Resolvi avisar aqui que minha nova fanfic já está rolando... Quero todas as minhas leitoras lá em <3
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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014
sexta-feira, 12 de setembro de 2014
Capítulo 100 - ÚLTIMO CAPÍTULO
As semanas foram se passando, Luan logo voltou a fazer seus show mas ainda não tinha falado nada sobre nossa separação em público, porém muitos especulavam sobre essa hipótese. Nicole e Breno estavam de cara fechada pra mim como se eu tivesse culpa, mas eu não tinha. Ver meus filhos tristes e me tratando daquele jeito me deixava extremamente magoada.
Thiago me ligava com frequência pra ver se eu estava bem, ao menos ele ainda estava do meu lado. Já até tinha tentado me beijar mas eu ainda não estava preparada pra me entregar pra outro homem, era tudo recente e ele respeitava muito isso.
Nicole e Breno tinham ido pra casa dos avós pra almoçar com eles. Seu Amarildo ia fazer um churrasco onde comemorariam o sucesso que estava fazendo o novo CD do Luan. Eram só pros mais próximos e eles me ligaram insistindo pra que eu fosse mas eu não quis, não seria legal esbarrar no Luan, e eu ainda não estava preparada. Além disso,eu também não queria mas fazer ele sofrer.
Decidi fazer um almoço pra mim e pra não comer sozinha chamei o Thiago, em uma hora ele chegou em minha casa.
-Oi, tá tudo bem?
-Sim, e você- o cumprimentei com um beijo no rosto.
-Estou ótimo. Estava com saudades de você- alisou meu rosto e se aproximou, eu virei o rosto e ele sorriu sem jeito.- Já sei- falou e entrou.
-A comida já está pronta. Está com fome?
-Muita- disse passando a mão na barriga.
Almoçamos e em nenhum momento tocamos no assunto da minha separação. Ele fazia piadas pra tentar me animar e até que estava funcionando. Depois do almoço ele me ajudou a limpar tudo. Quando tudo estava limpo, fomos pra varanda comer doce.
-Como está sua tia?
-Ela está melhor. Estava conversando com a médica dela e ela me disse que ela pode voltar pra casa semana que vem.
-Nossa, que legal isso.
-Sim, esse tratamento que ela fez é realmente bom, muito caro, mas bom- sorri e ele riu junto.- Aliás, queria aproveitar e te agradecer por ter pago o tratamento dela. Não precisava.
-Fiz o que?- ele perguntou me encarando sem entender.
-Não foi você que pagou o tratamento dela?
-Não, eu doei uma quantia, mas ela não pagava o tratamento completo, como você mesma disse, é muito caro.- colocou a colher com doce na boca e me olhou sorrindo.
Comecei a olhar pro nada e parei pra pensar. Se não foi ela então.. Claro. Só podia ser o Luan!Quem mais faria isso por mim sem me amar de verdade, além de considerar e gostar da minha tia? E quem mais me amaria como ele no mundo? Capaz de fazer tudo pra me agradar? Que burra eu era! BURRA, MIL VEZES BURRA.
-Tanara, o que foi?
-Eu sou uma idiota
-Por que está falando isso?
-Eu afastei de mim a única pessoa capaz de me fazer feliz do mundo.
-Você tá falando do Luan? Mas.. pensei que gostasse de mim, que ficaríamos juntos.
-Isso tudo é um mal entendido. Eu não gosto de você Thiago, ou eu talvez goste, mas não o amo.
-Você ama o Luan?
-Eu não sei.- falei com vontade de chorar- Eu só sei... que eu sinto muito a falta dele.
-Mas..
-Thi, eu acho melhor você ir embora. Preciso pensar, ficar sozinha.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Então tá. Qualquer coisa me liga- falou se levantando.
Levei ele até a porta e após nos despedirmos com um abraço subi até meu quarto.
Deitei na minha cama e comecei a ouvir música no celular, ouvir música me acalmava um pouco, e era isso que eu precisava. Na minha playlist tinha a discografia completa de Bruno e Marrone e eu coloquei pra tocar enquanto cantava junto. Quando chegou na música MEU JEITO DE SENTIR, parei pra prestar atenção na letra: "... Só você, só você que conhece meu jeito de sentir, meu jeito de sorrir até meu jeito de chorar. Só você me conhece amor. Só você, sabe bem quem sou."
De fato era assim comigo e Luan, só ele que me conhecia como ninguém, e que falta eu sentia dele... Uma falta que chegava a incomodar.
Desliguei a música e procurei seu número no meu celular. Eu queria ligar pra ele, mas me faltou coragem.
Levantei da cama e abri o guarda-roupa, que agora só estava preenchido com roupas minhas. Abri as gavetas onde ficavam suas cuecas e me deparei com um envelope. Peguei ele com um certo receio misturado a um pouco de curiosidade. Abri e vi que dentro tinha uma folha branca, quando a puxei reconheci a caligrafia usual dele, que eu particularmente sempre achei linda. Sem enrolação comecei a ler o que tinha escrito ali:
" Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, deve doer a cólica, assim como dói a cárie e a pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade da cidade onde nasceu, da jabuticabeira de Jaraguari, dos caranguejos que caçava com meu tio. No seu caso, saudade dos pais que morreram. Doem essas saudades todas.
Mas, a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia estar no quarto e eu na sala, sem nos vermos, mas eu sabia que estava ali. Você podia ir ao dentista e eu pro aeroporto, mas eu sabia onde estava.
Mas, quando o amor de um acaba,ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber se você continua se gripando no inverno. Não saber se continua alisando o cabelo pra sair. Não saber se aprendeu a estacionar no meio de dois carros, se continua preferindo guaraná, se continua sorrindo, se continua vendo Um Amor Para Recordar, se continua me amando...
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem os pensamentos, não saber como frear as lágrimas diante de uma música,não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se você está com outro, se ele te faz feliz, se meus filhos vão gostar dele, se está cada vez mais bela..
Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."
Não sei que mágica, coisa do outro mundo, loucura, ou apenas intervenção de Deus fez uma chama começar a se acender em minha outra vez. Percebi pela data que ele havia escrito aquilo a muito tempo, mal ele sabia que se tivesse me entregue naquela época tudo teria sido diferente. Mas não importa,naquele momento percebi que tudo que se passava na minha cabeça era uma confusão sem sentido e que passaria, eu sei que passaria. Eu não podia mais ficar longe dele, eu não podia jogar ele no mundo cheia de mulheres que se jogariam aos seus pés, eu não podia deixar ele ficar com outra pessoa, amar outra pessoa, se entregar a outra pessoa. Eu não podia deixar ele seguir em frente e encontrar outra pessoa pra chamar de sua. Eu era dele, e ia ser pra sempre. Só dele.
Em meio a confusão com meus fantasmas interiores, que decidiam se aquele nosso fogo ainda queimava em mim, decidi que iria atrás dele.
Estacionei o carro em frente a casa dos seus pais e comecei a chorar incontrolavelmente, Breno estava na frente da casa brincando com os primos e correu pro carro assim que me viu.
-Você veio mãe- me abraçou- Que bom que a senhora veio.- abracei ele com força, era bom sentir meu filho me tratando bem depois de tanto tempo.- Tá tudo bem? Por que a senhora tá chorando?
-Eu tô bem, chama seu pai pra mim?
-Vamos lá comigo, mamãe- ele abriu um sorriso enorme e entrou na casa me puxando.
Cheguei na parte de trás da casa e vi que tinha uma roda formada como sempre acontecia. Luan estava com o violão na mão e logo começou a cantar:
Eu já fiz de tudo pra te convencer
Mandei rosas vermelhas lindas pra você
Falei de amor.
Fiz uma canção.
A lua se foi nem vi o sol chegar
Acreditei que o tempo não ia passar
Foi ilusão
Enquanto houver razões eu não vou desistir
Se for pra eu chorar quero chorar por ti
Porque não te esqueço
Vou te esperar passe o tempo que for
Deixe bem guardado esse nosso amor
Sei que eu te mereço
Eu vou deixar você voar
Bater as suas asas pra bem longe de mim
Mas só pra você voltar e toda arrependida me dizer "amor, te quero sim"
Eu vou deixar você voar
Bater as suas asas pra bem longe de mim
Mas só pra você voltar e toda arrependida me dizer "amor, te quero sim"
Luan cantava com os olhos fechados, e eu sabia que ele estava pensando em mim. E pensar que eu fiz ele sofrer, nunca me perdoaria por aquilo. Breno puxou minha mão pois ainda estávamos parados na porta. Olhei pra ele sorrindo:
-Vamos mãe- ele tentou me puxar mas eu neguei.
-Chama seu pai aqui.
Breno saiu correndo e eu entrei na casa de novo. Fiquei em pé perto do sofá. Minutos depois Luan apareceu me encarando surpreso.
-Oi- sorri sem jeito.
-Oi, cê tá bem?
-Eu tô ótima- sorri e comecei a chorar de novo buscando forças pra falar o que eu tinha pra falar de uma vez.
-Não parece- ele se aproximou mas se afastou de novo. Sabia que ele ia limpar minhas lágrimas, ele fazia isso sempre que eu chorava, mas não fez por eu não sei qual o motivo.
-Olha, se eu ainda não disse, que você é um homem bom, você é!- eu já não conseguia controlar meu choro e chegava a soluçar.
-Senta.- apontou pro sofá mas eu neguei- Você quer conversar em outro lugar? Quer ir pro meu quarto?- me puxou mas eu fiz que não com a cabeça novamente
-E se eu ainda não disse que perdoei você, eu perdoei.- continuei falando e ele me olhou ainda sem entender.- E se eu ainda não disse, que eu AMO VOCÊ.- respirei e limpei minhas lágrimas- Eu amo- ele me olhou de um jeito intrigado. Seu olhar estava estático, eu não sabia se aquilo era bom- Eu te amo, Luan.- falei de novo e vi seus olhos começarem a lacrimejar-Alguma coisa mudou em você, e o que aconteceu com você quero que aconteça comigo.
-E vai.- ele sussurrou, limpando minhas lágrimas. Que saudade de sentir sua mão roçando em meu rosto. Coloquei minha mão em cima da dele e alisei devagar de olhos fechados, tentando acreditar.
-É muito tarde pra pedir pra você envelhecer comigo?- ele sorriu no mesmo instante- É muito tarde pra te pedir pra ir até o fim da vida comigo? Ou além dela quem sabe? - dei de ombros.- É muito tarde pra pedir pra você ser mais que um amigo? Ser um anjo que o Senhor enviou pra mim?-
Luan sorriu e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Ele se aproximou mais negando e me tomou em seus braços fortes. Acariciou meu rosto de novo e me beijou de uma maneira que demostrava, claramente, que ele ainda me amava. E que saudade que eu estava de seus beijo, toques e carícias...
-De hoje em diante- ele disse enxugando minhas lágrimas- o seu anjo sou eu!
-Sempre foi! E sempre será.- o beijei de novo.
-Você ouviu a música que e cantei agora?- perguntou alisando meu rosto e eu assenti- Eu sabia que você voltaria- me deu um beijo na testa e eu fechei os olhos pra senti-lo.
-Amor te quero sim- sorri e ele também me puxando pra mais um beijo, tão bom quanto os outros dois.
Luan me puxou pra parte de trás da casa, onde entramos sorrindo e de mãos dadas, todos nos olharam surpresos. Nicole correu e me abraçou:
-Vocês voltaram?- assenti abraçando ela que me abraçou mais forte.
Era bom ver meus filhos felizes de novo, sem me recriminar. Melhor que isso, era poder me sentir viva de novo. Eu finalmente me senti completa, como não me sentia a muito tempo. Enquanto abraçava os familiares do Luan pensei o quanto eu perderia, se continuasse com aquela ideia de separação. Mas eu o amava, e estava disposta a mudar tudo, pra viver com ele pelo resto da minha vida, e além dela se possível.
Eu sei que precisava passar por tudo aquilo, pra perceber que ele era sim, o homem da minha vida. Sei, que por mais dolorido que tenha sido pra nós dois, tinha um significado para tudo aquilo.
Nossa história foi regada de amor. Cada dificuldade, cada momento, cada tristeza... tudo serviu pra nos fortalecer e nos ensinar. Com isso eu tive ainda mais certeza de que a fé podia sim mover montanhas! Não só mover, como curar, renovar, assim como tinha sido comigo.
Agora, depois de tudo que aconteceu, no auge da minha "envelhecência", ainda tenho ele ao meu lado, me amando ainda mais que a nossa vida inteira.
Cada dia, um após o outro, fortaleceu o que sentíamos. Hoje eu o amava mais do que ontem, e hoje menos do que o amaria amanhã.
Você percebe que ama alguém quando até com raiva seu coração ainda bate forte quando encontra com ele. Percebe que ama alguém quando um simples sorriso da outra pessoa alegra sua semana inteira. Percebe que ama alguém, quando não se vê junto de mais ninguém, só dele.
Luan salvou minha vida, e não digo isso só pelo transplante, digo no sentido de existir, de ser tudo o que ele foi e é pra mim.
Dizem que só a morte pode separar um amor! Então o nosso era especial, porque ele atravessariam fronteiras, onde somente o céu seria o limite. E disso eu tinha certeza absoluta!
...Fim...
Baseado no filme "Uma prova de Fogo".
O texto que o Luan "escreveu" é da Martha Medeiros com adaptação.
Bom, muitas acharam que eu terminaria a história com eles separados mas que graça teria não me mesmo?
Quando eu tive a ideia de escrever essa fanfic me baseei na minha própria vida, engraçado que hoje, já não gosto do meu amigo, mas quis continuar com a fic porque existem sim, casos de amigos que dão certo e eu acredito mas nisso do que amor a primeira vista.
Queria aproveitar e agradecer por todas que me acompanharam até aqui
Aquelas que estão comigo desde a minha primeira fanfic, também aquelas que descobriram agora.
Me desculpem se não foi como vocês queria, e me desculpa pela demora de postar as vezes.
Eu tinha dito que não escreveria mas fanfic, mas a boa notícia, é que me veio algumas ideias novas, porém, darei um tempo, pra ir escrevendo devagar, e pra quando postar poder postar um por dia no mínimo. Então deixem os contatos de vocês no comentário, número, twitter, facebook, o que for, pra quando eu começar eu avisar todas vocês.
Bom, e aqui me despeço. Espero que tenham gostado e que tenham aprendido algumas coisas, porque sempre se tem algo a aprender com histórias não é verdade?
Mais uma vez agradeço por tudo.
Obrigada, obrigada mesmo. Eu amo vocês
Thiago me ligava com frequência pra ver se eu estava bem, ao menos ele ainda estava do meu lado. Já até tinha tentado me beijar mas eu ainda não estava preparada pra me entregar pra outro homem, era tudo recente e ele respeitava muito isso.
Nicole e Breno tinham ido pra casa dos avós pra almoçar com eles. Seu Amarildo ia fazer um churrasco onde comemorariam o sucesso que estava fazendo o novo CD do Luan. Eram só pros mais próximos e eles me ligaram insistindo pra que eu fosse mas eu não quis, não seria legal esbarrar no Luan, e eu ainda não estava preparada. Além disso,eu também não queria mas fazer ele sofrer.
Decidi fazer um almoço pra mim e pra não comer sozinha chamei o Thiago, em uma hora ele chegou em minha casa.
-Oi, tá tudo bem?
-Sim, e você- o cumprimentei com um beijo no rosto.
-Estou ótimo. Estava com saudades de você- alisou meu rosto e se aproximou, eu virei o rosto e ele sorriu sem jeito.- Já sei- falou e entrou.
-A comida já está pronta. Está com fome?
-Muita- disse passando a mão na barriga.
Almoçamos e em nenhum momento tocamos no assunto da minha separação. Ele fazia piadas pra tentar me animar e até que estava funcionando. Depois do almoço ele me ajudou a limpar tudo. Quando tudo estava limpo, fomos pra varanda comer doce.
-Como está sua tia?
-Ela está melhor. Estava conversando com a médica dela e ela me disse que ela pode voltar pra casa semana que vem.
-Nossa, que legal isso.
-Sim, esse tratamento que ela fez é realmente bom, muito caro, mas bom- sorri e ele riu junto.- Aliás, queria aproveitar e te agradecer por ter pago o tratamento dela. Não precisava.
-Fiz o que?- ele perguntou me encarando sem entender.
-Não foi você que pagou o tratamento dela?
-Não, eu doei uma quantia, mas ela não pagava o tratamento completo, como você mesma disse, é muito caro.- colocou a colher com doce na boca e me olhou sorrindo.
Comecei a olhar pro nada e parei pra pensar. Se não foi ela então.. Claro. Só podia ser o Luan!Quem mais faria isso por mim sem me amar de verdade, além de considerar e gostar da minha tia? E quem mais me amaria como ele no mundo? Capaz de fazer tudo pra me agradar? Que burra eu era! BURRA, MIL VEZES BURRA.
-Tanara, o que foi?
-Eu sou uma idiota
-Por que está falando isso?
-Eu afastei de mim a única pessoa capaz de me fazer feliz do mundo.
-Você tá falando do Luan? Mas.. pensei que gostasse de mim, que ficaríamos juntos.
-Isso tudo é um mal entendido. Eu não gosto de você Thiago, ou eu talvez goste, mas não o amo.
-Você ama o Luan?
-Eu não sei.- falei com vontade de chorar- Eu só sei... que eu sinto muito a falta dele.
-Mas..
-Thi, eu acho melhor você ir embora. Preciso pensar, ficar sozinha.
-Tem certeza?
-Tenho.
-Então tá. Qualquer coisa me liga- falou se levantando.
Levei ele até a porta e após nos despedirmos com um abraço subi até meu quarto.
Deitei na minha cama e comecei a ouvir música no celular, ouvir música me acalmava um pouco, e era isso que eu precisava. Na minha playlist tinha a discografia completa de Bruno e Marrone e eu coloquei pra tocar enquanto cantava junto. Quando chegou na música MEU JEITO DE SENTIR, parei pra prestar atenção na letra: "... Só você, só você que conhece meu jeito de sentir, meu jeito de sorrir até meu jeito de chorar. Só você me conhece amor. Só você, sabe bem quem sou."
De fato era assim comigo e Luan, só ele que me conhecia como ninguém, e que falta eu sentia dele... Uma falta que chegava a incomodar.
Desliguei a música e procurei seu número no meu celular. Eu queria ligar pra ele, mas me faltou coragem.
Levantei da cama e abri o guarda-roupa, que agora só estava preenchido com roupas minhas. Abri as gavetas onde ficavam suas cuecas e me deparei com um envelope. Peguei ele com um certo receio misturado a um pouco de curiosidade. Abri e vi que dentro tinha uma folha branca, quando a puxei reconheci a caligrafia usual dele, que eu particularmente sempre achei linda. Sem enrolação comecei a ler o que tinha escrito ali:
" Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Um tapa, um soco, um pontapé, doem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, deve doer a cólica, assim como dói a cárie e a pedra no rim. Mas o que mais dói é a saudade.
Saudade da cidade onde nasceu, da jabuticabeira de Jaraguari, dos caranguejos que caçava com meu tio. No seu caso, saudade dos pais que morreram. Doem essas saudades todas.
Mas, a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia estar no quarto e eu na sala, sem nos vermos, mas eu sabia que estava ali. Você podia ir ao dentista e eu pro aeroporto, mas eu sabia onde estava.
Mas, quando o amor de um acaba,ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber se você continua se gripando no inverno. Não saber se continua alisando o cabelo pra sair. Não saber se aprendeu a estacionar no meio de dois carros, se continua preferindo guaraná, se continua sorrindo, se continua vendo Um Amor Para Recordar, se continua me amando...
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem os pensamentos, não saber como frear as lágrimas diante de uma música,não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se você está com outro, se ele te faz feliz, se meus filhos vão gostar dele, se está cada vez mais bela..
Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer."
Não sei que mágica, coisa do outro mundo, loucura, ou apenas intervenção de Deus fez uma chama começar a se acender em minha outra vez. Percebi pela data que ele havia escrito aquilo a muito tempo, mal ele sabia que se tivesse me entregue naquela época tudo teria sido diferente. Mas não importa,naquele momento percebi que tudo que se passava na minha cabeça era uma confusão sem sentido e que passaria, eu sei que passaria. Eu não podia mais ficar longe dele, eu não podia jogar ele no mundo cheia de mulheres que se jogariam aos seus pés, eu não podia deixar ele ficar com outra pessoa, amar outra pessoa, se entregar a outra pessoa. Eu não podia deixar ele seguir em frente e encontrar outra pessoa pra chamar de sua. Eu era dele, e ia ser pra sempre. Só dele.
Em meio a confusão com meus fantasmas interiores, que decidiam se aquele nosso fogo ainda queimava em mim, decidi que iria atrás dele.
Estacionei o carro em frente a casa dos seus pais e comecei a chorar incontrolavelmente, Breno estava na frente da casa brincando com os primos e correu pro carro assim que me viu.
-Você veio mãe- me abraçou- Que bom que a senhora veio.- abracei ele com força, era bom sentir meu filho me tratando bem depois de tanto tempo.- Tá tudo bem? Por que a senhora tá chorando?
-Eu tô bem, chama seu pai pra mim?
-Vamos lá comigo, mamãe- ele abriu um sorriso enorme e entrou na casa me puxando.
Cheguei na parte de trás da casa e vi que tinha uma roda formada como sempre acontecia. Luan estava com o violão na mão e logo começou a cantar:
Eu já fiz de tudo pra te convencer
Mandei rosas vermelhas lindas pra você
Falei de amor.
Fiz uma canção.
A lua se foi nem vi o sol chegar
Acreditei que o tempo não ia passar
Foi ilusão
Enquanto houver razões eu não vou desistir
Se for pra eu chorar quero chorar por ti
Porque não te esqueço
Vou te esperar passe o tempo que for
Deixe bem guardado esse nosso amor
Sei que eu te mereço
Eu vou deixar você voar
Bater as suas asas pra bem longe de mim
Mas só pra você voltar e toda arrependida me dizer "amor, te quero sim"
Eu vou deixar você voar
Bater as suas asas pra bem longe de mim
Mas só pra você voltar e toda arrependida me dizer "amor, te quero sim"
Luan cantava com os olhos fechados, e eu sabia que ele estava pensando em mim. E pensar que eu fiz ele sofrer, nunca me perdoaria por aquilo. Breno puxou minha mão pois ainda estávamos parados na porta. Olhei pra ele sorrindo:
-Vamos mãe- ele tentou me puxar mas eu neguei.
-Chama seu pai aqui.
Breno saiu correndo e eu entrei na casa de novo. Fiquei em pé perto do sofá. Minutos depois Luan apareceu me encarando surpreso.
-Oi- sorri sem jeito.
-Oi, cê tá bem?
-Eu tô ótima- sorri e comecei a chorar de novo buscando forças pra falar o que eu tinha pra falar de uma vez.
-Não parece- ele se aproximou mas se afastou de novo. Sabia que ele ia limpar minhas lágrimas, ele fazia isso sempre que eu chorava, mas não fez por eu não sei qual o motivo.
-Olha, se eu ainda não disse, que você é um homem bom, você é!- eu já não conseguia controlar meu choro e chegava a soluçar.
-Senta.- apontou pro sofá mas eu neguei- Você quer conversar em outro lugar? Quer ir pro meu quarto?- me puxou mas eu fiz que não com a cabeça novamente
-E se eu ainda não disse que perdoei você, eu perdoei.- continuei falando e ele me olhou ainda sem entender.- E se eu ainda não disse, que eu AMO VOCÊ.- respirei e limpei minhas lágrimas- Eu amo- ele me olhou de um jeito intrigado. Seu olhar estava estático, eu não sabia se aquilo era bom- Eu te amo, Luan.- falei de novo e vi seus olhos começarem a lacrimejar-Alguma coisa mudou em você, e o que aconteceu com você quero que aconteça comigo.
-E vai.- ele sussurrou, limpando minhas lágrimas. Que saudade de sentir sua mão roçando em meu rosto. Coloquei minha mão em cima da dele e alisei devagar de olhos fechados, tentando acreditar.
-É muito tarde pra pedir pra você envelhecer comigo?- ele sorriu no mesmo instante- É muito tarde pra te pedir pra ir até o fim da vida comigo? Ou além dela quem sabe? - dei de ombros.- É muito tarde pra pedir pra você ser mais que um amigo? Ser um anjo que o Senhor enviou pra mim?-
Luan sorriu e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Ele se aproximou mais negando e me tomou em seus braços fortes. Acariciou meu rosto de novo e me beijou de uma maneira que demostrava, claramente, que ele ainda me amava. E que saudade que eu estava de seus beijo, toques e carícias...
-De hoje em diante- ele disse enxugando minhas lágrimas- o seu anjo sou eu!
-Sempre foi! E sempre será.- o beijei de novo.
-Você ouviu a música que e cantei agora?- perguntou alisando meu rosto e eu assenti- Eu sabia que você voltaria- me deu um beijo na testa e eu fechei os olhos pra senti-lo.
-Amor te quero sim- sorri e ele também me puxando pra mais um beijo, tão bom quanto os outros dois.
Luan me puxou pra parte de trás da casa, onde entramos sorrindo e de mãos dadas, todos nos olharam surpresos. Nicole correu e me abraçou:
-Vocês voltaram?- assenti abraçando ela que me abraçou mais forte.
Era bom ver meus filhos felizes de novo, sem me recriminar. Melhor que isso, era poder me sentir viva de novo. Eu finalmente me senti completa, como não me sentia a muito tempo. Enquanto abraçava os familiares do Luan pensei o quanto eu perderia, se continuasse com aquela ideia de separação. Mas eu o amava, e estava disposta a mudar tudo, pra viver com ele pelo resto da minha vida, e além dela se possível.
Eu sei que precisava passar por tudo aquilo, pra perceber que ele era sim, o homem da minha vida. Sei, que por mais dolorido que tenha sido pra nós dois, tinha um significado para tudo aquilo.
Nossa história foi regada de amor. Cada dificuldade, cada momento, cada tristeza... tudo serviu pra nos fortalecer e nos ensinar. Com isso eu tive ainda mais certeza de que a fé podia sim mover montanhas! Não só mover, como curar, renovar, assim como tinha sido comigo.
Agora, depois de tudo que aconteceu, no auge da minha "envelhecência", ainda tenho ele ao meu lado, me amando ainda mais que a nossa vida inteira.
Cada dia, um após o outro, fortaleceu o que sentíamos. Hoje eu o amava mais do que ontem, e hoje menos do que o amaria amanhã.
Você percebe que ama alguém quando até com raiva seu coração ainda bate forte quando encontra com ele. Percebe que ama alguém quando um simples sorriso da outra pessoa alegra sua semana inteira. Percebe que ama alguém, quando não se vê junto de mais ninguém, só dele.
Luan salvou minha vida, e não digo isso só pelo transplante, digo no sentido de existir, de ser tudo o que ele foi e é pra mim.
Dizem que só a morte pode separar um amor! Então o nosso era especial, porque ele atravessariam fronteiras, onde somente o céu seria o limite. E disso eu tinha certeza absoluta!
...Fim...
Baseado no filme "Uma prova de Fogo".
O texto que o Luan "escreveu" é da Martha Medeiros com adaptação.
Bom, muitas acharam que eu terminaria a história com eles separados mas que graça teria não me mesmo?
Quando eu tive a ideia de escrever essa fanfic me baseei na minha própria vida, engraçado que hoje, já não gosto do meu amigo, mas quis continuar com a fic porque existem sim, casos de amigos que dão certo e eu acredito mas nisso do que amor a primeira vista.
Queria aproveitar e agradecer por todas que me acompanharam até aqui
Aquelas que estão comigo desde a minha primeira fanfic, também aquelas que descobriram agora.
Me desculpem se não foi como vocês queria, e me desculpa pela demora de postar as vezes.
Eu tinha dito que não escreveria mas fanfic, mas a boa notícia, é que me veio algumas ideias novas, porém, darei um tempo, pra ir escrevendo devagar, e pra quando postar poder postar um por dia no mínimo. Então deixem os contatos de vocês no comentário, número, twitter, facebook, o que for, pra quando eu começar eu avisar todas vocês.
Bom, e aqui me despeço. Espero que tenham gostado e que tenham aprendido algumas coisas, porque sempre se tem algo a aprender com histórias não é verdade?
Mais uma vez agradeço por tudo.
Obrigada, obrigada mesmo. Eu amo vocês
quinta-feira, 11 de setembro de 2014
Capítulo 99
Acordei ouvindo barulho na escada. Me enrolei no hobbie e abri uma fresta na porta pra ver o que era. Luan descia com suas malas e na hora em que vi aquilo senti um aperto enorme no coração. Fui ao banheiro e encarei minha cara vermelha de tanto chorar na noite anterior. Logo lágrimas escorriam pelo meu rosto de novo. Por que tinha que terminar assim?
Lavei o rosto, escovei meus dentes, vesti uma roupa e desci indo até a cozinha preparar um café. Coloquei a água na cafeteira, o pó de café em cima e virei pra olhar pra escada, nossos olhares se cruzaram mas eu logo voltei a olhar pra cafeteira.
Caminhei até a sala, me encostei em uma parede e puxei meu casaco fechando ele mais, fazia frio naquela manhã, digamos que não era um dia bonita, e tinha começado um pouco triste.
Luan desceu de novo, acho que com suas últimas malas.
-Tô deixando tudo aqui em baixo mas não vou levar agora, depois o Testa vem buscar tudo.- falou e eu assenti.- Dormiu bem?- fez a mesma pergunta que ele fez a anos, desde que nos casamos, e eu assenti já querendo chorar de novo- Está tudo bem?- me encarou com carinho e eu não aguentei, comecei a chorar negando- O que foi, Tanara?- se aproximou e segurou em meus braços alisando os dois.
-Eu não queria que fosse assim, me desculpa.
-Está chorando por mim? Por dó do que estou sentindo? Não chora.. Eu sei me cuidar- sorriu mas mesmo assim sua frase soou irônica.
-Estou chorando porque não quero que vá embora.- confessei e ele negou.
-Mas você mesmo disse que nosso casamento acabou. Não foi?- perguntou e eu assenti-Olha, eu só queria que soubesse que eu amei muitas coisas mais do que deveria ter amado você, inclusive o meu trabalho, mas eu nunca amei ninguém como eu te amo.- com aquelas palavras eu comecei a chorar mais ainda. - Vem cá- me deu um abraço.- Temos dois filhos, isso ninguém vai mudar, estaremos sempre conectados. Não foi o que você mesma disse?- Assenti e ele começou a limpar minhas lágrimas. Fechei meus olhos e lembrei do que tinha ouvido.
Na noite anterior...
Após ter falado ao Luan que nosso casamento tinha acabado, ele apenas levantou e saiu da sala de jantar.
Arrumei tudo que ele tinha montado, guardei a comida na geladeira e coloquei o buquê em uma jarra com água. Eram lindas e isso eu não podia negar.
Subi pro meu quarto um pouco incomodada com aquela situação. Entrei no quarto esperando que ele estivesse ali, mas não estava. Sentei na cama e encarei a parede a minha frente, minha mente me falava que aquilo era o certo mas meu coração me confundia um pouco.
Horas depois, desci e fui até o seu estúdio, ele estava lá como eu esperava, dedilhava uma música sua, como se aquilo amenizasse e a dor que ele sentia:
Não era o momento certo de não me querer por perto
E me descartar de vez da sua vida
Confesso, juro eu não queria.
Nem sempre o melhor caminho é o que não tem espinhos
E fugir assim não é uma saída
Se você já tá decidida
Se gente lembra um do outro, quando lê um livro
Ou quando escuta uma música que é tema de nós dois.
Eu sei que vai chorar depois
Você perdeu a chance de ficar calada
Disse tantas coisas
Mas não disse nada.
E em silêncio o seu coração pude escutar
Te implorando me pedindo pra ficar.
Luan cantava com sua voz embargada pelo choro, fazendo meu coração apertar. Odiava vê-lo assim, ainda mais sabendo que a culpa daquilo tudo era minha. Nunca prestei atenção naquela música como tinha prestado aquele dia, e de verdade, meu coração implorava pra ele ficar, mas eu estava tão confusa...
Flash Back:
(...)
- É diferente eu nunca vi um amor assim- cantava fazendo uma colher de microfone- Chegou de repente já tomou conta de mim- Eu fazia performance pra minha amiga que estava sentada me observando- Eu quero acordar com você comigo, eu quero ser pra sempre seu melhor amigo, eu quero ir até o fim da vida contigo, eu quero- cantava com sentimento - Mas é tão triste poder te ver e não poder te tocar, como aceitar esse vazio sem você pra me abraçar? - Juliana ria de mim mas eu continuava a cantar - A solidão bateu no peito não teve jeito tô presa em você, não importa o tempo que eu tenha que esperar eu vou te amar- sentei no sofá e continuei cantando, agora gritando- EU VOU TE AMAAAAAAAR
-Chega menina, tu tá achando que sabe cantar é? - Juliana chamava minha atenção
-Que péssima amiga é você, não vê que assim alivia minha dor?
-Por que você não assume de uma vez por todas que está gostando do seu amigo?
-Jujuba me ajuda, eu não posso tá apaixonada pelo LUAN
-E por que não? Me diz? Você sabe tudo dele, os gostos, os desejos, os sonhos, vocês nasceram um pro outro Tatáh.
-Mas, a gente é amigo sabe... eu não posso confundir dessa forma.
-E quem manda no coração amiga?
-E o que eu faço?
-Conta pra ele.
-CÊ PIROU NÉ?- levantei do sofá
-Não Tanara, não pirei. É a melhor saída, só você não vê.
-Amiga eu NUNCA, NUNQUINHA, N-U-N-C-A vou falar isso pro Luan.
Flash Back off
E pensar que antigamente tudo que eu queria um dia era ser mais que amiga dele. E pensar que eu estava disposta a esperar o tempo que fosse pra ficar com ele, e que foi mais ou menos isso que aconteceu já que eu esperei mais de 5 anos. E pensar que eu tinha medo de assumir o que eu sentia. E pensar que um dia TIVE CERTEZA de que o amava incondicionalmente..
Flash Back
-Eu tenho que te contar uma coisa... Não fala nada, só me escuta.- parei respirando fundo - Luan, lembra quando você me contou que sua irmã disse que eu gostava de você? Você disse que isso não tinha nada haver e eu confirmei. Mas... eu menti Luan, eu gosto, gosto exatamente como a Bruna disse. Eu sempre tive medo de te contar isso, porque eu sei que você me vê só como amiga, como uma irmã, mas eu não posso evitar. Eu tentei, eu juro! Tentei não te olhar nos olhos, sempre me contentei com um beijo no rosto, um abraço, isso já era o suficiente.. Mas eu não posso ir embora sem arriscar, sem saber o que você acha disso
-Tatáh, eu.. eu já sabia.
-Sabia?
-Eu desconfiava e agora eu percebi que eu tive certeza o tempo todo mas não quis acreditar. Tatáh, eu não quero te magoar, mas.. eu não sei se a gente daria certo...
-A gente podia tentar- peguei em sua mão
-Mas você tá indo embora..
-Me pede pra ficar.. se você quiser eu fico.- buscava seu olhar- Me pede Luh.
-Você sabe que eu quero que você fique, mas não posso fazer isso, não posso te impedir de seguir em frente pra garantir algo que a gente não sabe se vai dar certo, e eu... eu amo a Letícia- ele disse encarando o chão
Flash Back off
A vontade de chorar voltou lembrando da minha promessa a ele. Foi ali, naquele dia que tinha começado.
Não sou o tipo de garota que interrompe casamento, mas Luan era perfeito demais para aquela mulher. Me virei pra frente e levantei a mão trêmula. O Padre me encarou fazendo todos presentes me olharem também. Luan olhou pra trás surpreso e vi seus olhos se encherem de lágrimas.
-Não faça isso Luan, você não a ama.
-O que essa garota está fazendo aqui? TIREM ELA DAQUI- Julia gritou nervosa.
-Por favor Luan, não faz isso com a gente. Eu amo você.- dizia já em lágrimas.
Observei de relance alguns olhares satisfeitos com que eu tinha feito, mas mesmo assim, meu olhar era direcionado nele. Só nele.
-TIREM ELA DAQUI AGORA!- Julia gritou mais uma vez.
Alguns seguranças seguraram meus braço um de cada lado tentando me tirar dali mas eu relutava com toda força que eu tinha.
-SOLTA ELA- ouvi Luan gritar- SOLTA AGORA!- falou de novo ao perceber que eles não atenderam sua ordem.
-Luan..- Julia pegou na mão dele.
-Desculpa, eu não amo você. Sinto muito pelo acidente, sinto muito por ter perdido seu filho, mas eu não amo você- ele se levantou e veio na minha direção correndo, segurou minha mão e olhou dentro dos meus olhos- Que bom que você estava por perto pra não me deixar fazer isso. Eu te amo.- Me abraçou, segurou minha mão e saiu correndo dali comigo.
Nós tínhamos passados por tantas coisas pra ficarmos juntos,tantos altos e baixo pra terminar assim. Todas essas lembranças serviram ainda mais pra me deixar confusa, perdida. Eu não sabia mesmo o que fazer, não sabia nem mais o que estava sentindo...
-Está pensando no que? - perguntou me encarando, me tirando dos meus devaneios.
-Nada.- abracei ele de novo- Me desculpa por tudo.
-Não se desculpe, a gente não manda no coração né?- me soltou e sorriu- Eu vou nessa. - Foi indo em direção a porta mais parou antes de abri-la- Deixa tudo aqui que o Testa vem buscar daqui a pouco.- assenti indo com ele até a porta- Fica bem- me deu um beijo na testa e entrou em seu carro.
Uma parte de mim quis segurar ele ali, a outra disse que eu precisava deixa-lo ir. No fundo, eu queri tentar de novo mas ele só se deu conta de tudo depois de 10 anos, era muito tempo, só eu sabia tudo o que tinha passado. E então eu não fiz nada, fiquei ali, vendo ele ir, me sentindo uma burra, pensando se tinha feito a coisa certa.
Um capítulo meio flash back pra vocês relembrarem a história do nosso casal.. Algum palpite do que vai acontecer no último capítulo? Sei que um Thiago provavelmente apareça kkkkk
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Beijos
ps: comentários do cap. anterior respondidos!
Lavei o rosto, escovei meus dentes, vesti uma roupa e desci indo até a cozinha preparar um café. Coloquei a água na cafeteira, o pó de café em cima e virei pra olhar pra escada, nossos olhares se cruzaram mas eu logo voltei a olhar pra cafeteira.
Caminhei até a sala, me encostei em uma parede e puxei meu casaco fechando ele mais, fazia frio naquela manhã, digamos que não era um dia bonita, e tinha começado um pouco triste.
Luan desceu de novo, acho que com suas últimas malas.
-Tô deixando tudo aqui em baixo mas não vou levar agora, depois o Testa vem buscar tudo.- falou e eu assenti.- Dormiu bem?- fez a mesma pergunta que ele fez a anos, desde que nos casamos, e eu assenti já querendo chorar de novo- Está tudo bem?- me encarou com carinho e eu não aguentei, comecei a chorar negando- O que foi, Tanara?- se aproximou e segurou em meus braços alisando os dois.
-Eu não queria que fosse assim, me desculpa.
-Está chorando por mim? Por dó do que estou sentindo? Não chora.. Eu sei me cuidar- sorriu mas mesmo assim sua frase soou irônica.
-Estou chorando porque não quero que vá embora.- confessei e ele negou.
-Mas você mesmo disse que nosso casamento acabou. Não foi?- perguntou e eu assenti-Olha, eu só queria que soubesse que eu amei muitas coisas mais do que deveria ter amado você, inclusive o meu trabalho, mas eu nunca amei ninguém como eu te amo.- com aquelas palavras eu comecei a chorar mais ainda. - Vem cá- me deu um abraço.- Temos dois filhos, isso ninguém vai mudar, estaremos sempre conectados. Não foi o que você mesma disse?- Assenti e ele começou a limpar minhas lágrimas. Fechei meus olhos e lembrei do que tinha ouvido.
Na noite anterior...
Após ter falado ao Luan que nosso casamento tinha acabado, ele apenas levantou e saiu da sala de jantar.
Arrumei tudo que ele tinha montado, guardei a comida na geladeira e coloquei o buquê em uma jarra com água. Eram lindas e isso eu não podia negar.
Subi pro meu quarto um pouco incomodada com aquela situação. Entrei no quarto esperando que ele estivesse ali, mas não estava. Sentei na cama e encarei a parede a minha frente, minha mente me falava que aquilo era o certo mas meu coração me confundia um pouco.
Horas depois, desci e fui até o seu estúdio, ele estava lá como eu esperava, dedilhava uma música sua, como se aquilo amenizasse e a dor que ele sentia:
Não era o momento certo de não me querer por perto
E me descartar de vez da sua vida
Confesso, juro eu não queria.
Nem sempre o melhor caminho é o que não tem espinhos
E fugir assim não é uma saída
Se você já tá decidida
Se gente lembra um do outro, quando lê um livro
Ou quando escuta uma música que é tema de nós dois.
Eu sei que vai chorar depois
Você perdeu a chance de ficar calada
Disse tantas coisas
Mas não disse nada.
E em silêncio o seu coração pude escutar
Te implorando me pedindo pra ficar.
Luan cantava com sua voz embargada pelo choro, fazendo meu coração apertar. Odiava vê-lo assim, ainda mais sabendo que a culpa daquilo tudo era minha. Nunca prestei atenção naquela música como tinha prestado aquele dia, e de verdade, meu coração implorava pra ele ficar, mas eu estava tão confusa...
Flash Back:
(...)
- É diferente eu nunca vi um amor assim- cantava fazendo uma colher de microfone- Chegou de repente já tomou conta de mim- Eu fazia performance pra minha amiga que estava sentada me observando- Eu quero acordar com você comigo, eu quero ser pra sempre seu melhor amigo, eu quero ir até o fim da vida contigo, eu quero- cantava com sentimento - Mas é tão triste poder te ver e não poder te tocar, como aceitar esse vazio sem você pra me abraçar? - Juliana ria de mim mas eu continuava a cantar - A solidão bateu no peito não teve jeito tô presa em você, não importa o tempo que eu tenha que esperar eu vou te amar- sentei no sofá e continuei cantando, agora gritando- EU VOU TE AMAAAAAAAR
-Chega menina, tu tá achando que sabe cantar é? - Juliana chamava minha atenção
-Que péssima amiga é você, não vê que assim alivia minha dor?
-Por que você não assume de uma vez por todas que está gostando do seu amigo?
-Jujuba me ajuda, eu não posso tá apaixonada pelo LUAN
-E por que não? Me diz? Você sabe tudo dele, os gostos, os desejos, os sonhos, vocês nasceram um pro outro Tatáh.
-Mas, a gente é amigo sabe... eu não posso confundir dessa forma.
-E quem manda no coração amiga?
-E o que eu faço?
-Conta pra ele.
-CÊ PIROU NÉ?- levantei do sofá
-Não Tanara, não pirei. É a melhor saída, só você não vê.
-Amiga eu NUNCA, NUNQUINHA, N-U-N-C-A vou falar isso pro Luan.
Flash Back off
E pensar que antigamente tudo que eu queria um dia era ser mais que amiga dele. E pensar que eu estava disposta a esperar o tempo que fosse pra ficar com ele, e que foi mais ou menos isso que aconteceu já que eu esperei mais de 5 anos. E pensar que eu tinha medo de assumir o que eu sentia. E pensar que um dia TIVE CERTEZA de que o amava incondicionalmente..
Flash Back
(...)
Ele segurou em minha cintura e me puxou pra um abraço forte. Por mais que eu tentasse me enganar eu sabia que eu nunca seria feliz longe dele, mas eu não podia continuar ali me enganando.Assim como não podia ir embora sem que ele soubesse da verdade.-Tatáh, eu.. eu já sabia.
-Sabia?
-Eu desconfiava e agora eu percebi que eu tive certeza o tempo todo mas não quis acreditar. Tatáh, eu não quero te magoar, mas.. eu não sei se a gente daria certo...
-A gente podia tentar- peguei em sua mão
-Mas você tá indo embora..
-Me pede pra ficar.. se você quiser eu fico.- buscava seu olhar- Me pede Luh.
-Você sabe que eu quero que você fique, mas não posso fazer isso, não posso te impedir de seguir em frente pra garantir algo que a gente não sabe se vai dar certo, e eu... eu amo a Letícia- ele disse encarando o chão
Flash Back off
Fechei meus olhos e me lembrei exatamente da dor que senti ao ouvir aquelas palavras que me atingiram como uma faca no peito. Quando eu imaginei que o teria anos depois? Que ele assumiria seu amor por mim e se declararia? Nem nos meus melhores sonhos.
Flash Back
Flash Back
(...)
Senti uma brisa no rosto, fechei os olhos e deixei que ela me tocasse pra ver se eu acalmava meus ânimos. Respirei fundo e virei pra voltar pra onde todos estavam, dando de cara com Luan que chegou me pegando de surpresa com um beijo.
-Eu...- ele começou a encarar o chão enquanto eu buscava uma explicação
-Luan?- levantei seu rosto
-Me desculpe por isso, eu.. não sei o que me deu.
-Tudo bem, mas queria só te falar que eu já superei tudo- ri sem graça.
-Será mesmo?- ele começou a se aproximar de novo o que me deixou nervosa
-Sim, somos amigos e vai ser assim sempre.- disse firme e forte.
-Mas, e se alguém de nós dois quisermos ser mais que isso?- olhei pra ele confusa-Eu preciso te falar que eu não deixei de pensar em você um dia se quer.- me surpreendi com suas palavras e me assustei com seu olhar que estava fixo em meus lábios- Eu... acho que agora é minha vez de te contar que eu estou apaixonado por você.- ele sorriu esperando uma resposta minha que não conseguia digerir o que havia acabado de escutar. Olha que irônico, era tudo que eu queria ouvir, mas confesso que fiquei assustada- Não dá pra evitar- ele continuou falando já que eu continuava em silêncio- Eu te quero do meu lado, quero que seja minha, porque eu te amo como nunca amei alguém
-Luan?- levantei seu rosto
-Me desculpe por isso, eu.. não sei o que me deu.
-Tudo bem, mas queria só te falar que eu já superei tudo- ri sem graça.
-Será mesmo?- ele começou a se aproximar de novo o que me deixou nervosa
-Sim, somos amigos e vai ser assim sempre.- disse firme e forte.
-Mas, e se alguém de nós dois quisermos ser mais que isso?- olhei pra ele confusa-Eu preciso te falar que eu não deixei de pensar em você um dia se quer.- me surpreendi com suas palavras e me assustei com seu olhar que estava fixo em meus lábios- Eu... acho que agora é minha vez de te contar que eu estou apaixonado por você.- ele sorriu esperando uma resposta minha que não conseguia digerir o que havia acabado de escutar. Olha que irônico, era tudo que eu queria ouvir, mas confesso que fiquei assustada- Não dá pra evitar- ele continuou falando já que eu continuava em silêncio- Eu te quero do meu lado, quero que seja minha, porque eu te amo como nunca amei alguém
Flash Back off
Sorri me lembrando de suas palavras, me lembrando de como aquilo me deixou feliz por dentro, apesar de eu achar que já não gostava mais dele. Assim como eu achava agora..
Flash Back on
(...)
-Posso entrar?- perguntei.
-Entra- ele respondeu ainda sem olhar pra mim.
-Como se sente?
-Nervoso.
-Vai dar tudo certo- peguei em sua mão mas ele logo tirou.
-Olha Tatáh, pra mim já deu isso tudo. Não quero consolo seu, não quero nada. Também não vou ficar implorando pelo seu amor. Se não quer nada comigo, por favor fique bem longe de mim.
-Luan eu...
-Pode sair por favor?- ele apontou pra porta e ficou esperando que eu saísse.
-Um dia...- comecei a falar encarando a parede- eu fui na sua casa te dar um presente. Era um jogo. Um jogo que você queria muito... Quando eu cheguei no seu quarto, vi você beijando uma menina. Fiquei acabada- ri enquanto algumas lágrimas caiam dos meus olhos- Voltei pra minha casa, e me odiei por mesmo assim não conseguir me afastar de você.-Luan abaixou o braço e ficou me encarando, esperando que eu dissesse mais alguma coisa- Muitas pessoas já desconfiavam que eu gostava de você, mas eu nunca quis assumir. E quando assumi, foi um verdadeiro desastre.
-Pelo menos eu não alimentei sua esperança e fugi no dia seguinte.
-Eu fui uma idiota.
-É, foi mesmo.
-Me desculpa. Por favor me desculpa.- Me aproximei dele- Eu te amo Luan, te amo e sempre te amei. No fundo, eu nunca te esqueci.- Ele me olhava de um jeito que eu não conseguia decifrar- Agora, é sua vez de me falar algo..
-Falar o que? Você sabe o que eu sinto.
-Então podemos tentar? - Coloquei minhas mãos no seu rosto e colei nossas testas- Você quer tanto quanto eu..
-Eu sou um idiota também- ele segurou meus braços mais não afastou eles do seu rosto. Fiz que não com a cabeça e ele fez que sim- Sou um idiota por apesar de tudo, querer ficar com você.
-Então fica comigo.- sussurrei.
-Promete não fugir de novo?
-Não meu anjo. Nunca mais- sorri pra ele.
Flash Back off
Flash Back on
(...)
-Posso entrar?- perguntei.
-Entra- ele respondeu ainda sem olhar pra mim.
-Como se sente?
-Nervoso.
-Vai dar tudo certo- peguei em sua mão mas ele logo tirou.
-Olha Tatáh, pra mim já deu isso tudo. Não quero consolo seu, não quero nada. Também não vou ficar implorando pelo seu amor. Se não quer nada comigo, por favor fique bem longe de mim.
-Luan eu...
-Pode sair por favor?- ele apontou pra porta e ficou esperando que eu saísse.
-Um dia...- comecei a falar encarando a parede- eu fui na sua casa te dar um presente. Era um jogo. Um jogo que você queria muito... Quando eu cheguei no seu quarto, vi você beijando uma menina. Fiquei acabada- ri enquanto algumas lágrimas caiam dos meus olhos- Voltei pra minha casa, e me odiei por mesmo assim não conseguir me afastar de você.-Luan abaixou o braço e ficou me encarando, esperando que eu dissesse mais alguma coisa- Muitas pessoas já desconfiavam que eu gostava de você, mas eu nunca quis assumir. E quando assumi, foi um verdadeiro desastre.
-Pelo menos eu não alimentei sua esperança e fugi no dia seguinte.
-Eu fui uma idiota.
-É, foi mesmo.
-Me desculpa. Por favor me desculpa.- Me aproximei dele- Eu te amo Luan, te amo e sempre te amei. No fundo, eu nunca te esqueci.- Ele me olhava de um jeito que eu não conseguia decifrar- Agora, é sua vez de me falar algo..
-Falar o que? Você sabe o que eu sinto.
-Então podemos tentar? - Coloquei minhas mãos no seu rosto e colei nossas testas- Você quer tanto quanto eu..
-Eu sou um idiota também- ele segurou meus braços mais não afastou eles do seu rosto. Fiz que não com a cabeça e ele fez que sim- Sou um idiota por apesar de tudo, querer ficar com você.
-Então fica comigo.- sussurrei.
-Promete não fugir de novo?
-Não meu anjo. Nunca mais- sorri pra ele.
Flash Back off
A vontade de chorar voltou lembrando da minha promessa a ele. Foi ali, naquele dia que tinha começado.
Flash Back on
(...)
A porta se abriu e eu nem levantei a cabeça achando que era a Juliana. Ninguém falou nada e eu fiquei intrigada, o que me fez olhar pra porta, dando de cara com ele, com os olhos vermelhos. Droga, ele sabia!
-Luan- levantei chorando e caminhei até ele que se afastou.
-Fecha a porta, a gente precisa conversar- ele disse sentando na minha cama. Fechei a porta e me sentei em frente a ele- Por que você fez isso? Por que procurou ele? Por que me traiu?
-Eu não te traí.
-Não mente, eu já sei da verdade, eu vi as fotos.
-Fotos?- perguntei assustada.
-Fotos que ele tirou e pelo visto você não viu. Claro, não queria que eu soubesse.
-Luan não é isso que..
-Não é isso que eu tô pensando? Eu não tô pensando nada. EU VI TANARA! EU VI!
-Ele me dopou Luan.- tentei me explicar.
-Dopou você?- riu sarcástico- Você é muito cara de pau.
-Você precisa acreditar em mim, eu não lembro nem do que aconteceu direito.
-Olha, mesmo que você não se lembre, mesmo que ele tenha te dopado, mesmo que você invente mais mil desculpas. Nada justifica sua indiferença comigo.
-Luan eu mudei. Você viu! Eu te dei atenção, te procurei, não tava mais tão fria. Por favor Luan, acredita em mim.
-Eu sinto muito, não consigo acreditar em nenhuma palavra que você disse.- virou e ficou de costas- Acabou!- Comecei a chorar ainda mais e ele permaneceu calado.
-Não faz isso Lu.. Eu amo você, eu mudei minha vida pra te agradar...
-Eu sei que você fez o que pode, mas você não me ama, se você foi atrás dele é porque ainda ama ele.
-EU NÃO FUI ATRÁS DELE LUAN, EU ..
-Não fala mais nada- ele me encarou- Não me explica mais nada. - Falou limpando uma lágrima que escorria pelo seu rosto. Conhecendo ele como eu conheço ele prendia o choro na garganta.- Eu vou embora.- Falou abrindo a porta.
-Luan, eu não vou conseguir viver sem você.- sussurrei
-Consegue-Ele disse com a mão na maçaneta e os olhos em mim- Consegue sim- Deu um passo saindo do quarto mas se virou pra mim outra vez- Mas uma coisa é certa. Você nunca vai encontrar alguém que te ame, como eu amei- disse apontando pra si mesmo com os olhos agora cobertos de lágrimas e sumiu do meu campo de visão.
Me joguei na cama e abracei o urso que ele tinha me dado e que eu dormia com ele sempre pra lembrar dele. Lágrimas continuavam rolando e eu não sabia o que eu sentia. Uma mistura de ódio e dor. Não podia ser o fim. Não, eu não aceitava. Bati na cama e gritei tão alto que Juliana subiu correndo a escada e sentou do meu lado passando a mão nos meus cabelos sem dizer nada, só me acalentando, mas não adiantava, doía, ainda doía muito.
Flash Back off
Nossa, como doeu aquela nossa primeira separação. Eu o amava tanto.. Meu Deus, por que acabou? Por que eu não sinto mais nada como antes? Eu juro, não queria que ele sofresse como eu sofri. E uma coisa eu sabia que ele tinha razão, ninguém no mundo me amaria como ele me amou. Será que eu deveria continuar com essa decisão de separação?
Flash Back on
(...)
A porta se abriu e eu nem levantei a cabeça achando que era a Juliana. Ninguém falou nada e eu fiquei intrigada, o que me fez olhar pra porta, dando de cara com ele, com os olhos vermelhos. Droga, ele sabia!
-Luan- levantei chorando e caminhei até ele que se afastou.
-Fecha a porta, a gente precisa conversar- ele disse sentando na minha cama. Fechei a porta e me sentei em frente a ele- Por que você fez isso? Por que procurou ele? Por que me traiu?
-Eu não te traí.
-Não mente, eu já sei da verdade, eu vi as fotos.
-Fotos?- perguntei assustada.
-Fotos que ele tirou e pelo visto você não viu. Claro, não queria que eu soubesse.
-Luan não é isso que..
-Não é isso que eu tô pensando? Eu não tô pensando nada. EU VI TANARA! EU VI!
-Ele me dopou Luan.- tentei me explicar.
-Dopou você?- riu sarcástico- Você é muito cara de pau.
-Você precisa acreditar em mim, eu não lembro nem do que aconteceu direito.
-Olha, mesmo que você não se lembre, mesmo que ele tenha te dopado, mesmo que você invente mais mil desculpas. Nada justifica sua indiferença comigo.
-Luan eu mudei. Você viu! Eu te dei atenção, te procurei, não tava mais tão fria. Por favor Luan, acredita em mim.
-Eu sinto muito, não consigo acreditar em nenhuma palavra que você disse.- virou e ficou de costas- Acabou!- Comecei a chorar ainda mais e ele permaneceu calado.
-Não faz isso Lu.. Eu amo você, eu mudei minha vida pra te agradar...
-Eu sei que você fez o que pode, mas você não me ama, se você foi atrás dele é porque ainda ama ele.
-EU NÃO FUI ATRÁS DELE LUAN, EU ..
-Não fala mais nada- ele me encarou- Não me explica mais nada. - Falou limpando uma lágrima que escorria pelo seu rosto. Conhecendo ele como eu conheço ele prendia o choro na garganta.- Eu vou embora.- Falou abrindo a porta.
-Luan, eu não vou conseguir viver sem você.- sussurrei
-Consegue-Ele disse com a mão na maçaneta e os olhos em mim- Consegue sim- Deu um passo saindo do quarto mas se virou pra mim outra vez- Mas uma coisa é certa. Você nunca vai encontrar alguém que te ame, como eu amei- disse apontando pra si mesmo com os olhos agora cobertos de lágrimas e sumiu do meu campo de visão.
Me joguei na cama e abracei o urso que ele tinha me dado e que eu dormia com ele sempre pra lembrar dele. Lágrimas continuavam rolando e eu não sabia o que eu sentia. Uma mistura de ódio e dor. Não podia ser o fim. Não, eu não aceitava. Bati na cama e gritei tão alto que Juliana subiu correndo a escada e sentou do meu lado passando a mão nos meus cabelos sem dizer nada, só me acalentando, mas não adiantava, doía, ainda doía muito.
Flash Back off
Nossa, como doeu aquela nossa primeira separação. Eu o amava tanto.. Meu Deus, por que acabou? Por que eu não sinto mais nada como antes? Eu juro, não queria que ele sofresse como eu sofri. E uma coisa eu sabia que ele tinha razão, ninguém no mundo me amaria como ele me amou. Será que eu deveria continuar com essa decisão de separação?
(...)
-Não faça isso Luan, você não a ama.
-O que essa garota está fazendo aqui? TIREM ELA DAQUI- Julia gritou nervosa.
-Por favor Luan, não faz isso com a gente. Eu amo você.- dizia já em lágrimas.
Observei de relance alguns olhares satisfeitos com que eu tinha feito, mas mesmo assim, meu olhar era direcionado nele. Só nele.
-TIREM ELA DAQUI AGORA!- Julia gritou mais uma vez.
Alguns seguranças seguraram meus braço um de cada lado tentando me tirar dali mas eu relutava com toda força que eu tinha.
-SOLTA ELA- ouvi Luan gritar- SOLTA AGORA!- falou de novo ao perceber que eles não atenderam sua ordem.
-Luan..- Julia pegou na mão dele.
-Desculpa, eu não amo você. Sinto muito pelo acidente, sinto muito por ter perdido seu filho, mas eu não amo você- ele se levantou e veio na minha direção correndo, segurou minha mão e olhou dentro dos meus olhos- Que bom que você estava por perto pra não me deixar fazer isso. Eu te amo.- Me abraçou, segurou minha mão e saiu correndo dali comigo.
Flash Back off
Nós tínhamos passados por tantas coisas pra ficarmos juntos,tantos altos e baixo pra terminar assim. Todas essas lembranças serviram ainda mais pra me deixar confusa, perdida. Eu não sabia mesmo o que fazer, não sabia nem mais o que estava sentindo...
-Está pensando no que? - perguntou me encarando, me tirando dos meus devaneios.
-Nada.- abracei ele de novo- Me desculpa por tudo.
-Não se desculpe, a gente não manda no coração né?- me soltou e sorriu- Eu vou nessa. - Foi indo em direção a porta mais parou antes de abri-la- Deixa tudo aqui que o Testa vem buscar daqui a pouco.- assenti indo com ele até a porta- Fica bem- me deu um beijo na testa e entrou em seu carro.
Uma parte de mim quis segurar ele ali, a outra disse que eu precisava deixa-lo ir. No fundo, eu queri tentar de novo mas ele só se deu conta de tudo depois de 10 anos, era muito tempo, só eu sabia tudo o que tinha passado. E então eu não fiz nada, fiquei ali, vendo ele ir, me sentindo uma burra, pensando se tinha feito a coisa certa.
Um capítulo meio flash back pra vocês relembrarem a história do nosso casal.. Algum palpite do que vai acontecer no último capítulo? Sei que um Thiago provavelmente apareça kkkkk
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terça-feira, 9 de setembro de 2014
Capítulo 98
10 anos depois
Eu já não sabia mais o que tinha com Tanara, parecia que éramos dois estranhos morando na mesma casa e dormindo na mesma cama. Minha carreira continuava a mil e eu estava planejando mais um DVD que seria mais uma inovação e que surpreenderia não só o Brasil como o mundo. Os projetos pra esse trabalho me tirava ainda mais de casa e meus filhos reclamavam muito a falta da minha presença. Tanara estava com 15 anos e Breno estava prestes a fazer 10.
Cheguei em casa de noite depois de um programa que eu tinha gravado. A casa estava em silêncio e quando fui ver Breno já dormia. Fui até o quarto da Nicole e ela estava sentada na cama com seu diário na mão, como pai eu sabia que ela não estava muito bem.
-Filha, tá tudo bem?
-Tá sim- disse meio cabisbaixa.
-Tem certeza? Não quer conversar?
-Com você não- me ignorou colocando o fone de ouvido
-Por que comigo não? - sentei ao lado dela e tirei- Posso não ser bom conselheiro mas sou bom ouvinte.- sorri pra ela.
-Mas é ciumento e vai falar um monte de coisa nada a ver. Eu te conheço seu Luan.
-Juro que serei bem compreensível. E agora? Vai confiar no seu pai?- ela deu de ombros e se ajeitou na cama
-Promete não surtar?- assenti ficando com medo daquele assunto- Eu não sei, acho que estou apaixonada.- senti minha garganta secar, ela era muito nova pra se apaixonar. Mas meu Deus, daqui a pouco ela ia falar em namoro... Respirei fundo e me contive, prometi não surtar..-Eu não sei pai, é tão complicado.
-Filha, você é tão nova..
-Eu sabia que ia falar isso- se virou colocando o fone de novo.
-Mas eu nem comecei a falar Nicole- tirei o seu fone-Olha aqui pra mim.- ela se virou de novo com a cara emburrada, até nisso ela parecia com a mãe.- Por que é complicado?
-Porque eu não sei direito o que tô sentindo. Ele é da minha sala, me trata super bem, achei que éramos só amigos e hoje ele se declarou pra mim.
-Posso ser sincero com você?- falei com todo cuidado e ela assentiu- Quando se tem 15 anos, e algum cara fala que te ama, cê acredita.- ela me olhou sem fazer careta dessa vez- Cê acredita porque é novidade e cê não vê maldade alguma. Cê se abre pra conhecer a pessoa e vê que ele é legal, é bacana e tem tudo pra ser o cara certo pra você. Mas filha.. você só tem 15 anos- ela respirou impaciente- Me escuta, não tô falando isso porque sou ciumento, tô falando porque sou seu pai e quero o seu bem. Não existe apenas um cara certo, você vai conhecer vários e precisa ter o pé no chão pra não sofrer por nenhum deles. Um dia ocê vai entender que existem coisas melhores que namorar um cara do time de futebol, um popular qualquer, um babaca que quer chamar atenção.
-Pai, tudo que eu queria era isso, ser desejada por alguém. Minhas amigas todas estão namorando e eu se quer dei meu primeiro beijo. Fico me perguntando qual o problema comigo sabe? Então o meu amigo, lindo por sinal, se declara pra mim e eu não posso tentar com ele?- falou me deixando sem reação, e agora,o que eu falaria?
-Nick, entenda que tudo tem o seu tempo. Você não é pior que ninguém por nunca ter beijado e isso também não te torna feia. É como a minha música diz, quando eu escrevi pensei bem nessas coisas, uma jovem que vê suas amigas se entregando ao primeiro que aparecer pra tentar se preencher, e nessa tentativa boba muitas quebram a cara. Eu não posso interferir nas suas decisões querida, e eu sei que você vai ter que errar pra entender tudo que eu tô te falando. Só quero que saiba que ninguém, nenhum outro homem no mundo vai conseguir te amar mais do que eu.
-Eu sei disso- ela sorriu me abraçando- Obrigada pai, você é incrível. Eu te amo-me abraçou mais forte e eu fiquei feliz por ela ter desabafado comigo como nunca tinha feito antes. Aquilo fazia eu me sentir um pai de verdade, já que era tão difícil devido a minha carreira.-Pai- me olhou assim que se soltou do meu abraço.- Quando você desapaixonou da minha mãe.- não esperei por aquela pergunta e senti minha garganta secar, até meus filhos percebiam que meu casamento não era dos melhores.
-Eu... eu nunca me desapaixonei.- encarei Nicole que queria que eu falasse mais- Não sei o que aconteceu com a gente, mas eu ainda amo sua mãe, e sempre vou amá-la.
-Então não desiste dela papai, se ainda a ama, faz alguma coisa.
-Tipo o quê?
-Que tal um jantar romântico? Ela foi pra uma balada com a tia Bruna, arruma tudo e fica esperando ela.
-É uma boa ideia- sorri pra Nicole- Você me ajuda com a comida?
-Claro, eu quero que ela volte pra você e não fuja com sua comida horrível- falou me fazendo rir.
Nicole me ajudou no jantar e me contou sem perceber que a tia da Tanara estava doente, fiquei mal, adorava a tia da Tanara,e ela era a única família da Tatáh que tinha restado. Além disso, ela sempre me tratou bem.
Arrumei a mesa com velas e liguei em uma floricultura encomendando o buquê mais lindo que eles tivessem. Montei a mesa com ajuda da minha filha e depois ela foi dormi me desejando boa sorte. Mesmo meio receoso eu estava esperançoso que aquilo reacenderia a chama do nosso amor.
Narrado por Tanara
Bruna tinha me convencido a sair um pouco de casa, fomos pra Wood's e dançamos a noite inteira. Ela não falava do seu irmão pra mim, e sabia que o meu relacionamento com ele tava de mal a pior. Bruna se levantou pra dançar e eu fiquei no bar, meu pé já doía e eu disse que ia depois.
-Oi- Um rapaz sentou do meu lado puxando papo. Olhei pra ele e o reconheci, era o cara que me ajudara 10 anos atrás quando derrubei vários biscoitos no chão do mercado.
-Eu lembro de você.
-Sim, e eu também me lembro- sorriu- Meu nome é Thiago- estendeu a mão
-Tanara- falei segurando em sua mão.
-Quanto tempo.
-Pois é, e aqui estamos de novo.
-Eu chamo isso de destino.
-Eu chamo de mundo pequeno.
-Não seja boba, você sabe que o mundo é enorme- dei de ombros.
Bebi um gole da minha bebida e quando coloquei ela de volta no balcão ela derramou.
-Nossa- peguei um guardanapo e comecei a limpar, ele na mesma hora me ajudou.
-Você é muito desastrada.
-Jura?- olhei pra ele séria.
Ficamos conversando o resto da noite e trocamos contatos. Quando percebi eu abria meu coração pra ele, falei do minha relação com meu marido, falei que já não sabia se o amava mais, e falei que minha tia estava muito doente e que seu tratamento custava uma fortuna mas eu não queria falar nada pro Luan. Ele me deu altos conselhos e me fez rir, o que eu não fazia a muito tempo. Minha vida era muito estressante.
Voltei pra casa por volta das 3: 30 da manhã. Abri a porta com cuidado pra não acordar ninguém e quando vi, Luan estava sentado no sofá com seu violão na mão tocando uma música que não reconheci pelo toque. Fechei a porta sem que ele ouvisse e prestei atenção na letra da música que ele cantava com a voz meio roupa. Sim, ele chorava.
Faz tempo que a gente vive junto mas ta separado
Eu e você dormindo cada um pra um lado,
Faz tempo que a gente já nem faz amor
Faz tempo que você já nem me olha mas daquele jeito
Em tudo que eu faço você vê defeito
Faz tempo que eu deixei de ser o seu amor.
É melhor parar e conversar
Não vamos insistir mais nesse amor
Pra que ficar fingindo se não dá
Eu e você faz tempo que acabou.
Não vale chorar, nem se arrepender
Foi tudo sincero enquanto durou
O que era verdade, virou falsidade
Perdeu o sentido e aí acabou
Não vale chorar, nem se arrepender
Foi tudo sincero enquanto durou
O que era verdade, virou falsidade
Perdeu o sentido e aí acabou
Fiquei me perguntando se ele que tinha escrito a música. Pra ser sincera não tinha nenhuma mentira naquela música, a gente já não estava mais vivendo como marido e mulher e tava mais do que na hora de resolvermos nossa situação. Luan olhou pra porta assustado, largou o violão do lado, limpou as lágrimas depressa e se aproximou.
-Eu estava te esperando.
-Aconteceu alguma coisa?
-Fiz um jantar pra gente- meio sem jeito de recusar eu fui até a mesa e me sentei. A decoração estava linda e eu tinha certeza que ele teve ajuda de uma certa mocinha. Nicole.
-Eu sei que está tudo diferente entre a gente e eu quero mudar isso.
-Luan..
-Não fala nada, eu comprei pra você- me entregou um buquê lindo com rosas vermelhas. Peguei ainda sem jeito e coloquei na cadeira ao lado, eu não podia dar esperanças a ela mas ele começou a falar um monte de coisas- Eu não quero acreditar que nosso casamento virou isso e tudo por culpa dessa distância que me impede de te ver. Eu te amo de verdade Tatáh, depois de tanto tempo juntos eu ainda continuo te amando. E você continua sendo a única na minha vida. Juro pra você que eu NUNCA, Nunca mesmo traí você, nem sequer olhei pra outra pessoa porque tudo que eu preciso está bem aqui, na minha frente. - seu olhar demonstrava que tudo que ele falava era verdade mas eu já não sentia a mesma coisa de antes- Nunca me senti tão feliz e realizado como desde o momento que você virou minha namorado e depois minha esposa. Você me deu dois filhos lindos e eu sou muito grato por isso. Eu continuo acreditando que você é o amor da minha vida e não me vejo acordando ao lado de nenhuma outra mulher. Quero continuar sendo tudo que você precisa. Quero ser seu amigo, seu namorado, amante e marido. Quero que você ria, chore, brigue, me bata e depois faça as pazes comigo na cama. Quero que o fogo se acenda entre a gente de novo. Na verdade eu queria que ele nunca tivesse apagado. Minha vida estava perfeita, exatamente do jeito que eu queria até a gente começar a se afastar, eu nem sei como deixei isso acontecer, você sempre foi tudo pra mim, nem me imagino longe de você. Meu desejo era que você acordasse todos os dias agradecendo por me ter como seu marido como eu acordo todo dia agradecendo por te ter como esposa. Lute por esse amor Tatáh, lute comigo.- Luan falou segurando minhas mãos. Eu estava sem palavras, minha garganta secou e eu queria sumir dali.
-Eu.. eu não posso- falei com as mãos na cabeça- Eu não posso me machucar.
-E ao invés disse vai machucar a mim?
-Nós tentamos Luan, mas não tá dando.
-A gente dá um jeito.
-Não tem mais jeito.- tirei suas mãos da minha- Olha, eu te agradeço por tudo. Te agradeço pelo jantar, pelas rosas. Te agradeço pelos nossos filhos, por tudo mesmo! Você me fez a mulher mais feliz do mundo, mas, eu não tenho mais certeza se te amo. - Luan abaixou a cabeça- Eu queria ter essa certeza, tudo seria diferente, eu tentaria com voc
ê, mas eu não tenho. Pensei que suportaria a distância mas não deu. Sofri muito com sua ausência com a sua frieza sem perceber, eu sei. Mas eu sofri. Você não merece uma pessoa como eu do seu lado, você merece alguém que tenha certeza absoluta que te ame, que te faça feliz e eu não posso mais. Temos um elo eterno que é Nicole e Breno e isso homem nem mulher nenhuma vai mudar, mas realmente,nosso casamento acabou!
3 capítulos num dia só, cês tão demais ein.. Apesar de que eu acho que teve uma pessoa que comentou mais de uma vez kkk mas tudo bem.
Eitaaa,o casamento acabou :'(
O que vocês acham que vai acontecer agora? Cada um pra um lado? Será?
A música que apareceu aqui se chama FAZ TEMPO do Henrique e Juliano.
Me digam, estão gostando? Aaah eu amo drama, e amo finais tristes também kkkkks
Posto depois de 5 comentários.
PS: Comentários do capítulo anterior respondidos.
Eu já não sabia mais o que tinha com Tanara, parecia que éramos dois estranhos morando na mesma casa e dormindo na mesma cama. Minha carreira continuava a mil e eu estava planejando mais um DVD que seria mais uma inovação e que surpreenderia não só o Brasil como o mundo. Os projetos pra esse trabalho me tirava ainda mais de casa e meus filhos reclamavam muito a falta da minha presença. Tanara estava com 15 anos e Breno estava prestes a fazer 10.
Cheguei em casa de noite depois de um programa que eu tinha gravado. A casa estava em silêncio e quando fui ver Breno já dormia. Fui até o quarto da Nicole e ela estava sentada na cama com seu diário na mão, como pai eu sabia que ela não estava muito bem.
-Filha, tá tudo bem?
-Tá sim- disse meio cabisbaixa.
-Tem certeza? Não quer conversar?
-Com você não- me ignorou colocando o fone de ouvido
-Por que comigo não? - sentei ao lado dela e tirei- Posso não ser bom conselheiro mas sou bom ouvinte.- sorri pra ela.
-Mas é ciumento e vai falar um monte de coisa nada a ver. Eu te conheço seu Luan.
-Juro que serei bem compreensível. E agora? Vai confiar no seu pai?- ela deu de ombros e se ajeitou na cama
-Promete não surtar?- assenti ficando com medo daquele assunto- Eu não sei, acho que estou apaixonada.- senti minha garganta secar, ela era muito nova pra se apaixonar. Mas meu Deus, daqui a pouco ela ia falar em namoro... Respirei fundo e me contive, prometi não surtar..-Eu não sei pai, é tão complicado.
-Filha, você é tão nova..
-Eu sabia que ia falar isso- se virou colocando o fone de novo.
-Mas eu nem comecei a falar Nicole- tirei o seu fone-Olha aqui pra mim.- ela se virou de novo com a cara emburrada, até nisso ela parecia com a mãe.- Por que é complicado?
-Porque eu não sei direito o que tô sentindo. Ele é da minha sala, me trata super bem, achei que éramos só amigos e hoje ele se declarou pra mim.
-Posso ser sincero com você?- falei com todo cuidado e ela assentiu- Quando se tem 15 anos, e algum cara fala que te ama, cê acredita.- ela me olhou sem fazer careta dessa vez- Cê acredita porque é novidade e cê não vê maldade alguma. Cê se abre pra conhecer a pessoa e vê que ele é legal, é bacana e tem tudo pra ser o cara certo pra você. Mas filha.. você só tem 15 anos- ela respirou impaciente- Me escuta, não tô falando isso porque sou ciumento, tô falando porque sou seu pai e quero o seu bem. Não existe apenas um cara certo, você vai conhecer vários e precisa ter o pé no chão pra não sofrer por nenhum deles. Um dia ocê vai entender que existem coisas melhores que namorar um cara do time de futebol, um popular qualquer, um babaca que quer chamar atenção.
-Pai, tudo que eu queria era isso, ser desejada por alguém. Minhas amigas todas estão namorando e eu se quer dei meu primeiro beijo. Fico me perguntando qual o problema comigo sabe? Então o meu amigo, lindo por sinal, se declara pra mim e eu não posso tentar com ele?- falou me deixando sem reação, e agora,o que eu falaria?
-Nick, entenda que tudo tem o seu tempo. Você não é pior que ninguém por nunca ter beijado e isso também não te torna feia. É como a minha música diz, quando eu escrevi pensei bem nessas coisas, uma jovem que vê suas amigas se entregando ao primeiro que aparecer pra tentar se preencher, e nessa tentativa boba muitas quebram a cara. Eu não posso interferir nas suas decisões querida, e eu sei que você vai ter que errar pra entender tudo que eu tô te falando. Só quero que saiba que ninguém, nenhum outro homem no mundo vai conseguir te amar mais do que eu.
-Eu sei disso- ela sorriu me abraçando- Obrigada pai, você é incrível. Eu te amo-me abraçou mais forte e eu fiquei feliz por ela ter desabafado comigo como nunca tinha feito antes. Aquilo fazia eu me sentir um pai de verdade, já que era tão difícil devido a minha carreira.-Pai- me olhou assim que se soltou do meu abraço.- Quando você desapaixonou da minha mãe.- não esperei por aquela pergunta e senti minha garganta secar, até meus filhos percebiam que meu casamento não era dos melhores.
-Eu... eu nunca me desapaixonei.- encarei Nicole que queria que eu falasse mais- Não sei o que aconteceu com a gente, mas eu ainda amo sua mãe, e sempre vou amá-la.
-Então não desiste dela papai, se ainda a ama, faz alguma coisa.
-Tipo o quê?
-Que tal um jantar romântico? Ela foi pra uma balada com a tia Bruna, arruma tudo e fica esperando ela.
-É uma boa ideia- sorri pra Nicole- Você me ajuda com a comida?
-Claro, eu quero que ela volte pra você e não fuja com sua comida horrível- falou me fazendo rir.
Nicole me ajudou no jantar e me contou sem perceber que a tia da Tanara estava doente, fiquei mal, adorava a tia da Tanara,e ela era a única família da Tatáh que tinha restado. Além disso, ela sempre me tratou bem.
Arrumei a mesa com velas e liguei em uma floricultura encomendando o buquê mais lindo que eles tivessem. Montei a mesa com ajuda da minha filha e depois ela foi dormi me desejando boa sorte. Mesmo meio receoso eu estava esperançoso que aquilo reacenderia a chama do nosso amor.
Narrado por Tanara
Bruna tinha me convencido a sair um pouco de casa, fomos pra Wood's e dançamos a noite inteira. Ela não falava do seu irmão pra mim, e sabia que o meu relacionamento com ele tava de mal a pior. Bruna se levantou pra dançar e eu fiquei no bar, meu pé já doía e eu disse que ia depois.
-Oi- Um rapaz sentou do meu lado puxando papo. Olhei pra ele e o reconheci, era o cara que me ajudara 10 anos atrás quando derrubei vários biscoitos no chão do mercado.
-Eu lembro de você.
-Sim, e eu também me lembro- sorriu- Meu nome é Thiago- estendeu a mão
-Tanara- falei segurando em sua mão.
-Quanto tempo.
-Pois é, e aqui estamos de novo.
-Eu chamo isso de destino.
-Eu chamo de mundo pequeno.
-Não seja boba, você sabe que o mundo é enorme- dei de ombros.
Bebi um gole da minha bebida e quando coloquei ela de volta no balcão ela derramou.
-Nossa- peguei um guardanapo e comecei a limpar, ele na mesma hora me ajudou.
-Você é muito desastrada.
-Jura?- olhei pra ele séria.
Ficamos conversando o resto da noite e trocamos contatos. Quando percebi eu abria meu coração pra ele, falei do minha relação com meu marido, falei que já não sabia se o amava mais, e falei que minha tia estava muito doente e que seu tratamento custava uma fortuna mas eu não queria falar nada pro Luan. Ele me deu altos conselhos e me fez rir, o que eu não fazia a muito tempo. Minha vida era muito estressante.
Voltei pra casa por volta das 3: 30 da manhã. Abri a porta com cuidado pra não acordar ninguém e quando vi, Luan estava sentado no sofá com seu violão na mão tocando uma música que não reconheci pelo toque. Fechei a porta sem que ele ouvisse e prestei atenção na letra da música que ele cantava com a voz meio roupa. Sim, ele chorava.
Faz tempo que a gente vive junto mas ta separado
Eu e você dormindo cada um pra um lado,
Faz tempo que a gente já nem faz amor
Faz tempo que você já nem me olha mas daquele jeito
Em tudo que eu faço você vê defeito
Faz tempo que eu deixei de ser o seu amor.
É melhor parar e conversar
Não vamos insistir mais nesse amor
Pra que ficar fingindo se não dá
Eu e você faz tempo que acabou.
Não vale chorar, nem se arrepender
Foi tudo sincero enquanto durou
O que era verdade, virou falsidade
Perdeu o sentido e aí acabou
Não vale chorar, nem se arrepender
Foi tudo sincero enquanto durou
O que era verdade, virou falsidade
Perdeu o sentido e aí acabou
Fiquei me perguntando se ele que tinha escrito a música. Pra ser sincera não tinha nenhuma mentira naquela música, a gente já não estava mais vivendo como marido e mulher e tava mais do que na hora de resolvermos nossa situação. Luan olhou pra porta assustado, largou o violão do lado, limpou as lágrimas depressa e se aproximou.
-Eu estava te esperando.
-Aconteceu alguma coisa?
-Fiz um jantar pra gente- meio sem jeito de recusar eu fui até a mesa e me sentei. A decoração estava linda e eu tinha certeza que ele teve ajuda de uma certa mocinha. Nicole.
-Eu sei que está tudo diferente entre a gente e eu quero mudar isso.
-Luan..
-Não fala nada, eu comprei pra você- me entregou um buquê lindo com rosas vermelhas. Peguei ainda sem jeito e coloquei na cadeira ao lado, eu não podia dar esperanças a ela mas ele começou a falar um monte de coisas- Eu não quero acreditar que nosso casamento virou isso e tudo por culpa dessa distância que me impede de te ver. Eu te amo de verdade Tatáh, depois de tanto tempo juntos eu ainda continuo te amando. E você continua sendo a única na minha vida. Juro pra você que eu NUNCA, Nunca mesmo traí você, nem sequer olhei pra outra pessoa porque tudo que eu preciso está bem aqui, na minha frente. - seu olhar demonstrava que tudo que ele falava era verdade mas eu já não sentia a mesma coisa de antes- Nunca me senti tão feliz e realizado como desde o momento que você virou minha namorado e depois minha esposa. Você me deu dois filhos lindos e eu sou muito grato por isso. Eu continuo acreditando que você é o amor da minha vida e não me vejo acordando ao lado de nenhuma outra mulher. Quero continuar sendo tudo que você precisa. Quero ser seu amigo, seu namorado, amante e marido. Quero que você ria, chore, brigue, me bata e depois faça as pazes comigo na cama. Quero que o fogo se acenda entre a gente de novo. Na verdade eu queria que ele nunca tivesse apagado. Minha vida estava perfeita, exatamente do jeito que eu queria até a gente começar a se afastar, eu nem sei como deixei isso acontecer, você sempre foi tudo pra mim, nem me imagino longe de você. Meu desejo era que você acordasse todos os dias agradecendo por me ter como seu marido como eu acordo todo dia agradecendo por te ter como esposa. Lute por esse amor Tatáh, lute comigo.- Luan falou segurando minhas mãos. Eu estava sem palavras, minha garganta secou e eu queria sumir dali.
-Eu.. eu não posso- falei com as mãos na cabeça- Eu não posso me machucar.
-E ao invés disse vai machucar a mim?
-Nós tentamos Luan, mas não tá dando.
-A gente dá um jeito.
-Não tem mais jeito.- tirei suas mãos da minha- Olha, eu te agradeço por tudo. Te agradeço pelo jantar, pelas rosas. Te agradeço pelos nossos filhos, por tudo mesmo! Você me fez a mulher mais feliz do mundo, mas, eu não tenho mais certeza se te amo. - Luan abaixou a cabeça- Eu queria ter essa certeza, tudo seria diferente, eu tentaria com voc
ê, mas eu não tenho. Pensei que suportaria a distância mas não deu. Sofri muito com sua ausência com a sua frieza sem perceber, eu sei. Mas eu sofri. Você não merece uma pessoa como eu do seu lado, você merece alguém que tenha certeza absoluta que te ame, que te faça feliz e eu não posso mais. Temos um elo eterno que é Nicole e Breno e isso homem nem mulher nenhuma vai mudar, mas realmente,nosso casamento acabou!
3 capítulos num dia só, cês tão demais ein.. Apesar de que eu acho que teve uma pessoa que comentou mais de uma vez kkk mas tudo bem.
Eitaaa,o casamento acabou :'(
O que vocês acham que vai acontecer agora? Cada um pra um lado? Será?
A música que apareceu aqui se chama FAZ TEMPO do Henrique e Juliano.
Me digam, estão gostando? Aaah eu amo drama, e amo finais tristes também kkkkks
Posto depois de 5 comentários.
PS: Comentários do capítulo anterior respondidos.
Capítulo 97
7 meses depois....
Nada estava muito diferente de antes, Luan estava sempre atolado de trabalho e quando vinha pra casa mal me dava atenção. Eu estava muito insegura, ele estava ficando grisalho e ainda mais lindo, eu não era burra, sabia que chovia de mulher dando em cima dele e não tinha garantia nenhuma de que ele não me traia.
Era terça feira e ele estava em casa, depois de meses longe. Luan passou a manhã inteira brincando com Nicole e quando vinha pra perto de mim era pra mexer na minha barriga, como se só existisse os filhos dele e eu fosse invisível. Nicole se sentou na mesa e pediu um pedaço do bolo que eu tinha feito.
Luan sentou do meu lado e pegou na minha barriga pela milésima vez no dia.
-Ainda não me conformo que você não quer descobrir o sexo.
-Puta que pariu Luan, de novo isso? Eu já estou de nove meses, você vai saber o sexo esse mês ainda, para de encher o saco.
-Ah, cê tá bravinha?- ele veio e mordeu minha bochecha de leve- Que foi ein?
-Vai se fuder.
-Nossa, educação mandou lembrança.
-E eu mandei você se fuder- falei brava e ele começou a rir.
-Sei o que fazer pra te amolecer.- saiu correndo e voltou com o violão na mão.-Eu fiz essa música ontem antes de voltar pra casa, pra ver se você para de brigar comigo toda vez que me liga falando que não te dou atenção.- falou e logo começou a cantar.
Por mais que e tente enganar meu coração
Mas ele chama por você
Por mais que eu tente disfarçar a solidão
Mas ele insiste em te querer
Essa saudade é bem mais forte do que eu
Sem você do meu lado, meu mundo se perdeu
É tão intenso não consigo explicar
Essa vontade louca que eu tô de te amar
Pra ser sincero não consigo entender
Nem mesmo a distância m faz te esquecer
Pra ser sincero eu preciso te dizer
Que mesmo estando longe eu ainda amo você
-Odeio essa sua mania de me amolecer com música.- falei sorrindo de canto.
-Deu certo?
-Deu- puxei ele e o beijei, que saudade de um beijo de verdade.-Vou tomar um banho, tá?- dei um selinho nele.
-Tá- me soltou e eu subi. Não comentei com Luan, mas estava sentindo umas dorzinhas de leve, me lembrou quando ganhei Nicole. Entrei debaixo do chuveiro e tomei um banho quente. Por um momento a dor aliviou e eu fiquei mais tranquila.
Terminei o banho, vesti meu roupão e parei em frente ao espelho me encarando. Meu rosto estava inchado e eu estava horrível. Senti uma pontada mais forte na barriga e voltei a me preocupar. Em questão de minutos senti algo escorrer pelas minhas pernas. Minha bolsa tinha estourado.
-Ajuda aqui, Luan- gritei e ouvi ele subindo as escadas as pressas mandando a Nick continuar comendo.
-Que foi?- entrou no quarto preocupado.
-Minha bolsa estourou. Liga pra sua mãe, fala que estamos indo pro hospital .- Luan assentiu pegando o celular e me segurou pela cintura me ajudando a andar.
Durante o caminho até o hospital a dor piorou, eu gritava dentro do carro e Nicole passava a mãozinha no meu cabelo tentando me acalmar. Luan corria pelas ruas de São Paulo e pude perceber ele tão nervoso quanto eu.
Assim que chegamos ao hospital me sentaram em uma cadeira de rodas e me levaram pra um quarto. A enfermeira me ajudou a deitar na cama e me examinou em seguida dizendo que eu já estava dilatada e que não ia precisar esperar nada, ou seja, estava na hora do meu filho ou filha nascer.
Luan esperou a mãe chegar pra ficar com Nicole e depois se vestiu pra me acompanhar no parto, que seria no quarto mesmo, normal, do jeito que eu queria que fosse com a Nicole.
Narrado pelo Luan
Tudo aconteceu muito rápido, ouvi ela me gritar e ela disse que sua bolsa havia estourado. Procurei manter a calma e dirigi feito um louco até o hospital. Ela gritava tão alto que me deixava mais preocupado.
Assim que chegamos ao hospital levaram ela pra um quarto e eu fiquei com Nicole na recepção esperando minha mãe chegar com meu pai pra ficar com ela pra que eu pudesse acompanhar Tanara no parto. Logo eles chegaram e eu fui me arrumar.
Quando entrei no quarto percebi Tanara com a cara de dor. Se eu pudesse sentiria tudo aquilo por ela. Dessa vez o parto da Tanara seria normal e eu sabia que não seria fácil. Me posicionei do seu lado, segurei sua mão e ela logo começou a fazer força. Ela apertava minha mão com tanta força que eu já não sentia mais meus dedos.
-Vai baixinha, força- falei e ela fez força apertando minha mão de novo.
-Tô vendo a cabeça- a DR. disse- Continua assim Tanara, força.
Tanara gritou e fez força mais uma vez, dessa vez apertou tanto minha mão que vi meus dedos ficarem roxos, logo ela soltou e eu olhei pra baixo onde vi a médica já com meu filho no colo, isso mesmo, era um menino.
-É o Brenão, amor- falei e Tanara sorriu.
-Trás ele, deixa eu ver- ela pediu- Deixa eu ver o Breno- sorriu pra mim sem nem contestar o nome.
Breno chorou bem pouquinho e assim que Tanara pegou ele, ele se acolheu em seu colo. Pedi pra chamarem meus pais e minha filha, que ficaram tão encantados com Breno quanto eu. Ele era linda mesmo e se parecia mais com Tanara.
2 meses depois....
- E então doutora?
-Sim, Breno é compatível- ela respondeu sorrindo e Tanara me abraçou.
A corrente que minhas fãs fizeram ajudou muito. Cerca de 500 pessoas fizeram o teste, mas ainda não tínhamos recebido nenhuma notícia positiva quanto a isso, e decidimos que veríamos se Breno poderia ser. Como eu suspeitei ele era, e aquilo só aumentou minha certeza, de que ele tinha vindo no momento certo.
Decidi com Tanara que faríamos a cirurgia, mesmo com o coração na mão por ele ser um bebê tão novinho, a médica nos incentivou e o processo foi ainda mais rápido do que quando foi com Tanara.
A cirurgia foi bem delicada, era dois filhos meus que estavam "em jogo". Meu coração estava apertado, o medo que eu sentia era enorme mas a fé que existia era maior ainda. Olhei a porta e ela se abriu em seguida:
-Terminamos, deu tudo certo- Olhei pra Tanara que começou a chorar e me abraçou. Senti um alívio enorme e comecei a agradecer a Deus por mais aquela benção. Eu sabia que ele não me abandonaria. Agora minha filha estava curada, e tudo seria diferente
Uma semana depois...
Pensei que o fato de ter mais um bebê em casa e Nicole estar curada amenizaria o estresse da Tanara, mas ela estava cada vez mais chata. Tudo era motivo pra brigar, ela falava coisas sem sentido inclusive que eu traía ela. Eu até tentava tratá-la com calma, mas já estava perdendo minha paciência, fazia o que eu podia pra estar com ela em casa, mas estava cheio de trabalhos e projetos diferentes que tomavam muito o meu tempo, mesmo assim me desdobrava pra fazer suas vontades e estar perto dos meus filhos mas ela não reconhecia isso.
Estava em casa depois de 4 dias intensos de shows, programas e ensaios de madrugada. Tudo que eu queria era curtir meus filhos e descansar mas Tanara não parava de falar besteira no pé do meu ouvido.
-Caralho, chega! Você sempre fala a mesma coisa, que eu não tenho tempo pra você, que eu não te trato bem, que eu sou grosso, que não sei mais o que. Tudo é motivo de brigas.
-Tá vendo, você só briga comigo.
-É impossível ficar calmo com você.
-Eu ando muito sobrecarregada, Nicole tá chamando atenção ainda mais por causa do Breno, tenho essa casa enorme pra cuidar, Breno começando com as crises de cólica e eu não tenho ninguém pra me ajudar.
-Eu já te falei pra contratar alguém pra te ajudar...
-E eu já falei que não confio em colocar gente estranha aqui em casa.
-E você quer que eu faço o que, Tanara?
-Como o quê? Quero que ao menos quando esteja em casa me ajude ficando com as crianças, que me dê atenção, que saía comigo como não tem feito a meses.
-Você tem que entender que eu trabalho e que isso me cansa muito. Eu te ajudo sim a ficar com as crianças, te dou atenção, mas sair é complicado. Quando estou em casa só quero descansar tenta entender.
-E eu? Não tenho descanso?
-Começou- virei de bruços na cama.
-Não vira as costas pra mim Luan.- continuei como estava- Pra você é muito fácil falar, você não sabe o que eu passo aqui sozinha. Você mudou.
-QUER SABER DE UMA COISA?- Me sentei na cama nervoso- VOCÊ NÃO FAZ NADA ALÉM DE CUIDAR DA PORRA DESSA CASA E DOS NOSSOS FILHOS. E AINDA FICA DE MIMIMI, SE TÁ PESADO CONTRATA ALGUÉM E PARA DE ENCHER MINHA CABEÇA COM ISSO.
-Você é um grosso! Só vive pra esse seu trabalho.
-EU NÃO QUERO MAIS DISCUTIR. DÁ PRA DEIXAR EU DORMIR? Boa noite.- me deitei na cama e apaguei o abajur do meu lado. Se ela quer brigar, que brigue sozinha. Sei que essas nossas brigas constantes estava esfriando cada vez mais nosso relacionamento, e mesmo assim ainda a amava intensamente, sabia que longe dela eu enlouqueceria, só que meu limite estava estourado e eu não tinha mais paciência pra ficar adulando ninguém.
Vocês são umas lindas.. Postando outro como prometi caso alcançasse os comentários.
Muita informação pra um capítulo só? Sim eu sei kkkk Breno nasceu, foi compatível com a irmã, salvou sua vida e quando pensamos que tudo fosse melhorar, Tanara e Luan começam a brigar... E agora? Muita gente acertou que Breno viria pra salvar a Nick ><
Música desse capítulo se chama PRA SER SINCERO do Israel e Rodolfo.
No próximo capítulo vamos dar um passo enorme. Agora faltam apenas 3 capítulos. Aguenta coração. Posto depois de 5 comentários.
PS: Comentários do cáp. anterior respondidos.
Nada estava muito diferente de antes, Luan estava sempre atolado de trabalho e quando vinha pra casa mal me dava atenção. Eu estava muito insegura, ele estava ficando grisalho e ainda mais lindo, eu não era burra, sabia que chovia de mulher dando em cima dele e não tinha garantia nenhuma de que ele não me traia.
Era terça feira e ele estava em casa, depois de meses longe. Luan passou a manhã inteira brincando com Nicole e quando vinha pra perto de mim era pra mexer na minha barriga, como se só existisse os filhos dele e eu fosse invisível. Nicole se sentou na mesa e pediu um pedaço do bolo que eu tinha feito.
Luan sentou do meu lado e pegou na minha barriga pela milésima vez no dia.
-Ainda não me conformo que você não quer descobrir o sexo.
-Puta que pariu Luan, de novo isso? Eu já estou de nove meses, você vai saber o sexo esse mês ainda, para de encher o saco.
-Ah, cê tá bravinha?- ele veio e mordeu minha bochecha de leve- Que foi ein?
-Vai se fuder.
-Nossa, educação mandou lembrança.
-E eu mandei você se fuder- falei brava e ele começou a rir.
-Sei o que fazer pra te amolecer.- saiu correndo e voltou com o violão na mão.-Eu fiz essa música ontem antes de voltar pra casa, pra ver se você para de brigar comigo toda vez que me liga falando que não te dou atenção.- falou e logo começou a cantar.
Por mais que e tente enganar meu coração
Mas ele chama por você
Por mais que eu tente disfarçar a solidão
Mas ele insiste em te querer
Essa saudade é bem mais forte do que eu
Sem você do meu lado, meu mundo se perdeu
É tão intenso não consigo explicar
Essa vontade louca que eu tô de te amar
Pra ser sincero não consigo entender
Nem mesmo a distância m faz te esquecer
Pra ser sincero eu preciso te dizer
Que mesmo estando longe eu ainda amo você
-Odeio essa sua mania de me amolecer com música.- falei sorrindo de canto.
-Deu certo?
-Deu- puxei ele e o beijei, que saudade de um beijo de verdade.-Vou tomar um banho, tá?- dei um selinho nele.
-Tá- me soltou e eu subi. Não comentei com Luan, mas estava sentindo umas dorzinhas de leve, me lembrou quando ganhei Nicole. Entrei debaixo do chuveiro e tomei um banho quente. Por um momento a dor aliviou e eu fiquei mais tranquila.
Terminei o banho, vesti meu roupão e parei em frente ao espelho me encarando. Meu rosto estava inchado e eu estava horrível. Senti uma pontada mais forte na barriga e voltei a me preocupar. Em questão de minutos senti algo escorrer pelas minhas pernas. Minha bolsa tinha estourado.
-Ajuda aqui, Luan- gritei e ouvi ele subindo as escadas as pressas mandando a Nick continuar comendo.
-Que foi?- entrou no quarto preocupado.
-Minha bolsa estourou. Liga pra sua mãe, fala que estamos indo pro hospital .- Luan assentiu pegando o celular e me segurou pela cintura me ajudando a andar.
Durante o caminho até o hospital a dor piorou, eu gritava dentro do carro e Nicole passava a mãozinha no meu cabelo tentando me acalmar. Luan corria pelas ruas de São Paulo e pude perceber ele tão nervoso quanto eu.
Assim que chegamos ao hospital me sentaram em uma cadeira de rodas e me levaram pra um quarto. A enfermeira me ajudou a deitar na cama e me examinou em seguida dizendo que eu já estava dilatada e que não ia precisar esperar nada, ou seja, estava na hora do meu filho ou filha nascer.
Luan esperou a mãe chegar pra ficar com Nicole e depois se vestiu pra me acompanhar no parto, que seria no quarto mesmo, normal, do jeito que eu queria que fosse com a Nicole.
Narrado pelo Luan
Tudo aconteceu muito rápido, ouvi ela me gritar e ela disse que sua bolsa havia estourado. Procurei manter a calma e dirigi feito um louco até o hospital. Ela gritava tão alto que me deixava mais preocupado.
Assim que chegamos ao hospital levaram ela pra um quarto e eu fiquei com Nicole na recepção esperando minha mãe chegar com meu pai pra ficar com ela pra que eu pudesse acompanhar Tanara no parto. Logo eles chegaram e eu fui me arrumar.
Quando entrei no quarto percebi Tanara com a cara de dor. Se eu pudesse sentiria tudo aquilo por ela. Dessa vez o parto da Tanara seria normal e eu sabia que não seria fácil. Me posicionei do seu lado, segurei sua mão e ela logo começou a fazer força. Ela apertava minha mão com tanta força que eu já não sentia mais meus dedos.
-Vai baixinha, força- falei e ela fez força apertando minha mão de novo.
-Tô vendo a cabeça- a DR. disse- Continua assim Tanara, força.
Tanara gritou e fez força mais uma vez, dessa vez apertou tanto minha mão que vi meus dedos ficarem roxos, logo ela soltou e eu olhei pra baixo onde vi a médica já com meu filho no colo, isso mesmo, era um menino.
-É o Brenão, amor- falei e Tanara sorriu.
-Trás ele, deixa eu ver- ela pediu- Deixa eu ver o Breno- sorriu pra mim sem nem contestar o nome.
Breno chorou bem pouquinho e assim que Tanara pegou ele, ele se acolheu em seu colo. Pedi pra chamarem meus pais e minha filha, que ficaram tão encantados com Breno quanto eu. Ele era linda mesmo e se parecia mais com Tanara.
2 meses depois....
- E então doutora?
-Sim, Breno é compatível- ela respondeu sorrindo e Tanara me abraçou.
A corrente que minhas fãs fizeram ajudou muito. Cerca de 500 pessoas fizeram o teste, mas ainda não tínhamos recebido nenhuma notícia positiva quanto a isso, e decidimos que veríamos se Breno poderia ser. Como eu suspeitei ele era, e aquilo só aumentou minha certeza, de que ele tinha vindo no momento certo.
Decidi com Tanara que faríamos a cirurgia, mesmo com o coração na mão por ele ser um bebê tão novinho, a médica nos incentivou e o processo foi ainda mais rápido do que quando foi com Tanara.
A cirurgia foi bem delicada, era dois filhos meus que estavam "em jogo". Meu coração estava apertado, o medo que eu sentia era enorme mas a fé que existia era maior ainda. Olhei a porta e ela se abriu em seguida:
-Terminamos, deu tudo certo- Olhei pra Tanara que começou a chorar e me abraçou. Senti um alívio enorme e comecei a agradecer a Deus por mais aquela benção. Eu sabia que ele não me abandonaria. Agora minha filha estava curada, e tudo seria diferente
Uma semana depois...
Pensei que o fato de ter mais um bebê em casa e Nicole estar curada amenizaria o estresse da Tanara, mas ela estava cada vez mais chata. Tudo era motivo pra brigar, ela falava coisas sem sentido inclusive que eu traía ela. Eu até tentava tratá-la com calma, mas já estava perdendo minha paciência, fazia o que eu podia pra estar com ela em casa, mas estava cheio de trabalhos e projetos diferentes que tomavam muito o meu tempo, mesmo assim me desdobrava pra fazer suas vontades e estar perto dos meus filhos mas ela não reconhecia isso.
Estava em casa depois de 4 dias intensos de shows, programas e ensaios de madrugada. Tudo que eu queria era curtir meus filhos e descansar mas Tanara não parava de falar besteira no pé do meu ouvido.
-Caralho, chega! Você sempre fala a mesma coisa, que eu não tenho tempo pra você, que eu não te trato bem, que eu sou grosso, que não sei mais o que. Tudo é motivo de brigas.
-Tá vendo, você só briga comigo.
-É impossível ficar calmo com você.
-Eu ando muito sobrecarregada, Nicole tá chamando atenção ainda mais por causa do Breno, tenho essa casa enorme pra cuidar, Breno começando com as crises de cólica e eu não tenho ninguém pra me ajudar.
-Eu já te falei pra contratar alguém pra te ajudar...
-E eu já falei que não confio em colocar gente estranha aqui em casa.
-E você quer que eu faço o que, Tanara?
-Como o quê? Quero que ao menos quando esteja em casa me ajude ficando com as crianças, que me dê atenção, que saía comigo como não tem feito a meses.
-Você tem que entender que eu trabalho e que isso me cansa muito. Eu te ajudo sim a ficar com as crianças, te dou atenção, mas sair é complicado. Quando estou em casa só quero descansar tenta entender.
-E eu? Não tenho descanso?
-Começou- virei de bruços na cama.
-Não vira as costas pra mim Luan.- continuei como estava- Pra você é muito fácil falar, você não sabe o que eu passo aqui sozinha. Você mudou.
-QUER SABER DE UMA COISA?- Me sentei na cama nervoso- VOCÊ NÃO FAZ NADA ALÉM DE CUIDAR DA PORRA DESSA CASA E DOS NOSSOS FILHOS. E AINDA FICA DE MIMIMI, SE TÁ PESADO CONTRATA ALGUÉM E PARA DE ENCHER MINHA CABEÇA COM ISSO.
-Você é um grosso! Só vive pra esse seu trabalho.
-EU NÃO QUERO MAIS DISCUTIR. DÁ PRA DEIXAR EU DORMIR? Boa noite.- me deitei na cama e apaguei o abajur do meu lado. Se ela quer brigar, que brigue sozinha. Sei que essas nossas brigas constantes estava esfriando cada vez mais nosso relacionamento, e mesmo assim ainda a amava intensamente, sabia que longe dela eu enlouqueceria, só que meu limite estava estourado e eu não tinha mais paciência pra ficar adulando ninguém.
Vocês são umas lindas.. Postando outro como prometi caso alcançasse os comentários.
Muita informação pra um capítulo só? Sim eu sei kkkk Breno nasceu, foi compatível com a irmã, salvou sua vida e quando pensamos que tudo fosse melhorar, Tanara e Luan começam a brigar... E agora? Muita gente acertou que Breno viria pra salvar a Nick ><
Música desse capítulo se chama PRA SER SINCERO do Israel e Rodolfo.
No próximo capítulo vamos dar um passo enorme. Agora faltam apenas 3 capítulos. Aguenta coração. Posto depois de 5 comentários.
PS: Comentários do cáp. anterior respondidos.
domingo, 7 de setembro de 2014
Capítulo 96
Luan ficou muito feliz com a notícia e disse que agora era o Brenão que estava a caminho. Quando contamos pros meus sogros sobre a minha segunda gravidez eles quiseram fazer um churrasco pra comemorar. No mesmo dia contamos pras fãs, produção e equipe do Luan.
Diferente da gravidez de Nicole, Luan não tinha tanto tempo, e não pôde ir comigo no meu primeiro pré-natal. Eu sei que ele sentiu por isso mas eu o tranquilizei dizendo que outras viriam e que ele poderia ir comigo. Apesar de tudo, sentia sua falta em casa, Nicole também sentia, ela era muito apegada ao pai. Seu tratamento continuava intenso e ela continuava respondendo bem, entretanto os efeitos colaterais eram cada vez piores, ela reclamava muito de enjôo e minha vontade era tirar aquelas dores dela e colocar em mim de novo.
Recebi a notícia de que o cabelo dela começara a cair, eu não entendi direito o porquê de depois de tantos anos ele começar a cair só agora, a médica disse que as vezes acontecia, e que ela pensou que o dela nem chegaria a cair. Nicole mesmo novinha, virou pra mim e pediu pra que eu raspasse sua cabeça.
-Não vai precisar viu filha?
-Mas eu quero mamãe, a tia Fernanda me disse que depois cresce.- olhei pra Dr. Fernanda e ela disse que era melhor, já que mais cedo ou mais tarde, Nicole ficaria careca mesmo.
Conversei com o Luan por telefone e ele chorou muito, perguntou se não tinha outro jeito e eu disse que não. Marcamos pra raspar a cabecinha dela no dia seguinte, Luan estaria em casa e poderia adular ela. Decidimos também que falaríamos pras suas fãs sobre a leucemia de Nicole, já que elas saberia de qualquer jeito quando a visse careca.
No dia seguinte, Luan chegou com a Van, que era responsável pelo seu cabelo, ela trazia a máquina nas mãos e eu senti um calafrio percorrer meu corpo. Nicole abraçou o pai com força e depois foi falar com a Van super educada como ela era. Não tínhamos comunicado pra ninguém sobre a decisão de raspar o cabelo da Nicole e nós sabíamos que aquilo traria um baque pra família.
Nick sentou na cadeira e ficou mexendo no celular do pai enquanto a Van cortava seu cabelo. Encostei minha cabeça no ombro do Luan e ele me abraçou tentando me passar força. Quando vi a máquina começar a raspar sua cabecinha não aguentei e comecei a chorar. Escondi meu rosto no peito do Luan e ele ficou alisando minhas costas.
-Terminei- Van falou e percebi que ela também se emocionara.
O olhos do Luan estavam vermelhos e eu o conhecia pra saber que ele segurava o choro. Olhei pra Nicole que se olhava no espelho um pouco triste:
-Mamãe eu fiquei feia?
-Não querida- levantei e me ajoelhei do lado da cadeira.
-Então por que você tá cholando?- ela colocou sua pequena mãozinha no meu rosto.
-Porque a mamãe não queria te ver passando por isso.- beijei seu rosto- Mas você é linda de qualquer jeito.
-Ocê é a menina mais linda do mundo inteiro- Luan se ajoelhou do meu lado e abraçou Nicole que sorriu apertando seu pescoço.
Colocamos Nicole pra dormir depois que a Van foi embora. Fui na cozinha lavar a louça e Luan ficou na sala.
-Amor, vem aqui na sala rapidinho.- ele me chamou
-Ah, não amor. Vem cá você.
-A distância é a mesma pros dois.- falou manhoso
-Mas minha perna é mais curtinha.- ele sorriu e veio em minha direção.- Que foi?
-Eu não sei o que escrevo
-Não precisa falar quando descobrimos, só fala o que ela tem, que hoje ela raspou a cabecinha pra não pegar as meninas de surpresa quando a vissem e pede pra elas rezarem por ela.- Luan me encarou e sentou na mesa de frente pra mim. Continuei lavando a louça. Volta e meia olhava ele concentrado no celular.
-Pronto, vem ler- ele me chamou e eu fui me sentando em seu colo pegando o celular de sua mão.
Ele escolheu uma foto dele com a Nicole quando ela tinha 1 ano, assim que descobrimos sobre a doença. e postou com a seguinte legenda:
-Não, não. Escolhe outro. Já pensou se tem algum homem lá? Aí vai te ver de biquíne, pode não!- ri dele e selei seus lábios de novo, mas logo se transformou em um beijo.
Ficamos vendo o que as meninas falavam, elas se diziam dividas, metade felizes pela vinda de mais um bebê, e triste pela Nicole,mesmo assim se diziam esperançosas como a gente e já criavam um projeto de doação de médula, o que me deixou bem animada.
Diferente da gravidez de Nicole, Luan não tinha tanto tempo, e não pôde ir comigo no meu primeiro pré-natal. Eu sei que ele sentiu por isso mas eu o tranquilizei dizendo que outras viriam e que ele poderia ir comigo. Apesar de tudo, sentia sua falta em casa, Nicole também sentia, ela era muito apegada ao pai. Seu tratamento continuava intenso e ela continuava respondendo bem, entretanto os efeitos colaterais eram cada vez piores, ela reclamava muito de enjôo e minha vontade era tirar aquelas dores dela e colocar em mim de novo.
Recebi a notícia de que o cabelo dela começara a cair, eu não entendi direito o porquê de depois de tantos anos ele começar a cair só agora, a médica disse que as vezes acontecia, e que ela pensou que o dela nem chegaria a cair. Nicole mesmo novinha, virou pra mim e pediu pra que eu raspasse sua cabeça.
-Não vai precisar viu filha?
-Mas eu quero mamãe, a tia Fernanda me disse que depois cresce.- olhei pra Dr. Fernanda e ela disse que era melhor, já que mais cedo ou mais tarde, Nicole ficaria careca mesmo.
Conversei com o Luan por telefone e ele chorou muito, perguntou se não tinha outro jeito e eu disse que não. Marcamos pra raspar a cabecinha dela no dia seguinte, Luan estaria em casa e poderia adular ela. Decidimos também que falaríamos pras suas fãs sobre a leucemia de Nicole, já que elas saberia de qualquer jeito quando a visse careca.
No dia seguinte, Luan chegou com a Van, que era responsável pelo seu cabelo, ela trazia a máquina nas mãos e eu senti um calafrio percorrer meu corpo. Nicole abraçou o pai com força e depois foi falar com a Van super educada como ela era. Não tínhamos comunicado pra ninguém sobre a decisão de raspar o cabelo da Nicole e nós sabíamos que aquilo traria um baque pra família.
Nick sentou na cadeira e ficou mexendo no celular do pai enquanto a Van cortava seu cabelo. Encostei minha cabeça no ombro do Luan e ele me abraçou tentando me passar força. Quando vi a máquina começar a raspar sua cabecinha não aguentei e comecei a chorar. Escondi meu rosto no peito do Luan e ele ficou alisando minhas costas.
-Terminei- Van falou e percebi que ela também se emocionara.
O olhos do Luan estavam vermelhos e eu o conhecia pra saber que ele segurava o choro. Olhei pra Nicole que se olhava no espelho um pouco triste:
-Mamãe eu fiquei feia?
-Não querida- levantei e me ajoelhei do lado da cadeira.
-Então por que você tá cholando?- ela colocou sua pequena mãozinha no meu rosto.
-Porque a mamãe não queria te ver passando por isso.- beijei seu rosto- Mas você é linda de qualquer jeito.
-Ocê é a menina mais linda do mundo inteiro- Luan se ajoelhou do meu lado e abraçou Nicole que sorriu apertando seu pescoço.
Colocamos Nicole pra dormir depois que a Van foi embora. Fui na cozinha lavar a louça e Luan ficou na sala.
-Amor, vem aqui na sala rapidinho.- ele me chamou
-Ah, não amor. Vem cá você.
-A distância é a mesma pros dois.- falou manhoso
-Mas minha perna é mais curtinha.- ele sorriu e veio em minha direção.- Que foi?
-Eu não sei o que escrevo
-Não precisa falar quando descobrimos, só fala o que ela tem, que hoje ela raspou a cabecinha pra não pegar as meninas de surpresa quando a vissem e pede pra elas rezarem por ela.- Luan me encarou e sentou na mesa de frente pra mim. Continuei lavando a louça. Volta e meia olhava ele concentrado no celular.
-Pronto, vem ler- ele me chamou e eu fui me sentando em seu colo pegando o celular de sua mão.
Ele escolheu uma foto dele com a Nicole quando ela tinha 1 ano, assim que descobrimos sobre a doença. e postou com a seguinte legenda:
Que o tempo passa rápido todos sabemos. Que ele também nos surpreende não é novidade nenhuma. E mesmo assim a gente tem o péssimo costume de só olhar pra certas coisas quando acontecem com a gente. Eu sempre fui um homem atento pra isso, fiz o que pude e jurei pra minha mãe, pelos meus avós, que quando tivesse condição ajudaria instituições com câncer, e hoje, passo por isso pela segunda vez, na verdade pela terceira. A maioria sabe que perdi meus avós com câncer, mas poucos sabem que Tanara teve Leucemia alguns anos atrás e que por obra de Deus eu tinha médula compatível e pude salvar sua vida.
Hoje estamos sofrendo com isso de novo, nossa pequena Nicole foi diagnosticada com LLA. Ela tem feito quimioterapia e hoje teve que raspar a cabecinha.
Vim aqui hoje contar tudo isso pra vocês, apenas pra pedir que orem por ela. Eu tenho fé que tudo vai dar certo assim como deu com a Tanara. E eu sei que posso contar com vocês nesse nosso momento, porque vocês estão comigo desde de sempre e sempre estarão. Amo vocês pra sempre.
Comecei a chorar já no meio do texto e Luan logo me abraçou. Depois que devolvi seu celular ele respirou fundo e me encarou.
-Vai dar tudo certo.
-Vai sim- falei o abraçando- Agora sim é eu, você, dois filhos e um cachorro- ri e ele concordou.
-Verdade. Eu te amo- selou meus lábios.
-Eu que amo você- alisei seu rosto.
-Sabe que eu beberia o oceano de canudinho por você né?
-Ah, e eu atravessaria o polo norte de biquíne por você.-Não, não. Escolhe outro. Já pensou se tem algum homem lá? Aí vai te ver de biquíne, pode não!- ri dele e selei seus lábios de novo, mas logo se transformou em um beijo.
Ficamos vendo o que as meninas falavam, elas se diziam dividas, metade felizes pela vinda de mais um bebê, e triste pela Nicole,mesmo assim se diziam esperançosas como a gente e já criavam um projeto de doação de médula, o que me deixou bem animada.
2 meses depois...
A campanha que as fãs do Luan fizeram estava indo muito bem., muitas viajaram até São Paulo pra fazer o teste, toda a equipe e até que não era fã também se disponibilizou e eu estava cada vez mais confiante. Por um lado feliz mas por outro meio incomodada, Luan tava distante, podia ser coisa da minha cabeça, efeitos da gravidez, mas era assim que eu via, quando ele podia voltar pra casa ele não voltava, se fosse antes e ele tivesse ao menos um tempinho livre, pra passar um dia que fosse com a gente, ele viajava não importa onde estivesse, agora parece que pra ele tanto fazia, e isso me deixava magoada. Além disso, o estresse de cuidar de casa, acompanhar Nicole no hospital, cuidar de cocô de cachorro e enjoos quase todo dia estava acabando comigo.
Fui ao mercado com Nicole fazer compras e como sempre, aquilo também me estressava mais que o normal. Tentava não descontar minha falta de paciência na Nicole, mas as vezes era difícil ainda mais que ela pedia tudo que via de besteira.
-Mamãe e isso aqui, compra- ela me mostrava o chocolate preferido dela.
-Espera Nicole deixa eu ver se acho outro desse- falei procurando um outro pacote de biscoito pra fazer pavê.
-Posso colocar no carrinho?- me virei pra ela nervosa e acabei esperando na prateleira derrubando um monte de pacote no chão.
-Tá vendo, não podia esperar?- gritei nervosa e me arrependi na mesma hora.
Um homem se abaixou ao meu lado e começou a me ajudar a pegar os biscoitos e colocar de volta na prateleira. Nicole colocou o chocolate onde tinha achado e ficou de cara emburrada. Assim que peguei o último biscoito o tal rapaz pegou junto e me encarou. Ele era moreno e tinha os olhos verdes. Me levantei sem jeito e arrumei meu cabelo:
-Muito obrigada.
-Que isso. Tchau princesa- ele pegou na bochecha da Nicole e saiu.
-Desculpa filha, pega lá o chocolate e pode colocar no carrinho- ela saiu saltitando pra pegar o chocolate de novo.
Eu tentava me controlar mas tava muito difícil, pensei que teria Luan do meu lado mas não estava sendo como eu esperava. Os pais dele sempre ficavam com a Nicole, Bruna também pegava ela pra sair as vezes, mas mesmo assim me sentia sobrecarregada, precisava de férias, precisava sair mais. Era isso que estava faltando.
Postando mais um pra vocês, foi um pouco triste né? Se tiver 5 capítulos posto hoje mesmo, já adianto que ele tá cheio de surpresa, o trem vai começar a esquentar.
PS: Comentários do capítulo anterior respondidos.
Postando mais um pra vocês, foi um pouco triste né? Se tiver 5 capítulos posto hoje mesmo, já adianto que ele tá cheio de surpresa, o trem vai começar a esquentar.
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
Capítulo 95
-E então?- Bruna perguntou curiosa.
-Acho que vou te dar outra sobrinha.- falei meio abismada e Bruna deu um pulo na cama vindo me abraçar. Em seguida tomou o teste da minha mão e olhou confirmando que sim, eu estava mesmo grávida.
-Carambaaaaaa, Luan vai pirar.- assenti e sentei na cama.- Que foi?
-Eu não sei.
-Não tá feliz?
-Tô, mas não queria agora. E tenho tanto medo.
-Não fica com medo, se Deus mandou um filho agora é porque ele sabe que vai fazer bem pra nossa família, vai nos deixar mais felizes do que já somos. Além disso, Nicole merece uma irmanzinha, ou irmazinho né?- sorriu.
-Você tem razão. Preciso avisar seu irmão- levantei pegando o celular mas ela segurou.
-Avisa pessoalmente. O show de hoje é em Barretos, não é longe.
-Mas tem a Nicole.
-Leva ela. Tadinha Tatáh, ela pede tanto. Me leva junto, eu cuido dela, a gente agasalha ela direitinho, não deixa ela em contato com a multidão, fica no palco quietinha. É só um dia, não pode fazer tanto mal assim- Bruna tentava me convencer mais eu ainda tinha um pé atrás- Não seja tão chata, ela merece. É uma boa aluna na escolinha, um doce de menina... Deixa vai.
-Tá bom, você venceu.
-Ebaaa, agora vamos pensar na surpresa do Luan.
-Como assim?
-Uai amiga, você não vai chegar do nada e falar "tô grávida", vamos planejar alguma coisa.- dei de ombros e Bruna começou a me dar algumas ideias, muito boas por sinal.
Cerca de duas horas depois estávamos viajando pra Barretos. Deixamos metade da surpresa pronta, que no caso seria só chegar, enfeitar o quarto e colocar na cama pra ele ver.
Nicole também estava bem animada, não parava de agradecer um segundo sequer por estarmos levando ela pra ver o show do pai. Eu fiquei feliz por ver minha pequena feliz também. Rober foi nos buscar no aeroporto e de lá até o hotel não era muito longe.
Quando chegamos no hotel nos deparamos com várias fãs, elas foram todas em cima da Nicole, poucas eram as fãs que conhecia ela pessoalmente. Todas a chamavam de princesa e ela amava ser tão mimada. Posou pra foto com as meninas e fazia caras e bocas,enfim, tava se achando a famosa. Eu e Bruna rimos dela e as meninas amaram minha filha, o que não era novidade pra mim, todo mundo amava ela.
Subimos pra ir pro quarto do Luan e ficamos esperando ele voltar da academia, faltava pouco pro show e minha surpresa seria depois.
Quando Luan abriu a porta e viu "as 3 mulheres da sua vida", como ele mesmo disse, ficou visivelmente feliz. Primeiro correu e abraçou a Nicole.
-Que bom te ver filha, ocê veio ver o show do papai?
-Foi- Nicole falou e ele olhou pra ela sorrindo.
-Foi? E você tá feliz?
-Muitão. Sabia que suas negas me amaram lá em baixo?
-Te amaram?- ele me olhou rindo.
-Aham- ela falou colocando o dedo na boca- Você não disse que elas te amavam e tiravam fotos com você? Então elas fizeram isso comigo.
-É porque cê é linda princesa- falou beijando ela de novo.- Que surpresa trazem minhas lindas aqui?- perguntou vindo me dar um selinho e indo abraçar a irmã depois.
-A gente só veio matar a saudade- falei e ele me olhou sorrindo.
-Que bom, porque eu tava pra morrer de saudade aqui também.
Luan pediu pra Rober ver um quarto pra Bruna e enquanto isso fomos nos arrumar. Nicole tava muito agitada, deu palpite até na roupa que queria usar, como ela mesma disse, tinha que estar linda. Vesti ela estilo cowgirls, vestido soltinho, sinto grosso e bota. Depois me vesti colocando um vestido tubinho preto e fui fazer minha maquiagem. Nicole pediu pra eu passar batom nela e assim eu fiz.
Horas depois fomos pro show, que estava lotado. Barretos é Barretos. E pensar que quando conheci Luan ele já sonhava com isso. Hoje já era seu sexto ano consecutivo dele. Ele estava provando que realmente, só quem sonha consegue alcançar.
Passei com Nicole no camarim da banda já que ela disse que tava com saudade deles. Ela abraçou todos e conversou com eles se achando adulta. Minutos depois levei ela pro camarim do pai. Ela disse que queria ver tudo. Sentei com ela no sofá e ajeitei seu vestido. Bruna sentou do lado e tirou uma foto com a sobrinha pra postar no instagram.
-Agora vai começar as entrevistas, tem que ficar quetinha- falei e Nicole assentiu.
Pra minha surpresa, e pra acabar com meu dia, a primeira pessoa a entrar foi Denise Severo. Ex peguete do Luan, que Deus e o mundo sabia. A mesmo que quase engoliu ele num beijo. Não sei porque ainda mandavam ela entrevistar ele, e não sei porque ela ainda topava. Eu não era de sentir ciúmes, mas estava me roendo por dentro. Bruna me olhou na mesma hora.
-Tudo bem?- Luan perguntou, muito simpático pro meu gosto.
-Quanto tempo- ela falou olhando a câmera.- Vamos aqui, olha tem umas coisinhas pra comer- passou por ele indo até a mesa pegando no braço dele, respirei fundo pra não mandar aquela piranha tirar a mão do meu marido- Cê come antes do show?
-Eu como, como uma saladinha, como um franguinho. Tô mei numa dieta agora.
-Tá na dieta?- além de burra é surda. Pensei sozinha.
-Tô na dieta. Só bebo água e frango o dia inteiro- Luan estava visivelmente incomodado, mal olhava pra ela e eu estava mais tranquila pelo menos em relação a isso.
-Por isso que você tá com esse corpo.. bem.
-Tô bem? Cê achou?- perguntou e ela assentiu- Cê que tá. Dá uma voltinha pra nóis- Me ajeitei no sofá e Bruna me segurou achando que eu fosse levantar. Olhei pra ela e falei que tava tudo bem, mas naquele momento queria matar o Luan também. Dá voltinha o caralho.
-Dá uma voltinha aí Luan, agora pras meninas.
-Eu, eu- Luan falou rodando bem rapidinho.
-Antes de começar a entrevista, tenho uma proposta pra te fazer. E não é essa de eu, você 2 filhos e um cachorro.
-Até porque ele é casado- me intrometi rindo como se estivesse brincando mas falando super sério, todos me olharam; Bruna começou a rir e Luan segurou o riso, Denise me olhou sem graça.
-Olha você tá com a esposa, tudo bom querida? Nem te vi.- falou na maior cara de pau.
-Tudo ótimo- sorri sendo falsa como ela.
-Ela veio me fazer uma surpresa hoje- Luan falou.
-Que legal, mas então, pra começar eu queria entrar num túnel do tempo contigo, relembrar um pouquinho do começo. Qual foi a primeira vez que tu cantou?
-Que eu cantei na minha vida?- ficou um pouco pensativo- Na verdade eu canto desde que eu nasci né? Desde os 3 anos de idade. Profissionalmente eu comecei a cantar com 14 anos. Com 14 anos eu já estava ganhando dinheiro com a minha voz. 14 pra 15 anos. A Tatáh acompanhou tudinho comigo né, gatinha?- me olhou percebendo que eu estava meio brava.
-Sempre então quis ser cantor?- perguntou pra ele sem nem me olhar pra ver minha resposta.
-Sempre, sempre quis. Lógico que no começo a gente encontra muitas dificuldades, a gente começa fazendo show pequenos, em lugares pequenos, mas eu acho que o legal é isso, é você dá valor conforme você vai conquistando as coisas, os fãs que tão te acompanhando desde o começo, isso é muito importante pra qualquer artista.
-E quem foi teu anjo da guarda? Não vale a esposa- falou rindo e eu olhei pra Bruna fazenda careta, ela riu e pediu pra eu ficar calma.
-Ela sem dúvida foi também um anjo pra mim. Ela, meus pais, minha irmã- apontou pro sofá e Bruna riu arrumando o cabelo sem jeito.
-Eu sei que é antiga, mas eu amo aquela música que gravou com Enrique Inglesias, Bailando.
-Foi, Bailando. A gente viajou pra Cuba pra gravar o clipe, foi um convite que eu recebi da gravadora do Enrique que é a Universal, e eu fiquei muito feliz, é um artista reconhecido mundialmente, um dos maiores sucessos que a gente tem no mundo, e fazer um dueto com ele foi muito bom realmente, e a galera curte até hoje.
-Você sabe bailar?- Luan ficou pensativo.
-Eu posso tentar, cê me ensina?- É o que? Luan falou mesmo aquilo? Ah mais eu vou cortar o Luan Jr. fora.
-Vamos, vamos fazer.
Cruzei os braços e Luan segurou na cintura dela começando a dançar com aquela mocreia. Não demorou muito porque ele logo percebeu minha cara feia pra ele. Depois daquilo ela fez uma enquete musical com ele e eu fiquei pedindo em pensamento para aquela entrevista acabar de uma vez.
-Última pergunta pode ser?- me olhou sorrindo e eu ignorei ela completamente- Como tá a vida de casado?
-Maravilhosa, minha esposa é linda, uma mãe exemplar. Ela tá aqui hoje, veio me fazer essa surpresa, trouxe minha filha linda, e veio aí, sem falar nada pra mim.
-Ela queria ver se tu tava aprontando- falou rindo.
-Não, eu não apronto, ela sabe, eu amo demais a Tatáh, não preciso de mais nada. Tenho ela e minha filha, sou o cara mais feliz do mundo- sorri com vontade de falar, " toma essa sua trouxa"
-Tá certo, vi que sua princesa veio hoje também. Ele é um papai legal?- perguntou pra Nicole que fez que sim com a cabeça e gritou "o melhor" fazendo todos rirem.- Eu tô aí na luta procurando um namorado- Falou rindo e Luan coçou a nuca sem jeito- Tu podia me apresentar uns amigos.- cutucou Luan que sorriu sem jeito.
-Depois te apresento.Obrigado gente, obrigado pelo carinho de sempre- falou logo dando fim aquela entrevista, que eu já não aguentava mais.
-Obrigada Luan.
-Obrigada Denise- olhou pra ela e se despediu dando um beijo no rosto dela. Ela logo saiu rebolando se achando a gostosa.
- PUTA, RAPARIGA.- Falei nervosa levantando do sofá e todo mundo me olhou assustado- Você não vale nada- dei um tapa no Luan que segurou meu pulso e começou a rir.
-Eu não tenho culpa.
-Mas pediu pra ela te ensinar a bailar, vou contar seu pinto fora.
-Oiê, a Nicole tá aqui- Bruna falou rindo e eu respirei fundo. Que ódio que eu tinha de menina oferecida. E pensar que deve entrar várias assim no camarim dele.
-Amorzinho eu falei super bem de você, não fica brava- me abraçou por trás - Liga pra essas coisas não, cê sabe que eu te amo.- Fiquei calada- Amor?
-Hum?
-Você fica linda com ciúmes, sabia?
-Hum.
-Dá vontade de te morder- falou mordendo minha orelha mas eu desviei.
-Hum.
-Só vai fala isso??
-Vai lá com a Denise, quem sabe ela fala mais coisas.
-Eu só quero você, boba.
-Hum. Vai ter troco- falei e ele riu beijando meu pescoço, acabei amolecendo nos seus braços.
O show foi um sucesso, Nicole cantou todas as músicas, claro, do jeitinho dela. Na hora de Garotas não merecem chorar, invés de chamar alguma criança da platéia, Luan pegou Nicole e levou pro palco. Sentou no chão e deu o microfone pra ela, que além de cantar também dançava. As fãs babaram nela e no sorriso do Luan de pai babão. Tirei várias fotos, foi a coisa mais linda que eu já vi.
Algumas horas depois voltamos pro hotel, agora eu estava apreensiva, tava perto da hora do Luan descobrir que seria pai de outra criança e eu tava louca pra ver a reação dele. Descemos da van e Bruna pegou Nicole falando que ela ia dormir com a tia naquela noite. Nicole não reclamou,e do jeito que estava cansadinha nem daria trabalho pra Bruna, logo dormiria.
Deixei Luan abrir a porta do quarto e entrar primeiro. Assim que ele viu a cama cheia de pétalas de rosas formando um coração olhou pra mim sorrindo. Fechei a porta e fui até ele que já estava com o envelope na mão, envelope esse que antes estava bem no meio do coração.
-Lê em voz alta.- falei e ele abriu.
-Hoje eu acordei muito mais cedo do que o costume, e olha que eu gosto muito de ficar dormindo, aqui onde estou é bem pequeno e confortável... e isso me dá um soninho...- eu já entenderia a mensagem ali,mas como Luan era lerdo não tinha assimilado nada ainda- Eu fico quietinho o dia todo, nem dou trabalho, nem sei como a mamãe desconfiou...- Luan me olhou ainda sem entender- Que isso amor?
-Continua..
-Então, ela levantou, pegou um pote e ficou tentando fazer xixi dentro dele. Papai, porque a mamãe não usou o vaso como faz todos os dias?- Luan me olhou de novo, e continuou com aquela cara de que não tava entendendo nada- A Nicole que escreveu isso?
-Ai Luan, larga de ser lerdo. A Nicole sabe escrever?
-Então quem escreveu isso?
-Continua lendo, amor.
-Bom, depois disso ela colocou lá duas fitinhas, tirou, colocou essas fitinhas em cima da pia e ficou se olhando no espelho. Com ela parada daquele jeito o soninho veio outra vez, e quando eu estava quase dormindo o coração dela começou a bater muito forte. Acho que agora eu sei o que aconteceu. Ela me descobriu. E agora eu falo pra você, papai, A Mamãe está grávida de mim.- Luan me olhou pasmo, acho que agora sim, ele tinha entendido- Não acredito- falou com os olhos começando a marejar.- Isso.. isso é sério?
-Até que enfim- abracei ele que me apertou com força.
-Amor, você tá grávida?- segurou meu rosto em suas mãos e eu assenti super animada com sua reação.- Eu, eu te amo- me deu um selinho- Obrigado- me deu outro selinho- Eu te amo- mais um selinho- Muito.
-Eu também te amo, agora terminar de ler.
-Cê quer me ver chorando né?- sorriu e sentou na cama, eu sentei do lado dele.- Papai, tome conta da mamãe, cuida bem das frescuras dela, tenho até pena de você papaizinho. Mas olha, logo logo estarei aí pra te ajudar, espero que você fique muito feliz com a minha chegada, te prometo que faremos muitas coisas boas juntos, quero aprender muito com o grande homem que você é- sua voz já estava meio embargada e eu comecei a chorar também- Sei que você será o meu herói, na verdade, você já é. Tô chegando, papai. Me aguarde. Seu bebê.- Luan me olhou e pude perceber as lágrimas escorrendo pelo seu lindo rostinho, abri minha bolsa e tirei o teste feito mais cedo pra mostrar pra ele, que pegou da minha mão e me deu um outro abraço.- Eu tô muito feliz.
-Eu também.- sorri alisando seu rosto limpando suas lágrimas.
-Obrigado.
-Eu que tenho que agradecer, você mudou minha vida.
-E você mudou a minha.
Ficamos nos curtindo o resto da noite, comemorando aquela notícia, aquela nova vida, mal sabia eu, que tudo seria diferente dessa vez.
Ebaaa mais um filho. Agora sim rapais, dois filhos e um cachorro, na verdade cadela né? kkkkks O que acharam? Muitas pessoas tão achando que ele pode salvar a Nick? Será? Me digam? Estão gostando? Faltam 5 capítulos pra acabar :(
Posto mais depois de 5 comentários..
Ps: Comentários do cáp. anterior respondidos.
-Acho que vou te dar outra sobrinha.- falei meio abismada e Bruna deu um pulo na cama vindo me abraçar. Em seguida tomou o teste da minha mão e olhou confirmando que sim, eu estava mesmo grávida.
-Carambaaaaaa, Luan vai pirar.- assenti e sentei na cama.- Que foi?
-Eu não sei.
-Não tá feliz?
-Tô, mas não queria agora. E tenho tanto medo.
-Não fica com medo, se Deus mandou um filho agora é porque ele sabe que vai fazer bem pra nossa família, vai nos deixar mais felizes do que já somos. Além disso, Nicole merece uma irmanzinha, ou irmazinho né?- sorriu.
-Você tem razão. Preciso avisar seu irmão- levantei pegando o celular mas ela segurou.
-Avisa pessoalmente. O show de hoje é em Barretos, não é longe.
-Mas tem a Nicole.
-Leva ela. Tadinha Tatáh, ela pede tanto. Me leva junto, eu cuido dela, a gente agasalha ela direitinho, não deixa ela em contato com a multidão, fica no palco quietinha. É só um dia, não pode fazer tanto mal assim- Bruna tentava me convencer mais eu ainda tinha um pé atrás- Não seja tão chata, ela merece. É uma boa aluna na escolinha, um doce de menina... Deixa vai.
-Tá bom, você venceu.
-Ebaaa, agora vamos pensar na surpresa do Luan.
-Como assim?
-Uai amiga, você não vai chegar do nada e falar "tô grávida", vamos planejar alguma coisa.- dei de ombros e Bruna começou a me dar algumas ideias, muito boas por sinal.
Cerca de duas horas depois estávamos viajando pra Barretos. Deixamos metade da surpresa pronta, que no caso seria só chegar, enfeitar o quarto e colocar na cama pra ele ver.
Nicole também estava bem animada, não parava de agradecer um segundo sequer por estarmos levando ela pra ver o show do pai. Eu fiquei feliz por ver minha pequena feliz também. Rober foi nos buscar no aeroporto e de lá até o hotel não era muito longe.
Quando chegamos no hotel nos deparamos com várias fãs, elas foram todas em cima da Nicole, poucas eram as fãs que conhecia ela pessoalmente. Todas a chamavam de princesa e ela amava ser tão mimada. Posou pra foto com as meninas e fazia caras e bocas,enfim, tava se achando a famosa. Eu e Bruna rimos dela e as meninas amaram minha filha, o que não era novidade pra mim, todo mundo amava ela.
Subimos pra ir pro quarto do Luan e ficamos esperando ele voltar da academia, faltava pouco pro show e minha surpresa seria depois.
Quando Luan abriu a porta e viu "as 3 mulheres da sua vida", como ele mesmo disse, ficou visivelmente feliz. Primeiro correu e abraçou a Nicole.
-Que bom te ver filha, ocê veio ver o show do papai?
-Foi- Nicole falou e ele olhou pra ela sorrindo.
-Foi? E você tá feliz?
-Muitão. Sabia que suas negas me amaram lá em baixo?
-Te amaram?- ele me olhou rindo.
-Aham- ela falou colocando o dedo na boca- Você não disse que elas te amavam e tiravam fotos com você? Então elas fizeram isso comigo.
-É porque cê é linda princesa- falou beijando ela de novo.- Que surpresa trazem minhas lindas aqui?- perguntou vindo me dar um selinho e indo abraçar a irmã depois.
-A gente só veio matar a saudade- falei e ele me olhou sorrindo.
-Que bom, porque eu tava pra morrer de saudade aqui também.
Luan pediu pra Rober ver um quarto pra Bruna e enquanto isso fomos nos arrumar. Nicole tava muito agitada, deu palpite até na roupa que queria usar, como ela mesma disse, tinha que estar linda. Vesti ela estilo cowgirls, vestido soltinho, sinto grosso e bota. Depois me vesti colocando um vestido tubinho preto e fui fazer minha maquiagem. Nicole pediu pra eu passar batom nela e assim eu fiz.
Horas depois fomos pro show, que estava lotado. Barretos é Barretos. E pensar que quando conheci Luan ele já sonhava com isso. Hoje já era seu sexto ano consecutivo dele. Ele estava provando que realmente, só quem sonha consegue alcançar.
Passei com Nicole no camarim da banda já que ela disse que tava com saudade deles. Ela abraçou todos e conversou com eles se achando adulta. Minutos depois levei ela pro camarim do pai. Ela disse que queria ver tudo. Sentei com ela no sofá e ajeitei seu vestido. Bruna sentou do lado e tirou uma foto com a sobrinha pra postar no instagram.
-Agora vai começar as entrevistas, tem que ficar quetinha- falei e Nicole assentiu.
Pra minha surpresa, e pra acabar com meu dia, a primeira pessoa a entrar foi Denise Severo. Ex peguete do Luan, que Deus e o mundo sabia. A mesmo que quase engoliu ele num beijo. Não sei porque ainda mandavam ela entrevistar ele, e não sei porque ela ainda topava. Eu não era de sentir ciúmes, mas estava me roendo por dentro. Bruna me olhou na mesma hora.
-Tudo bem?- Luan perguntou, muito simpático pro meu gosto.
-Quanto tempo- ela falou olhando a câmera.- Vamos aqui, olha tem umas coisinhas pra comer- passou por ele indo até a mesa pegando no braço dele, respirei fundo pra não mandar aquela piranha tirar a mão do meu marido- Cê come antes do show?
-Eu como, como uma saladinha, como um franguinho. Tô mei numa dieta agora.
-Tá na dieta?- além de burra é surda. Pensei sozinha.
-Tô na dieta. Só bebo água e frango o dia inteiro- Luan estava visivelmente incomodado, mal olhava pra ela e eu estava mais tranquila pelo menos em relação a isso.
-Por isso que você tá com esse corpo.. bem.
-Tô bem? Cê achou?- perguntou e ela assentiu- Cê que tá. Dá uma voltinha pra nóis- Me ajeitei no sofá e Bruna me segurou achando que eu fosse levantar. Olhei pra ela e falei que tava tudo bem, mas naquele momento queria matar o Luan também. Dá voltinha o caralho.
-Dá uma voltinha aí Luan, agora pras meninas.
-Eu, eu- Luan falou rodando bem rapidinho.
-Antes de começar a entrevista, tenho uma proposta pra te fazer. E não é essa de eu, você 2 filhos e um cachorro.
-Até porque ele é casado- me intrometi rindo como se estivesse brincando mas falando super sério, todos me olharam; Bruna começou a rir e Luan segurou o riso, Denise me olhou sem graça.
-Olha você tá com a esposa, tudo bom querida? Nem te vi.- falou na maior cara de pau.
-Tudo ótimo- sorri sendo falsa como ela.
-Ela veio me fazer uma surpresa hoje- Luan falou.
-Que legal, mas então, pra começar eu queria entrar num túnel do tempo contigo, relembrar um pouquinho do começo. Qual foi a primeira vez que tu cantou?
-Que eu cantei na minha vida?- ficou um pouco pensativo- Na verdade eu canto desde que eu nasci né? Desde os 3 anos de idade. Profissionalmente eu comecei a cantar com 14 anos. Com 14 anos eu já estava ganhando dinheiro com a minha voz. 14 pra 15 anos. A Tatáh acompanhou tudinho comigo né, gatinha?- me olhou percebendo que eu estava meio brava.
-Sempre então quis ser cantor?- perguntou pra ele sem nem me olhar pra ver minha resposta.
-Sempre, sempre quis. Lógico que no começo a gente encontra muitas dificuldades, a gente começa fazendo show pequenos, em lugares pequenos, mas eu acho que o legal é isso, é você dá valor conforme você vai conquistando as coisas, os fãs que tão te acompanhando desde o começo, isso é muito importante pra qualquer artista.
-E quem foi teu anjo da guarda? Não vale a esposa- falou rindo e eu olhei pra Bruna fazenda careta, ela riu e pediu pra eu ficar calma.
-Ela sem dúvida foi também um anjo pra mim. Ela, meus pais, minha irmã- apontou pro sofá e Bruna riu arrumando o cabelo sem jeito.
-Eu sei que é antiga, mas eu amo aquela música que gravou com Enrique Inglesias, Bailando.
-Foi, Bailando. A gente viajou pra Cuba pra gravar o clipe, foi um convite que eu recebi da gravadora do Enrique que é a Universal, e eu fiquei muito feliz, é um artista reconhecido mundialmente, um dos maiores sucessos que a gente tem no mundo, e fazer um dueto com ele foi muito bom realmente, e a galera curte até hoje.
-Você sabe bailar?- Luan ficou pensativo.
-Eu posso tentar, cê me ensina?- É o que? Luan falou mesmo aquilo? Ah mais eu vou cortar o Luan Jr. fora.
-Vamos, vamos fazer.
Cruzei os braços e Luan segurou na cintura dela começando a dançar com aquela mocreia. Não demorou muito porque ele logo percebeu minha cara feia pra ele. Depois daquilo ela fez uma enquete musical com ele e eu fiquei pedindo em pensamento para aquela entrevista acabar de uma vez.
-Última pergunta pode ser?- me olhou sorrindo e eu ignorei ela completamente- Como tá a vida de casado?
-Maravilhosa, minha esposa é linda, uma mãe exemplar. Ela tá aqui hoje, veio me fazer essa surpresa, trouxe minha filha linda, e veio aí, sem falar nada pra mim.
-Ela queria ver se tu tava aprontando- falou rindo.
-Não, eu não apronto, ela sabe, eu amo demais a Tatáh, não preciso de mais nada. Tenho ela e minha filha, sou o cara mais feliz do mundo- sorri com vontade de falar, " toma essa sua trouxa"
-Tá certo, vi que sua princesa veio hoje também. Ele é um papai legal?- perguntou pra Nicole que fez que sim com a cabeça e gritou "o melhor" fazendo todos rirem.- Eu tô aí na luta procurando um namorado- Falou rindo e Luan coçou a nuca sem jeito- Tu podia me apresentar uns amigos.- cutucou Luan que sorriu sem jeito.
-Depois te apresento.Obrigado gente, obrigado pelo carinho de sempre- falou logo dando fim aquela entrevista, que eu já não aguentava mais.
-Obrigada Luan.
-Obrigada Denise- olhou pra ela e se despediu dando um beijo no rosto dela. Ela logo saiu rebolando se achando a gostosa.
- PUTA, RAPARIGA.- Falei nervosa levantando do sofá e todo mundo me olhou assustado- Você não vale nada- dei um tapa no Luan que segurou meu pulso e começou a rir.
-Eu não tenho culpa.
-Mas pediu pra ela te ensinar a bailar, vou contar seu pinto fora.
-Oiê, a Nicole tá aqui- Bruna falou rindo e eu respirei fundo. Que ódio que eu tinha de menina oferecida. E pensar que deve entrar várias assim no camarim dele.
-Amorzinho eu falei super bem de você, não fica brava- me abraçou por trás - Liga pra essas coisas não, cê sabe que eu te amo.- Fiquei calada- Amor?
-Hum?
-Você fica linda com ciúmes, sabia?
-Hum.
-Dá vontade de te morder- falou mordendo minha orelha mas eu desviei.
-Hum.
-Só vai fala isso??
-Vai lá com a Denise, quem sabe ela fala mais coisas.
-Eu só quero você, boba.
-Hum. Vai ter troco- falei e ele riu beijando meu pescoço, acabei amolecendo nos seus braços.
O show foi um sucesso, Nicole cantou todas as músicas, claro, do jeitinho dela. Na hora de Garotas não merecem chorar, invés de chamar alguma criança da platéia, Luan pegou Nicole e levou pro palco. Sentou no chão e deu o microfone pra ela, que além de cantar também dançava. As fãs babaram nela e no sorriso do Luan de pai babão. Tirei várias fotos, foi a coisa mais linda que eu já vi.
Algumas horas depois voltamos pro hotel, agora eu estava apreensiva, tava perto da hora do Luan descobrir que seria pai de outra criança e eu tava louca pra ver a reação dele. Descemos da van e Bruna pegou Nicole falando que ela ia dormir com a tia naquela noite. Nicole não reclamou,e do jeito que estava cansadinha nem daria trabalho pra Bruna, logo dormiria.
Deixei Luan abrir a porta do quarto e entrar primeiro. Assim que ele viu a cama cheia de pétalas de rosas formando um coração olhou pra mim sorrindo. Fechei a porta e fui até ele que já estava com o envelope na mão, envelope esse que antes estava bem no meio do coração.
-Lê em voz alta.- falei e ele abriu.
-Hoje eu acordei muito mais cedo do que o costume, e olha que eu gosto muito de ficar dormindo, aqui onde estou é bem pequeno e confortável... e isso me dá um soninho...- eu já entenderia a mensagem ali,mas como Luan era lerdo não tinha assimilado nada ainda- Eu fico quietinho o dia todo, nem dou trabalho, nem sei como a mamãe desconfiou...- Luan me olhou ainda sem entender- Que isso amor?
-Continua..
-Então, ela levantou, pegou um pote e ficou tentando fazer xixi dentro dele. Papai, porque a mamãe não usou o vaso como faz todos os dias?- Luan me olhou de novo, e continuou com aquela cara de que não tava entendendo nada- A Nicole que escreveu isso?
-Ai Luan, larga de ser lerdo. A Nicole sabe escrever?
-Então quem escreveu isso?
-Continua lendo, amor.
-Bom, depois disso ela colocou lá duas fitinhas, tirou, colocou essas fitinhas em cima da pia e ficou se olhando no espelho. Com ela parada daquele jeito o soninho veio outra vez, e quando eu estava quase dormindo o coração dela começou a bater muito forte. Acho que agora eu sei o que aconteceu. Ela me descobriu. E agora eu falo pra você, papai, A Mamãe está grávida de mim.- Luan me olhou pasmo, acho que agora sim, ele tinha entendido- Não acredito- falou com os olhos começando a marejar.- Isso.. isso é sério?
-Até que enfim- abracei ele que me apertou com força.
-Amor, você tá grávida?- segurou meu rosto em suas mãos e eu assenti super animada com sua reação.- Eu, eu te amo- me deu um selinho- Obrigado- me deu outro selinho- Eu te amo- mais um selinho- Muito.
-Eu também te amo, agora terminar de ler.
-Cê quer me ver chorando né?- sorriu e sentou na cama, eu sentei do lado dele.- Papai, tome conta da mamãe, cuida bem das frescuras dela, tenho até pena de você papaizinho. Mas olha, logo logo estarei aí pra te ajudar, espero que você fique muito feliz com a minha chegada, te prometo que faremos muitas coisas boas juntos, quero aprender muito com o grande homem que você é- sua voz já estava meio embargada e eu comecei a chorar também- Sei que você será o meu herói, na verdade, você já é. Tô chegando, papai. Me aguarde. Seu bebê.- Luan me olhou e pude perceber as lágrimas escorrendo pelo seu lindo rostinho, abri minha bolsa e tirei o teste feito mais cedo pra mostrar pra ele, que pegou da minha mão e me deu um outro abraço.- Eu tô muito feliz.
-Eu também.- sorri alisando seu rosto limpando suas lágrimas.
-Obrigado.
-Eu que tenho que agradecer, você mudou minha vida.
-E você mudou a minha.
Ficamos nos curtindo o resto da noite, comemorando aquela notícia, aquela nova vida, mal sabia eu, que tudo seria diferente dessa vez.
Ebaaa mais um filho. Agora sim rapais, dois filhos e um cachorro, na verdade cadela né? kkkkks O que acharam? Muitas pessoas tão achando que ele pode salvar a Nick? Será? Me digam? Estão gostando? Faltam 5 capítulos pra acabar :(
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quinta-feira, 4 de setembro de 2014
Capítulo 94
5 anos depois...
Os anos foram passando. Nicole continuava com o tratamento e ninguém da família tinha médula compatível. Por outro lado ela respondia bem as quimioterapias, apesar de estar sempre fraquinha. Só então eu entendi mesmo o quanto era complicado aquela doença. Mesmo já tendo passado por isso, comigo tinha sido bem mais tranquilo, meu doador "apareceu" rápido e eu consegui o que poucos conseguem.
Eu e Luan procuramos não nos abalar, Nicole crescia linda e estava cada vez mais esperta. Na escola era sempre elogiada e nem precisava que eu chamasse sua atenção pra fazer os deveres da aula. E era assim, gradual, um passo de cada vez, tudo se ajeitando devagar. Eu tinha fé que nada poderia dar errado.
Luan não vinha pra casa a quase um mês, eu já estava acostumada, mas pra Nicole era horrível, ela era muito apegada ao pai e chorava de noite pedindo pra vê-lo. Ficava difícil pra mim levar ela nos shows. Como ela tinha a imunidade baixa a gente evitava locais com muita gente, principalmente shows. Então ela nunca tinha ido num show do pai, e sempre chorava pedindo pra ir.
Era sexta e Nicole estava bem animada pois o pai estava vindo pra casa. Luan tinha conseguido uma folga e deu a ideia de passarmos o final de semana na sua chácara. Arrumei nossas coisas enquanto esperávamos por ele que chegou minutos depois. Nick correu e pulou em seu colo. Ele veio me cumprimentar com ela grudada em seu pescoço, me deu um selinho e depois sentou-se no sofá com ela.
-Cê tá pesada ein mocinha- ele falou fazendo cosquinhas nela que ria sem parar.
-Tô nada- colocou o rosto em seu pescoço.- Papai, a mamãe fez seu prato preferido.
-Ah é?- ele me olhou sorrindo- É porque a sua mamãe é linda.- piscou pra mim me chamando pra sentar com ele e eu fui.
-Tenho uma coisa pra você.
-O quê?
-Vou buscar- desceu do colo dele e subiu as escadas as pressas atrás do presente que tínhamos comprado pra ele mais cedo.
-Não corre na escada, filha- falei e ele me olhou pegando em minha perna.
-Cê nem me deu um beijo direito- falou dengoso.
-Você que não deu- fiz biquinho e ele colocou sua mão em minha nuca.
-Bora acertar isso agora rapaiz- se aproximou me beijando enquanto suas mãos deslisavam pelo meu corpo. Nos afastamos quando ouvimos Nicole descendo as escadas morrendo de rir.
-Eca- ela falou dando os braços pro Luan pegar ela.
-Isso mesmo filha, cê tem que achar nojento- falou e eu comecei a rir- Deixa eu ver esse presente aê- pegou da mão dela e abriu. Era uma blusa azul marinho, tinha um tubarão na parte da frente de boca aberta. Luan amou a blusa e disse que vestiria mais tarde.
-Vamos almoçar? - chamei eles que me seguiram até a sala de jantar.
Depois do almoço fui arrumar as coisas do Luan que não tinha arrumado ainda. Enquanto isso ele ficou brincando com Nicole e Demétria no quintal. Dava pra ouvir a risada dos dois, certamente da bagunça que Demétria fazia.
Quando terminei desci e fiquei ali brincando com eles também. A tarde foi resumida em brincadeiras, piscina e besteira. Era bom estar em família depois de tanto tempo.
Perto de anoitecer fomos colocar as coisas no carro pra ir pra chácara. Os pais de Luan, junto com a Bruna e o Rodrigo que engataram mesmo num romance, já estavam a caminho.
-Mamãe senta aqui atrás comigo- Nicole pediu manhosa e eu olhei pro Luan.
-Vai deixar o papai ir sozinho na frente? - Luan fez voz manhosa também.
-É que a mamãe tem o melhor colo do mundo e eu quero dormir.
-Vou deixar só poque concordo com você. O colo da sua mãe é ótimo. O colo, a perna, a bun..
-Tá, muito obrigada pelos elogios agora vamos entrando- olhei pro Luan séria que ria por eu ter cortado o que ele iria dizer.
Me ajeitei no banco e Nicole abraçou minhas pernas caindo num sono profundo durante todo o caminho até a chácara. Eu e Luan fomos conversando sobre seus shows, as novidades, os projetos entre outras coisas. Depois de tantos anos nosso relacionamento ainda era sólido, apesar de algumas coisas terem mudado um pouco, acredito que como acontece com todo casal.
Peguei meu celular e postei uma foto nossa, já que fazia tempo que eu não postava, e já que as fãs pediam sempre.
Chegamos na chácara por volta das 8 horas da noite, Nicole acordou animada, ela gostava daquele lugar mais do que todo mundo junto. Demétria também estava animada e já saiu correndo pra implicar com o Puff, eles sempre se estranharam. O tempo ali era agradável.
-Essa brisa fria ein- Luan cochichou em meu ouvido- Ótima pra dormir agarradinho.
-Verdade- sorri pra ele- Mas tá meio frio pra Nick, dá seu casaco pra ela, os delas tão bem no fundo da mala.- ele assentiu e tirou seu casaco colocando sobre ela que se assustou fazendo a gente sorrir, logo ela olhou pra cima sorrindo pra nós dois também.
Entramos na casa e todos já estavam ali sentados tomando um vinho. Cumprimentei um a um e Luan fez o mesmo sem sair do meu lado. Nos sentamos e seu Amarildo serviu nós dois. Um vinho de vez em quando eu tomava. Nicole correu pro colo da avó e de lá não saiu mais, ela era muito apegada na Marizete.
Ficamos conversando ali por um tempo, depois fui ajudar minha sogra a fazer uma janta, no caso um lanche pra ser mais rápido já que todos reclamavam de fome. Eu fiz uma torta salgada e Marizete uma pizza de peixe e uma farofa de banana, coisa que Luan amava muito.
Jantamos em um clima descontraído, Luan e Rodrigo conversavam civilizadamente e nem parecia que um dia chegaram a se estranharem.
-Caramba mãe, já falei que amo essa pizza e essa farofa?- Luan passou a mão na barriga.
-Já- Marizete respondeu rindo.
-Obrigada por elogiar minha torta- reclamei fazendo bico e ele me abraçou.
-Sua torta também tava uma delícia, não seja modesta, você sabe.- continuei fingindo que tava brava e ele me deu um beijo na bochecha.
-Mamãe quero mais- Nicole me deu seu prato.
-Quer mais torta?- perguntei animada, crente que ao menos ela era viciada na minha torta.
-Não, pizza- fiz careta e todo mundo riu.
-Tá, eu assumo que sua pizza é melhor- falei sorrindo e todos riram juntos.
Depois do jantar cada um foi pro seu quarto. Luan foi colocar Nick pra dormir e eu fui tomar um banho. Quando saí do banheiro ele já estava na cama, deitado de barriga pra cima, com a cabeça apoiada nos dois braços.
Virei de costas pra ele e olhei meu celular, respondi as mensagens que me mandaram e mesmo de costas sabia que ele estava me olhando.
-Apaga a luz e vem- Luan começou a cantar e eu olhei rindo pra ele- Vem se deitar, meu bem. Já pega o cobertor, pra me cobrir de amor.- continuou cantando e eu travei meu celular indo em sua direção. Sentei de frente pra ele em suas pernas e abri o cobertor. Dentei sobre o seu corpo e puxei o cobertor cobrindo nós dois, inclusive nossas cabeças.
-Continua..- falei mordendo sua boca e senti suas mãos apertarem minhas nádegas.
-Não lembro mais onde eu tava.
-Então deixa isso de lado.- beijei sua boca vorazmente e ele começou a passar suas mãos ágeis por todo meu corpo.
-Que saudade que eu tava de te tocar.- falou ofegante enquanto eu beijava seu pescoço.
-Então aproveita porque hoje eu sou toda sua.- sussurrei em seu ouvido com a voz mais sexy possível e mordi o lóbulo de sua orelha sentindo ele se arrepiando embaixo de mim, totalmente entregue aos meus desejos.
Uma semana depois...
Luan novamente saiu em turnê e Nicole insistiu pra irmos junto com ele pelo menos um final de semana. Eu queria atender o desejo dela, mas sua integridade física era mais importante, e eu não podia levá-la num show dele expostas a tantas bactérias. Além disso, eu estava muito ruim do estômago, andava muito enjoada e com fortes dores de cabeça, só queria ficar deitada. Bruna foi me ajudar com Nicole, pois eu fiquei com medo de passar a minha virose pra ela.
-Não quer ir no médico? Faz 3 dias que você tá assim.
-É só uma virose Bru, tô tomando os remédios e logo passa.
-Falar em remédio preciso de Buscopan, você tem?
-Tenho. Tá com cólica?
-Sim- ela fez careta e eu apontei pra bolsinha onde ficava os remédios.- Fico me perguntando, por que tinha que ser nós, mulheres a menstruar? Não podia ser os homens? -falou rindo mas me fez lembrar uma coisa, que de imediato liguei a outra.
-Bruna- sentei na cama com os olhos arregalados.
-Oi?- me olhou - Que cara é essa?
-Acho que não é virose.
-Hãn?
-Eu acho que tô grávida..
-Como assim?- ela sentou na cama pasma como eu.
-Minha menstruação, tá muito atrasada. Eu esqueci completamente.- bati na minha testa
-Será?- dei de ombros e ela me abraçou- Parabéns.
-Não é certeza, é uma suspeita- falei rindo e ela fez o mesmo- Bem que minha cunhadinha podia ir na farmácia comprar o teste pra mim- fiz cara de cachorro sem dono e ela revirou os olhos.
-Quer mesmo que eu pague esse mico?
-Por favor- dessa vez fiz voz manhosa.
-Tá né.- deu de ombros e eu peguei o dinheiro pra dar pra ela.
-Trás logo dois pra gente não ter dúvidas.
Bruna não demorou muito pra voltar já que foi de carro e corria como o irmão. Me entregou os dois testes e sentou na cama esperando eu ir fazê-los. Entrei no banheiro e sentei no vazo. Abri o teste e li a bula, sabia mais ou menos como funcionava mas nunca tinha feito. Abri a torneira pra ajudar na vontade de fazer xixi. Fiz em um pote e coloquei os dois dentro dele. Depois tirei e coloquei em cima da pia. Tinha que esperar um tempo. Lavei minha mão e me encarei no espelho. Será que eu estava grávida? Luan ficaria muito feliz mas eu não sei se estava pronta pra ter outra criança. Nicole ainda era novinha e precisava de muita atenção. Fora que eu tinha medo de que essa outra criança tivesse câncer também. Seria muita judiação. Olhei o teste pensando que seria como Deus quisesse.
Será que ela tá grávida? Sim? Não? Quem dá mais?
Seguinte, eu já escrevi TODOS os capítulos da fanfic. REPITO: ESCREVI TODOS kikkk Por isso, posto mais assim que tiver ao menos 5 comentários. Pode ser? O próximo tá cheio de ciúmes, novidades e emoções. Vocês vão gostar. Beijoos
PS: Comentários do capítulo 93 respondidos, dá uma passadinha lá :)
Os anos foram passando. Nicole continuava com o tratamento e ninguém da família tinha médula compatível. Por outro lado ela respondia bem as quimioterapias, apesar de estar sempre fraquinha. Só então eu entendi mesmo o quanto era complicado aquela doença. Mesmo já tendo passado por isso, comigo tinha sido bem mais tranquilo, meu doador "apareceu" rápido e eu consegui o que poucos conseguem.
Eu e Luan procuramos não nos abalar, Nicole crescia linda e estava cada vez mais esperta. Na escola era sempre elogiada e nem precisava que eu chamasse sua atenção pra fazer os deveres da aula. E era assim, gradual, um passo de cada vez, tudo se ajeitando devagar. Eu tinha fé que nada poderia dar errado.
Luan não vinha pra casa a quase um mês, eu já estava acostumada, mas pra Nicole era horrível, ela era muito apegada ao pai e chorava de noite pedindo pra vê-lo. Ficava difícil pra mim levar ela nos shows. Como ela tinha a imunidade baixa a gente evitava locais com muita gente, principalmente shows. Então ela nunca tinha ido num show do pai, e sempre chorava pedindo pra ir.
Era sexta e Nicole estava bem animada pois o pai estava vindo pra casa. Luan tinha conseguido uma folga e deu a ideia de passarmos o final de semana na sua chácara. Arrumei nossas coisas enquanto esperávamos por ele que chegou minutos depois. Nick correu e pulou em seu colo. Ele veio me cumprimentar com ela grudada em seu pescoço, me deu um selinho e depois sentou-se no sofá com ela.
-Cê tá pesada ein mocinha- ele falou fazendo cosquinhas nela que ria sem parar.
-Tô nada- colocou o rosto em seu pescoço.- Papai, a mamãe fez seu prato preferido.
-Ah é?- ele me olhou sorrindo- É porque a sua mamãe é linda.- piscou pra mim me chamando pra sentar com ele e eu fui.
-Tenho uma coisa pra você.
-O quê?
-Vou buscar- desceu do colo dele e subiu as escadas as pressas atrás do presente que tínhamos comprado pra ele mais cedo.
-Não corre na escada, filha- falei e ele me olhou pegando em minha perna.
-Cê nem me deu um beijo direito- falou dengoso.
-Você que não deu- fiz biquinho e ele colocou sua mão em minha nuca.
-Bora acertar isso agora rapaiz- se aproximou me beijando enquanto suas mãos deslisavam pelo meu corpo. Nos afastamos quando ouvimos Nicole descendo as escadas morrendo de rir.
-Eca- ela falou dando os braços pro Luan pegar ela.
-Isso mesmo filha, cê tem que achar nojento- falou e eu comecei a rir- Deixa eu ver esse presente aê- pegou da mão dela e abriu. Era uma blusa azul marinho, tinha um tubarão na parte da frente de boca aberta. Luan amou a blusa e disse que vestiria mais tarde.
-Vamos almoçar? - chamei eles que me seguiram até a sala de jantar.
Depois do almoço fui arrumar as coisas do Luan que não tinha arrumado ainda. Enquanto isso ele ficou brincando com Nicole e Demétria no quintal. Dava pra ouvir a risada dos dois, certamente da bagunça que Demétria fazia.
Quando terminei desci e fiquei ali brincando com eles também. A tarde foi resumida em brincadeiras, piscina e besteira. Era bom estar em família depois de tanto tempo.
Perto de anoitecer fomos colocar as coisas no carro pra ir pra chácara. Os pais de Luan, junto com a Bruna e o Rodrigo que engataram mesmo num romance, já estavam a caminho.
-Mamãe senta aqui atrás comigo- Nicole pediu manhosa e eu olhei pro Luan.
-Vai deixar o papai ir sozinho na frente? - Luan fez voz manhosa também.
-É que a mamãe tem o melhor colo do mundo e eu quero dormir.
-Vou deixar só poque concordo com você. O colo da sua mãe é ótimo. O colo, a perna, a bun..
-Tá, muito obrigada pelos elogios agora vamos entrando- olhei pro Luan séria que ria por eu ter cortado o que ele iria dizer.
Me ajeitei no banco e Nicole abraçou minhas pernas caindo num sono profundo durante todo o caminho até a chácara. Eu e Luan fomos conversando sobre seus shows, as novidades, os projetos entre outras coisas. Depois de tantos anos nosso relacionamento ainda era sólido, apesar de algumas coisas terem mudado um pouco, acredito que como acontece com todo casal.
Peguei meu celular e postei uma foto nossa, já que fazia tempo que eu não postava, e já que as fãs pediam sempre.
Te vi e já te quis, me vi tão feliz, um amor que pra mim era um sonho (8 @luansantana
Chegamos na chácara por volta das 8 horas da noite, Nicole acordou animada, ela gostava daquele lugar mais do que todo mundo junto. Demétria também estava animada e já saiu correndo pra implicar com o Puff, eles sempre se estranharam. O tempo ali era agradável.
-Essa brisa fria ein- Luan cochichou em meu ouvido- Ótima pra dormir agarradinho.
-Verdade- sorri pra ele- Mas tá meio frio pra Nick, dá seu casaco pra ela, os delas tão bem no fundo da mala.- ele assentiu e tirou seu casaco colocando sobre ela que se assustou fazendo a gente sorrir, logo ela olhou pra cima sorrindo pra nós dois também.
Entramos na casa e todos já estavam ali sentados tomando um vinho. Cumprimentei um a um e Luan fez o mesmo sem sair do meu lado. Nos sentamos e seu Amarildo serviu nós dois. Um vinho de vez em quando eu tomava. Nicole correu pro colo da avó e de lá não saiu mais, ela era muito apegada na Marizete.
Ficamos conversando ali por um tempo, depois fui ajudar minha sogra a fazer uma janta, no caso um lanche pra ser mais rápido já que todos reclamavam de fome. Eu fiz uma torta salgada e Marizete uma pizza de peixe e uma farofa de banana, coisa que Luan amava muito.
Jantamos em um clima descontraído, Luan e Rodrigo conversavam civilizadamente e nem parecia que um dia chegaram a se estranharem.
-Caramba mãe, já falei que amo essa pizza e essa farofa?- Luan passou a mão na barriga.
-Já- Marizete respondeu rindo.
-Obrigada por elogiar minha torta- reclamei fazendo bico e ele me abraçou.
-Sua torta também tava uma delícia, não seja modesta, você sabe.- continuei fingindo que tava brava e ele me deu um beijo na bochecha.
-Mamãe quero mais- Nicole me deu seu prato.
-Quer mais torta?- perguntei animada, crente que ao menos ela era viciada na minha torta.
-Não, pizza- fiz careta e todo mundo riu.
-Tá, eu assumo que sua pizza é melhor- falei sorrindo e todos riram juntos.
Depois do jantar cada um foi pro seu quarto. Luan foi colocar Nick pra dormir e eu fui tomar um banho. Quando saí do banheiro ele já estava na cama, deitado de barriga pra cima, com a cabeça apoiada nos dois braços.
Virei de costas pra ele e olhei meu celular, respondi as mensagens que me mandaram e mesmo de costas sabia que ele estava me olhando.
-Apaga a luz e vem- Luan começou a cantar e eu olhei rindo pra ele- Vem se deitar, meu bem. Já pega o cobertor, pra me cobrir de amor.- continuou cantando e eu travei meu celular indo em sua direção. Sentei de frente pra ele em suas pernas e abri o cobertor. Dentei sobre o seu corpo e puxei o cobertor cobrindo nós dois, inclusive nossas cabeças.
-Continua..- falei mordendo sua boca e senti suas mãos apertarem minhas nádegas.
-Não lembro mais onde eu tava.
-Então deixa isso de lado.- beijei sua boca vorazmente e ele começou a passar suas mãos ágeis por todo meu corpo.
-Que saudade que eu tava de te tocar.- falou ofegante enquanto eu beijava seu pescoço.
-Então aproveita porque hoje eu sou toda sua.- sussurrei em seu ouvido com a voz mais sexy possível e mordi o lóbulo de sua orelha sentindo ele se arrepiando embaixo de mim, totalmente entregue aos meus desejos.
Uma semana depois...
Luan novamente saiu em turnê e Nicole insistiu pra irmos junto com ele pelo menos um final de semana. Eu queria atender o desejo dela, mas sua integridade física era mais importante, e eu não podia levá-la num show dele expostas a tantas bactérias. Além disso, eu estava muito ruim do estômago, andava muito enjoada e com fortes dores de cabeça, só queria ficar deitada. Bruna foi me ajudar com Nicole, pois eu fiquei com medo de passar a minha virose pra ela.
-Não quer ir no médico? Faz 3 dias que você tá assim.
-É só uma virose Bru, tô tomando os remédios e logo passa.
-Falar em remédio preciso de Buscopan, você tem?
-Tenho. Tá com cólica?
-Sim- ela fez careta e eu apontei pra bolsinha onde ficava os remédios.- Fico me perguntando, por que tinha que ser nós, mulheres a menstruar? Não podia ser os homens? -falou rindo mas me fez lembrar uma coisa, que de imediato liguei a outra.
-Bruna- sentei na cama com os olhos arregalados.
-Oi?- me olhou - Que cara é essa?
-Acho que não é virose.
-Hãn?
-Eu acho que tô grávida..
-Como assim?- ela sentou na cama pasma como eu.
-Minha menstruação, tá muito atrasada. Eu esqueci completamente.- bati na minha testa
-Será?- dei de ombros e ela me abraçou- Parabéns.
-Não é certeza, é uma suspeita- falei rindo e ela fez o mesmo- Bem que minha cunhadinha podia ir na farmácia comprar o teste pra mim- fiz cara de cachorro sem dono e ela revirou os olhos.
-Quer mesmo que eu pague esse mico?
-Por favor- dessa vez fiz voz manhosa.
-Tá né.- deu de ombros e eu peguei o dinheiro pra dar pra ela.
-Trás logo dois pra gente não ter dúvidas.
Bruna não demorou muito pra voltar já que foi de carro e corria como o irmão. Me entregou os dois testes e sentou na cama esperando eu ir fazê-los. Entrei no banheiro e sentei no vazo. Abri o teste e li a bula, sabia mais ou menos como funcionava mas nunca tinha feito. Abri a torneira pra ajudar na vontade de fazer xixi. Fiz em um pote e coloquei os dois dentro dele. Depois tirei e coloquei em cima da pia. Tinha que esperar um tempo. Lavei minha mão e me encarei no espelho. Será que eu estava grávida? Luan ficaria muito feliz mas eu não sei se estava pronta pra ter outra criança. Nicole ainda era novinha e precisava de muita atenção. Fora que eu tinha medo de que essa outra criança tivesse câncer também. Seria muita judiação. Olhei o teste pensando que seria como Deus quisesse.
Será que ela tá grávida? Sim? Não? Quem dá mais?
Seguinte, eu já escrevi TODOS os capítulos da fanfic. REPITO: ESCREVI TODOS kikkk Por isso, posto mais assim que tiver ao menos 5 comentários. Pode ser? O próximo tá cheio de ciúmes, novidades e emoções. Vocês vão gostar. Beijoos
PS: Comentários do capítulo 93 respondidos, dá uma passadinha lá :)
quarta-feira, 3 de setembro de 2014
Capítulo 93
3 meses depois...
O dia começou agitado, tive que acordar cedo pra ir até o salão onde seria a festa da Nicole, Luan estava em casa aquele dia e cuidou dela pra que eu acertasse tudo. Saí de lá direto pro salão de beleza onde Bruna já me esperava. Passamos praticamente a manhã inteira nos arrumando e eu estava preocupada com o fato do Luan estar sozinho em casa com minha filha. Confiava nele, sabia que ele cuidava direitinho,mas ainda era meio desastrado pra dar a comidinha dela, fora que as vezes dava refrigerante escondido.
Clareie um pouco as pontas do meu cabelo e fiz alguns cachos. A moça mesmo me maquiou pra que eu só chegasse em casa e me vestisse, já que o aniversário seria de tarde. Achamos que seria o melhor horário pra Nicole não ficar enjoadinha com sono, caso aconteceria se fosse de noite.
Saí do salão e depois de deixar Bruna em casa fui pra minha. Luan estava sentado no chão com Nicole que estava em pé. Ela já tinha forças na perna pra ficar assim, mas não tinha dado nenhum passinho ainda.
-Cheguei- falei colocando a bolsa no sofá.
-Olha que gata que tá a mamãe filha- Luan pegou ela no colo e veio até mim- Dá uma voltinha.- dei um voltinha fazendo charme e ele assoviou- Olha, eu não sabia que boneca andava.
-Ai amor, que cantada velha- peguei Nicole do seu colo- Ela já almoçou?
-Já, era aquela comida que tava na geladeira né?
-Sim. E você já comeu?
-Ah, pensei que se preocupasse só com a Nicole- fez drama e eu apertei sua bochecha.
-Coisa mimada.
-Eu não almocei- ele riu e eu fiz cara de brava- Tava te esperando.
-Então vou fazer ela dormir um pouquinho e venho almoçar contigo.
-Tá bom- ele sorriu e sentou no sofá pegando seu velho amigo, vídeo-game.
Fiz Nick dormi e depois desci pra esquentar nosso almoço. Comemos super rápido porque tínhamos que nos arrumar. Enquanto Luan foi tomar banho eu fiquei no twitter vendo as mensagens das fãs pra Nicole. Depois que Nicole nasceu eu acabei falando pras meninas que tinha casado grávida, mas que não sabia, no geral elas acreditaram, mas ainda com pé atrás achando que eu e Luan só nos casamos porque engravidei, mas mesmo assim, elas sempre me trataram muito bem,e mimava a minha menina mais do que tudo.
Luan saiu do banheiro só de cueca e eu me abanei zoando.
-Que isso ein?- falei indo até ele e passando a mão em seu tórax- Que marido mais gostoso.
-Cê tá muito assanhadinha.
-Tô né? Cê não viu nada- sorri e pisquei pra ele que grudou nossos corpos e me beijou com vontade. Pena que não tínhamos tempo.
Fui me arrumar, o que não demorou muito, já que cabelo e maquiagem já estavam prontos. Tive que tomar banho sem molhar meu rosto, foi um pouco complicado mas não borrou nada. Como o niver era de tarde, e em São Paulo o calor estava de matar,eu tinha comprado uma roupa bem curta,que com toda certeza do mundo Luan me enxeria o saco, mas eu sabia moldar meu marido ciumento.
Vesti a roupa e parei perto dele que ainda não tinha me visto.
-Antes que você me mate, saiba que tenho outra opção ali bem pior e que se você reclamar eu visto ela.- Luan virou pra mim e fez careta.
-Pior que deixar seus peitos quase pulando pra fora e que mostra tudo se você se abaixar?
-Ai que exagerado- virei os olhos.- A outra opção é um short que mostra a polpa da minha bunda e uma blusa que mostra minha barriga. Posso trocar se quiser.
-Que tal só um vestido mais longo e um decote menor?
-Amor, tá calor.- fiz bico e ele sorriu.
-Eu sei, aliás tô morrendo de calor aqui- me puxou e enfiou a mão por baixo do meu vestido.
-Tô percebendo- mordi sua orelha- Se você me deixar ir assim eu juro que te recompenso mais tarde.
-Hum, tô achando esse papo interessante.
-Mas interessante é o que vou fazer com você.
-Tatazinha, Tanazinha, não provoca se não, não vai ter aniversário nenhum.
-Nem pensar, falar nisso, deixa eu ir arrumar a aniversariante.
Saí do quarto deixando meu marido enrolado terminar de se vestir e fui acordar a Nick. Ela se espreguiçou todinha no meu colo e eu fiquei com dó dela. Tirei sua roupa e dei um banho quentinho pra desperta-la. Depois a vesti com um vestido que ela tinha ganhado da avó, ele era rosa, tinha um laço na costas e cheio de babadinho. No cabeça eu coloquei uma tiara e pra minha sorte ela não tentou tirar. Peguei ela no colo e fui até o meu quarto mostrar pro Luan como ela tava linda.
-Olha papai- falei colocando ela no chão, que se manteve em pé.
-Que princesa meu Deus- Luan falou encantado- Filha, você tá muito linda- sorriu pra ela que bateu palminhas falando "papai", e era a única coisa que ela falava até hoje. Achei injusto, mas não podia fazer nada.-Vem cá filha vem- ele chamou ela que se desequilibrou um pouco mais deu 3 passinhos em sua direção. Luan me olhou assustado e continuou chamando ela que foi mais rápido e acabou caindo sentada.-Que lindaaa cara, cê ta quase andando Nick- ele pegou ela no colo- Caramba, eu preciso filmar, vamos tentar de novo, amor?- falou me dando seu celular. Eu estava tão surpresa quanto ele. Luan colocou Nicole em pé de novo e se afastou, eu comecei a gravar e ela deu mais alguns passinhos até chegar a Luan, que a pegou no colo super feliz a enchendo de beijos. Eu fui pra perto deles e também beijei ela, como o tempo passava rápido, ela já estava andando.
A festa foi tranquila, Nicole passava de mão em mão, todo mundo querendo mimá-la um pouco. A comida estava divina e eu não parava de comer. Não tinha problema extrapolar um dia só né? Afinal, eu fazia academia com frequência. Luan me zoava sempre que passava por mim, mas eu dava língua e continuava comendo, era cada salgado e doce mais gostoso que o outro.
Cantamos os parabéns e eu ainda achei espaço pra comer do bolo, estava explodindo de tão cheia, mas ainda comia sem parar. Nicole também fazia a festa pegando o bolo com a mão e levando até a boca, todo mundo riu dela que tava aproveitando sua festa como ninguém.
Voltamos pra casa umas 20 horas mais ou menos, Nicole estava exausta mas eu ainda daria banho nela antes de colocá-la no berço. Dei o banho enquanto Luan preparava a mamadeira. Deitei ela no berço e assim que ela terminou de mamá, fechou os olhos e dormiu, sem nem precisar que eu a balançasse ou que Luan cantasse pra ela dormir. O dia tinha sido bem cansativo. Mas valeu a pena.
Era incrível como minha vida tinha mudado completamente. Tinha 1 ano e 8 meses de casada,uma filha de um ano e Luan já estava louco pra ter outro filho...
No dia seguinte Nicole acordou toda molinha, chorava muito e eu pensei que ela estivesse sentindo alguma dor. Luan nos levou pro hospital e desmarcou o show daquele dia, eu nem interferi, estava com medo, nunca tinha visto Nicole daquele jeito, quando não chorava, resmungava, algo devia estar doendo muito. Fizemos vários exames e a pediatra não a medicou por não saber ainda o que ela tinha. Os exames demoraram horas pra ficarem pronto e eu já estava incomodada e preocupada por não saber o que fazer. Luan estava com ela no braço a balançando e ela acabou dormindo pelo cansaço.
A pediatra nos chamou pra sua sala e pela sua cara o que viria não era muito bom. Sentei na cadeira em frente a sua mesa e ela pediu pro Luan sentar também, que ia ficar em pé pra continuar balançando Nicole. Ele sentou e ajeitou ela no seu colo.
-Olha, não são boas notícias- disse colocando os exames na mesa.- Mas também não tem pra que se desesperar.
-Fala logo doutora- pedi aflita- O que minha filha tem?
-Segundo os exames é LLA.- assim que ela falou eu gelei, minha garganta secou e eu comecei a chorar. Luan me olhou preocupado e a médica olhou pra ele tentando explicar- LLA é Leucemia linfocídica aguda.
-Leucemia?- Luan perguntou pasmo- Mas..como?
-Deve ser hereditário- eu falei entre soluços.
-Você teve leucemia?- ela perguntou e eu assenti- Isso pode explicar algumas coisas. As pessoas que sofrem de câncer não costuma passar pros filhos, mas existem alguns casos raros. No caso da leucemia isso é mais raro ainda.Acredita-se que a Leucemia não é hereditária.Mas, por outro lado, embora não esteja provado, acredita-se que a genética e hereditariedade desempenham um papel importante na determinação de uma leucemia. Assim, podemos dizer que os familiares de pessoas que sofrem, ou já sofrerem de leucemia têm maior risco de contrair essa doença- ela explicava calmamente e percebi Luan balançar as pernas nervoso. Seus olhos estavam vermelhos e com toda certeza ele tava com medo como eu estava- A LLA tem a progressão rápida. Ela tem origem nas células linfóides da medula. O tratamento é o de sempre, mas no caso das crianças é melhor ainda, porque elas respondem bem a quimioterapia- quando a doutora disse isso minha garganta apertou, eu tinha passado por isso e sabia como era ruim, e como preferi morrer muitas vezes-Mas, como a quimioterapia tem efeitos longos, crianças que passam pelo tratamento precisam ter acompanhamento pelo resto da vida- Eu não podia falar que não faria quimioterapia nela como eu fiz comigo. Tentaria de tudo pra manter minha filha viva e se isso fosse salvar a vida dela, nós faríamos.
Saí do consultório com o coração na mão e Luan permaneceu calado. Eu tive medo, Nicole era tão pequena e lutar com uma doença assim não seria fácil. Mas Deus nunca tinha me desamparado e eu sabia que ele não me abandonaria nessa hora.
Voltamos pra casa e Luan colocou ela no berço. Ficamos parados um ao lado do outro observando ela dormir.
-Eu não sei se consigo suportar a dor de perder outro filho- Luan desabafou me olhando e começou a chorar como criança. Abracei ele e beijei seu rosto tentando lhe passar força, que eu mesma procurava.
-Deu certo comigo, vai dar certo com ela.
-Promete? - me olhou com receio.
-Prometo- enxuguei suas lágrimas, prometendo algo que não podia cumprir, mas com fé de que tudo daria certo.
Eita, essa doença de novo? E agora? Será que algo vai dar errado? O que acham? Então, seguinte.. vou pedir pra vocês terem um pouquinho de paciência porque tenho prova semana que vem e tenho que estudar, faltam poucos capítulos pra acabar e eu sei bem o que escrever em cada um mas tô sem tempo pra sentar e organizar tudo sabe? Então, por favor, não me abandonem kkk E continuem comentando pra eu saber se vocês estão gostando e tals. Beijocas.
obs: Comentários do cap. anterior respondidos!
O dia começou agitado, tive que acordar cedo pra ir até o salão onde seria a festa da Nicole, Luan estava em casa aquele dia e cuidou dela pra que eu acertasse tudo. Saí de lá direto pro salão de beleza onde Bruna já me esperava. Passamos praticamente a manhã inteira nos arrumando e eu estava preocupada com o fato do Luan estar sozinho em casa com minha filha. Confiava nele, sabia que ele cuidava direitinho,mas ainda era meio desastrado pra dar a comidinha dela, fora que as vezes dava refrigerante escondido.
Clareie um pouco as pontas do meu cabelo e fiz alguns cachos. A moça mesmo me maquiou pra que eu só chegasse em casa e me vestisse, já que o aniversário seria de tarde. Achamos que seria o melhor horário pra Nicole não ficar enjoadinha com sono, caso aconteceria se fosse de noite.
Saí do salão e depois de deixar Bruna em casa fui pra minha. Luan estava sentado no chão com Nicole que estava em pé. Ela já tinha forças na perna pra ficar assim, mas não tinha dado nenhum passinho ainda.
-Cheguei- falei colocando a bolsa no sofá.
-Olha que gata que tá a mamãe filha- Luan pegou ela no colo e veio até mim- Dá uma voltinha.- dei um voltinha fazendo charme e ele assoviou- Olha, eu não sabia que boneca andava.
-Ai amor, que cantada velha- peguei Nicole do seu colo- Ela já almoçou?
-Já, era aquela comida que tava na geladeira né?
-Sim. E você já comeu?
-Ah, pensei que se preocupasse só com a Nicole- fez drama e eu apertei sua bochecha.
-Coisa mimada.
-Eu não almocei- ele riu e eu fiz cara de brava- Tava te esperando.
-Então vou fazer ela dormir um pouquinho e venho almoçar contigo.
-Tá bom- ele sorriu e sentou no sofá pegando seu velho amigo, vídeo-game.
Fiz Nick dormi e depois desci pra esquentar nosso almoço. Comemos super rápido porque tínhamos que nos arrumar. Enquanto Luan foi tomar banho eu fiquei no twitter vendo as mensagens das fãs pra Nicole. Depois que Nicole nasceu eu acabei falando pras meninas que tinha casado grávida, mas que não sabia, no geral elas acreditaram, mas ainda com pé atrás achando que eu e Luan só nos casamos porque engravidei, mas mesmo assim, elas sempre me trataram muito bem,e mimava a minha menina mais do que tudo.
Luan saiu do banheiro só de cueca e eu me abanei zoando.
-Que isso ein?- falei indo até ele e passando a mão em seu tórax- Que marido mais gostoso.
-Cê tá muito assanhadinha.
-Tô né? Cê não viu nada- sorri e pisquei pra ele que grudou nossos corpos e me beijou com vontade. Pena que não tínhamos tempo.
Fui me arrumar, o que não demorou muito, já que cabelo e maquiagem já estavam prontos. Tive que tomar banho sem molhar meu rosto, foi um pouco complicado mas não borrou nada. Como o niver era de tarde, e em São Paulo o calor estava de matar,eu tinha comprado uma roupa bem curta,que com toda certeza do mundo Luan me enxeria o saco, mas eu sabia moldar meu marido ciumento.
Vesti a roupa e parei perto dele que ainda não tinha me visto.
-Antes que você me mate, saiba que tenho outra opção ali bem pior e que se você reclamar eu visto ela.- Luan virou pra mim e fez careta.
-Pior que deixar seus peitos quase pulando pra fora e que mostra tudo se você se abaixar?
-Ai que exagerado- virei os olhos.- A outra opção é um short que mostra a polpa da minha bunda e uma blusa que mostra minha barriga. Posso trocar se quiser.
-Que tal só um vestido mais longo e um decote menor?
-Amor, tá calor.- fiz bico e ele sorriu.
-Eu sei, aliás tô morrendo de calor aqui- me puxou e enfiou a mão por baixo do meu vestido.
-Tô percebendo- mordi sua orelha- Se você me deixar ir assim eu juro que te recompenso mais tarde.
-Hum, tô achando esse papo interessante.
-Mas interessante é o que vou fazer com você.
-Tatazinha, Tanazinha, não provoca se não, não vai ter aniversário nenhum.
-Nem pensar, falar nisso, deixa eu ir arrumar a aniversariante.
Saí do quarto deixando meu marido enrolado terminar de se vestir e fui acordar a Nick. Ela se espreguiçou todinha no meu colo e eu fiquei com dó dela. Tirei sua roupa e dei um banho quentinho pra desperta-la. Depois a vesti com um vestido que ela tinha ganhado da avó, ele era rosa, tinha um laço na costas e cheio de babadinho. No cabeça eu coloquei uma tiara e pra minha sorte ela não tentou tirar. Peguei ela no colo e fui até o meu quarto mostrar pro Luan como ela tava linda.
-Olha papai- falei colocando ela no chão, que se manteve em pé.
-Que princesa meu Deus- Luan falou encantado- Filha, você tá muito linda- sorriu pra ela que bateu palminhas falando "papai", e era a única coisa que ela falava até hoje. Achei injusto, mas não podia fazer nada.-Vem cá filha vem- ele chamou ela que se desequilibrou um pouco mais deu 3 passinhos em sua direção. Luan me olhou assustado e continuou chamando ela que foi mais rápido e acabou caindo sentada.-Que lindaaa cara, cê ta quase andando Nick- ele pegou ela no colo- Caramba, eu preciso filmar, vamos tentar de novo, amor?- falou me dando seu celular. Eu estava tão surpresa quanto ele. Luan colocou Nicole em pé de novo e se afastou, eu comecei a gravar e ela deu mais alguns passinhos até chegar a Luan, que a pegou no colo super feliz a enchendo de beijos. Eu fui pra perto deles e também beijei ela, como o tempo passava rápido, ela já estava andando.
A festa foi tranquila, Nicole passava de mão em mão, todo mundo querendo mimá-la um pouco. A comida estava divina e eu não parava de comer. Não tinha problema extrapolar um dia só né? Afinal, eu fazia academia com frequência. Luan me zoava sempre que passava por mim, mas eu dava língua e continuava comendo, era cada salgado e doce mais gostoso que o outro.
Cantamos os parabéns e eu ainda achei espaço pra comer do bolo, estava explodindo de tão cheia, mas ainda comia sem parar. Nicole também fazia a festa pegando o bolo com a mão e levando até a boca, todo mundo riu dela que tava aproveitando sua festa como ninguém.
Voltamos pra casa umas 20 horas mais ou menos, Nicole estava exausta mas eu ainda daria banho nela antes de colocá-la no berço. Dei o banho enquanto Luan preparava a mamadeira. Deitei ela no berço e assim que ela terminou de mamá, fechou os olhos e dormiu, sem nem precisar que eu a balançasse ou que Luan cantasse pra ela dormir. O dia tinha sido bem cansativo. Mas valeu a pena.
Era incrível como minha vida tinha mudado completamente. Tinha 1 ano e 8 meses de casada,uma filha de um ano e Luan já estava louco pra ter outro filho...
No dia seguinte Nicole acordou toda molinha, chorava muito e eu pensei que ela estivesse sentindo alguma dor. Luan nos levou pro hospital e desmarcou o show daquele dia, eu nem interferi, estava com medo, nunca tinha visto Nicole daquele jeito, quando não chorava, resmungava, algo devia estar doendo muito. Fizemos vários exames e a pediatra não a medicou por não saber ainda o que ela tinha. Os exames demoraram horas pra ficarem pronto e eu já estava incomodada e preocupada por não saber o que fazer. Luan estava com ela no braço a balançando e ela acabou dormindo pelo cansaço.
A pediatra nos chamou pra sua sala e pela sua cara o que viria não era muito bom. Sentei na cadeira em frente a sua mesa e ela pediu pro Luan sentar também, que ia ficar em pé pra continuar balançando Nicole. Ele sentou e ajeitou ela no seu colo.
-Olha, não são boas notícias- disse colocando os exames na mesa.- Mas também não tem pra que se desesperar.
-Fala logo doutora- pedi aflita- O que minha filha tem?
-Segundo os exames é LLA.- assim que ela falou eu gelei, minha garganta secou e eu comecei a chorar. Luan me olhou preocupado e a médica olhou pra ele tentando explicar- LLA é Leucemia linfocídica aguda.
-Leucemia?- Luan perguntou pasmo- Mas..como?
-Deve ser hereditário- eu falei entre soluços.
-Você teve leucemia?- ela perguntou e eu assenti- Isso pode explicar algumas coisas. As pessoas que sofrem de câncer não costuma passar pros filhos, mas existem alguns casos raros. No caso da leucemia isso é mais raro ainda.Acredita-se que a Leucemia não é hereditária.Mas, por outro lado, embora não esteja provado, acredita-se que a genética e hereditariedade desempenham um papel importante na determinação de uma leucemia. Assim, podemos dizer que os familiares de pessoas que sofrem, ou já sofrerem de leucemia têm maior risco de contrair essa doença- ela explicava calmamente e percebi Luan balançar as pernas nervoso. Seus olhos estavam vermelhos e com toda certeza ele tava com medo como eu estava- A LLA tem a progressão rápida. Ela tem origem nas células linfóides da medula. O tratamento é o de sempre, mas no caso das crianças é melhor ainda, porque elas respondem bem a quimioterapia- quando a doutora disse isso minha garganta apertou, eu tinha passado por isso e sabia como era ruim, e como preferi morrer muitas vezes-Mas, como a quimioterapia tem efeitos longos, crianças que passam pelo tratamento precisam ter acompanhamento pelo resto da vida- Eu não podia falar que não faria quimioterapia nela como eu fiz comigo. Tentaria de tudo pra manter minha filha viva e se isso fosse salvar a vida dela, nós faríamos.
Saí do consultório com o coração na mão e Luan permaneceu calado. Eu tive medo, Nicole era tão pequena e lutar com uma doença assim não seria fácil. Mas Deus nunca tinha me desamparado e eu sabia que ele não me abandonaria nessa hora.
Voltamos pra casa e Luan colocou ela no berço. Ficamos parados um ao lado do outro observando ela dormir.
-Eu não sei se consigo suportar a dor de perder outro filho- Luan desabafou me olhando e começou a chorar como criança. Abracei ele e beijei seu rosto tentando lhe passar força, que eu mesma procurava.
-Deu certo comigo, vai dar certo com ela.
-Promete? - me olhou com receio.
-Prometo- enxuguei suas lágrimas, prometendo algo que não podia cumprir, mas com fé de que tudo daria certo.
Eita, essa doença de novo? E agora? Será que algo vai dar errado? O que acham? Então, seguinte.. vou pedir pra vocês terem um pouquinho de paciência porque tenho prova semana que vem e tenho que estudar, faltam poucos capítulos pra acabar e eu sei bem o que escrever em cada um mas tô sem tempo pra sentar e organizar tudo sabe? Então, por favor, não me abandonem kkk E continuem comentando pra eu saber se vocês estão gostando e tals. Beijocas.
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