Capítulo 67

Mais pessoas foram chegando e o churrasco começou de fato. Luan passou o violão pro tio, segurou minha mão e me levou pra sala. Ele sentou no sofá e apontou pro colo dele pra eu sentar. Fiz como ele pediu e o encarei.
-Tá tudo bem mesmo?- ele perguntou
-Tá sim amor, eu só tava um pouco chateada com o que li mais já passou.
-E o que você leu?
-Deixa pra lá Lu- passei a mão pelo seu rosto já sabendo que ele não desistiria enquanto eu não contasse.
-Me fala, amor.- colocou meu cabelo atrás da orelha e esperou pela resposta que queria.
-Eu fui ver o que as fãs estavam falando sobre o que eu tinha dito de você. A maioria gostou, mas teve algumas que não ficaram muito satisfeitas. Até aí tudo bem, até eu me deparar com um texto de uma fã sua. Ela disse que o nosso namoro era uma mentira, que você inventou isso tudo porque não queria casar com a Julia, insinuou até que eu ainda amava o Gustavo.
-Oh meu amor e você ficou com isso na cabeça?- ele segurou minha mão- Não liga não baixinha, é assim mesmo, tem gente que fala demais. E olha, essa menina aí pode ser qualquer coisa, menos minha fã. Se ela fosse minha fã ela olharia pra mim e veria como estou feliz com você, e que não tem a mínima chance de ser mentira o que sentimos um pelo outro. E outra coisa, eu sei que você não ama o Gustavo mais, se não estava com ele, casada com ele. Mas você trocou ele por mim- sorriu fazendo eu sorrir junto- Não fica assim não tá? Eu sabia que quando a Bruna pediu pra eu cantar no fundo tinha algo acontecendo, e sua carinha cabisbaixa te entregou.
-Você me conhece né?- ele assentiu e eu abracei ele, colocando a cabeça dele em meu peito.
-Amor, faz isso não.- ele disse saliente e eu comecei a rir.
-Você não perdoa nada né Luan?
-Você me abraça assim e quer que eu fique como?
-Vamos voltar pro churrasco- levantei e ofereci a minha mão pra ele segurar.
Assim que passamos pela porta meu olhar foi direcionado pro portão, onde as primas do Luan abraçavam alguém. Virei pra procurar algum lugar pra sentar e senti Luan soltar minha mão e ir na direção que as primas dele estavam. Mas quem era aquela pessoa? Luan se aproximou de braços aberto e ela sorriu indo abraçar ele. Sentei na primeira cadeira que vi e olhei bem aquela menina. Era ela mesmo. Jade. Respirei fundo e tentei não ficar com ciúmes, eles ainda eram amigos, que maldade há nisso? Nenhuma! Mas mesmo assim ela já podia parar de sorrir pro meu namorado.
As primas do Luan foram se afastando deixando os dois sozinhos. Tava ficando difícil de me controlar daquele jeito. Luan com as duas mãos no bolso e ela mexendo no cabelo ainda sorrindo. Caramba dá pra parar? Decidi parar de olhar, crise de ciúmes é muito feio e longe de mim ter ciumes de alguém. Nunca tive mesmo. "Quem eu estou tentando enganar? É claro que eu tô com ciúmes." Tentava brigar com minha própria consciência, mas ela estava certa, eu estava com ciúmes que droga. Levantei dali e voltei pra dentro da casa, já dizia aquele ditado "o que os olhos não vêem o coração não sente". Sentei na sala e liguei a televisão tentando me distrair, mas tava difícil pra mim.

Luan entrou na sala com cara de inocente. Eu estava brava apesar de estar com sorriso sínico no rosto. Precisava passar esse tempo todo com essa menina? E o que ela tava fazendo ali mesmo?
-Voltou pra cá?- perguntou parado na minha frente e eu só assenti sem olhar pra ele.Ele sentou do meu lado, deu um tapa na minha coxa e começou a assistir televisão comigo. Sonso!- Que foi ein?
-Nada.
-Certeza?
-Aham.
-O que eu fiz e não tô sabendo dessa vez?
-Nada.
-Ah eu já sei.. Tá com ciúmes. Que bonitinho, amor.- ele veio apertar minha bochecha mais eu fuzilei ele com os olhos- Não precisa ficar assim não, ela é minha amiga.
-Não tô com ciúmes Luan, agora dá licença, eu quero ver o filme e você tá me atrapalhando.
-Tá sim. Ai que linda com ciúmes- me puxou pela cintura e começou a beijar meu rosto- Tá com ciuminho?- beijou meu rosto de novo- Sabe amor, cê é foda, me tirou da Jade e da Julia.
-Eu não tirei você de ninguém, você que quis  deixar as duas pra ficar comigo.
-É porque eu te amo coisa linda- falou me deixando derretida. Que cafajeste.
-Tá Luan, vai pra lá vai.
-Não sei se eu fico triste por estar sendo expulso pela minha namorada ou feliz por você tá se mordendo de ciúmes.
-JÁ FALEI QUE NÃO TÔ COM CIÚMES-Falei irritada
-Confesso logo amorzinho, acho tão lindo isso porque se existe amor, existe ciúmes.
-SAI LUAN-Empurrei ele do sofá.
-Mas eu me mordo de ciúmes- ele saiu cantando me deixando soltando fogo pelas ventas. Sim, eu estava com ciúmes, mas nunca deixaria transparecer. O orgulho era maior.

Continuei ali na sala vendo o filme que passava, mas continuei pensando no que ele poderia estar fazendo. E se ele tivesse conversando com a Jade de novo? E se ela se aproveitasse dele? Sei lá.. Vai que ela pedia pra pegar na barbinha dele. Não. Não. Isso não. Era minha, só minha.
Desliguei a televisão e voltei pra parte da frente. Assim que passei pela porta vi Luan sentado isoladinho num canto só observando o povo cantar e sorrir. Olhei do outro lado e vi a Jade em pé olhando pra ele. Não, eu não estava vendo coisa, ela estava sim olhando pro meu namorado. Caminhei até ele que abriu um sorrisinho sem vergonha. Se endireitou na cadeira e me encarou em pé na sua frente.
-Ainda tá bravinha?
-Já disse que não tô com ciúmes.
-Ah tá sim- me puxou me fazendo sentar no seu colo.
-Tá bom, eu confesso.- disse baixinho e ele ouviu.
-Mas eu me mordo de ciúmes- começou a cantar a mesma música, só que dessa vez batendo na perna pra fazer o ritmo acompanhando.
-Queria ver se fosse você me vendo de papinho com o Gustavo..
-Nada a ver Tanara- ele ficou irritadinho em ouvir o nome da pessoa que ele mais odiava- É diferente.
-Tem nada diferente- continuei provocando- Ele é meu ex, assim como a Jade é sua ex.
-Mas eu não pedi a Jade em casamento, não cheguei a quase casar com ela, fora que não namorei tantos anos com ela, é bem diferente.
-Eu nem sei o que ela tá fazendo aqui.
-Ela é amiga da minha irmã, amor. Elas sempre se deram bem.
-A Bruna se dá bem com todas as suas namoradas né?
-Acho que sim- ele respondeu querendo evitar aquele assunto.
-Hum.
-Vem cá, me dá um beijo- ele colocou a mão esquerda no meu rosto e me beijou.

O almoço continuou tranquilo, a Jade ficou em um canto e Luan no outro. Ou seja, não tinha motivos pra ciúmes. Ajudei Marizete a guardar o que tinha sobrado e aproveitei pra levar a sobremesa pra mesa, que era um mousse de chocolate de dar água na boca. Coloquei um pouco em um copo e levei pro Luan.
-Ow rapaiz brigado- pegou da minha mão e começou a devorar- Vai pegar procê não?- neguei com a cabeça- Uai por quê? Tá de dieta?- assenti fazendo biquinho- Cê não precisa disso não, amor.
-Preciso pra ficar gostosa pra você- falei piscando pra ele que riu sem jeito.
-Mas eu já te acho bem gostosa assim.
-Mas não vai achar se eu ficar parecendo uma bola.
-Eu te amo de qualquer jeito- falou colocando um pouco do mousse na colher e levando até minha boca em seguida. Revirei os olhos. Aquilo era mesmo muito bom- Não faz essa carinha não, amor.
-Eu não fiz nada- falei rindo.
-Revirou os olhinhos. Cê não faz ideia das coisas que se passaram aqui na minha cabeça.
-Faço ideia sim, você só pensa besteira.- tomei o mousse da sua mão e comecei a comer.
-Verdade- riu e nem ligou pro fato de eu ter roubado o mousse dele.-Amor?
-Hum?- respondi com a boca cheia.
-Qual a chance da gente fazer amor agora?
-É o que Luan?- olhei séria pra ele.
-É, a gente vai lá no meu quarto rapidinho- sussurrou no meu ouvido e mordeu minha orelha pra me provocar.
-Ai Luan- respirei fundo e tentei não cair nas provocações dele.
-Amor, você tá comendo um mousse que engorda muito. Vou te ajudar a queimar as calorias. Olha isso, só estou pensando em você- falou colocando as mãos pra cima como se não tivesse pensando nele e em suas necessidades.
Levantei e puxei ele pela mão levando ele pro seu quarto. Eu não resistia a ele. Deixei a travessa que estava com o mousse em cima da mesa e peguei a sua outra mão, coloquei ela na minha cintura e puxei seu corpo pra mais perto do meu, já podendo sentir seu membro começando a se animar. Entrei no quarto primeiro e o puxei pela gola da blusa. Fechei a porta e virei pra ele que já veio pra cima de mim me beijando rapidamente.
Luan me encostou na parede e continuou me beijando sem parar

Logo começou suas provocações e foi descendo o beijo, primeiro em meu pescoço e depois em meus seios.

Empurrei ele pra cama e subi em cima dele. Luan não contente me virou pra ficar por cima de mim. Ele adorava ficar no comando e eu não ia ferir o seu ego.
Luan voltou a me provocar, como ele sempre fazia quando fazíamos amor, me provocava com mordidas, beijos e carinhos por todo meu corpo, até chegar a minha intimidade que já gritava por ele dentro de mim. Coloquei minha mão em seu membro e guiei pra onde eu queria. Ele entendeu meu recado e se preparou pra me satisfazer.
-Droga- reclamou se afastando.
-O que foi Luan?
-A camisinha, tá na carteira lá em baixo.-falou me encarando e eu fiquei com vontade de matá-lo naquele momento. Como íamos parar naquela hora? Ia perder todo o tesão- Eu vou lá rapidinho- falou se preparando pra levantar mais eu cravei minhas unhas em seu braço mantendo- o ali. Eu precisava dele, precisava naquele momento.
-Vai sem- disse num sussurro ainda ofegando.
-Te certeza?- me olhou preocupado- Você disse que..
-Esquece o que eu disse- puxei ele e comecei a beijá-lo novamente.

Narrado por Luan

De todas as vezes que transei com alguma mulher na vida, poucas foram as vezes que fiz sem camisinha. O tesão era muito maior e o sexo ficava bem melhor. Não questionei mais a sua decisão, eu precisava dela e descer naquele momento cortaria o clima totalmente. Tanara não aguentou minha enrolação e subiu em cima de mim, já começando a "cavalgar" rápido, me deixando louco e sem controle de mim mesmo. Segurei em sua cintura e a ajudei nos movimentos. Ela foi aumentando o movimento e a medida que ela gemia eu enlouquecia mais. Quando ela cansou, começou a rebolar em cima de mim. Eu estremeci de prazer. Virei ela e voltei a penetrá-la com força. Podia ser coisa da minha cabeça, mas um pedaço de latex faz sim toda a diferença, sem camisinha era muito mais gostoso. Eu conseguia senti-la de verdade. Fui sentindo um tesão cada vez maior e aumentei ainda mais os movimentos, ela gemeu tão alto que tive que voltar a beija-la, afinal a casa estava cheia de pessoas. Senti o gozo se aproximar e fui penetrando mais devagar. Tirei meu pênis e me derramei em cima da barriga dela. Me joguei do seu lado e beijei sua boca, mordendo seus lábios devagar enquanto ela ainda respirava com dificuldade pelo que tínhamos acabado de fazer. Sexo sem camisinha era sim muito bom, mas era perigoso, e mesmo que eu tenha conseguido não gozar dentro dela, ainda me veio um medo de não ter tirado a tempo suficiente, afinal quando puxei eu já estava me derramando um pouco. Afastei aqueles pensamentos quando a vi se jogar em cima de mim e me dar um beijo.

Tanara se levantou minutos depois e foi tomar banho. Fiquei um tempo ainda na cama, mas logo levantei e vesti a roupa que estava jogada no chão, deixei pra tomar banho mais tarde. Fui até o banheiro e disse pra ela que ia descer, ela concordou e eu logo saí do quarto. Quando passei pelo porta fiquei extremamente sem graça, era impressão minha ou estavam todos me olhando? Sentei em um lugar distante de todos e comecei a fuçar no meu celular a procura de fotos nossa. Achei uma muito linda da nossa "lua de mel". Eu tinha colocado o celular pra tirar foto automática. Não pensei duas vezes e postei aquela mesma.

Por causa de um par de olhos negros de amedrontar, acho que felicidade violeiro foi buscar, que até a sua viola não parou mais de tocar. No peito desse caboclo, felicidade é pouco dá pra ver no seu cantar. Por uma linda morena, violeiro apaixonou... (8

Comecei a ouvir algumas pessoas zoando perto de mim, parei pra prestar atenção e vi de quem se tratava.
-Êh Tanarinha rapaz, só cara de santa.- Rober zombou.
Percebi ela ficar vermelha e me aproximei a abraçando. Ela logo afundou seu rostinho no meu ombro, tadinha, tava morrendo de vergonha. Puxei ela pra onde eu estava antes e ela logo começou a rir.
-Culpa sua.
-Você que geme auto- a provoquei e ela ficou ainda mais vermelha que antes- Eu te amo- dei um selinho longo nela mas logo paramos devido as provocaçõs do povo que começou novamente.
-Eu que amo você- falou se afastando e pegando meu celular vendo o que eu tinha acabado de fazer. Ergueu o celular pra mim sorrindo da maneira mais linda do mundo.- Você não postava foto assim com a Jade, postava?
-Claro que não, só com você que merece todas as fotos e declarações do mundo.
-Você não existe.- voltou a me beijar, dessa vez sem se importar com os comentários..

Oi gente, passando bem rápido pra postar mais um capítulo. Me digam aí se estam gostando. Beijos :X