
-Será que alguém me viu?- perguntei começando a pensar nas consequências que aquilo me trariam.
-Não sei Luan, vamos torcer pra que não. Vai descansar que daqui a pouco temos que ir pro programa.-Ele saiu me deixando pensativo sobre o que eu tinha acabado de fazer.
Um medo me percorreu, mas em nenhum momento me arrependi do que havia feito.
Horas depois, já pronto pro programa, saí em direção ao Projac. Quando passei pela recepção ouvi muitos comentários sobre o cara que tinha apanhado dentro do hotel, e mais uma vez o medo me percorreu. O hotel não tinha câmeras no corredor, mas Gustavo poderia muito bem provar através de um corpo delito que eu o tinha batido. Tentei não pensar naquilo aquele momento e foquei no programa que eu estava prestes a participar.
Assim que chegamos fomos ensaiar. A energia que minhas fãs me passaram antes mesmo do programa começar foi essencial pra mim, me senti seguro, protegido. Eu tinha esse consolo, de que minhas fãs não me abandonaria, mesmo sabendo que o ídolo delas era um quase assassino. Pois era assim que me sentia, na hora da raiva, quase matei o Gustavo. Mas meu Deus, ele merecia, ele mexeu com minha baixinha. E quando eu penso que ele pode ter abusado sexualmente então, me sobe uma vontade enorme de chorar.
Não demorou muito pro programa começar, e menos ainda pra eu ser chamado. Entrei cantando "Tudo que você quiser" e me senti revigorado quando vi a platéia cantando comigo. Cantei mais uma música e respondi algumas perguntas das pessoas que estavam ali presente. Uma delas, sobre a responsabilidade que eu tinha de trazer uma novidade pro sertanejo, principalmente com meu novo DVD, que era algo inovador, sem sombra de dúvidas. Em seguida, passou 3 depoimentos de pessoas que eram como ídolos pra mim. Zezé di Camargo, Leonardo e Daniel. Me emocionei ao ver o que o Zezé disse de mim, falar que ele queria ser eu quando crescesse era algo que eu NUNCA imaginei em toda minha vida, foi muito mais do que eu sonhei um dia e foi difícil não se emocionar.
-Olha o que eles fizeram com você meu- Faustão falou enquanto eu tentava me recuperar- Daniel, Leonardo e Zezé di Camargo.- Deu uma pausa enquanto a plateia gritava enlouquecida, acho que sentido a mesma coisa que eu sentia- Trás uma água pra ele porque é o seguinte. já que você tá aqui...
-Desculpa aí- pedi com a voz um pouco embargada por ter chorado em público. Um milhão de sentimentos me envolveram e estava difícil de controlar.
-Já que "cê" tá assim- O Faustão continuou falando- Olha aí ôh, Maradona vai dar uma água pra você- Ele falou e o Maradona se aproximou com uma bandeja onde logo eu peguei o copo e bebi um gole de água- Respire fundo e fique sabendo o seguinte, você tá aqui também porque, principalmente, você está no Arquivo Confidencial- Faustão falou me pegando de surpresa. Eu nunca imaginei que chegaria tão longe um dia. O quadro mal tinha começado e a emoção tomava conta de mim.
O Faustão chamou os comerciais onde eu pude me recompor um pouco. Aproveitei pra lhe dar um abraço e lhe agradecer pela oportunidade. Ele me disse que eu merecia, e que se eu estava ali era porque eu não era um cantor qualquer, e tão pouco seria um simples "meteoro" que ia passar como muitas pessoas me julgaram no começo da carreira.
Assim que o programa voltou eu já estava mais tranquilo, mas com a emoção a flor da pele. Um sorriso brincava em meus lábios enquanto eu me perguntava se era merecedor de tanto. Bom, se eu estava ali, acho que é porque eu era. A platéia me aplaudiu de pé e em seguida o quadro começou de verdade. Começou com umas imagens de Jaraguari, que saudade que eu senti. Ao fundo tocava uma música minha, e mais uma vez minhas fãs me surpreenderam cantando junto. A força que a família Luan Santana tem é indiscutível, eu realmente tenho mesmo as melhores fãs do mundo. A primeira pessoa a falar foi meu tio Max, e mais uma vez eu me entreguei as lágrimas apesar de ele me fazer rir ao lembrar das nossas maldades quando crianças e de como fui perna de pau quando jogava futebol. Em seguida veio depoimentos da Vô Erô e do Seu João. Nossa, a quanto tempo eu não os via, que saudade que eu senti. Meu grande amigo Sorocaba também falou de mim e não deixou de me elogiar. O que seria de mim sem a ajuda dele?
-Estamos aqui no Arquivo Confidencial, Luan Santana e suas histórias.- Faustão falou enquanto a platéia aplaudia- E agora, histórias no Domingão, direto pro seu coração- Ele falou e eu olhei pra tela onde os depoimentos passavam esperando curioso quem falaria daquela vez, me surpreendendo com a imagem da minha baixinha que logo começou a falar.
-Quando o vi pela primeira vez fiquei encantada.- A plateia foi a loucura e era sinal de que minhas fãs gostavam dela, o que me deixava muito feliz- Ele tava conversava com as meninas na lanchonete, e eu não consegui parar de olha-lo. Acompanhei cada movimento seu de longe, e nem prestava atenção no que minhas amigas falavam comigo. Não foi fácil me aproximar do Luan porque naquela época ele já era era famosinho na escola e na região também. Com o tempo nos aproximamos através dos amigos que tínhamos em comum.- Ela falou algumas coisas que nem eu sabia- A gente brincava demais um com o outro, e ele sempre aprontou muito. Teve até um dia em que a gente tava na casa dele brincando e ele aprontou comigo. Eu tive que ficar do lado de fora do quarto, pra que ele, os primos e a irmã, pudessem se esconder dentro do quarto. Até aí tudo bem, mas ele virou o quarto de cabeça pra baixo, virou as cadeiras, abriu as gavetas enfim, quando eu entrei, eu saí esbarrando em tudo e levei uma queda feia. O que o Luan fez? Começou a rir de mim.- Ela disse com seu jeitinho manhoso fazendo todos os ali presentes começarem a rir-Eu sempre fui muito apaixonadinha e era muito ruim ver ele com as outras meninas da escola, mas como uma boa amiga eu ajudava ele em tudo que ele precisava, fosse uma surpresa pra alguma, um conselho quando ele estivesse magoado, fazia tudo que estava ao meu alcance.- era verdade, a felicidade bem na minha frente e eu procurando ela em outros lugares-Bom, o tempo passou e agora as coisa mudaram, exceto o meu amor por ele que continua vivo.- ouvi as fãs falarem um "awwwn" eu conjunto e fiquei tão bobo quanto elas- Anjinho, eu estive contigo e presenciei seu crescimento, fiz parte do seu sonho e isso preço nenhum paga. Sou muito feliz por ter você na minha vida depois de tanto tempo. Ainda muito nova eu aprendi a me dar conta de que tudo que eu tenho um dia vai embora, e enfim você sabe o porque, acho que um dos meus maiores medos em relação a você é esse também, de que um dia você vai embora.- ela falou fazendo meu coração apertar. Eu nunca faria isso- Recentemente aconteceu algo que tentou te derrubar, denegrir sua imagem, enfim...Inclusive eu saí suja nessa história, mas.. do nosso amor a gente que sabe, e é isso que me consola, apesar de ter ficado super chateada com o que falaram de você porque a gente sabe, sua fãs também que você não é como falaram. Eu amo você, não pra sempre, mas por toda a eternidade.- seu depoimento acabou e as palmas aumentaram enquanto eu digeria suas palavras.
-Eu amo essa mulher- falei e as meninas gritaram- Ela é incrível.
-E que história é essa de rir da coitada quando ela caiu?- Fautão falou e eu comecei a rir me lembrando do dia.
-Tadinha, eu era maldoso Faustão, eu tinha umas brincadeiras de mal gosto e já fiz várias com ela quando a gente era mais novo. Essa história que ela contou foi num dia que meus primos foram lá pra casa e a gente foi brincar de Gato Mia. Gato Mia é o nome da brincadeira. É quase como pique-esconde. Uma pessoa fica fora do quarto, enquanto o resto se esconde dentro do quarto. Aí você apaga a luz e manda a pessoa que está do lado de fora entrar. Ela pede pras pessoas miarem e segue o som do miado pra pegar um a um. Só que eu mandava as pessoas se esconderam num lugar só pra que ela fosse na direção certa, aí no meio do caminho eu coloquei um monte de atalho. Tinha uma cadeira azul no meu quarto e eu virei a cadeira. Abri as portas do guarda-roupa tudo, as gavetas, virei o quarto inteiro e quando ela entrou ela caiu e machucou- falei rindo e a platéia riu junto.
-E mesmo assim ela se apaixonou por você?-Faustão brincou.
-Pra você ver- entrei na brincadeira mas não deixei de falar bem dela também, claro.- A Tatá é mais que amiga, ela é um anjo na minha vida. Hoje eu percebo que eu demorei um pouco pra fazer ela ser minha sabe? Acho que a gente perdeu muito tempo sendo só amigos enquanto podíamos ter um ao outro. Mais aí vai da vontade de Deus e ele que sabe de todas as coisas. Eu admiro muito ela porque ela perdeu os pais muito nova, e quando a gente se conheceu ela já morava sozinha então ela tinha uma maturidade maior do que muitas mulheres. Ela é um exemplo pra mim e eu sou muito sortudo por tê-la em minha vida- falei fazendo as minhas fãs suspirarem mais uma vez.
Os depoimentos se seguiram e dessa vez quem apareceu foi meus pais. Foi então que eu voltei a chorar, mas dessa vez não segurei, chorei de soluçar, não tinha como, eles eram a base da minha vida, a razão de tudo. Me apoiaram e como meu pai mesmo disse, passaram por coisas comigo que não precisavam passar, mas fizeram porque era o meu sonho.
Assim que o quadro acabou eu estava imensamente feliz, já não pensava no ocorrido no hotel, só agradecia mentalmente a Deus por tantas bençãos em minha vida. Antes de sair do palco a platéia me homenageou cantando "METEORO", o começo de tudo, e que descreveu aquele momento ali também. "Se for sonho, não me acorde eu preciso flutuar. Pois só quem sonha consegue alcançar."
Oii gente, vim aqui postar mais um. Confesso que esse capítulo foi difícil de escrever, eu tive que tentar entender cada sentimento do Luan no dia que ele recebeu essa linda homenagem, escrevi ela na fanfic pra fazer vocês lembrarem também de um dos programas mais lindos que ele já participou. Quando ele recebe homenagem assim sinto como se fosse pra mim kkk Enfim. Mudei um pouco lógico, tirei a Jade, a parte do cara que faz pamonha, e enfim, tudo pra se encaixar direitinho. E a surra que ele eu no Gustavo.. gostaram? Não repitam isso em casa rsrs.. Por hoje é isso. Beijos :x
quinta-feira, 24 de abril de 2014
Capítulo 64
-Ein Luan? Responde! Por que a Julia estava te ligando?
-E eu que sei Tanara? Eu nunca mais falei com ela.
-Tem certeza? Ela não te ligaria a troco de nada, ainda mais depois de tudo que você fez pra ela.
-Eu não fiz nada.
-Ah não? Vai defender a coitadinha agora?
-Não tô defendendo ninguém Tanara.
-Ah não, magina. Eu que tô. E abandonar a pessoa no altar não é nada também.
-Você que fez toda a confusão.
-Desculpa então se eu estraguei os seus planos- levantei da cama nervosa- Desculpa mesmo ter impedido aquela palhaçada.- fui em direção a porta mas ele me puxou pela cintura.
-Para de besteira amor, se eu quisesse me casar com ela não tinha fugido com você, falo isso só pra provocar, porque você é a coisa mais linda toda bravinha.
-Não tem graça nenhuma Luan, eu não quero você de papo com essa coisa, não quero mesmo.
-Relaxa tá bebê?Eu não tenho nada a ver com essa ligação, nem atendi- ele falava alisando meu rosto de leve- Eu vou dar um jeito de bloquear ela, ou mudar o número, farei qualquer coisa pra que ela não entre em contato comigo, ta bom?- ele perguntou e eu assenti- Então vem deitar comigo trem braba.
Ele disse deitando na cama e me puxando em seguida pra deitar com ele. Me aconcheguei em seu peito e o celular dele vibrou em cima do criado mudo novamente.
- Deve ser a Julia de novo- virei os olhos e fechei a cara.
-Deixa eu ver- ele falou pegando o celular e começou a rir minutos depois.
-Do que você tá rindo?- puxei o celular da mão dele e li a mensagem que ele tinha acabado de receber "Geral no barzinho, só não tá o Luanzinho que ta preso na coleira. Perdemos um soldado ele foi baleado.."-Quem te mandou isso?- perguntei rindo também.
-Meu tio- ele tomou o celular da minha mão, travou e colocou ele no lugar que estava antes.-É uma música do Fábio e Rafael.
-Então quer dizer que você ta preso na coleira?
-Isso é ele quem tá dizendo, eu tô preso coisa nenhuma- falou me provocando.
-Ah não?- olhei pra ele
-Claro que não, cê que ta presa em mim.
-Tadinho- comecei a rir e ele me encarou sério
-Mas nem sei porque ele ta falando de mim, namora a mesma muié faz anos- ele riu e eu fiquei meio incomodada. Comecei a pensar besteira, então quer dizer que o Luan achava ruim namorar anos com a mesma pessoa? - Prefiro tá aqui com minha muiézinha deitada no meu peito do que tá bebendo com um monte de homi- ele disse me apertando mais a ele e alisando meu braço.
-Você acha errado?
-O quê?
-Namorar com a mesma mulher a anos.
-Mas lokinão Tatáh. Cê me entendeu errado, pô para de paranoia. Eu só disse que ele não pode falar nada porque namora a anos, mas isso não tem nada a ver com nois dois, quero namorar com você por muito tempo também.- ele disse tirando aquelas bobagens da minha cabeça-Eu te amo coisa linda- me deu um beijo no topo da cabeça.
Levantei do seu peito e subi em cima dele. Comecei a beijar seu rosto, depois seu queixo, seu nariz e por fim boca, onde logo aquele selinho se tornou um beijo quente. Suas mãos começaram a percorrer minhas coxas e se aproximarem de minha bunda. Ele me segurou e me aconchegou mais a ele, fazendo eu ficar bem em cima do seu sexo. Afundei meus dedos em seu cabelo e puxei de leve dando mais intensidade ao nosso beijo. Ele parava as vezes e mordia meus lábios aumentando meu desejo. Senti sua ereção e me assustei.
-Você não cansa não?
-Não tem como- respondeu beijando meu pescoço e foi descendo os beijos até meus ombros. Suas mãos ferozes entraram na minha blusa e começaram a retirá-la devagar.
-Você disse que a gente ia dormir..- disse as palavras quase num murmúrio.
-Eu me controlo mais o Luan Jr. não.- ele falou rindo e tirou minha blusa, ou melhor sua blusa que eu vestia, de uma vez só.
Me rendi a ele e comecei a tirar sua blusa também, ele sorriu com minha atitude e levou suas mãos até meu sutiã pra arrancá-lo se deparando com meus seios bem em sua frente onde logo ele começou a passar a mão e beijar, primeiro um, depois o outro e depois chupando um enquanto massageava o outro. Joguei a cabeça pra trás e estremeci em seu colo, fazendo ele me segurar com um mão enquanto ainda continuava com a boca no meu peito. Coloquei minha mão por cima do seu membro e passei a mão por cima da roupa mesmo. Luan beijou minha boca e me tirou do seu colo ficando por cima de mim. Desceu os beijos até chegar a minha intimidade e começou a passar a mão por lá, bem em cima da calcinha me fazendo olhá-lo com mais desejo do que eu já estava.
-Tira logo- murmurei e ele riu negando
-Tá com pressa?- riu de mim e continuou massageando vendo em me contorcer na cama. Ele também se esquivava a cada tentativa minha de tocar nele. Minutos depois ele tirou a única peça de roupa que eu ainda vestia, mas não terminou suas provocações, enfiou um dedo em mim enquanto me encarava olho a olho, vendo meus olhos arderem com seus movimentos. Segurei o braço dele e arranhei, pensei que ele reclamaria mas ele começou a rir.-Vou parar de te provocar amor.- Ele disse tirando sua bermuda e cueca junto, eu lógico ajudei. Luan puxou a carteira ao lado pra pegar uma camisinha- Ai droga- ele falou e eu o olhei sem entender- Acabou a camisinha, usamos as últimas lá no jantar.
-Tá brincando né?- deitei na cama e respirei fundo.
-Pior que não, mas a gente vai continuar mesmo assim- ele começou a me beijar de novo.
-Não Lu, não vai rolar não- empurrei ele que me olhou assustado
-Como assim não vai rolar?- perguntou meio indignado- Olha aqui o meu estado- apontou pro seu sexo que estava bem erguido por sinal. Eu comecei a rir- Tá rindo do que?- perguntou mais nervoso ainda.
-De você, ficou aí me provocando e agora vai ficar na vontade, me vinguei sem querer.- continuei rindo e ele continuou sério.
-Não tem graça, você não sabe como dói ficar excitado e parar no meio do negócio, eu estou literalmente de saco cheio- falou e eu comecei a rir mais ainda.
-Senta aqui, deixa eu fazer uma massagem em você- Falei ficando de joelho na cama e batendo com a mão na frente pra ele sentar.
-Ah não amorzinho, agora que tava ficando bom.- falou se aproximando de mim beijando meu pescoço e roçando seu membro no meu- Vamos continuar. Eu tiro antes, não vou gozar em você eu prometo.
-Não vou arriscar não amor, to muito nova pra ser mamãe- falei me afastando e batendo com a mão na cama de novo pra ele sentar.
-Taquipariu viu- ele sentou na cama de costas pra mim e então eu comecei a lhe fazer uma massagem- Nunca mais esqueço saporra, vou levar um estoque comigo- falou me fazendo começar a rir de novo.
Acordei com o celular de Luan despertando. Desliguei rápido com medo da minha tia ouvir. Agora era a hora, eu teria que ir pro meu quarto, mas como? Luan estava agarrado em mim, e ele pesava muito. Por um momento achei que seria impossível tirar seu braço da minha volta mas eu consegui. Peguei a blusa dele que estava jogada no chão e vesti. Também peguei minha calcinha e meu sutiã e enrolei os dois juntos. Saí do quarto de fininho pra não acordá-lo e fui pro meu, mas não consegui dormir de novo. Fui tomar um banho e depois desci pra ficar na sala vendo filme.
Por volta das 9 horas minha tia acordou, me deu bom dia e foi pra cozinha preparar o café da manhã, na verdade montar a mesa. Levantei e fui ajudá-la, tomamos o café juntas sem esperar o Luan, eu queria levar no quarto pra ele. Montei uma bandeja com bastante coisa e subi devagar até seu quarto. Entrei e ri ao ver que ele estava meio torto na cama. Coloquei a bandeja no chão e sentei na cama começando a beijar seu rosto até ele começar a se mexer. Luan abriu os olhos devagar e sorriu assim que me viu.
-Bom dia meu amor- eu disse e ele levantou se espreguiçando.
-Que horas são?- perguntou com a voz mais gostosa de sono.
-Quase dez, te acordei cedo pra gente aproveitar esse dia lindo.
-Nossa, olha meu estado- ele riu levantando a coberta olhando seu "amiguinho" - Ainda está indignado né Luan Jr.? Foi vacilo cara- ele conversou com seu próprio pênis me fazendo rir.
-Trouxe uma coisa pra você?- falei pegando a bandeja do chão e colocando na sua frente.
-Hum, café na cama..- disse já começando a devorar o pão de queijo- Já comeu?- me olhou e eu assenti- Então tudo isso é só pra mim?
-É gordinho.
-Opa, aí sim- voltou a devorar enquanto eu o olhava apaixonada. Ele era lindo até com aquela carinha amaçada de sono e cabelo bagunçado. Como é que pode?
Depois que Luan comeu tudo, ele levantou e foi tomar banho, enquanto isso eu desci com a bandeja e fui limpar tudo e guardar no devido lugar. Fui até um quartinho que ficava do lado de fora da casa e peguei as varas de pescar junto com uma "malinha" pra colocar as iscas dentro. Voltei pra sala e Luan veio descendo a escada todo sorridente.
-A gente vai pescar?
-Eu prometi né?- dei de ombros e ele veio me ajudar com as coisas. Ele me olhou e pediu pra eu pegar umas salsichas e também goiaba. Eu peguei sem reclamar, apesar de achar muito estranho.
-São as iscas- ele me explicou e eu assenti como se tivesse entendido mas ainda estava meio perdida.
Fomos caminhando de mãos dadas até o lago. Luan com as duas varas na mão e eu com a malinha. Assim que chegamos Luan já pegou uma isca colocou em uma vara e me entregou na mão. Fez o mesmo processo só que dessa vez com sua vara jogando-a em seguida no lago.
-Vai amor, joga a sua.
Fiz como ele pediu e joguei a minha vara. Sentei no chão e ele sentou do meu lado. Não passou nem 2 minutos direito ele já levantou e começou a "brigar" com o peixe que ele tinha fisgado.
-Eita que esse deve ser do grande.
-Mas já?- o olhei espantada
-Mais é claro- ele falou puxando o peixe do lago que era muito grande mesmo- Aqui pesca ein- falou se gabando soltando o peixe no rio de novo.
Ficamos ali pescando por uma hora e meia mais ou menos, Luan fisgou vários, de diversos tamanhos. Já eu..não peguei um pra contar história.
-Cê é muito ruim muié?- Luan me zoou pegando a vara da minha mão e me ajudando a levantar.
-Eu nem queria pegar peixe mesmo- dei de ombros e ele começou a rir.
-Gostei demais daqui, bão pra pegar peixe, me chame mais vezes- falou me dando a mão pra voltarmos pra casa.
Guardei as varas e tudo no mesmo quartinho e fui encontrar com Luan que me aguardava do lado de fora da casa. Puxei ele pela mão e levei pra fazer o que eu mais gostava de fazer quando estava ali, andar a cavalo.
-Quer qual?- perguntei da porta olhando os vários cavalos que tinham ali.
-Não sei, qual você monta?
-No branco.
-Qual o nome?
-Não dei ainda.
-Como não? Vamos dar um pra ele agora uai. Vai ser o White Horse- falou todo emboladinho o inglês me fazendo rir.
-Bem original, traduzindo vai se chamar Cavalo Branco.
-É uai, porque ele é um cavalo branco- disse inocente me fazendo rir mais uma vez.
-Escolhe logo o seu- falei e ele continuou olhando os outros.
-E se a gente andasse juntos no White Horse? Que nem em filmes de princesas- me encarou virando o rosto esperando uma resposta meio apreensivo.
-Acho uma ótima ideia.
O caseiro trouxe o cavalo pra nós dois e me ajudou a preparar ele antes de montar. Luan apenas me olhava de longe. Assim que terminamos eu chamei Luan com o dedo e pedi pra ele subir primeiro. Pensei que ele precisaria de ajuda mas ele sabia subir direitinho. Assim que ele se equilibrou me estendeu a mão pra me ajudar a subir e eu segurei por educação. Subi no cavalo e fiquei na frente do Luan pegando as rédeas já começando a guiar White Horse devagar pela chácara. Luan estava com seus braços em volta da minha cintura e eu estava amando ter meus cabelos voando pelo vento junto com aquela velha sensação de liberdade como eu sempre sentia, só que dessa vez agarrada ao meu namorado, como se não existisse mais nada, nem ninguém no mundo.
-Deixa eu guiar um pouco amor- Luan pediu e eu passei as rédeas pra ele. Me deitei no seu peito pra facilitar a visão dele e coloquei minhas mãos no cavalo. Luan aumentou a velocidade- Posso ir mais rápido?- perguntou e eu assenti. Então a sensação que eu sentia se tornou inexplicável. Coloquei meu cabelo de lado e abri os braços pra senti aquela brisa me tocar, fechei os olhos pra sentir melhor aquele momento. Luan depositou um beijo breve em meu pescoço e foi então me senti completa.
Voltamos pra casa e fomos almoçar, dessa vez a cozinheira tinha preparado arroz carreteiro, carne de sol com mandioca e uma polenta. Eu e Luan nos acabamos de comer.
Minha tia saiu no meio da tarde e então chamei Luan pra tomar banho de piscina comigo, ele não negou e juntos subimos pra trocar de roupa. Coloquei um biquini azul que tinha ganhado da minha cunhadinha, que entendia de moda como ninguém. Coloquei só um short por cima e saí do quarto mexendo no celular. Desci as escadas e vi que Luan já me esperava sentado no sofá.
-Cadê a sunga?- perguntei
-Depois eu tiro a bermuda, mas quero tirar umas fotos pra minhas negas antes.
-Elas vão amar ver você só de sunga.
-Mas eu vou deixar elas na vontade.- falou me fazendo rir.
Fomos juntos até a piscina que ficava na parte de trás da casa e ele já foi logo pulando me molhando inteira sem nem ter entrado na água.
-Tira a foto aí amor.- fiz como ele pediu,tirei a foto que ficou top, ele saiu gostoso pra caramba.Tudo meu.
-Olha- mostrei pra ele que fez um joia com o dedo- Vai postar?
-Posta aí pra mim.- pediu me falando a senha dele.
Entrei no insta dele e não fucei nada, fui logo postando a foto sem colocar efeito algum.
Tô vivendo uns dos dias mais maravilhosos da minha vida, com direito a serenata dela, pescaria com ela, andar de cavalo com ela... tudo com ela. <3
Coloquei a legenda que ele tinha pedido tentando escrever como ele pra ninguém desconfiar que era outra pessoa que mexia ali, lógico, estava admirada com o que ele havia dito e enquanto digitava um sorriso brincava em meus lábios.
-Agora entra aqui e deixa eu tirar uma sua muié, cê tá toda linda aí- falou saindo da piscina e pegando o celular da minha mão. Tirei o short e sorri depois que ele assobiou um "fiu fiu" . A água estava um pouco fria então eu fui entrando devagar, me posicionei na borda e ele tirou a foto- Toma, vê se cê gosto.- Ele me entregou o celular e a foto tinha ficado muito bonita.
-Vou postar- pisquei pra ele. Ele virou de costas e tirou a bermuda, dessa vez foi minha vez de assobiar um "fiu fiu" pra ele.
Postei a foto e depois deixei o celular junto com minha chinela ao lado da piscina.
Subi nas costas do Luan e ele começou a andar pela piscina comigo. Paramos do outro lado e eu me encostei na borda. Ele continuou de costas pra mim e eu puxei ele e o abracei por trás. Fiquei beijando seu pescoço de leve enquanto ele só curtia meus carinhos.
-Um monte de beijinho no pescoço e nenhum na boca- falou manhoso.
-Verdade né? Que pecado- virei ele e grudei no seu pescoço iniciando um beijo.
Ficamos naquele clima um tempo, mas logo começamos a bagunçar e tentar afogar um ao outro, até porque no amor tem que ter zoeira também.
Minha tia chegou mais tarde com pamonha, Luan saiu da piscina correndo e tomou a pamonha da mão dela. Minha tia riu dele que quase caiu correndo até ela, nunca vi gostar de pamonha daquele jeito. Luan comeu a dele inteira e ainda roubou metade da minha, só não pegou a da minha tia porque tinha vergonha, se ele tivesse intimidade com ela, tinha pegado a dela também.
Nossos dois dias rendeu muita coisa, além de fazer a gente matar a saudade um do outro, fez o Luan relaxar que era o que ele mais precisava. Mas como tudo que é bom sempre termina, tivemos que nos despedir daquele lugar incrível, onde juntos escrevemos mais um pedaço da nossa história juntos.
Não sei o que me deu mas sentei decidida a terminar esse capítulo, são 4:50 da manhã kkkkk tô com as costas doendo mas vim aqui agradar vocês um pouquinho. Espero que gostem. Beijos :x
-E eu que sei Tanara? Eu nunca mais falei com ela.
-Tem certeza? Ela não te ligaria a troco de nada, ainda mais depois de tudo que você fez pra ela.
-Eu não fiz nada.
-Ah não? Vai defender a coitadinha agora?
-Não tô defendendo ninguém Tanara.
-Ah não, magina. Eu que tô. E abandonar a pessoa no altar não é nada também.
-Você que fez toda a confusão.
-Desculpa então se eu estraguei os seus planos- levantei da cama nervosa- Desculpa mesmo ter impedido aquela palhaçada.- fui em direção a porta mas ele me puxou pela cintura.
-Para de besteira amor, se eu quisesse me casar com ela não tinha fugido com você, falo isso só pra provocar, porque você é a coisa mais linda toda bravinha.
-Não tem graça nenhuma Luan, eu não quero você de papo com essa coisa, não quero mesmo.
-Relaxa tá bebê?Eu não tenho nada a ver com essa ligação, nem atendi- ele falava alisando meu rosto de leve- Eu vou dar um jeito de bloquear ela, ou mudar o número, farei qualquer coisa pra que ela não entre em contato comigo, ta bom?- ele perguntou e eu assenti- Então vem deitar comigo trem braba.
Ele disse deitando na cama e me puxando em seguida pra deitar com ele. Me aconcheguei em seu peito e o celular dele vibrou em cima do criado mudo novamente.
- Deve ser a Julia de novo- virei os olhos e fechei a cara.
-Deixa eu ver- ele falou pegando o celular e começou a rir minutos depois.
-Do que você tá rindo?- puxei o celular da mão dele e li a mensagem que ele tinha acabado de receber "Geral no barzinho, só não tá o Luanzinho que ta preso na coleira. Perdemos um soldado ele foi baleado.."-Quem te mandou isso?- perguntei rindo também.
-Meu tio- ele tomou o celular da minha mão, travou e colocou ele no lugar que estava antes.-É uma música do Fábio e Rafael.
-Então quer dizer que você ta preso na coleira?
-Isso é ele quem tá dizendo, eu tô preso coisa nenhuma- falou me provocando.
-Ah não?- olhei pra ele
-Claro que não, cê que ta presa em mim.
-Tadinho- comecei a rir e ele me encarou sério
-Mas nem sei porque ele ta falando de mim, namora a mesma muié faz anos- ele riu e eu fiquei meio incomodada. Comecei a pensar besteira, então quer dizer que o Luan achava ruim namorar anos com a mesma pessoa? - Prefiro tá aqui com minha muiézinha deitada no meu peito do que tá bebendo com um monte de homi- ele disse me apertando mais a ele e alisando meu braço.
-Você acha errado?
-O quê?
-Namorar com a mesma mulher a anos.
-Mas lokinão Tatáh. Cê me entendeu errado, pô para de paranoia. Eu só disse que ele não pode falar nada porque namora a anos, mas isso não tem nada a ver com nois dois, quero namorar com você por muito tempo também.- ele disse tirando aquelas bobagens da minha cabeça-Eu te amo coisa linda- me deu um beijo no topo da cabeça.
Levantei do seu peito e subi em cima dele. Comecei a beijar seu rosto, depois seu queixo, seu nariz e por fim boca, onde logo aquele selinho se tornou um beijo quente. Suas mãos começaram a percorrer minhas coxas e se aproximarem de minha bunda. Ele me segurou e me aconchegou mais a ele, fazendo eu ficar bem em cima do seu sexo. Afundei meus dedos em seu cabelo e puxei de leve dando mais intensidade ao nosso beijo. Ele parava as vezes e mordia meus lábios aumentando meu desejo. Senti sua ereção e me assustei.
-Você não cansa não?
-Não tem como- respondeu beijando meu pescoço e foi descendo os beijos até meus ombros. Suas mãos ferozes entraram na minha blusa e começaram a retirá-la devagar.
-Você disse que a gente ia dormir..- disse as palavras quase num murmúrio.
-Eu me controlo mais o Luan Jr. não.- ele falou rindo e tirou minha blusa, ou melhor sua blusa que eu vestia, de uma vez só.
Me rendi a ele e comecei a tirar sua blusa também, ele sorriu com minha atitude e levou suas mãos até meu sutiã pra arrancá-lo se deparando com meus seios bem em sua frente onde logo ele começou a passar a mão e beijar, primeiro um, depois o outro e depois chupando um enquanto massageava o outro. Joguei a cabeça pra trás e estremeci em seu colo, fazendo ele me segurar com um mão enquanto ainda continuava com a boca no meu peito. Coloquei minha mão por cima do seu membro e passei a mão por cima da roupa mesmo. Luan beijou minha boca e me tirou do seu colo ficando por cima de mim. Desceu os beijos até chegar a minha intimidade e começou a passar a mão por lá, bem em cima da calcinha me fazendo olhá-lo com mais desejo do que eu já estava.
-Tira logo- murmurei e ele riu negando
-Tá com pressa?- riu de mim e continuou massageando vendo em me contorcer na cama. Ele também se esquivava a cada tentativa minha de tocar nele. Minutos depois ele tirou a única peça de roupa que eu ainda vestia, mas não terminou suas provocações, enfiou um dedo em mim enquanto me encarava olho a olho, vendo meus olhos arderem com seus movimentos. Segurei o braço dele e arranhei, pensei que ele reclamaria mas ele começou a rir.-Vou parar de te provocar amor.- Ele disse tirando sua bermuda e cueca junto, eu lógico ajudei. Luan puxou a carteira ao lado pra pegar uma camisinha- Ai droga- ele falou e eu o olhei sem entender- Acabou a camisinha, usamos as últimas lá no jantar.
-Tá brincando né?- deitei na cama e respirei fundo.
-Pior que não, mas a gente vai continuar mesmo assim- ele começou a me beijar de novo.
-Não Lu, não vai rolar não- empurrei ele que me olhou assustado
-Como assim não vai rolar?- perguntou meio indignado- Olha aqui o meu estado- apontou pro seu sexo que estava bem erguido por sinal. Eu comecei a rir- Tá rindo do que?- perguntou mais nervoso ainda.
-De você, ficou aí me provocando e agora vai ficar na vontade, me vinguei sem querer.- continuei rindo e ele continuou sério.
-Não tem graça, você não sabe como dói ficar excitado e parar no meio do negócio, eu estou literalmente de saco cheio- falou e eu comecei a rir mais ainda.
-Senta aqui, deixa eu fazer uma massagem em você- Falei ficando de joelho na cama e batendo com a mão na frente pra ele sentar.
-Ah não amorzinho, agora que tava ficando bom.- falou se aproximando de mim beijando meu pescoço e roçando seu membro no meu- Vamos continuar. Eu tiro antes, não vou gozar em você eu prometo.
-Não vou arriscar não amor, to muito nova pra ser mamãe- falei me afastando e batendo com a mão na cama de novo pra ele sentar.
-Taquipariu viu- ele sentou na cama de costas pra mim e então eu comecei a lhe fazer uma massagem- Nunca mais esqueço saporra, vou levar um estoque comigo- falou me fazendo começar a rir de novo.
Acordei com o celular de Luan despertando. Desliguei rápido com medo da minha tia ouvir. Agora era a hora, eu teria que ir pro meu quarto, mas como? Luan estava agarrado em mim, e ele pesava muito. Por um momento achei que seria impossível tirar seu braço da minha volta mas eu consegui. Peguei a blusa dele que estava jogada no chão e vesti. Também peguei minha calcinha e meu sutiã e enrolei os dois juntos. Saí do quarto de fininho pra não acordá-lo e fui pro meu, mas não consegui dormir de novo. Fui tomar um banho e depois desci pra ficar na sala vendo filme.
Por volta das 9 horas minha tia acordou, me deu bom dia e foi pra cozinha preparar o café da manhã, na verdade montar a mesa. Levantei e fui ajudá-la, tomamos o café juntas sem esperar o Luan, eu queria levar no quarto pra ele. Montei uma bandeja com bastante coisa e subi devagar até seu quarto. Entrei e ri ao ver que ele estava meio torto na cama. Coloquei a bandeja no chão e sentei na cama começando a beijar seu rosto até ele começar a se mexer. Luan abriu os olhos devagar e sorriu assim que me viu.
-Bom dia meu amor- eu disse e ele levantou se espreguiçando.
-Que horas são?- perguntou com a voz mais gostosa de sono.
-Quase dez, te acordei cedo pra gente aproveitar esse dia lindo.
-Nossa, olha meu estado- ele riu levantando a coberta olhando seu "amiguinho" - Ainda está indignado né Luan Jr.? Foi vacilo cara- ele conversou com seu próprio pênis me fazendo rir.
-Trouxe uma coisa pra você?- falei pegando a bandeja do chão e colocando na sua frente.
-Hum, café na cama..- disse já começando a devorar o pão de queijo- Já comeu?- me olhou e eu assenti- Então tudo isso é só pra mim?
-É gordinho.
-Opa, aí sim- voltou a devorar enquanto eu o olhava apaixonada. Ele era lindo até com aquela carinha amaçada de sono e cabelo bagunçado. Como é que pode?
Depois que Luan comeu tudo, ele levantou e foi tomar banho, enquanto isso eu desci com a bandeja e fui limpar tudo e guardar no devido lugar. Fui até um quartinho que ficava do lado de fora da casa e peguei as varas de pescar junto com uma "malinha" pra colocar as iscas dentro. Voltei pra sala e Luan veio descendo a escada todo sorridente.
-A gente vai pescar?
-Eu prometi né?- dei de ombros e ele veio me ajudar com as coisas. Ele me olhou e pediu pra eu pegar umas salsichas e também goiaba. Eu peguei sem reclamar, apesar de achar muito estranho.
-São as iscas- ele me explicou e eu assenti como se tivesse entendido mas ainda estava meio perdida.
Fomos caminhando de mãos dadas até o lago. Luan com as duas varas na mão e eu com a malinha. Assim que chegamos Luan já pegou uma isca colocou em uma vara e me entregou na mão. Fez o mesmo processo só que dessa vez com sua vara jogando-a em seguida no lago.
-Vai amor, joga a sua.
Fiz como ele pediu e joguei a minha vara. Sentei no chão e ele sentou do meu lado. Não passou nem 2 minutos direito ele já levantou e começou a "brigar" com o peixe que ele tinha fisgado.
-Eita que esse deve ser do grande.
-Mas já?- o olhei espantada
-Mais é claro- ele falou puxando o peixe do lago que era muito grande mesmo- Aqui pesca ein- falou se gabando soltando o peixe no rio de novo.
Ficamos ali pescando por uma hora e meia mais ou menos, Luan fisgou vários, de diversos tamanhos. Já eu..não peguei um pra contar história.
-Cê é muito ruim muié?- Luan me zoou pegando a vara da minha mão e me ajudando a levantar.
-Eu nem queria pegar peixe mesmo- dei de ombros e ele começou a rir.
-Gostei demais daqui, bão pra pegar peixe, me chame mais vezes- falou me dando a mão pra voltarmos pra casa.
Guardei as varas e tudo no mesmo quartinho e fui encontrar com Luan que me aguardava do lado de fora da casa. Puxei ele pela mão e levei pra fazer o que eu mais gostava de fazer quando estava ali, andar a cavalo.
-Quer qual?- perguntei da porta olhando os vários cavalos que tinham ali.
-Não sei, qual você monta?
-No branco.
-Qual o nome?
-Não dei ainda.
-Como não? Vamos dar um pra ele agora uai. Vai ser o White Horse- falou todo emboladinho o inglês me fazendo rir.
-Bem original, traduzindo vai se chamar Cavalo Branco.
-É uai, porque ele é um cavalo branco- disse inocente me fazendo rir mais uma vez.
-Escolhe logo o seu- falei e ele continuou olhando os outros.
-E se a gente andasse juntos no White Horse? Que nem em filmes de princesas- me encarou virando o rosto esperando uma resposta meio apreensivo.
-Acho uma ótima ideia.
O caseiro trouxe o cavalo pra nós dois e me ajudou a preparar ele antes de montar. Luan apenas me olhava de longe. Assim que terminamos eu chamei Luan com o dedo e pedi pra ele subir primeiro. Pensei que ele precisaria de ajuda mas ele sabia subir direitinho. Assim que ele se equilibrou me estendeu a mão pra me ajudar a subir e eu segurei por educação. Subi no cavalo e fiquei na frente do Luan pegando as rédeas já começando a guiar White Horse devagar pela chácara. Luan estava com seus braços em volta da minha cintura e eu estava amando ter meus cabelos voando pelo vento junto com aquela velha sensação de liberdade como eu sempre sentia, só que dessa vez agarrada ao meu namorado, como se não existisse mais nada, nem ninguém no mundo.
-Deixa eu guiar um pouco amor- Luan pediu e eu passei as rédeas pra ele. Me deitei no seu peito pra facilitar a visão dele e coloquei minhas mãos no cavalo. Luan aumentou a velocidade- Posso ir mais rápido?- perguntou e eu assenti. Então a sensação que eu sentia se tornou inexplicável. Coloquei meu cabelo de lado e abri os braços pra senti aquela brisa me tocar, fechei os olhos pra sentir melhor aquele momento. Luan depositou um beijo breve em meu pescoço e foi então me senti completa.
Voltamos pra casa e fomos almoçar, dessa vez a cozinheira tinha preparado arroz carreteiro, carne de sol com mandioca e uma polenta. Eu e Luan nos acabamos de comer.
Minha tia saiu no meio da tarde e então chamei Luan pra tomar banho de piscina comigo, ele não negou e juntos subimos pra trocar de roupa. Coloquei um biquini azul que tinha ganhado da minha cunhadinha, que entendia de moda como ninguém. Coloquei só um short por cima e saí do quarto mexendo no celular. Desci as escadas e vi que Luan já me esperava sentado no sofá.
-Cadê a sunga?- perguntei
-Depois eu tiro a bermuda, mas quero tirar umas fotos pra minhas negas antes.
-Elas vão amar ver você só de sunga.
-Mas eu vou deixar elas na vontade.- falou me fazendo rir.
Fomos juntos até a piscina que ficava na parte de trás da casa e ele já foi logo pulando me molhando inteira sem nem ter entrado na água.
-Tira a foto aí amor.- fiz como ele pediu,tirei a foto que ficou top, ele saiu gostoso pra caramba.Tudo meu.
-Olha- mostrei pra ele que fez um joia com o dedo- Vai postar?
-Posta aí pra mim.- pediu me falando a senha dele.
Entrei no insta dele e não fucei nada, fui logo postando a foto sem colocar efeito algum.
Tô vivendo uns dos dias mais maravilhosos da minha vida, com direito a serenata dela, pescaria com ela, andar de cavalo com ela... tudo com ela. <3
Coloquei a legenda que ele tinha pedido tentando escrever como ele pra ninguém desconfiar que era outra pessoa que mexia ali, lógico, estava admirada com o que ele havia dito e enquanto digitava um sorriso brincava em meus lábios.
-Vou postar- pisquei pra ele. Ele virou de costas e tirou a bermuda, dessa vez foi minha vez de assobiar um "fiu fiu" pra ele.
Postei a foto e depois deixei o celular junto com minha chinela ao lado da piscina.
O sol rachando já passou do meio-dia, daqui não saio, daqui ninguém me tira (8 hahaha
Subi nas costas do Luan e ele começou a andar pela piscina comigo. Paramos do outro lado e eu me encostei na borda. Ele continuou de costas pra mim e eu puxei ele e o abracei por trás. Fiquei beijando seu pescoço de leve enquanto ele só curtia meus carinhos.
-Um monte de beijinho no pescoço e nenhum na boca- falou manhoso.
-Verdade né? Que pecado- virei ele e grudei no seu pescoço iniciando um beijo.
Ficamos naquele clima um tempo, mas logo começamos a bagunçar e tentar afogar um ao outro, até porque no amor tem que ter zoeira também.
Minha tia chegou mais tarde com pamonha, Luan saiu da piscina correndo e tomou a pamonha da mão dela. Minha tia riu dele que quase caiu correndo até ela, nunca vi gostar de pamonha daquele jeito. Luan comeu a dele inteira e ainda roubou metade da minha, só não pegou a da minha tia porque tinha vergonha, se ele tivesse intimidade com ela, tinha pegado a dela também.
Nossos dois dias rendeu muita coisa, além de fazer a gente matar a saudade um do outro, fez o Luan relaxar que era o que ele mais precisava. Mas como tudo que é bom sempre termina, tivemos que nos despedir daquele lugar incrível, onde juntos escrevemos mais um pedaço da nossa história juntos.
Não sei o que me deu mas sentei decidida a terminar esse capítulo, são 4:50 da manhã kkkkk tô com as costas doendo mas vim aqui agradar vocês um pouquinho. Espero que gostem. Beijos :x
domingo, 20 de abril de 2014
Capítulo 63
Luan teve que ir pra rádio, pra uma promoção, mas saiu todo preocupado comigo. Aos poucos a minha dor foi diminuindo e eu fui tomar um banho quente. Foi embaixo da água que tive uma ideia pra retribuir todo o amor e carinho que Luan me dava.
Saí do banheiro, vesti um short jeans, uma blusa caída de lado e prendi o cabelo em um coque. Ouvi baterem na porta e fui abrir. Era Bruna.
-Tá melhor?- ela perguntou entrando.
-Tô sim, obrigada pelo comprimido.
-Buscopan, tiro e queda- piscou pra mim- Tava fazendo o que?
-Nada, acabei de tomar banho.
-Ah sim.
-Bubu, eu acabei tendo uma ideia vê se você gosta.
-Fala.
Contei minha ideia pra ela e ela me deu mais ideias ainda. Ficamos conversando por horas e eu estava muito empolgada, louca pra colocar meu plano em prática.
Luan chegou minutos depois e se jogou na cama.
-Tô exausto, quero minha casa- riu fraco.
-Como foi lá amor?
-Foi top como sempre, minhas fãs me surpreendem sempre.- ele disse apoiando o braço na cabeça e me olhando de forma carinhosa- Cê ta melhor?- eu assenti sorrindo- Que bom, fiquei com o coração na mão de te deixar aqui sozinha, mas fiquei tranquilo porque a piroca está aqui hoje.
-Você é um anjo- dei um selinho nele e alisei seu rosto de leve.
-Sou nada- ele riu fazendo charme- Mas tô animadão, vou ter um tempinho bom de folga. Quer dizer folga entre aspas porque vai começar o ensaios pra nossa tour nova.
-Ah é?- perguntei encarando Bruna que acho que pensou o mesmo que eu.- E nessa sua folga mais ou menos, dá pra você ficar um tempo comigo? Queria te levar em um lugar.
-Onde?- perguntou curioso.
-Um lugar aí.
-Uai amor acho que posso tirar uns dois diazinhos.
-Então vê isso pra gente?
-Com todo prazer.- me deu um selinho longo e se jogou na cama virando pro lado e fechando os olhos pra dormir um pouco. Pisquei pra Bruna e ela riu, espero que ele goste da surpresa.
4 dias depois...
Estávamos indo em direção ao lugar que eu o levaria. Difícil foi esconder dele o nome do Estado, mas ele colaborou comigo e não ficou perguntando nada. Não demorou muito nós chegamos. Havia um carro a nossa espera, era amigo da minha tia. Sim, nós estávamos em Goiânia.
Luan ajeitou nossas malas no porta malas e entrou atrás comigo.
-E aí cara tudo bom? Eu sou o Luan.- apertou a mão do rapaz como se ninguém o conhecesse.
-Prazer, sou muito seu fã, aqui em Goiás sua música toca que é uma beleza- ele disse inocente estragando minha surpresa, Luan tinha acabado de descobrir onde estávamos.
-Goiás?- perguntou e me olhou sorrindo.
-Era uma surpresa isso- falei pro moço que ficou extremamente sem graça.
-Me desculpa, eu não sabia.
-Tudo bem- rimos dele e ele começou a dirigir.
-Cê vai me levar pra conhecer a chácara da sua tia?- Luan perguntou todo feliz.
-Vou.
-Finalmente ein, te conheço a anos e ocê nunca me trouxe aqui.
-Hoje é o dia.- selei seus lábios e ele me abraçou de lado. Em seguida ele olhou pra janela onde já começava a surgir algumas chácaras, com bois e cavalos andando pelo vasto espaço que tinham. Pé de manga, acerola, goiaba, diversas frutas.. Isso é a natureza, na sua mais linda exuberância.
Não demorou muito chegamos a chácara da minha tia, que modéstia parte era a mais linda de todas que tínhamos vistos pra trás. O caseiro abriu a porta sorridente como sempre e o amigo da minha tia dirigiu até a porta da casa. Desci primeiro e minha tia logo apareceu na porta.
-Finalmente Luan Santana em minha chácara, seja muito bem-vindo- ela se aproximou dele de braços abertos.
-Obrigado, eu não via a hora de conhecer esse lugar que a Tatáh fugiu tanto- riu e me olhou sorrindo.
-Oi minha querida- ela me deu um abraço acolhedor, de mãe. De certa forma, ela tinha se tornado isso mesmo.
Entramos na casa e Luan olhava tudo admirado. Minha tia tinha um gosto diferente, os móveis dali eram diferentes e isso chamava atenção de todo mundo.
-Fica a vontade Luan, tem um quarto limpinho esperando por você- ela falou e ele me olhou sem entender. Minha tia era a moda antiga, e obvio que ela não sabia que Luan dormia comigo, ou ela fingia que não sabia. Eu que não a contaria.
-Obrigado- ele sorriu sem jeito e eu ri da cara dele.
-Vem anjinho, eu te mostro.-Subimos a escada e eu fui primeiro no quarto que ele dormiria.- É aqui que você vai ficar.
-Eu jurava que ia dormir "com cê"- fez biquinho.
-Ôh meu amor, a minha tia é meio moda antiga. Mas meu quarto é aqui na frente, nem estamos tão longe.
-Mas eu nem vô poder dormir garradinho com minha neguinha, qual a graça?
-Lu, a gente dorme assim direto, vai ser legal dormir separados uma vez, você vai gostar.
-Duvido- fez bico de novo e eu mordi. Era a coisa mais gostosa do mundo o bico dele, eu nunca resistia- Ai porra, isso dói.- Ri dele e o abracei.
-Se você fosse menos bonitinho eu resistia.
-Que culpa eu tenho de ser irresistível ?- falou convencido
-Humilde você- ri e me levantei da cama- Vamos conhecer a chácara?
-Demorou- ele levantou animado e segurou minha mão pra descermos a escada.
O primeiro lugar que eu mostrei pro Luan foi as baias, onde ficavam os cavalos.
-Queria que você tivesse conhecido o meu cavalo de estimação, mas da última vez que vim ele faleceu.
-O Potocó?- assenti- Depois reclamam dos nomes que dou pros meus ônibus e meus carros.
-Mas você viaja né amor?
-Cê não pode falar nada tá?!- me virou de frente pra ele e me abraçou zombando de mim.
Continuei mostrando o lugar pra ele, pela sua carinha posso afirmar que ele estava amando tudo. Quando ele viu o lago tratou de perguntar se tinha peixe. Eu disse pra ele que tinha e ele me fez prometer voltar com ele ali depois pra pescar, eu prometi, apesar de não ser muito boa com pescarias. Mostrei tudo por Luan, com exceção de um lugar, que eu o levaria mais tarde, e confesso estava com um receio enorme de pisar lá.
Voltamos pra casa e logo sentimos o cheiro do almoço. Deu água na boca. Fui até a cozinha e me deparei com uma moça que eu não conhecia.
-Oi tudo bom? Meu nome é Sandra, sou a cozinheira de hoje.
-Oi Sandra, sou Tanara, é um prazer.
-Prazer é meu.
Bebi um copo d'água e voltei pra sala, pra onde Luan estava. Eu devia imaginar que minha tia contrataria uma cozinheira já que ela não tinha habilidades na cozinha. Luan estava olhando os meus jogos. Viciado, não podia ver um vídeo-game que queria jogar.
Sentei do lado dele e peguei um dos controles, ele me olhou sorridente já sabendo que eu queria competir em algum jogo com ele, logo ele escolheu um que pudesse ter 2 jogadores. Pela primeira vez na vida eu ganhei dele em um jogo.
Minha tia desceu as escadas nos chamando pra almoçar. Fomos pra cozinha e Luan já entrou com a mão na barrida. Sobre a mesa tinha arroz com pequi, frango assada com batatas, feijão, e uma salada. Tudo parecia maravilhoso. Luan deu a vez pra minha tia se servir primeiro mas ela disse que ele era visita e que ele é que tinha que ir primeiro. Não deu pra esperar a confusão dos dois cessar, peguei meu prato e me servi, estava morrendo de fome. Luan me chamou de gulosa e se serviu em seguida.
Eu me lambuzei inteira, não tem como comer piqui sem se sujar, e comer piqui raspando com colher é coisa de gente fresca, eu meto a mão logo. A minha sorte é que tenho um namorado igual a mim.
Terminamos de comer e eu estava cheia até o talo. Ajudei minha tia a tirar a mesa e ela disse que lavaria a louça.
Voltei pra sala com Luan e me deitei no colo dele. Acabei dormindo com ele fazendo cafuné em meu cabelo.
Acordei minutos depois e percebi que ele jogava. Levantei e olhei em volta, procurando algum relógio que me informasse as horas, eu tinha que começar a agir. Beijei o rosto do Luan e fui até a cozinha.
-Aonde cê vai amor?
-Vou na cozinha.
-Para de comer coisa gorda.
-Me chamou de quê Luan?- olhei pra ele brava.
-Nada, tô brincando- ele começou a rir e eu acabei ignorando o seu comentário desnecessário.
Fui na cozinha e olhei as coisas que tinham, pra minha sorte o que eu precisava estava ali. Comecei então a separar tudo que eu usaria. Quando eu estava fazendo o que comeríamos mais tarde, Luan entrou na cozinha e me abraçou por trás me espiando.
-Que isso que cê ta fazendo?
-Pra nossa surpresinha de mais tarde.
-Tem mais surpresa?
-Lógico que tem.
-Eita que hoje cê tá cheia dos mistérios.
Terminei de cozinhar e deixei tudo ali. Fui pro meu quarto e separei a roupa que eu usaria, em seguida fui até minha tia e pedi pra ela arrumar o lugar que eu e ele jantaríamos, pra eu poder começar a me arrumar. Desci e falei pro Luan ir se arrumar e ele disse que logo iria. Dei de ombros e voltei pro meu quarto. Tomei um banho e lavei os cabelos.
Assim que saí do banheiro, coloquei uma toalha no meu cabelo e fui me maquiar, tinha que ser uma maquiagem forte pra marcar, pra fazer ele olhar pra mim e nunca mais esquecer desse dia, esquecer de como eu estava. Sequei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo, deixando tipo um topete em cima. Vesti minha roupa que era um vestido florido, um pouco acima do joelho e que ficava mais soltinho na parte de baixo. Coloquei uma sapatilha com um aperto no coração sabendo que ficaria baixinha, mas não tinha como andar pela chácara de salto. Finalizei minha produção passando perfume. Assim que abri a porta dei de cara com ele. Luan me encarou dos pés a cabeça boquiaberto e eu sorri tímida.
-Você tá gata demais muié. Dá uma voltinha- segurou minha mão e me ajudou a virar- Muito gata mesmo.
-Obrigada.
-Pra onde cê vai me levar?
-Num lugar que é muito especial.
-Sério? Então bora.
Luan segurou em minha mão novamente e juntos fomos pra esse tal lugar especial. Ele não era muito longe da casa, mas a gente teve que andar um pouco. Assim que paramos na porta eu estremeci e fiquei arrepiada. Luan me olhou desconfiado e então abriu a porta.
-Caramba que lugar lindo- ele falou mas eu ainda não tinha entrado- Uai amor, cê não vai entrar?
-Vou- respirei e criei coragem pra entrar.
-Amor do céu, isso aqui é lindo demais.- Ele disse e eu apenas concordei. Era realmente muito lindo.
Uma sala enorme, tinha uma cama , uma mesa no canto, e os móveis eram rústicos, bem antigos, mas bem conservados. Tinha quadros espalhados por todo o lugar e um violão ao lado da cama.
Luan foi até a prateleira e começou a olhar os CD's de vinil que tinham ali. Tinha um monte de sertanejo antigo, e ele me mostrou alguns super animado. Eu ainda não tinha dito uma palavra sequer.
-Vamos comer?-assenti e ele puxou a cadeira pra que eu pudesse me sentar- Isso parece estar muito bom, já quero te pedir em casamento- falou rindo e eu ri junto.- Cê tá caladinha, o que houve?
-Meu pai construiu isso aqui quando era novinho- falei e já não consegui controlar minhas lágrimas.- Minha tia me disse que ele nunca trouxe outra mulher aqui a não ser minha mãe- sorri e ele me olhou carinhoso- Eu nunca tive coragem de vir aqui- disse e ele me olhou surpreso.
-Amor- segurou minha mão- Quer sair daqui?
-Não- sorri- Eu precisava conhecer aqui um dia não é mesmo? E fico feliz que seja com você- apertei sua mão.
-Espero que eu seja o único homem a entrar aqui com ocê. Assim como sua mãe foi a única mulher a entrar aqui com seu pai- disse enxugando minhas lágrimas com seu polegar.
-Vamos comer?- sorri pra ele que assentiu e pegou meu prato pra me servir primeiro.
Ficamos comendo em um clima bem romântico e eu já não estava tão emocionada como quando entrei, agora eu estava feliz, muito mais feliz por dividir aquele momento tão pessoal com ele, com o meu amor. Levantei e senti ele me acompanhar com o olhar. Fui até o lado da cama e peguei o violão.
-Você quer que eu cante pra você?- perguntou se ajeitando na cadeira.
-Depois, mas primeiro, eu quero cantar pra você- sorri e ele me olhou surpreso.
-E você toca violão?
-Aprendi quando era pequena mas não fiz todas as aulas, sei o básico do básico.
-Confesso que estou surpreso, por que nunca me contou?
-Porque eu não sei direito Luan, é como se eu não soubesse- ri e ajeitei o violão no meu colo, coloquei o dedo na primeira nota, respirei fundo e comecei a tocar- Se queres saber, só vivo por existir você.- Comecei a cantar e ele me olhava com a cabecinha virada- Parei de esconder somos corpo e alma, pode crer. Que o amor é imperfeito, quando se existe vida, que você nasceu pra mim, minha estrela preferida. Você é e sempre será o grande amor da minha vida.- Errei a nota e fiz careta, ele riu de mim mas mesmo assim eu continuei- Dizer que ser só meu amor não vai rolar, na vida as vezes a gente tem que mostrar. No mundo eu te achei você me escolhei. Não jogue fora seu destino se seu amor sou eu.
-Que lindo amor, mas cê tem razão, cê não sabe tocar- ele disse sincero e eu ri sem jeito.
-Foi difícil achar uma música que dissesse o que eu sinto, que fosse lenta e que eu conseguisse tocar mais ou menos, mas até que saiu.
-Foi- ele riu e pegou o violão da minha mão- Agora é minha vez- falou e começou a cantar Tanto Faz me fazendo apaixonar-se mais, se é que isso era possível.
Depois daquilo, Luan me guiou até a cama onde nos amamos por horas e horas.
Voltamos pra casa já de madrugada, estava tudo escuro. Meu cabelo estava bagunçado e eu e Luan subimos a escada rindo disso. Coloquei a mão na minha boca pedindo pra ele não fazer barulho e a gente começou a tropeçar pelo caminho. Parei em frente a porta do meu quarto e ele parou na frente da porta dele.
-Então é isso- ri e coloquei meu cabelo atrás da orelha.
-Eu amei esse dia, amei estar aqui mais ocê, amei principalmente a nossa noite, eu te amo- ele me puxou e me beijou.
-Foi só uma forma de retribuir todo bem que você me faz, amanhã a gente vai fazer tudo que você gosta, pescar, andar a cavalo, tudo..
-Eu gosto de tudo isso que cê disse mesmo, mas se tem uma coisa que eu gosto mais é ficar mais ocê- me beijou e me puxou pro quarto dele.
-Lu..- falei tentando me afastar dele.
-Shiu.. Dorme comigo, é maldade me deixar aqui sozinho. Eu coloco meu celular pra despertar cedinho e você vai pro seu quarto, sua tia nem vai perceber.
-Meu anjo, a questão não é essa, é só respeito mesmo, estamos na casa dela.
-Não vamos fazer nada demais, só dormir juntinhos. Por favor amor, não me deixa nesse quarto enorme sozinho- pediu fazendo manha.
-Tá bom, mas coloca o celular pra despertar.
-Coloco sim- ele disse pegando o celular que estava em cima do criado mudo e já ligando o despertador pra seis e meia da manhã- Prontinho- Deixou o celular onde estava antes.
-Vou ali no meu quarto só colocar meu pijama e já volto- falei abrindo a porta mas ele me puxou.
-Pra que?- olhei pra ele e virei os olhos- ôh mente poluída, não quero que cê durma palada- ele disse como se tivesse lendo minha mente- Só acho que não precisa de pijama, veste uma blusa minha, eu amo ver você vestida só com uma camisa minha.
-Ta bom anjinho. Qual eu visto?
-Pode ser essa aqui- ele escolheu um blusa branca que estava bem em cima da sua mala e eu me troquei em sua frente mesmo- Vou no banheiro rapidinho- ele me deu um selinho e foi ao banheiro.
Deitei logo e me cobri. Enquanto isso fiquei ali pensando em tudo que tinha acontecido naquele dia, em como uma surpresa pra ele acabou se tornando uma surpresa pra mim também, em como ele era maravilhoso, em como ele me fazia feliz. Fui despertada dos meus pensamentos pelo celular do Luan que tocava. Levantei pra ver quem era, ver se era importante pra eu atender e levar pra ele, mas me deparei com o nome da pessoa que eu menos queria ver na vida. A raiva logo tomou conta de mim. Luan saiu do banheiro e veio caminhando pra pegar o celular. Assim que olhou o nome dela na tela me encarou assustado e não atendeu.
-Ôh Luan, porque a Julia está te ligando mesmo ein?
Eita nóis, essa Julia, acho que o clima vai pesar, e vocês o que acham? Gostaram desse capítulo? Espero que sim. Beijinhos :x
Saí do banheiro, vesti um short jeans, uma blusa caída de lado e prendi o cabelo em um coque. Ouvi baterem na porta e fui abrir. Era Bruna.
-Tá melhor?- ela perguntou entrando.
-Tô sim, obrigada pelo comprimido.
-Buscopan, tiro e queda- piscou pra mim- Tava fazendo o que?
-Nada, acabei de tomar banho.
-Ah sim.
-Bubu, eu acabei tendo uma ideia vê se você gosta.
-Fala.
Contei minha ideia pra ela e ela me deu mais ideias ainda. Ficamos conversando por horas e eu estava muito empolgada, louca pra colocar meu plano em prática.
Luan chegou minutos depois e se jogou na cama.
-Tô exausto, quero minha casa- riu fraco.
-Como foi lá amor?
-Foi top como sempre, minhas fãs me surpreendem sempre.- ele disse apoiando o braço na cabeça e me olhando de forma carinhosa- Cê ta melhor?- eu assenti sorrindo- Que bom, fiquei com o coração na mão de te deixar aqui sozinha, mas fiquei tranquilo porque a piroca está aqui hoje.
-Você é um anjo- dei um selinho nele e alisei seu rosto de leve.
-Sou nada- ele riu fazendo charme- Mas tô animadão, vou ter um tempinho bom de folga. Quer dizer folga entre aspas porque vai começar o ensaios pra nossa tour nova.
-Ah é?- perguntei encarando Bruna que acho que pensou o mesmo que eu.- E nessa sua folga mais ou menos, dá pra você ficar um tempo comigo? Queria te levar em um lugar.
-Onde?- perguntou curioso.
-Um lugar aí.
-Uai amor acho que posso tirar uns dois diazinhos.
-Então vê isso pra gente?
-Com todo prazer.- me deu um selinho longo e se jogou na cama virando pro lado e fechando os olhos pra dormir um pouco. Pisquei pra Bruna e ela riu, espero que ele goste da surpresa.
4 dias depois...
Estávamos indo em direção ao lugar que eu o levaria. Difícil foi esconder dele o nome do Estado, mas ele colaborou comigo e não ficou perguntando nada. Não demorou muito nós chegamos. Havia um carro a nossa espera, era amigo da minha tia. Sim, nós estávamos em Goiânia.
Luan ajeitou nossas malas no porta malas e entrou atrás comigo.
-E aí cara tudo bom? Eu sou o Luan.- apertou a mão do rapaz como se ninguém o conhecesse.
-Prazer, sou muito seu fã, aqui em Goiás sua música toca que é uma beleza- ele disse inocente estragando minha surpresa, Luan tinha acabado de descobrir onde estávamos.
-Goiás?- perguntou e me olhou sorrindo.
-Era uma surpresa isso- falei pro moço que ficou extremamente sem graça.
-Me desculpa, eu não sabia.
-Tudo bem- rimos dele e ele começou a dirigir.
-Cê vai me levar pra conhecer a chácara da sua tia?- Luan perguntou todo feliz.
-Vou.
-Finalmente ein, te conheço a anos e ocê nunca me trouxe aqui.
-Hoje é o dia.- selei seus lábios e ele me abraçou de lado. Em seguida ele olhou pra janela onde já começava a surgir algumas chácaras, com bois e cavalos andando pelo vasto espaço que tinham. Pé de manga, acerola, goiaba, diversas frutas.. Isso é a natureza, na sua mais linda exuberância.
Não demorou muito chegamos a chácara da minha tia, que modéstia parte era a mais linda de todas que tínhamos vistos pra trás. O caseiro abriu a porta sorridente como sempre e o amigo da minha tia dirigiu até a porta da casa. Desci primeiro e minha tia logo apareceu na porta.
-Finalmente Luan Santana em minha chácara, seja muito bem-vindo- ela se aproximou dele de braços abertos.
-Obrigado, eu não via a hora de conhecer esse lugar que a Tatáh fugiu tanto- riu e me olhou sorrindo.
-Oi minha querida- ela me deu um abraço acolhedor, de mãe. De certa forma, ela tinha se tornado isso mesmo.
Entramos na casa e Luan olhava tudo admirado. Minha tia tinha um gosto diferente, os móveis dali eram diferentes e isso chamava atenção de todo mundo.
-Fica a vontade Luan, tem um quarto limpinho esperando por você- ela falou e ele me olhou sem entender. Minha tia era a moda antiga, e obvio que ela não sabia que Luan dormia comigo, ou ela fingia que não sabia. Eu que não a contaria.
-Obrigado- ele sorriu sem jeito e eu ri da cara dele.
-Vem anjinho, eu te mostro.-Subimos a escada e eu fui primeiro no quarto que ele dormiria.- É aqui que você vai ficar.
-Eu jurava que ia dormir "com cê"- fez biquinho.
-Ôh meu amor, a minha tia é meio moda antiga. Mas meu quarto é aqui na frente, nem estamos tão longe.
-Mas eu nem vô poder dormir garradinho com minha neguinha, qual a graça?
-Lu, a gente dorme assim direto, vai ser legal dormir separados uma vez, você vai gostar.
-Duvido- fez bico de novo e eu mordi. Era a coisa mais gostosa do mundo o bico dele, eu nunca resistia- Ai porra, isso dói.- Ri dele e o abracei.
-Se você fosse menos bonitinho eu resistia.
-Que culpa eu tenho de ser irresistível ?- falou convencido
-Humilde você- ri e me levantei da cama- Vamos conhecer a chácara?
-Demorou- ele levantou animado e segurou minha mão pra descermos a escada.
O primeiro lugar que eu mostrei pro Luan foi as baias, onde ficavam os cavalos.
-Queria que você tivesse conhecido o meu cavalo de estimação, mas da última vez que vim ele faleceu.
-O Potocó?- assenti- Depois reclamam dos nomes que dou pros meus ônibus e meus carros.
-Mas você viaja né amor?
-Cê não pode falar nada tá?!- me virou de frente pra ele e me abraçou zombando de mim.
Continuei mostrando o lugar pra ele, pela sua carinha posso afirmar que ele estava amando tudo. Quando ele viu o lago tratou de perguntar se tinha peixe. Eu disse pra ele que tinha e ele me fez prometer voltar com ele ali depois pra pescar, eu prometi, apesar de não ser muito boa com pescarias. Mostrei tudo por Luan, com exceção de um lugar, que eu o levaria mais tarde, e confesso estava com um receio enorme de pisar lá.
Voltamos pra casa e logo sentimos o cheiro do almoço. Deu água na boca. Fui até a cozinha e me deparei com uma moça que eu não conhecia.
-Oi tudo bom? Meu nome é Sandra, sou a cozinheira de hoje.
-Oi Sandra, sou Tanara, é um prazer.
-Prazer é meu.
Bebi um copo d'água e voltei pra sala, pra onde Luan estava. Eu devia imaginar que minha tia contrataria uma cozinheira já que ela não tinha habilidades na cozinha. Luan estava olhando os meus jogos. Viciado, não podia ver um vídeo-game que queria jogar.
Sentei do lado dele e peguei um dos controles, ele me olhou sorridente já sabendo que eu queria competir em algum jogo com ele, logo ele escolheu um que pudesse ter 2 jogadores. Pela primeira vez na vida eu ganhei dele em um jogo.
Minha tia desceu as escadas nos chamando pra almoçar. Fomos pra cozinha e Luan já entrou com a mão na barrida. Sobre a mesa tinha arroz com pequi, frango assada com batatas, feijão, e uma salada. Tudo parecia maravilhoso. Luan deu a vez pra minha tia se servir primeiro mas ela disse que ele era visita e que ele é que tinha que ir primeiro. Não deu pra esperar a confusão dos dois cessar, peguei meu prato e me servi, estava morrendo de fome. Luan me chamou de gulosa e se serviu em seguida.
Eu me lambuzei inteira, não tem como comer piqui sem se sujar, e comer piqui raspando com colher é coisa de gente fresca, eu meto a mão logo. A minha sorte é que tenho um namorado igual a mim.
Terminamos de comer e eu estava cheia até o talo. Ajudei minha tia a tirar a mesa e ela disse que lavaria a louça.
Voltei pra sala com Luan e me deitei no colo dele. Acabei dormindo com ele fazendo cafuné em meu cabelo.
Acordei minutos depois e percebi que ele jogava. Levantei e olhei em volta, procurando algum relógio que me informasse as horas, eu tinha que começar a agir. Beijei o rosto do Luan e fui até a cozinha.
-Aonde cê vai amor?
-Vou na cozinha.
-Para de comer coisa gorda.
-Me chamou de quê Luan?- olhei pra ele brava.
-Nada, tô brincando- ele começou a rir e eu acabei ignorando o seu comentário desnecessário.
Fui na cozinha e olhei as coisas que tinham, pra minha sorte o que eu precisava estava ali. Comecei então a separar tudo que eu usaria. Quando eu estava fazendo o que comeríamos mais tarde, Luan entrou na cozinha e me abraçou por trás me espiando.
-Que isso que cê ta fazendo?
-Pra nossa surpresinha de mais tarde.
-Tem mais surpresa?
-Lógico que tem.
-Eita que hoje cê tá cheia dos mistérios.
Terminei de cozinhar e deixei tudo ali. Fui pro meu quarto e separei a roupa que eu usaria, em seguida fui até minha tia e pedi pra ela arrumar o lugar que eu e ele jantaríamos, pra eu poder começar a me arrumar. Desci e falei pro Luan ir se arrumar e ele disse que logo iria. Dei de ombros e voltei pro meu quarto. Tomei um banho e lavei os cabelos.
Assim que saí do banheiro, coloquei uma toalha no meu cabelo e fui me maquiar, tinha que ser uma maquiagem forte pra marcar, pra fazer ele olhar pra mim e nunca mais esquecer desse dia, esquecer de como eu estava. Sequei meu cabelo e fiz um rabo de cavalo, deixando tipo um topete em cima. Vesti minha roupa que era um vestido florido, um pouco acima do joelho e que ficava mais soltinho na parte de baixo. Coloquei uma sapatilha com um aperto no coração sabendo que ficaria baixinha, mas não tinha como andar pela chácara de salto. Finalizei minha produção passando perfume. Assim que abri a porta dei de cara com ele. Luan me encarou dos pés a cabeça boquiaberto e eu sorri tímida.
-Você tá gata demais muié. Dá uma voltinha- segurou minha mão e me ajudou a virar- Muito gata mesmo.
-Obrigada.
-Pra onde cê vai me levar?
-Num lugar que é muito especial.
-Sério? Então bora.
Luan segurou em minha mão novamente e juntos fomos pra esse tal lugar especial. Ele não era muito longe da casa, mas a gente teve que andar um pouco. Assim que paramos na porta eu estremeci e fiquei arrepiada. Luan me olhou desconfiado e então abriu a porta.
-Caramba que lugar lindo- ele falou mas eu ainda não tinha entrado- Uai amor, cê não vai entrar?
-Vou- respirei e criei coragem pra entrar.
-Amor do céu, isso aqui é lindo demais.- Ele disse e eu apenas concordei. Era realmente muito lindo.
Uma sala enorme, tinha uma cama , uma mesa no canto, e os móveis eram rústicos, bem antigos, mas bem conservados. Tinha quadros espalhados por todo o lugar e um violão ao lado da cama.
Luan foi até a prateleira e começou a olhar os CD's de vinil que tinham ali. Tinha um monte de sertanejo antigo, e ele me mostrou alguns super animado. Eu ainda não tinha dito uma palavra sequer.
-Vamos comer?-assenti e ele puxou a cadeira pra que eu pudesse me sentar- Isso parece estar muito bom, já quero te pedir em casamento- falou rindo e eu ri junto.- Cê tá caladinha, o que houve?
-Meu pai construiu isso aqui quando era novinho- falei e já não consegui controlar minhas lágrimas.- Minha tia me disse que ele nunca trouxe outra mulher aqui a não ser minha mãe- sorri e ele me olhou carinhoso- Eu nunca tive coragem de vir aqui- disse e ele me olhou surpreso.
-Amor- segurou minha mão- Quer sair daqui?
-Não- sorri- Eu precisava conhecer aqui um dia não é mesmo? E fico feliz que seja com você- apertei sua mão.
-Espero que eu seja o único homem a entrar aqui com ocê. Assim como sua mãe foi a única mulher a entrar aqui com seu pai- disse enxugando minhas lágrimas com seu polegar.
-Vamos comer?- sorri pra ele que assentiu e pegou meu prato pra me servir primeiro.
Ficamos comendo em um clima bem romântico e eu já não estava tão emocionada como quando entrei, agora eu estava feliz, muito mais feliz por dividir aquele momento tão pessoal com ele, com o meu amor. Levantei e senti ele me acompanhar com o olhar. Fui até o lado da cama e peguei o violão.
-Você quer que eu cante pra você?- perguntou se ajeitando na cadeira.
-Depois, mas primeiro, eu quero cantar pra você- sorri e ele me olhou surpreso.
-E você toca violão?
-Aprendi quando era pequena mas não fiz todas as aulas, sei o básico do básico.
-Confesso que estou surpreso, por que nunca me contou?
-Porque eu não sei direito Luan, é como se eu não soubesse- ri e ajeitei o violão no meu colo, coloquei o dedo na primeira nota, respirei fundo e comecei a tocar- Se queres saber, só vivo por existir você.- Comecei a cantar e ele me olhava com a cabecinha virada- Parei de esconder somos corpo e alma, pode crer. Que o amor é imperfeito, quando se existe vida, que você nasceu pra mim, minha estrela preferida. Você é e sempre será o grande amor da minha vida.- Errei a nota e fiz careta, ele riu de mim mas mesmo assim eu continuei- Dizer que ser só meu amor não vai rolar, na vida as vezes a gente tem que mostrar. No mundo eu te achei você me escolhei. Não jogue fora seu destino se seu amor sou eu.
-Que lindo amor, mas cê tem razão, cê não sabe tocar- ele disse sincero e eu ri sem jeito.
-Foi difícil achar uma música que dissesse o que eu sinto, que fosse lenta e que eu conseguisse tocar mais ou menos, mas até que saiu.
-Foi- ele riu e pegou o violão da minha mão- Agora é minha vez- falou e começou a cantar Tanto Faz me fazendo apaixonar-se mais, se é que isso era possível.
Depois daquilo, Luan me guiou até a cama onde nos amamos por horas e horas.
Voltamos pra casa já de madrugada, estava tudo escuro. Meu cabelo estava bagunçado e eu e Luan subimos a escada rindo disso. Coloquei a mão na minha boca pedindo pra ele não fazer barulho e a gente começou a tropeçar pelo caminho. Parei em frente a porta do meu quarto e ele parou na frente da porta dele.
-Então é isso- ri e coloquei meu cabelo atrás da orelha.
-Eu amei esse dia, amei estar aqui mais ocê, amei principalmente a nossa noite, eu te amo- ele me puxou e me beijou.
-Foi só uma forma de retribuir todo bem que você me faz, amanhã a gente vai fazer tudo que você gosta, pescar, andar a cavalo, tudo..
-Eu gosto de tudo isso que cê disse mesmo, mas se tem uma coisa que eu gosto mais é ficar mais ocê- me beijou e me puxou pro quarto dele.
-Lu..- falei tentando me afastar dele.
-Shiu.. Dorme comigo, é maldade me deixar aqui sozinho. Eu coloco meu celular pra despertar cedinho e você vai pro seu quarto, sua tia nem vai perceber.
-Meu anjo, a questão não é essa, é só respeito mesmo, estamos na casa dela.
-Não vamos fazer nada demais, só dormir juntinhos. Por favor amor, não me deixa nesse quarto enorme sozinho- pediu fazendo manha.
-Tá bom, mas coloca o celular pra despertar.
-Coloco sim- ele disse pegando o celular que estava em cima do criado mudo e já ligando o despertador pra seis e meia da manhã- Prontinho- Deixou o celular onde estava antes.
-Vou ali no meu quarto só colocar meu pijama e já volto- falei abrindo a porta mas ele me puxou.
-Pra que?- olhei pra ele e virei os olhos- ôh mente poluída, não quero que cê durma palada- ele disse como se tivesse lendo minha mente- Só acho que não precisa de pijama, veste uma blusa minha, eu amo ver você vestida só com uma camisa minha.
-Ta bom anjinho. Qual eu visto?
-Pode ser essa aqui- ele escolheu um blusa branca que estava bem em cima da sua mala e eu me troquei em sua frente mesmo- Vou no banheiro rapidinho- ele me deu um selinho e foi ao banheiro.
Deitei logo e me cobri. Enquanto isso fiquei ali pensando em tudo que tinha acontecido naquele dia, em como uma surpresa pra ele acabou se tornando uma surpresa pra mim também, em como ele era maravilhoso, em como ele me fazia feliz. Fui despertada dos meus pensamentos pelo celular do Luan que tocava. Levantei pra ver quem era, ver se era importante pra eu atender e levar pra ele, mas me deparei com o nome da pessoa que eu menos queria ver na vida. A raiva logo tomou conta de mim. Luan saiu do banheiro e veio caminhando pra pegar o celular. Assim que olhou o nome dela na tela me encarou assustado e não atendeu.
-Ôh Luan, porque a Julia está te ligando mesmo ein?
Eita nóis, essa Julia, acho que o clima vai pesar, e vocês o que acham? Gostaram desse capítulo? Espero que sim. Beijinhos :x
terça-feira, 15 de abril de 2014
Capítulo 62
-Hoje tá tendo Ittalo Fernandes em uma balada pertinho daqui. Partiu?- Bruna sugeriu.
-Por mim tudo bem- dei de ombros.
-Por mim tá perfeito- Luan falou.
Chamamos a galera pra ir junto e a maioria se animou, mas alguns foram pro hotel.
Assim que chegamos o show não tinha começado, e estava previsto pra bem mais tarde. Enquanto isso tocavam algumas músicas eletrônicas. Bruna já entrou dançando com as mãos pro alto junto com a Marla. Subimos pro camarote que estava bem cheio por sinal. Juntamos três mesas e sentamos perto da grade que dava visão pra pista e pro palco também. Mal sentei e já levantei pra dançar com Bruna e Marla, queria era me divertir.
Ao nosso lado tinha 3 meninos que dançavam de maneira sincronizada, Bruna me cutucou pra mostrar e não teve como ignorar, eram lindos demais. Dei uma risadinha e cutuquei a Marla que começou a se "abanar" como se dissesse que estava com calor. Virei de costas e voltei a dançar. Mesmo eles sendo lindos eu preferia o meu namorado. Fiz alguns passinhos com a Bruna e vi que os três nos olhava de maneira sedutora. Olhei pra mesa onde estavam todos reunidos e vi que Luan estava rindo e bebendo entretido. Agradeci por isso e continuei dançando e olhando pros três de vez em quando, que se aproximaram me deixando meio receosa, mas como era só uma dança fiquei mais tranquila. Cada um se posicionou atrás de uma de nós e começou a dançar e rebolar fazendo a gente rir. Olhei pro menino que estava atrás de mim e coloquei a mão no rosto com vergonha depois que ele começou a levantar a blusa.
-O que você acha da gente ficar?- ele perguntou e eu olhei assustada
-Oi?- perguntei pra ver se era mesmo o que tinha entendido
-Beijar, nós dois- ele apontou pra ele e depois pra mim.
-Não, sou comprometida- falei e as meninas nem pra me ajudar.
-Tenho ciúmes não- falou rindo e eu acabei rindo junto- Você é linda sabia?- segurou minha mão mais eu logo soltei.
-Obrigada- virei de costas pra ele e voltei a dançar o ignorando.
-Faz isso que eu piro- chegou bem pertinho de mim e cheirou o meu pescoço. Me afastei e fui pro lado da Bruna, mas a confusão já estava feita.
-Cê tá louco cara?- o Luan chegou encarando o menino- Quem deixou ocê ficar de intimidade com minha muié aí?
-Foi mal cara, ela tava sozinha e eu não resisti- ele disse rindo de lado colocando as mãos pro alto como se não tivesse culpa. Cachorro!
-Eu que não vou resistir a socar essa sua cara se ocê não sumir daqui agora.- Luan disse nervoso e eu segurei seu braço puxando ele pra trás.
-Vem amor- puxei ele e os caras saíram de perto da gente.
-Por que cê não falou pra esse babaca que cê tem namorado?
-Eu falei. E até saí de perto, você viu- falei tentando pegar nele que tirava minha mão a cada toque meu.
-Eu falei pra ocê não usar essa roupa curta.
-Vou nem falar nada- virei de costas nervosa. Como se a culpa fosse da minha roupa. Me poupe.
-Não fala mesmo não porque ocê tá errada.
-Por que uma roupa tem esse poder todo né Luan?
-Logikitem, chama atenção.
-Se você tivesse dançando comigo nada disso tinha acontecido- cruzei os braços o encarando.
-Ah agora a culpa é minha? Tá bom então Tanara- ele me ignorou e voltou pra mesa.
Sentei do lado da Bruna e ela me encarou já entendendo tudo. Luan estava irritado e bebia sua bebida encarando a pista. Nem sequer olhou pra mim, ou pediu pra eu sentar do lado dele.
-Seu irmão é muito idiota as vezes- desabafei pra Bruna.
-Ele é bem ciumento né?
-Demais, e ele disse que o cara chegou em mim por causa da roupa, olha que babaquisse.- falei e ela riu.
-Mas eu também entendo ele, um cara gato daquele te dando moral, até eu teria ciúmes se fosse homem- ela falou defendendo o irmão, instintivamente.
-Nem vem Bruna, eu não deixei ele tocar em mim, até me afastei.
-Eu sei mas..- ela não completou o raciocínio e o show estava pra começar.
Ittalo Fernandes entrou no palco ao som de "Pra te convencer". E assim se seguiu com várias músicas românticas, que fez eu ter uma vontade enorme de dançar coladinha com Luan. Também cantou uns arrochas que aumentou ainda mais a minha vontade. Volta e meia eu olhava pro Luan que continuava emburradinho.
Todos se levantaram da mesa e acabou ficando só eu e Luan ali. Quando olhei pra pista vi que a galera tinha decido pra ficar mais perto do palco. Olhei Luan mais uma vez e ele nem me deu moral. Voltei a prestar atenção no show mas começando a ficar incomodada com aquilo.
-Essa aqui é lançamento, espero que gostem- Ittalo comentou e um toque suave começou- Se eu não gostasse tanto daquele seu cheiro, não lembrasse de você o dia inteiro inventaria uma desculpa qualquer.- A música começou e eu olhei pra ele mais uma vez.- Se não fosse aquele seu abraço apertado, se eu fosse feliz sem você do meu lado, eu teria olhos pra outra mulher.- Continuei o encarando e ele enfim olhou pra mim mas não disse nada- Parece louco mas eu gosto até quando você me abraça e chorando fala que não quer mais nada tenho até dó de mim.- ainda nos encarávamos mas nenhum tinha coragem de dar o braço a torcer.- Nem viro as costas e você me olha toda apaixonada se desculpa e fala que estava errada o amor é mesmo assim- Ele deu um gole na sua bebida com seus olhos ainda fitos nos meus.-O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. oh oh oh oh oh oh- Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e abaixei minha cabeça refletindo a música, quando o encarei de novo ele ainda me olhava- Se eu não gostasse tanto da sua família, pode deixar que eu cuido da sua filha, prometi pros seus pais. Se tudo tivesse acontecido diferente e o destino estivesse contra a gente eu te amaria ainda mais- Levantei e sentei do lado dele passando por cima do meu orgulho. Ele deu mais um gole na sua bebida e permaneceu calado- Parece louco mas eu gosto de ter você do meu lado, sigo perdoando sempre os seus pecados esqueço tudo e fim, nem viro as costas e eu já te olho todo apaixonado pra te ver alegre eu finjo estar errado o amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. É assim- Coloquei minhas mãos no seu rosto e dei um selinho de leve nele que nem se mexeu. Oh bicho orgulhoso- O amor é mesmo assim. É assim. - Repeti a mesma coisa e dei um selinho nele que virou a cabeça pro lado e tirou minhas mãos do seu rosto- Se eu não me apaixonasse todo santo dia, se você não fosse minha alegria, desistiria de você. O amor é mesmo assim. É assim.- Segurei no seu rosto e fiz ele me encarar de novo.
-Olha pra mim- falei brava e ele me encarou sem demostrar reação nenhuma. -Eu te amo seu ciumento,. Tá me ouvindo?!
-Uhum- falou e dei mais um gole na bebida.
Tomei o negócio da mão dele e virei de uma vez. Ele me encarou assustado, sabia que eu não bebia, mas sei lá o que me deu.
-Uhum o caramba, me responde direito.- coloquei minhas mãos no seu pescoço e puxei sua boca pra perto da minha, ele colocava força pra impedir.
-Tô afim não.- Eu não sabia se ele já estava de boa só me provocando ou se ainda estava nervoso.
Foi então que tive a brilhante ideia de o provocar. Se não desse certo então o negócio tava muito feio pro meu lado. Comecei beijando seu pescoço e ele se encolheu começando a se arrepiar. Subi os beijos e cheguei a sua orelha mordendo de leve, ele até se ajeitou na cadeira. Segurei uma de suas mãos e coloquei em cima da minha coxa. Fui subindo com a mão dele devagar até perto da minha virilha. Deixei a mão dele ali e coloquei a minha na sua coxa. Subi e coloquei em cima do seu membro. Apertei de leve e ele jogou a cabeça pra trás.
-Dá pra parar?- falou me encarando e eu vi que tava dando certo. Neguei com a cabeça e mordi seus lábios devagar.
Continuei passando a mão pelo seu membro enquanto ao mesmo tempo roçava seus lábios nos meus. Senti sua mão apertar minha coxa e vi que o jogo estava ganho. Apertei de novo sua intimidade e ele num ato súbito colocou a mão na minha nuca e me puxou pra um beijo voraz. Coloquei minha mão dentro da sua blusa e comecei a arranhar de leve sentindo ele puxar meus cabelos com mais força. Estava esquentando demais.
-Luan- falei ainda grudada em seus lábios.- Calma.
-Calma o caralho- falou e mordeu minha boca- Provocou aguenta- Tirou a mão da minha coxa e colocou nas minhas costas me puxando pra mais perto dele colando nossos corpos.
-Pera amor tem gente olhando- tentava me afastar mas ele estava louco de tesão.
-O que você quer que eu faça?- parou o beijo e me encarou
-Vamos pro hotel.- sorri sem vergonha e ele assentiu.
Levantei e puxei meu vestido, peguei minha bolsa e passei na frente dele. Luan me abraçou por trás onde eu senti sua ereção. Ri e desci na frente. Despedimos de todos e pegamos um táxi. Deixamos a van pra maioria.
Luan deu o nome do nosso hotel pro taxista e depois voltou a me beijar. Colocou a mão na minha perna e foi subindo. Colocou a mão por baixo do vestido e começou a massagear minha intimidade de leve. Arfei com seus toques e deitei minha cabeça no banco do táxi sentindo o prazer que ele me proporcionava. Olhei pra ele que me encarou e colocou as mãos nos lábios pedindo pra eu ficar em silêncio, mas eu não sei se conseguiria. Tirei sua mão de dentro do meu vestido e segurei. Se ele continuasse me provocando eu acabaria assustando o taxista, se é que me entendem.
Chegamos no hotel e eu desci de uma vez. Luan demorou um pouco porque estava acertando a conta mas desceu em seguida com um sorriso sapeca me abraçando e beijando meu pescoço. Segurou minha mão e caminhou comigo depressa até o hotel. Dentro do elevador, me encostou na parede, colocou minhas duas mãos presas e foi descendo os beijos enquanto eu me arrepiava inteira. A porta do elevador abriu e ele foi caminhando comigo de costas até seu quarto. Abriu a porta e fechou com a bunda. Me encostou na porta e já começou a tirar o meu vestido.
Coloquei minhas mãos na sua calça e arranquei de uma vez também, puxei ele pra cama e subi em cima dele. Ia dar mais prazer a ele do que ele me deu dentro do táxi. Sentei em cima dele ainda vestida.
Ele apertou minhas coxas com força e eu comecei a rebolar em cima do seu membro que estava coberto e muito animado.
-Ta de sacanagem né?- ele segurou meus braços e tentou me virar mais eu não deixei. Fiquei de joelhos na cama e comecei beijando seu tórax descendo devagar até chegar em seu membro de novo. Tirei a cueca de uma vez e peguei o seu pênis na minha mão, dando o máximo de mim pra satisfazê-lo. Ele gemia então acho que eu estava conseguindo. Com mais força ele puxou meu braço e me virou de uma vez sem deixar eu nem tentar revidar de novo. Deitou em cima de mim, arrancou meu sutiã enquanto já começava a entrar em mim.
Naquela noite fizemos amor mais vezes e acho que ele nem lembrou que tinha ficado com ciumes de mim a horas atrás.
Acordei com uma dor chata no pé da barriga, maldita cólica. Tirei o braço do Luan que estava em cima de mim e me encolhi na cama.
-Ta tudo bem?- ele perguntou preocupado.
-Só tô com dor na barriga.
-Cólica?- assenti.
Ele levantou da cama. Virei pro lado e vi ele vestir uma bermuda. Peguei o travesseiro dele e coloquei entre as pernas, a dor estava ficando mais forte. Luan abriu a porta e saiu do quarto. Eu não sabia aonde ele tinha ido, mas fiquei meio chateada de ver ele sair e me deixar com dor ali sozinha. Minutos depois ele entrou no quarto de novo, abriu o frigobar, pegou uma garrafa de água, despejou um pouco no copo. Depois tirou uma cartela com comprimidos do bolso, destacou um e trouxe pra eu tomar.
-A Bruna disse que toma isso aqui.- sorri pra ele e levantei pra tomar o comprimido.
Eram simples gestos como esse, que me mostravam que ele era o homem da minha vida.
Oiii, mais um pra vocês :x Espero que gostem! Dicas, sugestões, reclamações, bilhetinhos, telefones do Luan, pode comentar a vontade kkks Bjs!
-Por mim tudo bem- dei de ombros.
-Por mim tá perfeito- Luan falou.
Chamamos a galera pra ir junto e a maioria se animou, mas alguns foram pro hotel.
Assim que chegamos o show não tinha começado, e estava previsto pra bem mais tarde. Enquanto isso tocavam algumas músicas eletrônicas. Bruna já entrou dançando com as mãos pro alto junto com a Marla. Subimos pro camarote que estava bem cheio por sinal. Juntamos três mesas e sentamos perto da grade que dava visão pra pista e pro palco também. Mal sentei e já levantei pra dançar com Bruna e Marla, queria era me divertir.
Ao nosso lado tinha 3 meninos que dançavam de maneira sincronizada, Bruna me cutucou pra mostrar e não teve como ignorar, eram lindos demais. Dei uma risadinha e cutuquei a Marla que começou a se "abanar" como se dissesse que estava com calor. Virei de costas e voltei a dançar. Mesmo eles sendo lindos eu preferia o meu namorado. Fiz alguns passinhos com a Bruna e vi que os três nos olhava de maneira sedutora. Olhei pra mesa onde estavam todos reunidos e vi que Luan estava rindo e bebendo entretido. Agradeci por isso e continuei dançando e olhando pros três de vez em quando, que se aproximaram me deixando meio receosa, mas como era só uma dança fiquei mais tranquila. Cada um se posicionou atrás de uma de nós e começou a dançar e rebolar fazendo a gente rir. Olhei pro menino que estava atrás de mim e coloquei a mão no rosto com vergonha depois que ele começou a levantar a blusa.
-O que você acha da gente ficar?- ele perguntou e eu olhei assustada
-Oi?- perguntei pra ver se era mesmo o que tinha entendido
-Beijar, nós dois- ele apontou pra ele e depois pra mim.
-Não, sou comprometida- falei e as meninas nem pra me ajudar.
-Tenho ciúmes não- falou rindo e eu acabei rindo junto- Você é linda sabia?- segurou minha mão mais eu logo soltei.
-Obrigada- virei de costas pra ele e voltei a dançar o ignorando.
-Faz isso que eu piro- chegou bem pertinho de mim e cheirou o meu pescoço. Me afastei e fui pro lado da Bruna, mas a confusão já estava feita.
-Cê tá louco cara?- o Luan chegou encarando o menino- Quem deixou ocê ficar de intimidade com minha muié aí?
-Foi mal cara, ela tava sozinha e eu não resisti- ele disse rindo de lado colocando as mãos pro alto como se não tivesse culpa. Cachorro!
-Eu que não vou resistir a socar essa sua cara se ocê não sumir daqui agora.- Luan disse nervoso e eu segurei seu braço puxando ele pra trás.
-Vem amor- puxei ele e os caras saíram de perto da gente.
-Por que cê não falou pra esse babaca que cê tem namorado?
-Eu falei. E até saí de perto, você viu- falei tentando pegar nele que tirava minha mão a cada toque meu.
-Eu falei pra ocê não usar essa roupa curta.
-Vou nem falar nada- virei de costas nervosa. Como se a culpa fosse da minha roupa. Me poupe.
-Não fala mesmo não porque ocê tá errada.
-Por que uma roupa tem esse poder todo né Luan?
-Logikitem, chama atenção.
-Se você tivesse dançando comigo nada disso tinha acontecido- cruzei os braços o encarando.
-Ah agora a culpa é minha? Tá bom então Tanara- ele me ignorou e voltou pra mesa.
Sentei do lado da Bruna e ela me encarou já entendendo tudo. Luan estava irritado e bebia sua bebida encarando a pista. Nem sequer olhou pra mim, ou pediu pra eu sentar do lado dele.
-Seu irmão é muito idiota as vezes- desabafei pra Bruna.
-Ele é bem ciumento né?
-Demais, e ele disse que o cara chegou em mim por causa da roupa, olha que babaquisse.- falei e ela riu.
-Mas eu também entendo ele, um cara gato daquele te dando moral, até eu teria ciúmes se fosse homem- ela falou defendendo o irmão, instintivamente.
-Nem vem Bruna, eu não deixei ele tocar em mim, até me afastei.
-Eu sei mas..- ela não completou o raciocínio e o show estava pra começar.
Ittalo Fernandes entrou no palco ao som de "Pra te convencer". E assim se seguiu com várias músicas românticas, que fez eu ter uma vontade enorme de dançar coladinha com Luan. Também cantou uns arrochas que aumentou ainda mais a minha vontade. Volta e meia eu olhava pro Luan que continuava emburradinho.
Todos se levantaram da mesa e acabou ficando só eu e Luan ali. Quando olhei pra pista vi que a galera tinha decido pra ficar mais perto do palco. Olhei Luan mais uma vez e ele nem me deu moral. Voltei a prestar atenção no show mas começando a ficar incomodada com aquilo.
-Essa aqui é lançamento, espero que gostem- Ittalo comentou e um toque suave começou- Se eu não gostasse tanto daquele seu cheiro, não lembrasse de você o dia inteiro inventaria uma desculpa qualquer.- A música começou e eu olhei pra ele mais uma vez.- Se não fosse aquele seu abraço apertado, se eu fosse feliz sem você do meu lado, eu teria olhos pra outra mulher.- Continuei o encarando e ele enfim olhou pra mim mas não disse nada- Parece louco mas eu gosto até quando você me abraça e chorando fala que não quer mais nada tenho até dó de mim.- ainda nos encarávamos mas nenhum tinha coragem de dar o braço a torcer.- Nem viro as costas e você me olha toda apaixonada se desculpa e fala que estava errada o amor é mesmo assim- Ele deu um gole na sua bebida com seus olhos ainda fitos nos meus.-O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. oh oh oh oh oh oh- Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e abaixei minha cabeça refletindo a música, quando o encarei de novo ele ainda me olhava- Se eu não gostasse tanto da sua família, pode deixar que eu cuido da sua filha, prometi pros seus pais. Se tudo tivesse acontecido diferente e o destino estivesse contra a gente eu te amaria ainda mais- Levantei e sentei do lado dele passando por cima do meu orgulho. Ele deu mais um gole na sua bebida e permaneceu calado- Parece louco mas eu gosto de ter você do meu lado, sigo perdoando sempre os seus pecados esqueço tudo e fim, nem viro as costas e eu já te olho todo apaixonado pra te ver alegre eu finjo estar errado o amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. O amor é mesmo assim. É assim- Coloquei minhas mãos no seu rosto e dei um selinho de leve nele que nem se mexeu. Oh bicho orgulhoso- O amor é mesmo assim. É assim. - Repeti a mesma coisa e dei um selinho nele que virou a cabeça pro lado e tirou minhas mãos do seu rosto- Se eu não me apaixonasse todo santo dia, se você não fosse minha alegria, desistiria de você. O amor é mesmo assim. É assim.- Segurei no seu rosto e fiz ele me encarar de novo.
-Olha pra mim- falei brava e ele me encarou sem demostrar reação nenhuma. -Eu te amo seu ciumento,. Tá me ouvindo?!
-Uhum- falou e dei mais um gole na bebida.
Tomei o negócio da mão dele e virei de uma vez. Ele me encarou assustado, sabia que eu não bebia, mas sei lá o que me deu.
-Uhum o caramba, me responde direito.- coloquei minhas mãos no seu pescoço e puxei sua boca pra perto da minha, ele colocava força pra impedir.
-Tô afim não.- Eu não sabia se ele já estava de boa só me provocando ou se ainda estava nervoso.
Foi então que tive a brilhante ideia de o provocar. Se não desse certo então o negócio tava muito feio pro meu lado. Comecei beijando seu pescoço e ele se encolheu começando a se arrepiar. Subi os beijos e cheguei a sua orelha mordendo de leve, ele até se ajeitou na cadeira. Segurei uma de suas mãos e coloquei em cima da minha coxa. Fui subindo com a mão dele devagar até perto da minha virilha. Deixei a mão dele ali e coloquei a minha na sua coxa. Subi e coloquei em cima do seu membro. Apertei de leve e ele jogou a cabeça pra trás.
-Dá pra parar?- falou me encarando e eu vi que tava dando certo. Neguei com a cabeça e mordi seus lábios devagar.
Continuei passando a mão pelo seu membro enquanto ao mesmo tempo roçava seus lábios nos meus. Senti sua mão apertar minha coxa e vi que o jogo estava ganho. Apertei de novo sua intimidade e ele num ato súbito colocou a mão na minha nuca e me puxou pra um beijo voraz. Coloquei minha mão dentro da sua blusa e comecei a arranhar de leve sentindo ele puxar meus cabelos com mais força. Estava esquentando demais.
-Luan- falei ainda grudada em seus lábios.- Calma.
-Calma o caralho- falou e mordeu minha boca- Provocou aguenta- Tirou a mão da minha coxa e colocou nas minhas costas me puxando pra mais perto dele colando nossos corpos.
-Pera amor tem gente olhando- tentava me afastar mas ele estava louco de tesão.
-O que você quer que eu faça?- parou o beijo e me encarou
-Vamos pro hotel.- sorri sem vergonha e ele assentiu.
Levantei e puxei meu vestido, peguei minha bolsa e passei na frente dele. Luan me abraçou por trás onde eu senti sua ereção. Ri e desci na frente. Despedimos de todos e pegamos um táxi. Deixamos a van pra maioria.
Luan deu o nome do nosso hotel pro taxista e depois voltou a me beijar. Colocou a mão na minha perna e foi subindo. Colocou a mão por baixo do vestido e começou a massagear minha intimidade de leve. Arfei com seus toques e deitei minha cabeça no banco do táxi sentindo o prazer que ele me proporcionava. Olhei pra ele que me encarou e colocou as mãos nos lábios pedindo pra eu ficar em silêncio, mas eu não sei se conseguiria. Tirei sua mão de dentro do meu vestido e segurei. Se ele continuasse me provocando eu acabaria assustando o taxista, se é que me entendem.
Chegamos no hotel e eu desci de uma vez. Luan demorou um pouco porque estava acertando a conta mas desceu em seguida com um sorriso sapeca me abraçando e beijando meu pescoço. Segurou minha mão e caminhou comigo depressa até o hotel. Dentro do elevador, me encostou na parede, colocou minhas duas mãos presas e foi descendo os beijos enquanto eu me arrepiava inteira. A porta do elevador abriu e ele foi caminhando comigo de costas até seu quarto. Abriu a porta e fechou com a bunda. Me encostou na porta e já começou a tirar o meu vestido.
Coloquei minhas mãos na sua calça e arranquei de uma vez também, puxei ele pra cama e subi em cima dele. Ia dar mais prazer a ele do que ele me deu dentro do táxi. Sentei em cima dele ainda vestida.
Ele apertou minhas coxas com força e eu comecei a rebolar em cima do seu membro que estava coberto e muito animado.
-Ta de sacanagem né?- ele segurou meus braços e tentou me virar mais eu não deixei. Fiquei de joelhos na cama e comecei beijando seu tórax descendo devagar até chegar em seu membro de novo. Tirei a cueca de uma vez e peguei o seu pênis na minha mão, dando o máximo de mim pra satisfazê-lo. Ele gemia então acho que eu estava conseguindo. Com mais força ele puxou meu braço e me virou de uma vez sem deixar eu nem tentar revidar de novo. Deitou em cima de mim, arrancou meu sutiã enquanto já começava a entrar em mim.
Naquela noite fizemos amor mais vezes e acho que ele nem lembrou que tinha ficado com ciumes de mim a horas atrás.
Acordei com uma dor chata no pé da barriga, maldita cólica. Tirei o braço do Luan que estava em cima de mim e me encolhi na cama.
-Ta tudo bem?- ele perguntou preocupado.
-Só tô com dor na barriga.
-Cólica?- assenti.
Ele levantou da cama. Virei pro lado e vi ele vestir uma bermuda. Peguei o travesseiro dele e coloquei entre as pernas, a dor estava ficando mais forte. Luan abriu a porta e saiu do quarto. Eu não sabia aonde ele tinha ido, mas fiquei meio chateada de ver ele sair e me deixar com dor ali sozinha. Minutos depois ele entrou no quarto de novo, abriu o frigobar, pegou uma garrafa de água, despejou um pouco no copo. Depois tirou uma cartela com comprimidos do bolso, destacou um e trouxe pra eu tomar.
-A Bruna disse que toma isso aqui.- sorri pra ele e levantei pra tomar o comprimido.
Eram simples gestos como esse, que me mostravam que ele era o homem da minha vida.
Oiii, mais um pra vocês :x Espero que gostem! Dicas, sugestões, reclamações, bilhetinhos, telefones do Luan, pode comentar a vontade kkks Bjs!
quinta-feira, 10 de abril de 2014
Capítulo 61
Narrado pela Tanara
Eu estava completamente irritada com o que tinha lido a respeito do Luan:
"...Abandonada no altar, a ex-noiva do cantor disse: Decepção. É tudo o que eu sinto. Me apaixonei de verdade e fui usada, humilhada. Eu não merecia. Fiz tudo e mais um pouco pra agradar o Luan e olha o que eu ganho em troca. Ele é um infantil, cantorzinho de meia tijela, merece ser esquecido, deixar de fazer sucesso. Sobre a pessoa que fez ele me abandonar no altar eu prefiro nem comentar o que eu penso."
Me cortou o coração as suas palavras e eu me senti culpada, poderia prejudicar a carreira dele de uma forma imensa. Mas na hora eu não pensei nisso, não pensei que estaria jogando a carreira dele no lixo. Ele me ligou e me acalmou. A paz que ele trazia na voz, misturada com felicidade me fizeram ficar melhor. Mas eu estava decidida. Na primeira oportunidade o defenderia.
Luan tinha um show em Londrina. Bruna se animou de imediato e se pronunciou dizendo que ia. Eu apesar de ter muitas coisas pra resolver decidi que iria também. Por dois motivos: Rever a cidade que morei um tempo, e defender o Luan. A dias eu estava pensando e juntando palavras suficientes pra isso. Luan se animou, seria o primeiro show que eu iria com ele depois da nossa reconciliação, mas ainda não tínhamos assumido nosso relacionamento sério. Apesar da foto que ele postou, o que deixou bem claro que tínhamos voltado, ele não tinha dito nada que confirmasse que estávamos juntos mesmo.
Fomos pra Londrina na parte da manhã, Bruna foi ouvindo música e eu fui deitada no Luan o caminho inteiro. Não estava me sentindo bem, minha cabeça estava doendo. Ansiedade pura.
Assim que chegamos fomos recepcionados por muitos fãs, muitos deles Luan conhecia pelo nome, pelo fato de terem se visto muito. Luan desceu com Rober na frente e eu fui atrás com Bruna, ela também parou pra falar com alguns e eu continuei quieta no meu canto mexendo no celular, mas ao lado da Bruna.
-Tudo bem Tatáh?- uma menina me perguntou e eu olhei pra ela sorrindo.
-Tá sim, e você tá bem?
-Tô ótima.
Fiquei surpresa e feliz ao menos tempo. Ao menos uma fã se importava comigo. Eu acho.
Fui pra van e esperei lá dentro. Abri a janela pra tomar um ar, e ouvi algumas fãs chorando.
-Psiu- chamei atenção delas- O que foi gente? Era pra vocês estarem felizes- falei rindo delas que me olharam meio surpresas.
-A gente tá-uma enfim respondeu- Mas não dá pra conter as lágrimas.
-Eu entendo, mas ele gosta de ver vocês sorrindo.
-Você é um amor Tatáh- sorri pra elas e logo Luan entrou na van com o restante das pessoas.
Saímos em direção ao hotel e eu dei tchau pras meninas que me deram tchau também, quando viram que eu estava com a janela aberta.
-Está melhor?- Luan perguntou preocupada e eu assenti mas minha cabeça ainda incomodava um pouco.
Assim que entrei no quarto, me joguei na cama e fechei os olhos. Senti Luan sentar na cama e acho que ele estava tirando o tênis. Logo em seguida ele se ajeitou na cama e começou a me fazer cafuné. Coloquei minha cabeça no peito dele e acabei dormindo. Ali, quentinha, sob seus cuidados e mãos de anjo.
Acordei um pouco melhor horas depois. Olhei pra janela e dei um pulo na cama. Já estava a noite.
Olhei pro banheiro e Luan estava saindo com a toalha enrolada na cintura.
-Até que enfim- ele disse parando em minha frente secando seu cabelo- Você dormiu muito ein.
-Não sei de onde veio tanto sono- respondi coçando os olhos e criando coragem pra levantar da cama.
-Nem eu- Luan riu e sentou do meu lado- Vai se arrumar vai.
-Já?- perguntei me jogando na cama de novo.
-Anda coisa preguiçosa- riu e me puxou pra levantar da cama.
Me rendi e fui me arrastando pro banheiro. Me despi ainda com preguiça e liguei o chuveiro. Tomei um banho quente que me despertou. Saí do banheiro enrolada na toalha e fui até minha mala escolher uma roupa. Peguei um vestido preto. Ele era curto, eu sabia que Luan iria implicar mais vesti do mesmo jeito. Passei uma maquiagem escura e só sequei o cabelo. Assim que saí Luan levantou os olhos do celular pra me encarar.
-Que isso? - perguntou sério enquanto eu fui pra frente do espelho maior me ver completa.
-Que isso o que Luan?- perguntei puxando meu vestido pra baixo.
-Não adianta puxar não, esse trem não desce e eu tô vendo até seu rim.
-Ai Luan- eu ri- Larga de ser exagerado, nem tá curto.
-Nem tá curto? Eu tô vendo tudin. Sério mesmo, troca isso.
-Não vou trocar anjinho, desculpa.
-Tá de sacanagem né?- se sentou na cama.
-Lu é só uma roupa- sentei na frente dele- Pensa que é tudo seu- fiquei de joelho na cama e fui andando até me aproximar mais dele.
-É né?- ele riu safado- E depois é mais fácil de tirar- mordeu meu lábio.
-Bem mais fácil- falei com a voz sexy.
Ele num ato súbito me puxou e colocou nossos corpos, mas eu logo sai de cima dele.
-Me provoca e saí, ta certinha.
-Vou me amaçar toda- falei rindo e indo procurar um salto.
-Tá- bufou- Mas que fique bem claro que só vou concordar com essa roupa porque você tá comigo. E vai ficar do meu lado o tempo todo.- disse sério e eu apenas ri.
Chegamos no show por volta das nove horas. Fomos direto pro camarim e Luan já começou a atender as pessoas. Assim que a imprensa começou a entrar eu me coloquei mais a vista e deu certo. Tv Fama como não perdia oportunidade veio logo perguntar se podia me entrevistar, eu topei, obvio. Estava esperando aquilo mesmo. O TV Fama arrumou uma área reservada pra mim e me entrevistou separado do Luan, do jeito que eu queria, pra que as pessoas vissem que eu falava por mim, falava o que saia do meu coração, palavras que talvez ele nem esperasse.
Eu estava completamente irritada com o que tinha lido a respeito do Luan:
"...Abandonada no altar, a ex-noiva do cantor disse: Decepção. É tudo o que eu sinto. Me apaixonei de verdade e fui usada, humilhada. Eu não merecia. Fiz tudo e mais um pouco pra agradar o Luan e olha o que eu ganho em troca. Ele é um infantil, cantorzinho de meia tijela, merece ser esquecido, deixar de fazer sucesso. Sobre a pessoa que fez ele me abandonar no altar eu prefiro nem comentar o que eu penso."
Me cortou o coração as suas palavras e eu me senti culpada, poderia prejudicar a carreira dele de uma forma imensa. Mas na hora eu não pensei nisso, não pensei que estaria jogando a carreira dele no lixo. Ele me ligou e me acalmou. A paz que ele trazia na voz, misturada com felicidade me fizeram ficar melhor. Mas eu estava decidida. Na primeira oportunidade o defenderia.
Luan tinha um show em Londrina. Bruna se animou de imediato e se pronunciou dizendo que ia. Eu apesar de ter muitas coisas pra resolver decidi que iria também. Por dois motivos: Rever a cidade que morei um tempo, e defender o Luan. A dias eu estava pensando e juntando palavras suficientes pra isso. Luan se animou, seria o primeiro show que eu iria com ele depois da nossa reconciliação, mas ainda não tínhamos assumido nosso relacionamento sério. Apesar da foto que ele postou, o que deixou bem claro que tínhamos voltado, ele não tinha dito nada que confirmasse que estávamos juntos mesmo.
Fomos pra Londrina na parte da manhã, Bruna foi ouvindo música e eu fui deitada no Luan o caminho inteiro. Não estava me sentindo bem, minha cabeça estava doendo. Ansiedade pura.
Assim que chegamos fomos recepcionados por muitos fãs, muitos deles Luan conhecia pelo nome, pelo fato de terem se visto muito. Luan desceu com Rober na frente e eu fui atrás com Bruna, ela também parou pra falar com alguns e eu continuei quieta no meu canto mexendo no celular, mas ao lado da Bruna.
-Tudo bem Tatáh?- uma menina me perguntou e eu olhei pra ela sorrindo.
-Tá sim, e você tá bem?
-Tô ótima.
Fiquei surpresa e feliz ao menos tempo. Ao menos uma fã se importava comigo. Eu acho.
Fui pra van e esperei lá dentro. Abri a janela pra tomar um ar, e ouvi algumas fãs chorando.
-Psiu- chamei atenção delas- O que foi gente? Era pra vocês estarem felizes- falei rindo delas que me olharam meio surpresas.
-A gente tá-uma enfim respondeu- Mas não dá pra conter as lágrimas.
-Eu entendo, mas ele gosta de ver vocês sorrindo.
-Você é um amor Tatáh- sorri pra elas e logo Luan entrou na van com o restante das pessoas.
Saímos em direção ao hotel e eu dei tchau pras meninas que me deram tchau também, quando viram que eu estava com a janela aberta.
-Está melhor?- Luan perguntou preocupada e eu assenti mas minha cabeça ainda incomodava um pouco.
Assim que entrei no quarto, me joguei na cama e fechei os olhos. Senti Luan sentar na cama e acho que ele estava tirando o tênis. Logo em seguida ele se ajeitou na cama e começou a me fazer cafuné. Coloquei minha cabeça no peito dele e acabei dormindo. Ali, quentinha, sob seus cuidados e mãos de anjo.
Acordei um pouco melhor horas depois. Olhei pra janela e dei um pulo na cama. Já estava a noite.
Olhei pro banheiro e Luan estava saindo com a toalha enrolada na cintura.
-Até que enfim- ele disse parando em minha frente secando seu cabelo- Você dormiu muito ein.
-Não sei de onde veio tanto sono- respondi coçando os olhos e criando coragem pra levantar da cama.
-Nem eu- Luan riu e sentou do meu lado- Vai se arrumar vai.
-Já?- perguntei me jogando na cama de novo.
-Anda coisa preguiçosa- riu e me puxou pra levantar da cama.
Me rendi e fui me arrastando pro banheiro. Me despi ainda com preguiça e liguei o chuveiro. Tomei um banho quente que me despertou. Saí do banheiro enrolada na toalha e fui até minha mala escolher uma roupa. Peguei um vestido preto. Ele era curto, eu sabia que Luan iria implicar mais vesti do mesmo jeito. Passei uma maquiagem escura e só sequei o cabelo. Assim que saí Luan levantou os olhos do celular pra me encarar.
-Que isso? - perguntou sério enquanto eu fui pra frente do espelho maior me ver completa.
-Que isso o que Luan?- perguntei puxando meu vestido pra baixo.
-Não adianta puxar não, esse trem não desce e eu tô vendo até seu rim.
-Ai Luan- eu ri- Larga de ser exagerado, nem tá curto.
-Nem tá curto? Eu tô vendo tudin. Sério mesmo, troca isso.
-Não vou trocar anjinho, desculpa.
-Tá de sacanagem né?- se sentou na cama.
-Lu é só uma roupa- sentei na frente dele- Pensa que é tudo seu- fiquei de joelho na cama e fui andando até me aproximar mais dele.
-É né?- ele riu safado- E depois é mais fácil de tirar- mordeu meu lábio.
-Bem mais fácil- falei com a voz sexy.
Ele num ato súbito me puxou e colocou nossos corpos, mas eu logo sai de cima dele.
-Me provoca e saí, ta certinha.
-Vou me amaçar toda- falei rindo e indo procurar um salto.
-Tá- bufou- Mas que fique bem claro que só vou concordar com essa roupa porque você tá comigo. E vai ficar do meu lado o tempo todo.- disse sério e eu apenas ri.
Chegamos no show por volta das nove horas. Fomos direto pro camarim e Luan já começou a atender as pessoas. Assim que a imprensa começou a entrar eu me coloquei mais a vista e deu certo. Tv Fama como não perdia oportunidade veio logo perguntar se podia me entrevistar, eu topei, obvio. Estava esperando aquilo mesmo. O TV Fama arrumou uma área reservada pra mim e me entrevistou separado do Luan, do jeito que eu queria, pra que as pessoas vissem que eu falava por mim, falava o que saia do meu coração, palavras que talvez ele nem esperasse.
-Estamos aqui com a Tanara, amiga ou namorada do Luan ainda não se sabe. - a repórter me apresentava e ria dando a entender que eu e Luan poderíamos ter alguma coisa, mas como nem ela tinha certeza deixou a dúvida no ar -Ela está acompanhando o gato no show- disse sorrindo e eu assenti- Tudo bem?
Assim que ficamos sozinhos no camarim, ele caminhou até minha direção e me deu um abraço forte.
-Você é incrível, minha advogada- falei e me deu um beijo na bochecha.
-Fiquei muito feliz em ver você prestando atenção no que eu falava. Ouviu até que parte?
-Comecei a ouvir depois que você disse "E invadi mesmo, não me arrependo". Amei cada palavrinha sua, você leva jeito pra isso.
-Não como você- dei um selinho nele de leve que colocou a mão na minha nuca e transformou nosso selinho em um beijo.
O show começou e eu fiquei do lado com a Bruna. Ela queria ir pro camarote, mas Luan não deixou eu ir por causa do vestido, e ela acabou ficando ali comigo. O show não estava muito diferente do que eu conhecia. As mesmas músicas mas algumas brincadeiras novas. Cantei junto com ele as músicas na maior empolgação do mundo e Bruna filmou nós duas pra postar no insta. Fiquei sabendo naquele dia que agora tinha garota LEPO LEPO, ao invés de ficar com ciúmes eu fiz foi rir, lembrando do dia que eu dancei aquela música com ele no palco. Depois de ter se despedido da menina ele me olhou rindo e eu já vi que ele iria aprontar.
-Galera galera, aqui do ladinho do palco- Ele apontou pra direção que eu estava - Está minha irmã que o apelido vocês já sabem- ele disse rindo e as fãs começaram a gritar. Bruna colocou a mão no rosto com vergonha e Luan estava frito quando o show terminasse- Pera gente, deixa eu falar- ele disse em meio a sua risada-Eu queria cantar uma música aqui, não pra minha irmã mais pra amiga dela- ele piscou pra mim e as meninas começaram a me gritar- É assim...só o refrãozinho- virou e falou pra banda o nome da música que logo começaram a tocar-Ela é amiga da minha irmã não quero nem saber, eu vou pra cima, pra cima- ele cantou e a platéia continuou- ... não quero nem saber se ela é novinhaa. Aíiii sim ein- falou rindo e eu comecei a rir junto.
O show terminou e assim que Luan veio em nossa direção, Bruna deu um tapa nele.
-Tá doida?- ele perguntou.
-Tu tem problema né?- ela perguntou brava e ele começou a rir.
-Cê não vai me defender não muié?- me olhou com carinha de pidão.
-Não bate no anjinho.
-Tá mais pra capetinha- Bruna disse nervosa fazendo eu e Luan começarmos a rir.
Como ninguém tava afim de voltar pro hotel, decidimos juntos ir pra uma balada. Mas se eu soubesse que esbarraria em problemas teria ficado no hotel mesmo.
Passando rapidinho pra postar mais um.. Biejos :x
-Tudo ótimo- respondi.
-Primeira coisa, é namoro ou amizade?-falou e eu ri.
-Pergunta pra ele- ela riu dessa vez
-Primeira coisa, é namoro ou amizade?-falou e eu ri.
-Pergunta pra ele- ela riu dessa vez
A repórter me encheu de perguntas bobas do tipo quem era mais ciumento, o que tinha me atraído nele, como era minha relação com as fãs até chegar na parte que eu estava aguardando ansiosamente.
-Eu não posso deixar de te perguntar sobre a confusão que envolveu o nome do Luan nesses últimos tempos. Quero saber sua opinião, o que você tem a dizer?
Era agora a hora. Falei tudo que estava engasgado.
-Estava louca pra falar sobre isso- eu disse rindo- Eu conheço o Luan a anos e antes de sermos namorados fomos amigos. Ou seja, nossa ligação era forte e ficou mais ainda quando namoramos a primeira vez. Quando terminamos, por um motivo bobo, é óbvio que eu ainda o amava, isso estava estampado na minha testa. Mas quando eu iria imaginar que ele conheceria outra pessoa e pretenderia se casar com ela? Eu quase enlouqueci com essa ideia, e ficou mais difícil ainda por termos decidido manter a amizade, aí que doeu em mim de vez. Eu fui até o casamento pra ver de longe mas não me aguentei e invadi mesmo. Não me arrependo- disse convicta- Eu o amava e não queria ele com outra. Foi loucura? Foi. Prejudicou ele? Demais. Mas quando você ama você não pensa em nada. Era uma prova de que eu o amava que as pessoas queriam, está aí- disse e respirei satisfeita com o que havia dito.
-Você viu o que a Julia falou?- ela perguntou e eu assenti- Como o Luan reagiu? Como você reagiu também?
-Magoou mais a mim do que o Luan. Ela foi infeliz com as palavras, disse coisas absurdas e que não condizem. Mas como o Luan mesmo disse ela tem o direito de estar chateada, entretanto ainda acho que ela foi cruel.
-O Luan não se atingiu?
-Ele nem leu. Eu falei algumas coisas pra ele e ele até brincou.
-Brincou?- ela perguntou curiosa.
-Sim eu disse que ela tinha chamado ele de infantil e ele disse "mas sou mesmo, adoro caverna do dragão e bob esponja"- ri e a repórter se divertiu junto- Coisas do Lu.
-Então você não concorda com o que ela diz?
-De maneira nenhuma. O Luan é uma pessoa incrível, íntegra, humilde,merece todo sucesso do mundo. Mas as pessoas esquecem que ele não é perfeito, e que erra as vezes também.
-Obrigada Tanara, foi muito bom saber seu lado da história também- A repórter se despediu e eu agradeci a ela também. Olhei pro lado e vi Luan me encarando de longe com um sorriso lindo. Não sabia até que parte ele tinha ouvido, mas fiquei feliz em saber que ele estava presente me passando coragem.
Assim que ficamos sozinhos no camarim, ele caminhou até minha direção e me deu um abraço forte.
-Você é incrível, minha advogada- falei e me deu um beijo na bochecha.
-Fiquei muito feliz em ver você prestando atenção no que eu falava. Ouviu até que parte?
-Comecei a ouvir depois que você disse "E invadi mesmo, não me arrependo". Amei cada palavrinha sua, você leva jeito pra isso.
-Não como você- dei um selinho nele de leve que colocou a mão na minha nuca e transformou nosso selinho em um beijo.
O show começou e eu fiquei do lado com a Bruna. Ela queria ir pro camarote, mas Luan não deixou eu ir por causa do vestido, e ela acabou ficando ali comigo. O show não estava muito diferente do que eu conhecia. As mesmas músicas mas algumas brincadeiras novas. Cantei junto com ele as músicas na maior empolgação do mundo e Bruna filmou nós duas pra postar no insta. Fiquei sabendo naquele dia que agora tinha garota LEPO LEPO, ao invés de ficar com ciúmes eu fiz foi rir, lembrando do dia que eu dancei aquela música com ele no palco. Depois de ter se despedido da menina ele me olhou rindo e eu já vi que ele iria aprontar.
-Galera galera, aqui do ladinho do palco- Ele apontou pra direção que eu estava - Está minha irmã que o apelido vocês já sabem- ele disse rindo e as fãs começaram a gritar. Bruna colocou a mão no rosto com vergonha e Luan estava frito quando o show terminasse- Pera gente, deixa eu falar- ele disse em meio a sua risada-Eu queria cantar uma música aqui, não pra minha irmã mais pra amiga dela- ele piscou pra mim e as meninas começaram a me gritar- É assim...só o refrãozinho- virou e falou pra banda o nome da música que logo começaram a tocar-Ela é amiga da minha irmã não quero nem saber, eu vou pra cima, pra cima- ele cantou e a platéia continuou- ... não quero nem saber se ela é novinhaa. Aíiii sim ein- falou rindo e eu comecei a rir junto.
O show terminou e assim que Luan veio em nossa direção, Bruna deu um tapa nele.
-Tá doida?- ele perguntou.
-Tu tem problema né?- ela perguntou brava e ele começou a rir.
-Cê não vai me defender não muié?- me olhou com carinha de pidão.
-Não bate no anjinho.
-Tá mais pra capetinha- Bruna disse nervosa fazendo eu e Luan começarmos a rir.
Como ninguém tava afim de voltar pro hotel, decidimos juntos ir pra uma balada. Mas se eu soubesse que esbarraria em problemas teria ficado no hotel mesmo.
Passando rapidinho pra postar mais um.. Biejos :x
sábado, 5 de abril de 2014
Capítulo 60
Narrado pelo Luan
Acordei meio desnorteado com os sonhos que tive na noite passada. Ou melhor, pesadelos. Sentei na cama e esfreguei os olhos agradecendo por ter sido só um sonho, dos quais eu nem queria me lembrar. Olhei pro lado e vi Tatáh encolhida na cama, sua feição era angelical. Sorri e me aproximei mais dela.
Era domingo, o dia de voltarmos pro Brasil, pra vida real, onde eu sabia que minha imagem estava suja, e que provavelmente Julia devia ter falado coisas horríveis ao meu respeito. Durante o tempo que estive em Cancun não procurei notícias que me envolviam mas sabia que as coisas não estavam nada bem pro meu lado. Voltei a me concentrar na princesa que dormia a minha frente e infelizmente eu tinha que acordá-la. Me aproximei e comecei beijando seu pescoço, ela se mexeu de leve e virou de barriga pra cima. Segurei seu rosto e dei alguns selinhos nela que sorriu tão linda ainda de olhos fechados. Colocou seus braços em volta do meu pescoço e me deu um abraço forte.
-Bom dia, meu amor.- disse com a voz de sono me fazendo abraçá-la com mais força por tanta fofura.-Tá machucando anjinho- ela falou fazendo manha me fazendo parar de apertá-la.
Ela levantou da cama e foi no banheiro escovar os dentes, enquanto eu pedi o nosso café no quarto. Quando Tatáh saiu do banheiro eu fui fazer minhas higienes. Assim que saí a vi sentada na cama olhando o nada. Conhecendo ela como conheço, sabia que ela estava morrendo de preguiça. Ela ainda não tinha trocado de roupa, mas tinha vestido uma camisa minha de manga cumprida por cima do sutiã que ela vestia antes.
-Tá com frio?- perguntei sentando ao seu lado.
-Não, mas também não vou ficar de sutiã.
-Eu prefiro- falei mordendo sua orelha.
-Você prefere qualquer tipo de safadeza Luan- ela disse maldosa e eu comecei a rir.
-Ainda bem que você sabe- deitei na cama e ela deitou em cima de mim- Pedi nosso café já.
-Eu só queria dormir.
-Mas a gente tem que aproveitar nosso restinho de tempo aqui.
-Infelizmente- disse cabisbaixa.
-Fica assim não meu amor, não dá pra fugir pra sempre.- falei e ela permaneceu calada.
Peguei meu celular na estante e vi que estava cheio de mensagem do WhatsApp. Decidi ver depois e abri na câmera. Levantei o celular e mirei em nós dois.
-Não quero tirar foto Lu, eu acabei de acordar- ela disse se escondendo mas eu tirei do mesmo jeito.
-Tá linda olha- mostrei mais ela não gostou- Vou postar- Provoquei e ela só colocou a língua pra mim. Coloquei um efeito preto e branco e postei sem pensar nas consequências.
É que eu prefiro ouvir, tua voz de sono, domingo de manhã(8 @Tanara_
Bateram na porta e eu levantei pra abrir enquanto ela continuou deitada. Arrumei a mesa com a ajuda do empregado do hotel e assim que ele saiu eu peguei a preguiçosa no colo e levei até onde estava tudo arrumado. Tomamos nosso café em silêncio e ela estava pensativa, eu daria tudo pra saber o que se passava em sua cabecinha.
-Tá tudo bem?
-Hãm?- ela me olhou meio perdida- Tá sim anjinho- ela sorriu e continuou comendo.
-Tá pensativa.
-Normal, acordo assim, tu já tinha que estar acostumado- riu e veio se sentar no meu colo.
Tatáh me deu um selinho e pegou meu celular. Digitei minha senha pra ela e ela foi ver os comentários da foto. Rimos com alguns, as minhas fãs eram danadas, colocavam lenha na fogueira, pelo que percebi o trem tava muito feio pelas bandas do Brasil.
-Deixa isso amor- peguei o cel da mão dela e coloquei na mesa- Vamos aproveitar o restinho de tempo que temos.
-O que quer fazer?- ela perguntou
-Vamos na praia?
-Eu topo- sorriu e levantou do meu colo. De imediato puxei-a de volta.
-Oh homi me larga- ela riu me imitando no sotaque- Deixa eu ir me arrumar logo.
-Não quero te largar muié.
-Não vive sem mim- disse e virou os olhos convencida.
-Ai ai, vivo sim.- provoquei, mas claro que não vivia.- Ocê que não vive sem seu neguinho.
-Eu vivo tranquila- me encarou rindo de lado- Homem só dá dor de cabeça mesmo.
-Vamô apostar?- perguntei a encarando
-Vamô apostar quem chora primeiro, quem liga primeiro, quem fala primeiro que tá com saudade, não vai aguentar vai pedir pra voltar. Vamô apostar quem chora primeiro, quem liga primeiro, quem fala primeiro que tá com saudade, aposto o que quiser você não vai ganhar. Vamos apostaaar- ela cantou e bateu na coxa fazendo o ritmo da música.
-Vamô então- falei convicto e ela negou com a cabeça me dando um selinho longo- Ganhei viu só?- falei e a puxei pra um beijo, um beijo de verdade.
Passamos algum tempo na praia curtindo um ao outro. Tatáh quis ir pro mar e eu fui junto. Ficamos nos beijando carinhosamente como se o mundo pertencesse unicamente a eu e ela. Mas como nem tudo que é bom dura pra sempre, tivemos que sair dali e ir arrumar nossas coisas pra voltar pra nossas devidas casas.
Chegamos no Brasil por volta das 10 horas da noite. Rober foi nos buscar e pela cara dele as coisas não estavam muito boas mesmo pra mim.
-E aí cara curtiu bastante?- ele perguntou me cumprimentando.
-Foi tudo ótimo.
-Que bom. Tudo bem Tatáh?- perguntou pra ela e a abraçou em seguida.
-Tudo..
Entrei no carro com a Tatáh na parte de trás e Rober assumiu a direção. Queria perguntar tanta coisa pra ele... Perguntar sobre a repercussão do casamento que não aconteceu, perguntar se Julia tinha falado algo, perguntar se minha carreira estava arruinada, enfim, tirar minhas dúvidas sobre os meus medos, mas não fiz por não querer que Tatáh se sentisse mal.
-Levo vocês pra onde?
-Vamos deixar a Tatáh primeiro- respondi e ela me olhou sem dizer nada.
Eu sabia que quando chegasse em casa teria que encarar meus pais e conversar seriamente com os dois e não queria, na verdade tinha medo de que Tatáh ouvisse algo que a magoasse. Tudo que eu queria era preservar ela de qualquer perturbação.
Assim que chegamos eu ajudei ela com as malas. Rober ficou no carro me esperando. Eu disse que não demoraria. Quanto mais cedo eu encarasse meus pais melhor. Levei as malas da Tatáh pro quarto e me virei pra sair, esperava me despedir dela na sala, mas ela me surpreendeu me segurando. Olhei pra ela que me encarava com um sorriso travesso.
-Você podia dormir aqui né- ela disse me abraçando e beijando meu pescoço em seguida.
-Eu queria, mas eu preciso encarar o Seu Amarildo.
-Foi por isso que pediu pro Rober me trazer primeiro não é?- ela sacou na hora.
-Foi baixinha, não quero que ouça coisas que não merece.
-Mas Lu, eu preciso ouvir umas coisas também, acabei te prejudicando sem querer.
-Não esquenta a cabeça com nada, vai dar tudo certo- beijei sua testa a acalmando- Eu vou indo.- Selei seus lábios.
-Se cuida- me soltou mas logo me puxou de novo me surpreendo mais uma vez, dessa vez com um beijo. Um beijo que me acalmou e me deu forças pra encarar o que viesse pela frente.
Cheguei em casa e Rober me ajudou com as malas, minha mãe e Bruna logo vieram me abraçar mas meu pai continuou sentado no sofá. Pior do que eu pensava. -Ele não queria que eu casasse, aí eu não caso e ele fica bravo também. Vai entender.- Me despedi de Rober e subi pra colocar minhas coisas no meu quarto. Deixei minha mala no canto e desci pra conversar com meu pai de uma vez. Sentei no sofá que estava ao lado do sofá que ele estava sentado.
-Tudo bem?- perguntei.
Minha irmã se levantou e foi pro quarto, minha mãe sentou-se ao lado do meu pai. Lá vinha bomba.
-Comigo tudo ótimo- ele disse- E com você?- Perguntou com uma certa ironia.
-Pai, eu sei que está chateado, mas o que eu podia fazer? Tava casando sem gostar da Julia.
-Mas eu te falei isso Luan, te falei pra pensar direito. Mas você não me deu ouvidos, deixou virar essa baixaria toda. Você não estava aqui pra ver como repercutiu toda aquela palhaçada. A mídia só fala disso, a "novela" da vida real- meu pai estava muito bravo comigo, o que me partiu o coração- A Julia acabou com a sua imagem, falou absurdos de você, só não te chamou de santo, o resto...
-Eu não tô nem aí pro que ela falou.
-Mas devia, não foram coisas boas, a imprensa ta caindo em cima disso, tem noção de como isso pode te prejudicar? Podem querer não contratar mais seus shows.
-Pais eu entendo o que o senhor está me falando, concordo que deveria ter te dado ouvidos e não ter me precipitado com aquela casamento, mas eu estou tão feliz- disse sorrindo e vi minha mãe sorrir junto- Nada vai estragar isso. A Julia pode falar o que quiser, estou tranquilo porque minhas fãs estão comigo. São elas que votam em mim pra ganhar prêmios, elas que pedem minha música na rádio, elas que compram meus ingressos, CD, DVD, e produtos. São elas! E se elas ainda existem e estão do meu lado eu não preciso de mais nada.
-A sua sorte é só essa Luan. Eu sou pai e me preocupo com mais do que isso. Não é só o dinheiro, é o que estão falando de você. Você acha que um pai gosta de ler jornais e revistas falando que seu filho é um cafajeste de primeira? Que agiu de má fé? Que se aproveitou de uma moça? E que é um irresponsáel? Eu não gostei de ler e ouvir essas coisas, doeu aqui dentro- apontou pro peito- Luan, me sinto melhor em saber que apesar de tudo você está bem. Você tem meu total apoio pra ficar com a Tatáh- ele falou me fazendo sorrir aliviado- Mas por favor, seja mais responsável, pensa antes de fazer as coisas, você não é uma pessoa normal, querendo ou não, a sua vida é pública e você tem uma imagem a zelar.
-Me desculpa por não ter te ouvido pai- me aproximei e segurei em sua mão.- Vocês me desculpam?- perguntei encarando minha mãe também que apenas assentiu emocionada.
-Pow, você é meu filho cara, claro que eu te desculpo- levantou e me abraçou- Seu cabeção- sorriu e fez eu ficar mais tranquilo.
Subi pro meu quarto mais aliviado. Refleti tudo que meu pai tinha dito, ele tinha razão. Dessa vez eu escutaria ele. Preservaria minha imagem ao máximo, também não rebateria o que a Julia disse, ela tinha direito de estar com raiva de mim e querer me ferrar. Peguei meu celular e falei com minhas negas no twitter:
"Cheguei amrs. Que saudade de vcs."
"Queria dizer que amo vcs demais, e qe isso nunca vai mudar. Obrigado por estarem do meu lado e por me defenderem smp. Vcs são FODAS!"
Continuei mexendo no twitter e respondi alguns fã-clubes, até perceber que Tatah tinha postado algo a alguns minutos:
"Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel."- William Shakespear
Peguei meu celular preocupado e liguei pra ela, que atendeu no terceiro toque.
-Oi Lu.
-Ta tudo bem minha vida?
-Tô nervosa, você leu o que a Julia falou de você?
-Nem quero ler.
-Mas devia, ela foi cruel contigo amor. Disse coisas absurdas- ela disse entredentes, sua raiva estava exposta através da voz- Que raiva- ela gritou e eu ri- PARA DE RIR, NÃO TEM GRAÇA.
-Tem sim, é que você consegue ser linda até de longe, e olha que nem tô te vendo.
-Lu ela te chamou de infantil.
-Sou mesmo, amo caverna do dragão, bob esponja...
-Para Lu, é sério. Ela falou tanta coisa maldosa.
-Deixa pra lá meu amor, eu não ligo. Esquece isso, deixa ela falar, ela tem esse direito, você me roubou dela- falei e ouvi ela enfim sorrir.
-Não quero que as pessoas acreditem nisso.
-Acredita quem quiser, eu só me importo com minhas fãs.
-Posso falar com a imprensa também? Te defender...
-Se você quiser pode.
-Será que seu pai não vai achar ruim?
-Acho que não.
-Pode falar com ele pra mim?
-Falo sim.
-E como foi sua conversa com ele.
-Ouvi uns sapos mas já estamos bem.
-Que bom meu anjo. Acho que já vou dormir. Tô tão cansada...
-Cê passou o dia com preguiça, nunca vi gostar de dormir tanto.
-É bom amorzinho- riu me fazendo rir junto.- Boa noite, eu te amo.
-Eu também te amo. E óh esquece tudo que leu. Não vale a pena se estressar.
-Tá bom. Beijos.
Desliguei e sorri com sua preocupação. Ela era mesmo a coisa mais linda. Em questão de minutos meu celular avisou uma mensagem sua "Podia ter pedido pra você cantar pra mim" Gravei um áudio cantando um pedaço da música ANJO da Banda Eva, na parte que dizia "Por isso estou aqui, vim cuidar de você, te proteger, te fazer sorrir, te entender, te ouvir e quando estiver cansada, cantar pra você dormir" e lhe enviei no WhatsApp. Logo ela respondeu
Tanara: Estou em um relacionamento com esse áudio. Te amo meu anjo, vou ouvir esse trem até dormir.
Luan: Seu relacionamento sério é comigo uai.
Tanara: Também meu amor rsrsrs
Luan: E eu descubro que além de anjo eu posso ser o seu amor (8
Tanara: Coisa linda <3
Luan: Vai dormir bebê.
Tanara: Vou agora. Beijos
Tentei dormir também mas diferente dela eu estava sem sono. Então fiquei rolando na cama, lembrando da nossa viagem, da nossa maravilhosa viagem. Sorrindo sozinho, completamente feliz. Uma felicidade que nada, nem ninguém tiraria de mim tão fácil
Mais um, um pouco maior pra vocês :x Beijos
Acordei meio desnorteado com os sonhos que tive na noite passada. Ou melhor, pesadelos. Sentei na cama e esfreguei os olhos agradecendo por ter sido só um sonho, dos quais eu nem queria me lembrar. Olhei pro lado e vi Tatáh encolhida na cama, sua feição era angelical. Sorri e me aproximei mais dela.
Era domingo, o dia de voltarmos pro Brasil, pra vida real, onde eu sabia que minha imagem estava suja, e que provavelmente Julia devia ter falado coisas horríveis ao meu respeito. Durante o tempo que estive em Cancun não procurei notícias que me envolviam mas sabia que as coisas não estavam nada bem pro meu lado. Voltei a me concentrar na princesa que dormia a minha frente e infelizmente eu tinha que acordá-la. Me aproximei e comecei beijando seu pescoço, ela se mexeu de leve e virou de barriga pra cima. Segurei seu rosto e dei alguns selinhos nela que sorriu tão linda ainda de olhos fechados. Colocou seus braços em volta do meu pescoço e me deu um abraço forte.
-Bom dia, meu amor.- disse com a voz de sono me fazendo abraçá-la com mais força por tanta fofura.-Tá machucando anjinho- ela falou fazendo manha me fazendo parar de apertá-la.
Ela levantou da cama e foi no banheiro escovar os dentes, enquanto eu pedi o nosso café no quarto. Quando Tatáh saiu do banheiro eu fui fazer minhas higienes. Assim que saí a vi sentada na cama olhando o nada. Conhecendo ela como conheço, sabia que ela estava morrendo de preguiça. Ela ainda não tinha trocado de roupa, mas tinha vestido uma camisa minha de manga cumprida por cima do sutiã que ela vestia antes.
-Tá com frio?- perguntei sentando ao seu lado.
-Não, mas também não vou ficar de sutiã.
-Eu prefiro- falei mordendo sua orelha.
-Você prefere qualquer tipo de safadeza Luan- ela disse maldosa e eu comecei a rir.
-Ainda bem que você sabe- deitei na cama e ela deitou em cima de mim- Pedi nosso café já.
-Eu só queria dormir.
-Mas a gente tem que aproveitar nosso restinho de tempo aqui.
-Infelizmente- disse cabisbaixa.
-Fica assim não meu amor, não dá pra fugir pra sempre.- falei e ela permaneceu calada.
Peguei meu celular na estante e vi que estava cheio de mensagem do WhatsApp. Decidi ver depois e abri na câmera. Levantei o celular e mirei em nós dois.
-Não quero tirar foto Lu, eu acabei de acordar- ela disse se escondendo mas eu tirei do mesmo jeito.
-Tá linda olha- mostrei mais ela não gostou- Vou postar- Provoquei e ela só colocou a língua pra mim. Coloquei um efeito preto e branco e postei sem pensar nas consequências.
É que eu prefiro ouvir, tua voz de sono, domingo de manhã(8 @Tanara_
Bateram na porta e eu levantei pra abrir enquanto ela continuou deitada. Arrumei a mesa com a ajuda do empregado do hotel e assim que ele saiu eu peguei a preguiçosa no colo e levei até onde estava tudo arrumado. Tomamos nosso café em silêncio e ela estava pensativa, eu daria tudo pra saber o que se passava em sua cabecinha.
-Tá tudo bem?
-Hãm?- ela me olhou meio perdida- Tá sim anjinho- ela sorriu e continuou comendo.
-Tá pensativa.
-Normal, acordo assim, tu já tinha que estar acostumado- riu e veio se sentar no meu colo.
Tatáh me deu um selinho e pegou meu celular. Digitei minha senha pra ela e ela foi ver os comentários da foto. Rimos com alguns, as minhas fãs eram danadas, colocavam lenha na fogueira, pelo que percebi o trem tava muito feio pelas bandas do Brasil.
-Deixa isso amor- peguei o cel da mão dela e coloquei na mesa- Vamos aproveitar o restinho de tempo que temos.
-O que quer fazer?- ela perguntou
-Vamos na praia?
-Eu topo- sorriu e levantou do meu colo. De imediato puxei-a de volta.
-Oh homi me larga- ela riu me imitando no sotaque- Deixa eu ir me arrumar logo.
-Não quero te largar muié.
-Não vive sem mim- disse e virou os olhos convencida.
-Ai ai, vivo sim.- provoquei, mas claro que não vivia.- Ocê que não vive sem seu neguinho.
-Eu vivo tranquila- me encarou rindo de lado- Homem só dá dor de cabeça mesmo.
-Vamô apostar?- perguntei a encarando
-Vamô apostar quem chora primeiro, quem liga primeiro, quem fala primeiro que tá com saudade, não vai aguentar vai pedir pra voltar. Vamô apostar quem chora primeiro, quem liga primeiro, quem fala primeiro que tá com saudade, aposto o que quiser você não vai ganhar. Vamos apostaaar- ela cantou e bateu na coxa fazendo o ritmo da música.
-Vamô então- falei convicto e ela negou com a cabeça me dando um selinho longo- Ganhei viu só?- falei e a puxei pra um beijo, um beijo de verdade.
Passamos algum tempo na praia curtindo um ao outro. Tatáh quis ir pro mar e eu fui junto. Ficamos nos beijando carinhosamente como se o mundo pertencesse unicamente a eu e ela. Mas como nem tudo que é bom dura pra sempre, tivemos que sair dali e ir arrumar nossas coisas pra voltar pra nossas devidas casas.
Chegamos no Brasil por volta das 10 horas da noite. Rober foi nos buscar e pela cara dele as coisas não estavam muito boas mesmo pra mim.
-E aí cara curtiu bastante?- ele perguntou me cumprimentando.
-Foi tudo ótimo.
-Que bom. Tudo bem Tatáh?- perguntou pra ela e a abraçou em seguida.
-Tudo..
Entrei no carro com a Tatáh na parte de trás e Rober assumiu a direção. Queria perguntar tanta coisa pra ele... Perguntar sobre a repercussão do casamento que não aconteceu, perguntar se Julia tinha falado algo, perguntar se minha carreira estava arruinada, enfim, tirar minhas dúvidas sobre os meus medos, mas não fiz por não querer que Tatáh se sentisse mal.
-Levo vocês pra onde?
-Vamos deixar a Tatáh primeiro- respondi e ela me olhou sem dizer nada.
Eu sabia que quando chegasse em casa teria que encarar meus pais e conversar seriamente com os dois e não queria, na verdade tinha medo de que Tatáh ouvisse algo que a magoasse. Tudo que eu queria era preservar ela de qualquer perturbação.
Assim que chegamos eu ajudei ela com as malas. Rober ficou no carro me esperando. Eu disse que não demoraria. Quanto mais cedo eu encarasse meus pais melhor. Levei as malas da Tatáh pro quarto e me virei pra sair, esperava me despedir dela na sala, mas ela me surpreendeu me segurando. Olhei pra ela que me encarava com um sorriso travesso.
-Você podia dormir aqui né- ela disse me abraçando e beijando meu pescoço em seguida.
-Eu queria, mas eu preciso encarar o Seu Amarildo.
-Foi por isso que pediu pro Rober me trazer primeiro não é?- ela sacou na hora.
-Foi baixinha, não quero que ouça coisas que não merece.
-Mas Lu, eu preciso ouvir umas coisas também, acabei te prejudicando sem querer.
-Não esquenta a cabeça com nada, vai dar tudo certo- beijei sua testa a acalmando- Eu vou indo.- Selei seus lábios.
-Se cuida- me soltou mas logo me puxou de novo me surpreendo mais uma vez, dessa vez com um beijo. Um beijo que me acalmou e me deu forças pra encarar o que viesse pela frente.
Cheguei em casa e Rober me ajudou com as malas, minha mãe e Bruna logo vieram me abraçar mas meu pai continuou sentado no sofá. Pior do que eu pensava. -Ele não queria que eu casasse, aí eu não caso e ele fica bravo também. Vai entender.- Me despedi de Rober e subi pra colocar minhas coisas no meu quarto. Deixei minha mala no canto e desci pra conversar com meu pai de uma vez. Sentei no sofá que estava ao lado do sofá que ele estava sentado.
-Tudo bem?- perguntei.
Minha irmã se levantou e foi pro quarto, minha mãe sentou-se ao lado do meu pai. Lá vinha bomba.
-Comigo tudo ótimo- ele disse- E com você?- Perguntou com uma certa ironia.
-Pai, eu sei que está chateado, mas o que eu podia fazer? Tava casando sem gostar da Julia.
-Mas eu te falei isso Luan, te falei pra pensar direito. Mas você não me deu ouvidos, deixou virar essa baixaria toda. Você não estava aqui pra ver como repercutiu toda aquela palhaçada. A mídia só fala disso, a "novela" da vida real- meu pai estava muito bravo comigo, o que me partiu o coração- A Julia acabou com a sua imagem, falou absurdos de você, só não te chamou de santo, o resto...
-Eu não tô nem aí pro que ela falou.
-Mas devia, não foram coisas boas, a imprensa ta caindo em cima disso, tem noção de como isso pode te prejudicar? Podem querer não contratar mais seus shows.
-Pais eu entendo o que o senhor está me falando, concordo que deveria ter te dado ouvidos e não ter me precipitado com aquela casamento, mas eu estou tão feliz- disse sorrindo e vi minha mãe sorrir junto- Nada vai estragar isso. A Julia pode falar o que quiser, estou tranquilo porque minhas fãs estão comigo. São elas que votam em mim pra ganhar prêmios, elas que pedem minha música na rádio, elas que compram meus ingressos, CD, DVD, e produtos. São elas! E se elas ainda existem e estão do meu lado eu não preciso de mais nada.
-A sua sorte é só essa Luan. Eu sou pai e me preocupo com mais do que isso. Não é só o dinheiro, é o que estão falando de você. Você acha que um pai gosta de ler jornais e revistas falando que seu filho é um cafajeste de primeira? Que agiu de má fé? Que se aproveitou de uma moça? E que é um irresponsáel? Eu não gostei de ler e ouvir essas coisas, doeu aqui dentro- apontou pro peito- Luan, me sinto melhor em saber que apesar de tudo você está bem. Você tem meu total apoio pra ficar com a Tatáh- ele falou me fazendo sorrir aliviado- Mas por favor, seja mais responsável, pensa antes de fazer as coisas, você não é uma pessoa normal, querendo ou não, a sua vida é pública e você tem uma imagem a zelar.
-Me desculpa por não ter te ouvido pai- me aproximei e segurei em sua mão.- Vocês me desculpam?- perguntei encarando minha mãe também que apenas assentiu emocionada.
-Pow, você é meu filho cara, claro que eu te desculpo- levantou e me abraçou- Seu cabeção- sorriu e fez eu ficar mais tranquilo.
Subi pro meu quarto mais aliviado. Refleti tudo que meu pai tinha dito, ele tinha razão. Dessa vez eu escutaria ele. Preservaria minha imagem ao máximo, também não rebateria o que a Julia disse, ela tinha direito de estar com raiva de mim e querer me ferrar. Peguei meu celular e falei com minhas negas no twitter:
"Cheguei amrs. Que saudade de vcs."
"Queria dizer que amo vcs demais, e qe isso nunca vai mudar. Obrigado por estarem do meu lado e por me defenderem smp. Vcs são FODAS!"
Continuei mexendo no twitter e respondi alguns fã-clubes, até perceber que Tatah tinha postado algo a alguns minutos:
"Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel."- William Shakespear
Peguei meu celular preocupado e liguei pra ela, que atendeu no terceiro toque.
-Oi Lu.
-Ta tudo bem minha vida?
-Tô nervosa, você leu o que a Julia falou de você?
-Nem quero ler.
-Mas devia, ela foi cruel contigo amor. Disse coisas absurdas- ela disse entredentes, sua raiva estava exposta através da voz- Que raiva- ela gritou e eu ri- PARA DE RIR, NÃO TEM GRAÇA.
-Tem sim, é que você consegue ser linda até de longe, e olha que nem tô te vendo.
-Lu ela te chamou de infantil.
-Sou mesmo, amo caverna do dragão, bob esponja...
-Para Lu, é sério. Ela falou tanta coisa maldosa.
-Deixa pra lá meu amor, eu não ligo. Esquece isso, deixa ela falar, ela tem esse direito, você me roubou dela- falei e ouvi ela enfim sorrir.
-Não quero que as pessoas acreditem nisso.
-Acredita quem quiser, eu só me importo com minhas fãs.
-Posso falar com a imprensa também? Te defender...
-Se você quiser pode.
-Será que seu pai não vai achar ruim?
-Acho que não.
-Pode falar com ele pra mim?
-Falo sim.
-E como foi sua conversa com ele.
-Ouvi uns sapos mas já estamos bem.
-Que bom meu anjo. Acho que já vou dormir. Tô tão cansada...
-Cê passou o dia com preguiça, nunca vi gostar de dormir tanto.
-É bom amorzinho- riu me fazendo rir junto.- Boa noite, eu te amo.
-Eu também te amo. E óh esquece tudo que leu. Não vale a pena se estressar.
-Tá bom. Beijos.
Desliguei e sorri com sua preocupação. Ela era mesmo a coisa mais linda. Em questão de minutos meu celular avisou uma mensagem sua "Podia ter pedido pra você cantar pra mim" Gravei um áudio cantando um pedaço da música ANJO da Banda Eva, na parte que dizia "Por isso estou aqui, vim cuidar de você, te proteger, te fazer sorrir, te entender, te ouvir e quando estiver cansada, cantar pra você dormir" e lhe enviei no WhatsApp. Logo ela respondeu
Tanara: Estou em um relacionamento com esse áudio. Te amo meu anjo, vou ouvir esse trem até dormir.
Luan: Seu relacionamento sério é comigo uai.
Tanara: Também meu amor rsrsrs
Luan: E eu descubro que além de anjo eu posso ser o seu amor (8
Tanara: Coisa linda <3
Luan: Vai dormir bebê.
Tanara: Vou agora. Beijos
Tentei dormir também mas diferente dela eu estava sem sono. Então fiquei rolando na cama, lembrando da nossa viagem, da nossa maravilhosa viagem. Sorrindo sozinho, completamente feliz. Uma felicidade que nada, nem ninguém tiraria de mim tão fácil
Mais um, um pouco maior pra vocês :x Beijos
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